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O processo do desenvolvimento Resumo Psicologia UFVJM

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O processo do desenvolvimento
Conceito de desenvolvimento no âmbito da psicologia
Conceituar é a ação de formular idéias por meio de palavras. Os conceitos ajudam a delimitar espaços, precisar idéias, determinar limites, demarcar conteúdos, definir situações e, até certo ponto, orientar atos. O uso abusivo é destrutivo e limitante. A compreensão firma o conceito. A definição coordena as idéias.
Desenvolvimento facilmente agrega-se à noção de ganho. No caso do homem, sobretudo ganho visível e físico.
Progredir, aumentar, melhorar, expandir, crescer podem ser associados ao desenvolvimento-ganho. Liga-se à concepção de homem que, se completa atingindo um estado de homem terminado, involuindo a seguir. 
Ainda que os anos iniciais sejam marcados por ganhos mais visíveis. Muitas perdas e involuções marcam igualmente algum processo.
Esta ligação “desenvolvimento-ganho” inspirou muitos autores. Também foi o motivo de, em sua maioria, os livros de Psicologia do Desenvolvimento traçarem um perfil evolutivo do homem que termina aproximadamente aos dezesseis anos.
Ganhos e perdas se alternam e ambos devem ser encarados como fenômenos evolutivos.
Desenvolver é evoluir, ou melhor dizendo, é evolucionar, o que significa alternar ou modificar. 
Na trajetória humana existem ganhos e perdas e modificações em múltiplas direções que dependem do juízo social, em grande escala, para se classificarem como positivas ou negativas. E o desenvolvimento engloba todas essas modificações independentemente do seu valor cultural.
Na literatura psicológica, crescimento é usado em substituição a desenvolvimento. O primeiro refere-se primordialmente às modificações passíveis de uma avaliação numérica, quantificáveis.
O segundo é um conceito mais amplo porque, além de englobar as modificações contáveis, incluem todas as outras não avaliáveis numericamente, já que variáveis no seu aspecto qualitativo.
A Psicologia do Desenvolvimento ocupa-se das modificações de conduta que operam no transcorrer do tempo.
Uma exposição interessante propõe um paradigma para as disciplinas que se ocupam de mudanças que ocorrem com o transcorrer do tempo.
Ele coloca:
M = f(T)
Onde M refere-se a mudanças; T ao transcorrer do tempo e f, à relação funcional entre ambos. 
Na Psicologia do Desenvolvimento o ser humano representa a unidade de estudo, mais especificamente, a conduta do ser humano, seja ele expressa ou encoberta.
O paradigma pode ser reestruturado:
M conduta = f(T)
O tempo expresso em termos de idade cronológica não pode ser considerado como um fator antecedente, variável independente. Nem como fator consequente, variável dependente. Podemos assim considerar a idade cronológica como uma variável relacional.
Alterando sua estrutura da seguinte forma:
M conduta = f(idade cronológica)
E ainda:
M conduta = f(herança, experiência passada e presente e interação)
Fatores determinantes do desenvolvimento
O paradigma anterior remete-se a uma outra questão, a dos determinantes do processo de evolução humana ou ainda dos fatores subjacentes ao surgimento de novas condutas.
A herança, a experiência e ainda a sua interação, constituem o substrato do desenvolvimento.
O modelo científico-natural não encaixa a experiência, atuando em seu processo evolutivo, ignorando a possibilidade humana de introspecção, de decisão, de participação ativa em sua própria formação.
A adoção de um outro modelo, por exemplo o cientifico-humano, suscitaria preocupações éticas e inúmeras questões de natureza diversa, além da busca de fatores causais, além de maturação e aprendizagem.
Maturação significa potencialização de fatores endógenos, sem qualquer interferência de fatores externos.
A aprendizagem, processo que envolve algum tipo de adaptação, é determinada por fatores exógenos e podem ser físico-químicos e socioculturais.
A presença de fatores de maturação e de aprendizagem no processo evolutivo, acreditamos que o individuo que cresce e participa cada vez mais ativamente de sua própria evolução. 
A maturação e aprendizagem estão longe de serem independentes ou apenas complementares, devem ser consideradas variáveis imprescindíveis em qualquer modificação incluída no processo de desenvolvimento, onde a ausência de uma ou de outra impede o desenvolvimento integral do organismo.
Tem sido um dos principais problemas da Psicologia do Desenvolvimento determinar o momento maturacional ideal para o treino de qualquer habilidade. Um treinamento precoce pode trazer consequências negativas. 
Um treinamento tardio, por outro lado, pode significar atrasos desnecessários à evolução do individuo. 
Princípios gerais do desenvolvimento
Todas as mudanças incluídas no processo evolutivo estão submetidas a alguns princípios gerais, relativos ao ritmo do desenvolvimento, á sua espécie, às suas direções e sequencia.
Os diversos órgãos desenvolvem-se segundo seu próprio ritmo. O foco do desenvolvimento gradativamente desloca-se das estruturas cranianas para o coração, depois para os membros e, posteriormente para o sistema respiratório e digestivo.
Cada momento, o foco de atenção recai em uma cena que, entretanto, liga-se a todas as outras que não param de evoluir. 
O foco do desenvolvimento muda incessantemente com o decorrer do tempo, o que se traduz pelo fato de, para um mesmo órgão ou sistema, ou estrutura, o desenvolvimento tem momentos de maior ou menor rapidez de mudanças. Isso confere ao desenvolvimento um caráter assincrônico. Mas é o individuo todo que se desenvolve, apresentando períodos de grande intensidade seguidos de grande lentidão, caracterizando o desenvolvimento com um processo descontínuo.
Um desenvolvimento do geral para o especifico. Gradativamente vai havendo uma progressiva diferenciação da linguagem, nas habilidades motoras, na dimensão realidade-irrealidade, na relação eu-outro etc.
O desenvolvimento é regido por um principio de integração ou de subordinação funcional, onde estruturas e funções diferenciadas tomam-se organizadas e padrões novos e mais inclusivos.
O padrão geral de desenvolvimento de qualquer estrutura ou sistema é o mesmo para todo individuo e não é afetado pela rapidez com que cada fase se segue a outra.

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