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1 MOLDAGEM FUNCIONAL Prof. Sergio S. Nogueira DMOP - Prótese Total DEFINIÇÃO Moldagem em prótese total pode ser definida como o ato clínico que visa obter a reprodução negativa dos tecidos das áreas de suporte, estabilização e selado periférico da futura dentadura. Áreas de suporte são as áreas que irão receber as cargas oclusais, suportando a dentadura ( exemplo: - crista dos rebordos ); áreas de estabilização são as áreas que irão auxiliar na estabilização da dentadura ( exemplo: áreas retentivas ) e; áreas de selado periférico correspondem às áreas que irão entrar em contato com o contorno periférico da futura dentadura, evitando a penetração de ar por debaixo desta. Em uma moldagem funcional o contorno periférico da futura dentadura é registrado de maneira dinâmica, sob a ação de movimentos musculares comuns da cavidade oral. De uma maneira genérica, denominamos de área chapeável a área que será recoberta pela base da dentadura. Russi e colaboradores ( 1982 ) definem moldagem funcional como toda aquela obtida através de uma ação dinâmica das estruturas relacionadas com a prótese. . OBJETIVOS Os objetivos básicos de uma moldagem funcional são: 1- Preservação da saúde dos tecidos orais; 2- Suporte; 3- Retenção; 4- Estabilidade e; 5- Estética Preservação da saúde dos tecidos orais: -técnicas de moldagem que produzam forte pressão resultam em bases de dentaduras que geram reabsorção óssea e danos aos tecidos moles. A utilização de técnicas de moldagem que não produzam forte pressão, bem como o aproveitamento da maior extensão possível da área chapeável, minimiza a reabsorção óssea e os danos aos tecidos moles. A extensão da área chapeável deve estar dentro dos limites da tolerância tecidual pois, caso contrário, as bordas da prótese irão traumatizar as áreas de selado periférico. Suporte: - suporte é a resistência que a dentadura oferece a forças que lhe são aplicadas no 2 sentido vertical, em direção a área chapeável. O suporte de uma dentadura será tanto mais favorável quanto maior for a extensão da área chapeável, dentro dos limites de tolerância tecidual. Em outras palavras, uma área chapeável maior distribui e suporta melhor as forças do que uma área chapeável menor. Rebordos flácidos não proporcionam bom suporte. Retenção: - retenção é a resistência que a dentadura oferece a forças que lhe são aplicadas no sentido vertical, em direção oposta ao de sua inserção. Pressão atmosférica, adesão, coesão e controle muscular do paciente são alguns dos fatores responsáveis pela retenção das dentaduras Estabilidade: - a maioria dos autores define estabilidade como sendo a resistência que a dentadura oferece a forças que lhe são aplicadas no sentido horizontal. Forças horizontais sobre a dentadura ocorrem a todo momento durante movimentos normais de mastigação, fala, sorriso, etc. . A estabilidade é diretamente proporcional à altura dos rebordos ou seja, quanto mais baixo o rebordo alveolar menor a estabilidade. Também, quanto mais flácido for um rebordo, menor a estabilidade de uma dentadura. Estética: - As bordas vestibulares da dentadura devem preencher o fornix, auxiliando no suporte dos tecidos faciais. A espessura da borda da dentadura está diretamente relacionada à espessura da borda do molde e portanto, já na fase de moldagem, este suporte deve ser avaliado. CLASSIFICAÇÃO As moldagens funcionais podem ser classificadas quanto: 1 - Filosofias de moldagem 2 - Boca aberta ou fechada 3 - Manipulação manual ou movimentos funcionais 4 - Tipo de moldeira 1 - Filosofias de moldagem Existem três tipos básicos ( filosofias ) de moldagem funcional: 1- Moldagem compressiva; 2- Moldagem não compressiva ( também chamada de mucostática ) e, 3- Moldagem com pressão seletiva . A moldagem compressiva busca registrar os tecidos da área de suporte da dentadura ( área chapeável ) sob a ação de força fisiológica de mordida realizada pelo paciente, o qual oclui em roletes de cera colocados na moldeira, à semelhança dos roletes de cera de uma base de prova . Em outras palavras, os tecidos