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6o termo - Caderno prova 3 - Empresarial

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EMPRESARIAL - PROVA 3
Bruno VENDRAMINI
RESUMO: 
6º Termo
Turma C
Professor: Edson Freitas
terça-feira, 4 de agosto de 2014
1 FALÊNCIA (CONTINUAÇÃO) – lei 11.101/05
Aula 01
Por que um credor ajuíza a falência e não uma ação de execução, que seria muito mais rápido?
A falência é o último recurso, para aqueles casos que não é mais viável a ação de execução.
Falência = liquidação judicial – juiz manda um oficio para a junta comercial na sentença da falência, extinguindo o empresário.
Estão sujeitos a falência: empresário pessoa física, EIRELI, MEI ou pessoa jurídica: limitada, S.A., em nome coletivo, em comandita simples, em comandita por ações.
Empresário pessoa física: pouco capital investido, exerce atividade empresarial sozinho.
EIRELI: Empresa Individual de Responsabilidade Limitada: pessoa física que transfere parte de seu patrimônio para a EIRELI.
Empresário pessoa jurídica: sociedade empresarial: sócios ou acionistas.
Pressupostos da falência:
Devedor empresário
Insolvência
Sentença declaratória de falência.
INSOLVÊNCIA
No sentido jurídico e não no sentido econômico: insuficiência de bens para a satisfação de suas obrigações (sentido jurídico da lei falimentar e não econômico) – pode acontecer do ativo ser maior que o passivo, e mesmo assim a empresa não consegue cumprir suas obrigações.
Pode falir quem tem provar que tem patrimônio superior ao passivo (na insolvência civil essa prova impede a execução concursal), assim como não necessariamente deve ser decretada a falência de quem tem passivo maior que o ativo.
Insolvência, para a falência (presumida), decorre da ocorrência de fatos previstos em lei: precisa dessas 3 possibilidades (objetivas) – pode até ter o ativo maior que o passivo. Mesmo que o empresário não tenha nenhum sinal externo de insolvência, é possível pedir falência.
Do Procedimento para a Decretação da Falência
1ª possibilidade: impontualidade, sem justificativa, no cumprimento de obrigação líquida (art. 94, I, LF); (grande maioria dos casos)
Seção IV
Do Procedimento para a Decretação da Falência
 Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
 I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;
Requisitos:
- Sem relevante razão de direito = injustificada
- Título(s) executivo(s) judicial ou extrajudicial (pode juntar vários títulos para requerer a falência (litisconsórcio ativo).
- Liquido, certo e exigível (pode título executivo judicial que não é líquido, certo e exigível).
- Título protestado (cambial), se for título executivo judicial (sentença) existe um protesto especial para efeito de falência (feito no próprio cartório). Se for cheque tem de ser protestado mesmo assim.
- Valor superior a 40 salários-mínimos. Pode haver litisconsórcio ativo para requerer a falência.
quarta-feira, 5 de agosto de 2014
2ª possibilidade: execução frustrada (art. 94, II, LF);
Do Procedimento para a Decretação da Falência
 Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
 II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;
O que pode acontecer em uma execução: pagar, depositar o valor em garantia ou oferecer bens. Se o devedor (devedor que a lei se refere é o empresário que está falindo) não fizer nenhuma dessas 3 ações será uma execução frustrada.
Qualquer quantia; não paga, não deposita e não nomeia bens à penhora: “tríplice omissão” (Ulhoa). 
Falência é ajuizada na vara especializada ou, se não houver, na justiça estadual (comum). Sempre uma nova ação, uma nova distribuição. Junta no pedido de falência cópias do processo de execução que foi frustrada ou uma certidão de objeto e pé deste.
3ª possibilidade: prática de “ato de falência” (art. 94, III, LF).
Só parte para esse pedido se não houver como fazer os outros dois que são mais fáceis de provar.
 Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
 III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:
a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos;
Vender seus ativos fora do normal (transportadora que vende seus caminhões e não repõe); pegar dinheiro com agiota para cumprir suas obrigações, portanto não está conseguindo crédito regularmente.
 b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;
Está se desfazendo dos bens, e não deixando bens suficientes para honrar seus compromissos.
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;
Fraude
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;
Competência do pedido de falência é juízo do principal estabelecimento, normalmente é a sede ou matriz. Se a empresa muda a sede principal para fraudar credores.
