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Sistemas Adesivos
A adesão dos materiais restauradores utilizados na odontologia sempre foi um problema para o completo sucesso das restaurações. Sendo as estruturas de dentina e esmalte tão diferentes, uma adesividade deficiente pode causa diversos problemas, como infiltração, descoloração e fraturas marginas, reincidências de cárie, sensibilidade pós-operatória e possíveis reações pulpares.
O aparecimento e desenvolvimento dos sistemas adesivos alteraram os conceitos de preparo cavitário e possibilitaram a realização de restaurações estéticas mais conservadoras, além disso favoreceram a retenção necessária a restauração reduzindo as chances de desenvolvimento dos problemas acima citados
Esmalte:
O esmalte é o tecido mais rígido e resistente do corpo humano. Possuindo 96% da sua composição em forma mineral – cristais de hidroxiapatita.
Os cristais de hodroxiapatita em sua conformação e disposição no esmalte formam prismas na estrutura do mesmo, o que confere a ele as características de dureza e resistência. 
Parte da dificuldade de adesividade nesse tecido, provém dessas características
Dentina:
A dentina também é um tecido mineralizado. Essa porção mineral, assim como no esmalte, é formada por cristais de hidroxiapatita compreendendo aproximadamente 70% da massa do tecido. A matriz orgânica constitui aproximadamente 20% da massa da dentina sendo formada principalmente pelo colágeno I. As moléculas do colágeno I possuem a capacidade de se polimerizar para formar fibrilas. Estas fibrilas se agregam para formar uma rede sobre a qual se depositam os cristais de hidroxiapatita. Os 10% restantes são constituídos de água. Essa elevada quantidade de matéria orgânica permite que ela atue como apoio para o esmalte, evitando que ele se quebre facilmente, já que o mesmo é muito friável. A grande quantidade de água confere a dentina uma relativa umidade.
O que difere a dentina dos demais tecidos duros do corpo humano é a sua estrutura, formada por milhões de pequenos túbulos por onde passam prolongamentos das células que compuseram esse tecido, os odontoblastos. Esses prolongamentos levam informações da superfície da dentina para a polpa, no interior do dente.
Nota-se portanto que dentina e esmalte são estruturas com características distintas. Por isso é necessário a aplicação de um sistema de possa garantir adesividade tanto na umidade da dentina, quanto na dureza do esmalte.
Sistemas Adesivos
Constituem um conjunto de materiais que promovem a adesão em dentina e esmalte simultaneamente quando aplicados de forma sequencial, sendo estes materiais um agente condicionador , um primer e um adesivo. 
Podem apresentar-se comercialmente como componentes separados ou em único frasco.
Agente condicionador (ácido): 
Produz a dissolução seletiva dos prismas de esmalte resultando em microporosidades e também solubiliza a smear layer (material resultante dos restos dentinários após preparo cavitário) fazendo a exposição das fibras colágenas. Esse ácido é responsável por aumentar a energia superficial, favorecendo a adesão. 
O ácido usado para tanto é o Acido fosfórico em concentração de 37%, que possui uma ótima resposta clínica. É fornecido na forma de gel para maior facilidade na aplicação.
É usado durante 30 segundos em esmalte, por ter uma maior concentração de matéria inorgânica e 15 segundos em dentina, que por sua vez apresenta menor porcentagem inorgânica.
Primer / Resina fluida:
É responsável pela preparação da dentina que possui característica hidrofílica , heterogênea (pela presença dos fluidos dentinários presentes nos túbulos, fibras colágenas, prolongamento odontoblásticos e hidróxiapatita) para posterior recebimento do adesivo. 
Ele age por meio de um composto hidrofílico e outro hidrofóbico, que aderem respectivamente em dentina e adesivo.
É usado após o agente condicionante, e é indicado esperar 30 segundos para a adição do adesivo para que ocorra a evaporação da água e solventes. Dependendo do solvente a resistência de união pode ser influenciada negativamente pela diferença nas taxas de evaporação, de modo que quanto menor a evaporação, menor a adesão.
Adesivos: 
Substância fluida de função hidrofóbica que garante a penetração na superfície preparada pelo primer e sua adesão a resina. Com seu uso é possível observar a formação de uma camada hibrida que é formada pela união dentina-colágeno-resina, proporcionando um eficiente embricamento mecânico.
Classificação:
Convencionais: 
Composto por: 
Agente Condicionante
Primer/adesivo (juntos ou separados)
São representados pelo sistema de adesivos de 4º e 5º geração, sendo que o de 4º geração apresenta 3 componentes separados (agente condicionante, primer e adesivo) e o de 5º geração que apresenta 2 frascos (agente condicionante, primer/adesivo).
Quando comparados, o de 4º geração apresenta maior força de união devido a maior penetração do mesmo na dentina, já quanto a resistência ao cisalhamento e a resistência marginal os resultados clínicos encontrados são semelhantes.