da área de suporte são moldados sob pressão funcional e portanto, deformados em relação à forma que possuem quando em repouso. Desta maneira, a dentadura obtida com a utilização desta técnica de moldagem possui boa adaptação à área de suporte quando forças mastigatórias são exercidas pelo paciente. Os problemas com esta técnica são que: 1- quando estas forças cessam os tecidos tendem a readquir a forma que possuem em sua condição de repouso e a adaptação da base da dentadura aos tecidos da área de suporte torna-se pobre ; 2- se as forças de retenção da prótese são maiores do que aquelas 3 que tendem a retornar os tecidos da área de suporte a sua posição de repouso os tecidos de suporte são mantidos deformados e, por conseqüência, com diminuição do suprimento sangüíneo e assim, reabsorção óssea ocorre comprometendo a retenção inicialmente conseguida e; 3 - é mínimo o tempo diário que um paciente executa força mastigatória A moldagem não compressiva busca registrar os tecidos da área de suporte da dentadura em seu estado de repouso, sem submete-los a cargas funcionais. Desta maneira, a dentadura obtida com a utilização desta técnica de moldagem possui boa e uniforme adaptação à toda área de suporte nos períodos de fonação e naqueles em que a dentadura não é submetida a esforços mastigatórios. Durante a mastigação a própria força de mordida se encarrega de manter a prótese em contato com a área de suporte. Os problemas com esta técnica são que: 1 - quando a dentadura é submetida a esforços mastigatórios, a pressão transmitida para a área de suporte é distribuída igualmente entre estruturas que não devem ser comprimidas ( por ex.: papila incisiva, regiões de espículas ósseas, etc. ) e estruturas mais apropriadas para a função de suportar a dentadura ( por ex.: porção plana do palato duro ) podendo isto causar dor e reabsorções ósseas; 2 - a filosofia em si da moldagem não compressiva é falha pois parte do princípio de que no ato da moldagem existiria pressão hidrostática equilibrada dos líquidos contidos na mucosa, pois estes líquidos estariam a ela confinados, o que não corresponde à realidade porque não existe paredes impermeáveis ao redor da mucosa da área de suporte da dentadura e; 3 - somente a mucosa aderida é coberta pela base da dentadura ( a dentadura é mais "curta" ) , sacrificando-se os conceitos fundamentais de máxima cobertura dos rebordos e selado periférico. A moldagem com pressão seletiva busca combinar os princípios da moldagem compressiva e da moldagem não compressiva. Basicamente, a mucosa aderida de suporte da dentadura é registrada de uma maneira não compressiva e, a mucosa móvel não aderida da área vestibular, correspondente ao selado periférico, é registrada sob leve pressão. A técnica padrão da Disciplina de Prótese total de nossa faculdade é uma técnica de moldagem com pressão seletiva onde as áreas mais indicadas ao suporte da prótese são moldadas com o mínimo de pressão possível, procurando-se aliviar mais ainda a pressão em áreas que não devam ser comprimidas. Isto é conseguido basicamente através da utilização de um material moldador com alto escoamento ( por exemplo, a pasta zincoenólica ) e criação na moldeira individual de um maior espaço para o material moldador nas regiões que não devem ser comprimidas. A realização de perfurações na moldeira também é um artificio utilizado para diminuir a pressão em regiões localizadas .A godiva utilizada na moldagem do selado periférico é um material que promove uma discreta pressão na mucosa móvel. Apesar de pesquisas demonstrarem a dificuldade práticade se controlar as pressões que ocorrem durante uma moldagem funcional, evidencias clínicas parecem favorecer a técnica de pressão seletiva. 2 - Boca aberta ou boca fechada As técnicas de moldagem com boca fechada são representativas da filosofia de moldagem compressiva. A godiva foi um dos primeiros materiais utilizados na realização desta técnica, seguida posteriormente por ceras com escoamento na temperatura bucal. Mais recentemente "soft liners" tem sido indicados para a realização deste tipo de moldagem. 