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;
Dívida velha, garantia nova: não pode dar vantagem para um credor quirografário (como dar um imóvel em garantia, que vira garantia real).
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;
O empresário abandona a empresa (mercadinho de Prudente)
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.
Faz acordo na recuperação judicial para conseguir e mesmo assim não paga.
9 de setembro de 2014 – cheguei atrasado - cupertino
Aula 02
FALÊNCIA (CONTINUAÇÃO).
PEDIDO DE FALÊNCIA
Para haver pedido por credor de título inexigível, só pode por ato de falência ou por impontualidade ou execução frustrada de outros credores.
Rito
- procedimento judicial típico (contencioso - arts. 94 a 96 e 98 da LF);
Do Procedimento para a Decretação da Falência
 Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
 ...
 § 1o Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I do caput deste artigo.
 § 2o Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os créditos que nela não se possam reclamar.
 § 3o Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9o desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislação específica.
 § 4o Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução.
 § 5o Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, o pedido de falência descreverá os fatos que a caracterizam, juntando-se as provas que houver e especificando-se as que serão produzidas.
 Art. 95. Dentro do prazo de contestação, o devedor poderá pleitear sua recuperação judicial.
 Art. 96. A falência requerida com base no art. 94, inciso I do caput, desta Lei, não será decretada se o requerido provar:
 I – falsidade de título;
 II – prescrição;
 III – nulidade de obrigação ou de título;
 IV – pagamento da dívida;
 V – qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não legitime a cobrança de título;
 VI – vício em protesto ou em seu instrumento;VII – apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação, observados os requisitos do art. 51 desta Lei;
 VIII – cessação das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos antes do pedido de falência, comprovada por documento hábil do Registro Público de Empresas, o qual não prevalecerá contra prova de exercício posterior ao ato registrado.
 § 1o Não será decretada a falência de sociedade anônima após liquidado e partilhado seu ativo nem do espólio após 1 (um) ano da morte do devedor.
 § 2o As defesas previstas nos incisos I a VI do caput deste artigo não obstam a decretação de falência se, ao final, restarem obrigações não atingidas pelas defesas em montante que supere o limite previsto naquele dispositivo.
 Art. 98. Citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de 10 (dez) dias.
 Parágrafo único. Nos pedidos baseados nos incisos I e II do caput do art. 94 desta Lei, o devedor poderá, no prazo da contestação, depositar o valor correspondente ao total do crédito, acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios, hipótese em que a falência não será decretada e, caso julgado procedente o pedido de falência, o juiz ordenará o levantamento do valor pelo autor.
Disposições Gerais
 Art. 5o Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência:
 I – as obrigações a título gratuito;
 II – as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na falência, salvo as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor.
Petição inicial – começa a 1ª fase (pré-falimentar) => sentença declaratória de falência => começa a 2ª fase (falimentar propriamente dita) => sentença de encerramento => começa a 3ª fase (pós)
§ 5º do art. 94 e art. 5º - uma promessa de doação, por exemplo, não pode ser cobrado na falência.
- Pedido por impontualidade injustificada:
a) o credor deve exibir o título (admite-se cópia se estiver juntado em outro processo – art. 9º, § único, LF);
b) não tem legitimidade para requerer a falência por impontualidade injustificada aquele credor que não pode ter crédito habilitado (art. 94, § 2º, c.c. art. 5º, I, LF); (que seria a doação)
- Pedido por execução frustrada: juntada de certidão expedido pelo juízo onde tramita a execução
- Pedido por ato de falência: descrição dos fatos e apresentação das provas
- prazo para defesa: 10 dias (art. 98, LF); no mesmo prazo o credor pode elidir a falência (depósito elisivo): afastar a falência – o juiz fica impedido de declarar a falência, não é para pagar a dívida.
