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Estudo etnobiológico da sustentabilidade pesqueira da comunidade Ribeirinha Catalão de Manaus Ivã Andreas Lorena Clara Cruz INTRODUÇÃO Caracterização da pesca artesanal: Geralmente consome-se o que for pescado, vendendo-se o excedente (subsistência); Locais com problemas sociais: desemprego, baixa escolaridade; Utilização de apetrechos e insumos pouco sofisticados; Embarcações de pequeno a médio porte (motorizadas ou não); INTRODUÇÃO Conhecimento empírico tradicional passado de geração em geração pelos “Mestres”; Condições das marés, identificação dos pescados, manejo dos instrumentos, estações do ano, hábitos alimentares, fases da lua, clima, etc; “Controle de como pescar e do que pescar, em suma, o controle da arte da pesca” INTRODUÇÃO Segundo (BORGHETTI, 2000), na pesca artesanal, estima-se... + ou - 700.000 pescadores (400 colônias entre 23 Estados). 21% Norte; 39% Nordeste; 18% Sudeste e 22% Região Sul. 60% da produção total e a pesca industrial com aproximadamente 40%. água doce contribui com 25% da produção total e a água salgada com 75%. 4 milhões de pessoas dependem direta ou indiretamente, da atividade pesqueira no Brasil. HISTÓRICO Influência de três correntes étnicas na formação de comunidades ribeirinhas pesqueiras, segundo Diegues (1983): Indígena: preparo do peixe na alimentação, feitio de canoas e jangadas, as flechas, arpões e tapagens; Portuguesa: anzóis, pesos de metal e chumbo, redes de arremessar e de arrastar; Negra: cestos e utensílios para captura de peixes; JUSTIFICATIVA Desvalorização do saber tradicional pela comunidade científica e pela sociedade em geral; Preocupação com espécies ameaçadas de extinção, como o peixe Pirarucu; Confirmar práticas conservacionistas pelos pescadores artesanais visto sua dependência de tais recursos; LEGISLAÇÃO VIGENTE Conforme o IBAMA: Tratada como recurso pesqueiro e não recurso faunístico; Também inserida nos programas de fiscalização e monitoramento; Recursos pesqueiros são considerados recursos naturais de uso comum e de livre acesso; Dificuldades para a manutenção e defesa de fronteiras e/ou territórios; regulação de sua utilização de forma adequada, considerando formas de uso e equilibrando a sobrepesca. LEGISLAÇÃO VIGENTE Várias categorias, podendo serem alocadas em três grupos: Limitar a pesca por tempo: manter o estoque reprodutivo de peixes; Licenças de pesca: restringir número de barcos autorizados; Restringir tipos de insumos utilizados na pesca: limitando tamanho do barco, proibindo uso de apetrechos, etc; OBJETIVO A pesquisa foi desenvolvida a fim de investigar, principalmente, em que medida os pescadores artesanais podem ser considerados conservacionistas e a forma como lidam com a conservação da natureza, visto que dependem diretamente dela para a sobrevivência de sua atividade profissional, principalmente no que diz respeito a espécies ameaçadas de extinção; Metodologia Comitê de Ética em Pesquisa; Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE); Levantamento do acervo bibliográfico: A fim de levantar dados sócio-ambientais e ecológicos da Região a ser estudada. Coleta de dados de caráter quali-quantitativo: Entrevistas semi-estruturadas contendo informações sobre o entrevistado, abordando aspectos socioeconômicos como nome, idade, naturalidade, profissão e tempo de trabalho na pesca ou extrativismo; informações sobre manejo das plantas e animais, enfocando no peixe pirarucu ameaçado de extinção e principal pesca. A amostragem foi específica, sendo entrevistados famílias que vivem apenas da pesca e do extrativismo. A identificação das espécies foi realizada com chave dicotômica. Para a análise dos dados foi realizada uma compilação dos dados sobre as espécies utilizadas e as principais formas de coleta e manejo. Metodologia Levantamento do acervo bibliográfico; Coleta de dados: - Entrevistas semi-estruturadas; - Amostragem não-aleatória; - Identificação das espécies utilizadas. Turnê guiada à barco; Análise dos dados (Valor de Diversidade do Informante, Valor de Importância) Levantamento do acervo