4 As técnicas de moldagem com boca aberta são representativas das filosofias de moldagem não compressiva e de moldagem com pressão seletiva. 3 - Manipulação manual ou movimentos funcionais Os contornos periféricos do molde podem ser obtidos das seguintes maneiras: 1 - Manipulação manual dos lábios e bochechas do paciente realizados pelo dentista; 2 - Movimentos funcionais tais como sucção, "bico", sorriso e etc. realizados pelo paciente e; 3 - Combinação de manipulação manual do dentista e movimentos funcionais pelo paciente. Seja qual for a técnica utilizada para a obtenção dos contornos periféricos do molde, o dentista deve entender a característica dinâmica do fornix ( fundo de sulco ). Isto pode ser observado facilmente na região de lábio inferior. Se tracionarmos o lábio inferior do paciente em direção supero-anterior causaremos uma modificação no posicionamento do fornix, o qual será deslocado para cima e por conseqüência observaremos uma "diminuição" na altura do rebordo alveolar na região anterior vestibular da mandíbula mas, por outro lado, se tracionarmos o lábio inferior em direção infra-anterior observaremos um "aumento" na altura do rebordo naquela região devido ao deslocamento do fornix para baixo. Obviamente, não é nosso objetivo moldarmos o fornix em uma posição irreal mas, devemos entender que o fornix está sujeito a modificações decorrentes dos movimentos fisiológicos normais realizados pelo paciente. O que buscamos é moldar o fornix de maneira que os contornos periféricos da prótese produzam leve pressão ou mantenham intimo contato com os tecidos móveis do fornix. Seria desnecessário dizer que a pressão exercida pelas bordas da prótese não pode exceder a tolerância tecidual ou impedir a ação muscular. 4 - Tipo de moldeira Duas são as categorias possíveis de moldagem funcional quanto ao tipo de moldeira utilizada: 1 - Moldagem com moldeira de estoque e; 2 - Moldagem com moldeira individual. Entretanto, a única técnica que propicia resultados consistentes é a que utiliza moldeira individual, com o dentista estabelecendo as áreas de alívio, definindo os limites da área chapeável e posteriormente corrigindo os limites da moldeira individual através da moldagem de borda, até que todas as áreas de suporte sejam cobertas e que a moldeira individual exiba um selado periférico efetivo. MATERIAL DE MOLDAGEM Vários são os materiais de moldagem possíveis de serem utilizados para a realização de uma moldagem funcional. Este grande número de materiais pode levar o dentista a questionar-se qual deles deva ser utilizado para obter-se os melhores resultados clínicos. A realidade é que as informações constantes na literatura indicam que pouca ou nenhuma diferença em 5 resultados clínicos existe entre os vários materiais. A escolha do material de moldagem deve ser ditada inicial e fundamentalmente pela filosofia de moldagem a ser desenvolvida pelo dentista. Técnicas compressivas empregam materiais mais pesados, com pequeno escoamento e; técnicas de pressão seletiva ou não compressiva empregam materiais mais leves ou seja, com maior escoamento. Após definida a filosofia a ser utilizada, a escolha final do material deve ser baseada em características tais como: - facilidade de manuseio, elasticidade, odor e preço entre outras. ÁREAS DE SUPORTE As áreas de suporte da maxila e da mandíbula podem ser classificadas em: 1- Áreas de suporte primário e; 2- Áreas de suporte secundário. Entretanto, observa-se na literatura que não existe unanimidade entre os autores de quais as áreas da maxila e da mandíbula a serem classificadas em cada um dos grupos anteriormente citados. Apesar dos conflitos de opinião e das variações individuais de cada paciente, de uma maneira geral podemos dizer que: As áreas de suporte primário da maxila são a porção plana do palato duro e a região posterior dos rebordos alveolares, sendo a porção plana do palato duro melhor para o suporte do que a região posterior dos rebordos alveolares. As áreas de suporte primário da mandíbula são o "buccal shelf" e a região posterior dos rebordos alveolares