- o depósito elisivo pode ser feito apenas ad cautelam, apresentando-se também a defesa; 
- cabível o depósito elisivo também em caso de pedido por ato de falência? (a opinião de Fábio Ulhoa Coelho é pela possibilidade);
- no caso de pedido de falência por impontualidade injustificada o pedido de suspensão feito pelo requerente (ou de comum acordo com o devedor) leva à extinção do processo, porque se entende que desaparece a impontualidade;
- em caso de autofalência há rito próprio (arts. 105 a 107 da LF); - não contencioso, não há parte contrária.
a) juntada dos documentos relacionados no art. 105, LF;
Da Falência Requerida pelo Próprio Devedor
 Art. 105. O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas dos seguintes documentos:
 I – demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de:
 a) balanço patrimonial;
 b) demonstração de resultados acumulados;
 c) demonstração do resultado desde o último exercício social;
 d) relatório do fluxo de caixa;
 II – relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos;
 III – relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de propriedade;
 IV – prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, seus endereços e a relação de seus bens pessoais;
 V – os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei;
 VI – relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereços, suas funções e participação societária.
b) ato contínuo o juiz deve declarar a falência (mandando emendar antes a inicial caso falte algum documento), pois não há contencioso;
c) o juiz somente não declarará a falência se houver pedido de desistência antes da declaração da falência.
Atuação do Ministério Público
- não há previsão legal quanto à participação do MP na fase pré-falimentar (não há interesse público nessa fase);
- entretanto, é prática bastante comum os juízes solicitarem parecer do representante do MP antes da tomada de decisões (declaração ou não da falência, principalmente).
Somente depósito elisivo: juiz não irá declarar a falência, mas manda liberar o depósito para quem pediu a falência (credor). Sucumbência é do requerido. Quem recebe a liberação do depósito é o requerente.
Somente defesa: se a defesa não for acolhida é decretada a falência. Se a defesa for acolhida a sucumbência é do requerente. Se a defesa não for acolhida quem sucumbe é o requerido.
Depósito + defesa: se a defesa for acolhida que sucumbe é o requerente. Se não for acolhida é o requerido.
	
	
	Sucumbência
	Lib. Depósito
	Somente depósito elisivo
	
	Requerido
	Requerente/advogado
	Somente defesa
	Acolhida
	Requerente
	Requerido
	
	Não acolhida
	Requerido
	Requerente
	Depósito + defesa
	Acolhida
	Requerente
	Requerido
	
	Não acolhida
	Requerido
	Requerente
Aula 03
FALÊNCIA (CONTINUAÇÃO).
COMPETÊNCIA:
-	para apreciação do processo de falência ou de recuperação judicial, bem como de seus incidentes, é do juízo do principal estabelecimento do devedor (art. 3º, LF)
-	não é a sede estatutária ou contratual, nem o maior fisicamente; principal é aquele onde se concentra o maior volume de negócios, o mais importante do ponto de vista econômico
-	a distribuição de recuperação judicial ou de um primeiro pedido de falência provoca prevenção com relação aos demais (art. 6º, § 8º, LF); a execução anterior e o pedido de homologação de recuperação extrajudicial não induzem prevenção; 
Franquia: quem fali é o franquiado, é um empresário, o franquiador é outro. A casas Bahia é uma empresa que tem vários estabelecimentos, se falir fali todas.
Massa falida: ente despersonalizado que tem capacidade de ser parte em um processo judicial (assim como o espólio). Se havia uma ação tramitando com o nome do empresário, haverá a substituição processual pela massa falida do empresário. Pessoa jurídica substitui por ente despersonalizado. O represente da massa falida é o administrador judicial. Administrador judicial não pode fazer nada sem autorização do juiz. O juiz que nomeia o administrador judicial.
Substituição processual: a massa falida passará a ser parte nos processos onde o empresário era parte.
-	Juízo universal: será o competente para apreciar todas ações referentes aos bens, interesses e negócios da massa falida (art. 76, LF); “atrai” todos os processos de interesse patrimonial de massa falida. O processo que, por exemplo, tramitava em Anastácio, e a falência tramita em Prudente, o processo de Anastácio desloca para Prudente.
Exceções: (praticamente 
ações não reguladas pela LF em que a massa for autora ou litisconsorte (art. 75, in fine, LF) – competência segundo as regras do CPC;
Ação revocatória – ação regulada pela lei de falência.