Autocondicionantes: 
Primer autocondicinante + adesivo (2 passos)
Adesivo autocondicinante (passo único)
Conhecidos como adesivos de 6º geração se diferenciam dos demais pela agregação do condicionamento ácido a aplicação dos monômeros adesivos.
Apresentam menor adesão em esmalte quando comparados ao de 4º e 5º geração, o que já não ocorre em dentina que apresentam valores semelhantes. Esses adesivos apresentam maiores valores de infiltração marginal.
Os ácidos usados para esse tipo de sistema adesivo são orgânicos, e com composição e pH variáveis. 
Sua capacidade de desmineralização esta relacionadas com seu pH e pka (constante de dissociação), com base nisso são classificados em agressivo, moderados e de baixa agressividade.
Indicações:
Convencional 
(3 passos): 
União de resina composta a estrutura dental, união de facetas de porcelana, reparos em porcelana. 
Possibilita alta confiança para uso do dentista, pois possui maior historia de acompanhamento clinico no mercado com ótimas respostas pós operatórias, quando seguidas as recomendações do fabricante.
(2 passos): 
União de resina composta fotopolimerizável a estrutura dental, reparo em porcelana e resina, cimentação de restaurações indiretas. Por apresentar cargas em sua composição possui ótima adesão em dentina e esmalte.
Autocondicionante: 
Restauração direta e indireta em resina composta, reparos e tratamento da sensibilidade cervical.
Indicações gerais: 
Restauração estética em lesão cariosa e não cariosa, retenção de pino metálico/coroa/ppf, restaurações indiretas, selamento preventivo, colagem de braquetes ortodônticos, reconstrução de núcleos para coroa, tratamento de sensibilidade cervical, colagem de fragmentos dentais, selamento em obturações retrógadas e cimentação endodôntica.
MODO DE USO:
Convencional 3 Passos:
Condicionamento ácido: 
Aplicação do ácido fosfórico 37% em gel, na superfície limpa, primeiramente sobre esmalte, deixando agir por 15 segundos, e depois sobre a superfície da dentina, agindo por mais 15 segundos, totalizando meio minuto de condicionamento.
O ácido vai expor os prismas de esmalte e a rede de colágeno da dentina, facilitando a ação do próximo material.
Lavagem do ácido com água, por no mínimo 15 segundos.
Secagem com bolinha de algodão, papel absorvente ou leves jatos de ar. É necessário manter parcialmente a umidade, já que o primer é hidrofílico e precisa desse ambiente úmido para ser eficiente.
Primer: 
Aplicação sobre dentina e esmalte simultaneamente. Aguarda-se em torno de 15 ou 20 segundos para evaporação do solvente. Retira-se o excesso com o pincel microbrush.
É de extrema importância que após essa fase, até o final do procedimento restaurador, não haja contato da superfície a ser restaurada com água ou saliva, pois a eficiência do material adesivo depende da sua característica hidrofóbica.
Adesivo:
Aplicação sobredentina e esmalte simultaneamente, retirando-se o excesso após aplicação também com o pincel microbrush. Fotopolimeriza-se por 20 segundos.
Convencional 2 Passos:
Condicionamento ácido: 
Aplicação do ácido fosfórico 37% em gel, na superfície limpa, primeiramente sobre esmalte, deixando agir por 15 segundos, e depois sobre a superfície da dentina, agindo por mais 15 segundos, totalizando meio minuto de condicionamento.
O ácido vai expor os prismas de esmalte e a rede de colágeno da dentina, facilitando a ação do próximo material.
Lavagem do ácido com água, por no mínimo 15 segundos.
Secagem com bolinha de algodão, papel absorvente ou leves jatos de ar. É necessário manter parcialmente a umidade, já que a fase hidrofílica do material que segue, que fará o papel do primer, necessita de certa umidade para sua eficiência.
Primer + Adesivo:
É de extrema importância do momento em que se inicia essa fase, até o final do procedimento restaurador, não haja contato da superfície a ser restaurada com água ou saliva, pois a eficiência do material adesivo depende da sua característica hidrofóbica.
Aplicação de uma camada do material sobre a superfície do esmalte e dentina simultaneamente. Espera de aproximadamente 15 á 20 segundos até a evaporação dos solventes. Essa primeira camada atuará como o primer.
Aplicação de uma segunda camada, sobre dentina e esmalte simultaneamente. Após retirada do excesso com pincel microbrush, fotopolimeriza-se por 20 segundos. Essa camada de material, atuará como adesivo.
CLOREXIDINA:
Após o condicionamento ácido, é indicado a aplicação de solução de clorexidina em concentração de 2%, em bolinha de algodão sobre superfície de dentina, por 60 segundos.
A clorexidina nesse caso, tem a função de inibir metaloproteinases.
Essas são enzimas que degradam a matriz colágena formadora da rede de fibrilas presentes na superfície da dentina, com a qual o primer faria a adesão.
Inibindo essas enzimas, garante-se portanto que as fibrilas se mantenham íntegras por mais tempo e que a relação primer-dentina não se perca com o passar dos anos, tornando maior a longevidade e sucesso do procedimento restaurador.

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