sendo o "buccal shelf" melhor para o suporte do que a região posterior dos rebordos alveolares. As áreas de suporte secundário da maxila e mandíbula são a região anterior dos rebordos e todas as vertentes dos mesmos. Podemos ainda encontrar a citação de áreas de suporte terciário, as quais tem muito pouca atuação no suporte mas que são muito importantes para o selado periférico. Estas são as áreas de mucosa móvel na região periférica. CONHECIMENTOS BÁSICOS Quando temos por objetivo a realização de uma boa moldagem de um maxilar desdentado para a confecção de uma dentadura, além dos conhecimentos técnicos fundamentais, é necessário conhecermos a histologia; a anatomia e, a dinâmica das estruturas envolvidas. CLASSIFICAÇÃO HISTOLÓGICA DA MUCOSA ORAL A mucosa oral pode ser classificada em: 1- Mucosa mastigatória; 2- Mucosa de revestimento ou móvel e; 3- Mucosa especializada A mucosa mastigatória recobre os rebordos da maxila e mandíbula e também o palato duro. É queratinizada e aderida ao osso subjacente ( periósteo ). O grau de resiliência da mucosa está na dependência da espessura e qualidade da submucosa. Uma mucosa que apresente um grau de resiliência média é mais favorável para as próteses totais. Quando a mucosa está 6 firmemente aderida, não apresentando resiliência, é facilmente traumatizável. Quando apresenta mobilidade excessiva, não promove bom suporte e nem boa estabilidade para a prótese. É importante observar-se que a mucosa que recobre a região do "buccal shelf" da mandíbula é menos queratinizada, menos aderida ao osso e contem uma submucosa mais espessa do que a mucosa que recobre o rebordo mandibular e por esses motivos pode ser considerada menos apropriada ao suporte entretanto, a região do "buccal shelf" continua sendo considerada uma região de suporte primário da dentadura mandibular em decorrência do osso subjacente ser compacto, ao passo que o osso do rebordo mandibular é esponjoso e menos aceitável para a função de suporte. Se durante o ato de moldagem a mucosa mastigatória for deformada, a dentadura obtida quando assentada em posição, também deformará a mucosa mastigatória. Isto irá gerar pressão no osso de suporte e a tendência dos tecidos em retornar a sua posição de repouso irá gerar forças de deslocamento da dentadura. Desta maneira, não é aconselhável moldar-se a mucosa mastigatória em uma situação de deformação. O uso de um material de moldagem que tenha bom escoamento e que permita a mucosa mastigatória retornar a sua posição de repouso antes do material reagir é o procedimento indicado. A mucosa de revestimento ou móvel não está aderida ao tecido ósseo. Ela recobre regiões tais como lábios, bochechas, fornix, palato mole, superfície inferior da língua, etc. .É uma mucosa não queratinizada. Quando a mucosa móvel é discretamente deformada com procedimentos de pressão seletiva, não temos como resultado pressão sobre o osso de suporte e também os tecidos deformados não exercem pressão significativa de deslocamento sobre a dentadura na tentativa de retornarema sua posição de repouso. Esta mucosa, portanto, pode ser utilizada para a obtenção do selado periférico. O material de moldagem a ser utilizado para a moldagem de borda deve promover leve deformação dos tecidos e mante-los no estado de deformação obtido até a reação do material. A mucosa especializada é encontrada no dorso da língua e é queratinizada. REFERÊNCIAS ANATÔMICAS DA MAXILA 1- freio labial superior 2- sulco vestíbulo-labial anterior 3- freio lateral 4- processo zigomático da maxila 5- espaço retro-zigomático 6- tuberosidade 7- linha do Ah 8- papila incisiva 9- rugosidades palatinas 7 10- rafe palatino 11- forame palatino posterior 12- fóveas palatinas REFERÊNCIAS ANATÔMICAS DA MANDÍBULA 1- freio labial inferior 2- sulco vestíbulo-labial anterior 3- freio lateral 4- linha obliqua externa 5- papila piriforme 6- região disto lingual 7- fossa retro-milohioidea 8- linha milohioidea 9- sulco alveolo-lingual 10- freio lingual 11- forame mental 12- "buccal shelf" MÚSCULOS QUE ESTABILIZAM A PRÓTESE Os músculos que estabilizam as