Se foruma ação indenizatória: se a massa for ré, a ação desloca para o juízo da falência. Se a massa for autora, a ação não desloca, e o dinheiro, se receber, será usado para pagar os credores.
b) reclamações trabalhistas (em fase de conhecimento e/ou liquidação) – competência da Justiça do Trabalho (CF, art. 114); - pede a reserva, e a reserva será feita entre os créditos trabalhistas. Se estiver na fase de execução, a execução será suspendida. As execuções individuais são suspendidas quando a falência é declarada. Suspende pois pode haver recurso.
c) execuções de certidões de dívida ativa (Lei 6.830/80); - execuções fiscais – qualquer valor devido à fazenda pública federal, estadual e municipal. Essas não suspendem, continuam normalmente no juízo que estavam seguindo (está na lei de execuções fiscais, no CTN e na lei de falência), os créditos da fazenda pública não se sujeitam ao concurso de credores. Como é crédito de dinheiro público, as execuções fiscais não param. Só pode pedir (isto não está na lei) para suspender a execução fiscal se houver risco de haver inversão na ordem de pagamento: por exemplo, uma execução fiscal que tem um imóvel indo para leilão: irá pagar a fazenda pública e os trabalhadores ficariam sem receber.
d) ações de conhecimento onde é parte ou interessada a União Federal, entidade autárquica ou empresa pública federal – competência da Justiça Federal (art. 109, I, CF); tramita na JF então continua na JF.
e) execução individual por credor particular com hasta já designada, por medida de economia processual, mas o produto da venda é entregue à massa (obs.: não há previsão legal expressa na atual legislação, mas trata-se de providência ainda razoável de ser aplicada) – tem um bem indo a leilão com a hasta pública já designada.
Aula 04
SENTENÇA DECLARATÓRIA DE FALÊNCIA:
Sentença de falência tem que haver relatório, parte dispositiva, fundamentação, assim como toda sentença.
- embora seja denominada pela lei de declaratória, tem caráter essencialmente constitutivo, pois opera-se a dissolução da sociedade e instaura-se o regime jurídico falimentar (massa falida)
-	Deve conter: 		
a) o conteúdo genérico de qualquer sentença (art. 458, CPC);
CAPÍTULO VIII DA SENTENÇA E DA COISA JULGADA
Seção I Dos Requisitos e dos Efeitos da Sentença
Art. 458. São requisitos essenciais da sentença:
I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a suma do pedido e da resposta do réu, bem como o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões, que as partes Ihe submeterem.
b) o conteúdo específico para a lei falimentar (art. 99, LF)
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações:
 I – conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem a esse tempo seus administradores;
 II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1o (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados;
 III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência;
 IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no § 1o do art. 7o desta Lei;
 V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1o e 2o do art. 6o desta Lei;
 VI – proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do falido, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor se autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI do caput deste artigo;
 VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus administradores quando requerida com fundamento em provas da prática de crime definido nesta Lei;
 VIII – ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falência no registro do devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei;
 IX – nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II do caput do art. 35 desta Lei;
 X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e outras entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido;
 XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com o administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no art. 109 desta Lei;
 XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembléia-geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial quando da decretação da falência;
 XIII – ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência.
 Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo a íntegra da decisão que decreta a falência e a relação de credores.
- são específicos da falência:
a) síntese do pedido, identificação do devedor e a designação dos representantes legais; é recomendável, ainda, a menção do local do principal estabelecimento e do ramo de atividade econômica (a lei atual não exige expressamente);
Identificação do devedor é para identificar completo.
Sentença comum sai no diário oficial, só interessa as partes e as seus advogados. Só sai um resumo da sentença.
Uma sentença de falência interessa à comunidade toda: principalmente credores: a abrangência é maior: a sentença é publicada por 2 vezes, na íntegra, no diário oficial e se possível em jornal de grande circulação.
Identificação completa: denominação social, nome fantasia, endereço, inscrição estadual, CNPJ, representante legal (qualquer esclarecimento necessário é feita por ele).
Mencionar principal estabelecimento e principal atividade econômica.
Juiz que declara a falência deve tomar os devidos cuidados dependendo do tipo de estabelecimento: como um supermercado, precisa tirar os produtos que estragam rápido para depois lacrar.
b) o termo legal da falência, mesmo que em caráter provisório;
c) a determinação ao falido para que entregue em cartório a relação de seus credores;
Falido vai ser intimado através de seu representante legal. Essa lista pode estar errada: o credor já pode ter sido pago ou não estar incluído na lista, o valor pode estar errado. Se estiver na lista corretamente, o credor não precisa de manifestar.