bibliográfico: A fim de levantar dados sócio-ambientais e ecológicos da Região a ser estudada. Coleta de dados de caráter quali-quantitativo: Entrevistas semi-estruturadas contendo informações sobre o entrevistado, abordando aspectos socioeconômicos como nome, idade, naturalidade, profissão, grau de instrução/escolaridade, cadastramento legal e tempo de trabalho na pesca; informações sobre condições ambientais em que se pesca, locais, instrumentos utilizados, espécies capturadas (enfocando no peixe pirarucu ameaçado de extinção e principal pesca), quantidade pescada em diferentes épocas, histórico da pesca local, local de venda do pescado. A amostragem foi específica, sendo entrevistados famílias que vivem principalmente da pesca. A identificação das espécies foi realizada com chave dicotômica. Para a análise dos dados foi realizada uma compilação dos dados sobre as espécies utilizadas e as principais formas de coleta e manejo. Quais as principais espécies de peixes que utiliza como fonte de renda e/ou alimento? “ Pergunta básica formulada aos entrevistadores RESULTADOS ESPERADOS Espera-se analisar a existência de um manejo sustentável entre as atividades desenvolvidas pelos moradores da comunidade de Catalão. Além disso, com a análise de diversidade de espécies, pretende-se identificar as principais espécies de peixes utilizadas como fonte de renda e/ou alimento, com enfoque no peixe Pirarucu. Posteriormente, avaliar se a presença da comunidade interfere de maneira positiva ou negativa o meio ambiente em que estão inseridos. ADANS, C. et al. Agricultura e Alimentação em Populações Ribeirinhas das Várzeas do Amazonas: Novas Perspectivas. Ambiente & Sociedade. v. 8, 2005. AMARAL, S. et al. Comunidades ribeirinhas como forma socioespacial de expressão urbana na Amazônia: uma tipologia para a região do Baixo Tapajós (Pará-Brasil). Revista Brasileira. v. 30, p. 367-369, 2013. ANDREOLI, V. M. Natureza e Pesca: Um estudo sobre os pescadores artesanais de Matinhos – PR. Curitiba, 2007. FRAXE, T. de J. P. Comunidades Ribeirinhas Amazônicas: Modos De Vida E Uso Dos Recursos Naturais. Disponível em: <http://educampo.miriti.com.br/arquivos/File/comunidades_ribeirinhas_modos_de_vida.pdf>. Acesso em: 27 de jun 2018. G1. No Amazonas, 106 casas flutuantes abrigam a Comunidade Catalão. Disponível em: <http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2013/08/no-amazonas-106-casas-flutuantes-abrigam-comunidade-catalao.html>. Acesso em: 27 de jun 2018. GUARIM, V. L. Sustentabilidade ambiental em comunidades ribeirinhas tradicionais. III Simpósio sobre Recursos Naturais, 2000. Referências Bibliográficas LIRA, T. de M.; CHAVES, M. do P. S. R. Comunidades ribeirinhas na Amazônia: organização sociocultural e política. Integrações. v. 17, p. 66-76, 2016. PASA, M. C. Etinobiologia de uma comunidade ribeirinha no alto da bacia do Rio Ariçá Açu, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Disponível em: <https://repositorio.ufscar.br/bitstream/handle/ufscar/1721/TeseMCP.pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 27 de jun 2018. PASA, M. C.; ÁVILA, G. de. Ribeirinhos e recursos vegetais: a etnobotânica em Rondonópolis, Mato Grosso, Brasil. Interações. v. 11, p. 195-204, 2010. RODRIGUES, A. L. F. O boto na verbalização de estudantes ribeirinhos: uma visão etnobiológica. Dissertação de mestrado – Universidade Federal do Pará, Belén. 2008. SANTOS, C. R. G. dos et al. Ribeirinhos Da Amazônia: Modo De Vida E Relação Com A Natureza. Disponível em: <https://www.uniara.com.br/legado/nupedor/nupedor_2012/trabalhos/sessao_3/sessao_3D/03_Cassio_Santos.pdf> Acesso em: 27 de jun 2018. SOUZA, J. G. Familias Ribeirinhas Moradoras Das Reservas De Desenvolvimento Sustentavel No Amazonas: Uma Reflexao Sobre O Programa Bolsa Floresta. V Jornal internacionalde políticas públicas. 2011. WWWF – BRASIL. Pirarucu: o gigante das águas doces. Disponível em: <https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/biodiversidade/especie_do_mes/agosto_pirarucu.cfm>. Acesso em: 27 de jun 2018. OBRIGADO!
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