próteses totais são: bucinador, orbicular do lábio, genioglosso e músculos da língua. MÚSCULOS QUE DESLOCAM A PRÓTESE Os músculos que deslocam as próteses totais são: masseter, mentalis, incisivo do lábio inferior, palatoglosso, estiloglosso e milohioideo. PREPARO DA BOCA O preparo da boca do paciente para que este receba a dentadura também é fundamental. Cirurgias pré-protéticas ( espículas ósseas, áreas excessivamente retentivas, hiperplasias, etc.) bem como o tratamento da fibromucosa de suporte ( candidoses e inflamações decorrentes de próteses mal adaptadas ou, ainda, outras possíveis alterações da normalidade ) devem ser realizados o mais cedo possível, previamente à realização da moldagem funcional. TÉCNICA PARA A MOLDAGEM FUNCIONAL Conforme citado acima, existem várias técnicas de moldagem funcional. Em linhas gerais, as fases básicas fundamentais da técnica de moldagem funcional, tanto para a maxila como para a mandíbula, indicadas pela disciplina de prótese total de nossa faculdade são: 1 - Ajuste da 8 moldeira individual; 2 - Moldagem de borda e; 3 - Moldagem funcional propriamente dita. No ajuste da moldeira individual, a moldeira será recortada de maneira a permitir um espaço de 2 a 3 mm entre a borda da moldeira e o fundo de sulco. A moldeira também deve ser recortada na região dos freios para que estas estruturas sejam corretamente moldadas. A abertura bucal faz com que o processo coronóide da mandíbula transite lateralmente à região retro-zigomática da maxila podendo interferir na espessura da moldeira nesta região. Atenção especial também deve merecer a espessura da moldeira na região anterior pois esta pode interferir com a estética da futura prótese. A moldagem de borda normalmente é realizada com godiva em bastão entretanto, outros materiais tais como as siliconas, resinas, ceras, etc. podem ser utilizados. Quando o material utilizado é a godiva, cuidados especiais devem ser tomados para não queimarmos o paciente. Um bom procedimento, ainda que não obrigatório, é utilizarmo-nos de um recipiente com água fria para abaixarmos a temperatura da godiva. Após a colocação da godiva na periferia da moldeira a mesma é inserida na água e removida rapidamente, previamente à colocação da moldeira na boca do paciente. Desta maneira, controla-se melhor a temperatura da godiva durante todo o procedimento operatório. A moldagem funcional propriamente dita é realizada após a moldagem de borda. A moldagem maxilar é realizada com o operador posicionado por trás do paciente e a moldagem mandibular com o operador na frente do paciente. Ao carregarmos a moldeira com o material moldador, este deve ser colocado em uma camada uniforme, não excessiva. A introdução da moldeira na boca do paciente deve ser realizada de maneira que um lado da moldeira seja apoiado em uma comissura bucal enquanto que a comissura bucal oposta é afastada e a seguir, com um movimento rotatório, introduzida na boca. Após a introdução da moldeira, esta deve ser centralizada e posteriormente assentada em posição. Para a moldagem mandibular, após a introdução da moldeira, solicita-se ao paciente que eleve a língua em direção ao palato pois este procedimento facilita o correto posicionamento da moldeira no rebordo alveolar. O assentamento da moldeira deve ser realizado de maneira gradual, contínua, com leve pressão, observando-se o escoamento do material de moldagem. Após o assentamento, cessa-se a pressão de introdução da moldeira para que os tecidos moldados retornem a sua posição de repouso. A moldeira deve ser mantida estável durante a movimentação muscular e até que o material moldador tenha a sua reação final, sem alterar a sua correta posição. Obtido o molde, para a observação de possíveis falhas, este deve ser lavado com água corrente e secado com jato de ar. Na seqüência, após os testes de retenção, estabilidade, suporte, e selado posterior, novamente lavamos e secamos o molde, confeccionamos o debrum, e procedemos aos devidos cuidados relativos à infecção cruzada antes do vazamento do molde.
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