Credor não precisa de advogado para atuar na falência.
d) prazo para os credores habilitarem os seus créditos;
e) ordem de suspensão das execuções individuais contra o falido;
Suspende, não extingue: pode ser revertida em recurso.
f) proibição de praticar atos que impliquem em alienação ou oneração dos bens;
Existe horário que faliu, para diferenciar os negócios que foram válidos e os que foram nulos.
g) diligências para a salvaguarda dos interesses da massa, incluindo a prisão preventiva dos representantes legais;
h) ordem à Junta Comercial para anotação da falência;
Ofício a junta comercial.
i) nomeação do administrador judicial;
Alguém de confiançado juiz.
j) determinar a expedição de ofícios a repartições públicas que possam prestar informações sobre bens do falido;
Oficio Detran, cartório de registro de imóveis. Para checar a contabilidade.
l) ordem de lacração do estabelecimento, se necessário;
m) autorização para a continuação provisória, se for o caso;
Fábrica de aviões, por exemplo.
n) convocação da assembleia de credores para eleição do comitê de credores, se for o caso;
Comitê de credores: representantes dos credores: se houverem muitos credores faz-se um comitê.
o) determinação de intimação do MP e das Fazendas Públicas.
Deve ser intimados diretamente. Fazenda pública nacional, estadual e municipal.
- a lei atual não menciona expressamente que deva constar a hora da quebra, mas é necessário que o juiz determine
9 de setembro de 2014
- termo legal: período anterior à quebra em que serão investigados os atos praticados pelo falido; também é importante para fixar a ineficácia de alguns atos praticados antes da falência. Alguns chamam de período “suspeito”. Art. 129 e 130. Atos que aconteceram dentro desse termo legal já são considerados ineficazes. Por exemplo o empresário que antes da falência paga crédito não vencido: o credor terá de devolver. O juiz fixará o início do termo legal. O termo legal é desse início até a data da falência.
- quando a falência for por impontualidade injustificada ou por execução frustrada, o termo legal não poderá retroagir mais do que 90 dias do primeiro protesto por falta de pagamento; 
No caso de pedido por ato de falência, o termo legal não pode retroagir mais do que 90 dias da petição inicial; 
Se for hipótese de convolação de recuperação judicial em falência, não pode retroagir mais do que 90 dias da impetração.
Do primeiro protesto ele pode retroagir até 90 dias. Depois, no decorrer do processo, ele pode mudar esse termo.
- surgiu uma discussão interessante em uma das aulas sobre o limite máximo de retroação que o juiz tem para fixar o termo legal da falência. Ocorre que, em razão do que dispunha a lei antiga (Decreto-lei nº 7.661/45), a tradição sempre foi no sentido de que os limites de retroação do juiz para fixar o termo legal eram contados do 1º protesto para a falência requerida por impontualidade injustificada, do pedido de falência para aquela requerida por ato de falência e do pedido de concordata (equivalente à atual recuperação judicial) para as falências provenientes de conversão de concordata em falência. Não havia na lei antiga a falência requerida em razão de execução frustrada (art. 94, II, da LF). Com isso, surgiu a seguinte discussão: no caso de falência pedida por execução frustrada a fixação do termo legal levará em consideração (para efeito de retroação pelo juiz e fixação da data inicial) o 1º protesto ou a data do pedido de falência? Acima consta que a contagem deve ser do 1º protesto, mas me ocorreu durante a explanação que é possível uma falência requerida por execução frustrada sem que o empresário tenha qualquer título protestado (embora isso pareça ser raro, é possível). Sendo assim, por óbvio, não há como usar o 1º protesto como parâmetro para fixação do termo legal. Neste caso, parece não haver outra solução a não ser fixar o termo legal levando em consideração a data do pedido de falência. Conclusão: na falência requerida por execução frustrada a fixação do termo legal ter como base o 1º protesto (hipótese mais comum) ou a data do pedido de falência (quando não houver protesto), sempre a critério do juiz e levando-se em consideração as circustâncias do caso concreto.
- o juiz pode, posteriormente, alterar o termo legal, com base em mais informações colhidas durante a tramitação do processo de falência.
- A publicidade da sentença declaratória de falência é um pouco diferente da publicação das sentenças em geral:
a) publicação por edital (não apenas a parte dispositiva), incluindo a relação de credores, se já existir;
b) publicação também em jornal de grande circulação, se a massa comportar;
c) intimação do MP e das Fazendas Públicas;
d) comunicação à Junta Comercial.
- a comunicação aos correios também não está expressa na atual legislação, mas é necessário que se determine
- idem quanto à Bolsa de Valores, em caso de S/A. com papéis negociados em mercado aberto
Recursos:
Sentença => apelação
Decisão interlocutória => agravo retido ou agravo de instrumento.
Agravo retido é que fica retido nos autos, quando for apelar que pede-se para julgar o agravo que fica retido nos autos: se der procedente o processo volta pra a 1ª instancia com a decisão agravada alterada, e depois o juiz de 1ª instancia julgará novamente.
Sentença declaratória de falência: o recurso cabível é o agravo de instrumento, pois tem natureza interlocutória. (buscar efeito suspensivo do processo para não lacrar a empresa e não mandar os funcionários embora).
-	cabe sempre o recurso de agravo de instrumento, independentemente do fundamento.
-	os prazos são os do processo civil (10 dias), comunicando-se o juízo agravado em 03 dias (para retratação)
-	poderá ser dado efeito suspensivo ao agravo, o que paralisará o processo de falência (o empresário continuará operando normalmente)
-	podem interpor o agravo o falido, o credor e o MP
25 de agosto
Guilherme
Duas hipóteses para a sentença negatória de falência:
Elisão ou depósito elisivo: é a postura do devedor, que citado da falência, apresenta o montante da dívida, correção monetária, juros, honorários advocatícios e custas processuais – como se fosse um reconhecimento do pedido, e isso influencia na sucumbência. 
Se houver extinção do processo de falência, antes mesmo da citação do réu, a sucumbência é do autor.
Acolhimento da defesa
Se o pedido for de manifesta má-fé, o juiz condena por litigância de má-fé e perdas e danos. 
§ único do 101: se não for manifesta má-fé, culpa e abuso de direito, ação autônoma para buscar perdas e danos.
Se for sentença negatória de falência, cabe apelação.
Se quem pede a falência é credor domiciliado no exterior deve prestar caução – depósito em dinheiro ou imediatamente conversível a ele. Com a finalidade de garantir o pagamento da sucumbência. 
Não é possível o acolhimento parcial do pedido de falência.
26 de agosto
Aula 06
FALÊNCIA (CONTINUAÇÃO).
ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA:
Administração patrimonial – muita gente defende que isso deveria ser 
- Atuação do juiz:
- ao juiz compete presidir a falência; é, na verdade, o administrador dos bens da falida (posição de Fábio Ulhoa Coelho) – juiz é o verdadeiro administrador da massa.
- principais atribuições (exemplos de providências administrativas): (do juiz)
a) autorizar a venda antecipada de bens;
b) aprovar as contas do administrador – administrador terá de prestar contas ao final.
c) fixar a remuneração do administrador judicial e de seus auxiliares;
d) autorizar a locação de bens da massa (quando não existente o comitê de credores).
- será sempre assessorado por dois agentes: a) o administrador judicial e o promotor de justiça.
- atuação do MP:
a) como fiscal da lei (ex.: pedido de restituição; propositura de ação revocatória) – fiscalizar inclusive o patrimônio.
b) como parte (ex.: denúncia por crime falimentar) – denunciar os crimes.
c) como auxiliar do juiz na administração da falência (ex.: na manifestação sobre as contas do administrador judicial). Leilão feito em falência sem a participação do MP é nulo.
O ADMINISTRADOR JUDICIAL
- age em nome próprio (tem, portanto, responsabilidade patrimonial pelas faltas que comete), e pode ser pessoa física ou jurídica (art. 21, LF): responde pelo seus atos penal e civilmente: responde pelo patrimônio pessoal.
	
- é o representante legal da massa falida (art. 22, III, “n”, LF); - administrador judicial que vai participar de audiências, assinar contratos.
- para fins penais, é considerado funcionário público; - equiparado a funcionário público.
- a lei determina que seja um profissional, de preferência comconhecimentos em falência (advogado, contador, administrador de empresas ou economista);
- há impedimentos legais para ser administrador de determinadas pessoas (juiz, promotor, delegado de polícia, funcionário público, etc); além disso não pode ser administrador quem foi destituído da função de administrador judicial ou membro de comitê de credores, não prestou contas ou teve as suas contas rejeitadas nos 05 anos anteriores; por fim, não pode ser administrador judicial quem tenha relações de parentesco ou afinidade até 3º grau com o falido os administradores da sociedade falida, ou deles for amigo íntimo ou dependente; (irmão do falido, parente, amigo). Os servidores públicos tem dedicação exclusiva – não pode ter cargo de gestão. Contas rejeitadas é quando teve falta. 
- o administrador judicial poderá ser substituído (que é uma mera providência administrativa: administrador ficou doente, morreu, não envolve ilícito) ou destituído (sanção/punição por conduta irregular, geralmente por interesses conflitantes com a massa ou não observação a prazos – art. 24, § 3º, LF); - tem ampla defesa.
Existe a prestação de contas ordinária (no final do processo) e extraordinária (quando irá substituir).
- um administrador judicial destituído perde o direito à remuneração (art. 24, § 4º, LF) e não poderá voltar a ser nomeado administrador judicial nos 05 anos seguintes.
- o administrador não pode delegar funções, mas pode contratar profissionais para auxiliá-lo (com prévia autorização e fixação da remuneração pelo juiz) – pago pela massa falida; se contratar advogado para representar a si próprio, deve arcar com os honorários;
- a remuneração do administrador, paga pela massa falida, deverá ser fixada pelo juiz e não pode ultrapassar a 5% do valor de venda dos bens da massa (ativos envolvidos) (art. 24, § 1º, LF); o juiz levará em consideração o grau de diligência do administrador judicial, a capacidade de pagamento da massa, a complexidade, e, inclusive, valores de mercado para profissionais em atividades semelhantes (art. 24, LF); Normalmente, fixa uma coisa provisória, e depois que tiver os bens e depois ajusta. 40% deve ser pago ao final da falência, depois da prestação de contas.
- 100% da remuneração do administrador será extraconcursal (não faz parte do concurso de credores), mas 40% fica reservada para pagamento após a prestação de contas (art. 24, § 2º, LF);
Extraconcursais (credores da massa)
Concursais (credores do falido):
Trabalhistas
Garantia real
Fisco
Priv. Especial
Priv. Geral
Quirografário
Subquirografário
- prestação de contas – o administrador deve prestar contas ordinariamente, ao término do processo, e extraordinariamente, caso seja substituído ou destituído; se não prestar contas, será intimado para tal. Sob pena de desobediência;
- a prestação de contas é autuada em separado e julgada e aviso aos credores e interessados para impugnação; após ouvido o MP a prestação de contas será julgada; verificada a apropriação indevida pelo administrador judicial, será decretada a indisponibilidade de bens ou determinado o seqüestro de bens;
- em regra geral, compete ao administrador atuar como auxiliar do juiz na administração da massa e representar a comunhão de interesses dos credores (atribuições principais no art. 22, LF);
- não goza de absoluta autonomia, pois depende, em diversas circunstâncias, de autorização judicial;
- o administrador responde civilmente por má administração ou infração à lei; enquanto corre a falência, apenas a massa tem legitimidade para acioná-lo, depois de substituído ou destituído, obviamente;
- enquanto perdurar a falência o credor pode, no máximo, pedir a destituição do administrador que, aliás, é requisito para a futura ação de indenização (após encerrada a falência).
Até o final do processo de falência, o único legitimado para propor ação contra o antigo administrador que foi destituído é a massa falida.
Aula 07
FALÊNCIA (CONTINUAÇÃO).
01 de setembro
ADMINISTRAÇÃO DA FALÊNCIA (cont.):
ASSEMBLEIA DE CREDORES:
- interesses convergentes e divergentes dos credores
- tem que dividir em classes. Tem que haver mínimo de 50% de cada classe para abrir a sessão.
- assuntos reservados à assembleia na falência:
a) aprovar a constituição do comitê de credores e a eleição de seus membros;
b) aprovar, por 2/3 dos créditos, formas alternativas de alienação dos ativos: um bem é avaliado em 30 milhões, aparece alguém querendo comprar por 15, uma entrada de 5 e 10 de 1 milhão, o juiz não pode decidir isso, por isso convoca a assembleia de credores.
c) deliberar sobre qualquer matéria de interesse da massa falida.
COMITÊ DE CREDORES:
- órgão consultivo e de fiscalização
- é facultativo (a assembleia de credores decide sobre a sua constituição). A assembleia de credores que forma esse comitê: cada classe elege seu representante. O comitê será ouvido sobre assuntos importantes em relação ao patrimônio. 
- competência (manifestações):
a) impugnações de créditos;
b) pedidos de restituição;
c) oportunidade de venda antecipada de bens;
d) concessão de desconto a devedores;
e) formas ordinárias de realização de ativos.
- o comitê terá um representante e dois suplentes de cada classe de credores;
- será formado mesmo que alguma das classes não indique representantes;
- nomeação ou substituição de representantes pode ser autorizada pelo juiz mediante pedido assinado pela maioria dos credores da classe interessada (sem a necessidade de realização de assembléia).
EFEITOS DA FALÊNCIA EM RELAÇÃO AOS SÓCIOS
- 2 fatores importantes:
		- Tipo societário – falência só ocorre praticamente em limitada e S.A. – interfere na responsabilidade patrimonial
		- Função exercida – se existe um sócio administrador e outro não, para efeitos patrimoniais, eles respondem da mesma forma – perante os atos processuais.
Patrimônio do sócio só está envolvido até o limite do capital social investido.
Se falta patrimônio para integralizar, todos os sócios respondem por esse patrimônio a ser integralizado.
Sociedades
Em nome coletivo: todos os sócios têm responsabilidade ilimitada.
Em comandita simples: pelo menos 1 sócio com responsabilidade ilimitada.
Em comandita por ações: diretores tem responsabilidade ilimitada.
Para responsabilidade criminal: não é somente o administrador que pode responder por crime.
Para efeito de atos processuais na falência: faz diferença ser administrador.
Aula 08
FALÊNCIA (CONTINUAÇÃO).
EFEITOS DA FALÊNCIA – SÓCIOS DA SOCIEDADE FALIDA
-	em regra, os sócios não são atingidos pela falência da sociedade (personalidades jurídicas distintas)
-	entretanto, dois fatores podem levar à responsabilidade patrimonial ou pessoal do sócio na falência da sociedade: a) a função exercida; b) o tipo de sociedade.
-	função exercida: os sócios administradores da LTDA ou os diretores da S/A (representantes legais) têm responsabilidades e deveres não atribuídos aos demais sócios (dever de colaboração com o processo de falência).
-	no tocante à responsabilidade civil todos os sócios têm responsabilidades iguais (independentemente de exercerem ou não cargos de gestão); 
-	tipo de sociedade: com relação à responsabilidade civil, o que determina a vinculação patrimonial é o tipo de sociedade; na LTDA e na S/A o sócio ou acionista responde apenas pela totalidade do capital social; caso ainda não tenham integralizado, caberá ação judicial de integralização (respondendo o patrimônio do sócio ou acionista apenas pelo necessário a completar a integralização)
-	para as demais sociedades deve ser verificada a legislação aplicável, no tocante a sócios com responsabilidade limitada ou ilimitada; os bens dos sócios com responsabilidade ilimitada serão arrecadados pelo administrador judicial em inventário especial e vendidos apenas se, após terem sido vendidos todos os bens da sociedade, ainda restarem credores para serem satisfeitos
-	os sócios da sociedade falida podem continuaratuando entre outras sociedades normalmente, salvo se forem condenados (com trânsito em julgado) por crime falimentar (Lei n.8.934/94, art. 35, II).
-	se a falência é de S/A, o acionista condenado por crime falimentar não poderá exercer cargos de administração, mas pode ser acionista, inclusive controlador
-	nas demais sociedades de tipo menor (comandita simples, em nome coletivo, comandita por ações) os sócios com responsabilidade ilimitada ficam impedidos de administrar livremente os seus bens, razões pelas quais não podem participar de outras sociedades ou adquirir ações
-	a responsabilidade penal de cada sócio depende da participação ou não em conduta tida como ilícito penal pela lei
Legislação: Lei nº 11.101/05 (Lei de Falências e Recuperação de Empresas).
 
Doutrina (livro texto): Fábio Ulhoa Coelho, “Curso de Direito Comercial – Direito de Empresa”, São Paulo: Saraiva, vol. 3, Capítulo 46.
Artigos: Nihil
Prova até aqui.

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