História da Arquitetura e do Urbanismo Moderno - AULA 03

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26/08/2014
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HISTÓRIA DA ARQUITETURA E URBANISMO MODERNO
AULA 03 - DESENVOLVIMENTO DA CIDADE INDUSTRIAL
HAUSSMAN; 
EXPOSIÇÕES UNIVERSAIS; CRISE DO ECLETISMO; REFORMAS
POLÍTICAS E PRIMEIRAS LEIS URBANÍSTICAS (FRANÇA).
Prof. Luiz Felipe Brandão
luiz.brandao@uffs.edu.br
Erechim, agosto de 2014
Preâmbulo
Neogótico: sinal de tempos confusos
Formas góticas vinham sendo imitadas desde meados do século XVIII;
A partir da década de 1840 essa tendência se concretiza como um “movimento”;
Reformas da “Revolução Industrial” mostram inviabilidade do modelo vigente no
campo político/urbanístico;
Para a arquitetura também surge a impossibilidade de conservar a continuidade
fictícia (relação iluminismo/neoclassicismo): vem à tona a natureza convencional dos
estilos passados.
Foto: Parlamento Inglês,
expoente do estilo neogótico até
os dias de hoje (C. Barry, 1836)
No início do século XIX os estilos medievais passam a ser admirados não por seu
“espírito romântico”;
Edifícios neogóticos são apreciados não por proporem um sistema de regras, mas –
justamente – por representarem um predomínio da emoção sobre a razão;
Em 1831 Victor Hugo publica O Corcunda de Nortre Dame, em que exalta a
arquitetura medieval e critica os monumentos clássicos;
Em 1834 é fundada a Sociedade Francesa de Arqueologia e, em 1837, a Comissão
dos monumentos Históricos;
Em 1845 começar sobre a supervisão de Violet Le Duc* (revivalista) as obras de
restauro na Nortre Dame de Paris.
“Restaurar um edifício não é mantê-lo, repara-lo ou refazê-lo, é 
restabelecê-lo em um estado completo que pode não ter existido nunca 
em um dado momento.”
Violet le Duc
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Foto: Pádua, o Pedrocchino, exemplo de neogótico n Itália (G. Jappelli, 1837)
Foto: Villa de H. Walpole em Strawberry Hill (1750, J. Gloag) 
Imagem: Desenho de Catedral (nunca construída) feita por Violet Le Duc
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Academia refuta o princípio de imitação. Considera o estilo clássico dotado de atualidade;
Neogóticos põem em evidência que a suposta identidade entre as regras clássicas e as
regras de composição defendidas pela Academia não passam de uma convenção
arbitrária.
Tanto pela lado dos Neogóticos quanto dos Neoclássicos os caminhos do Arquiteto e
Engenheiro continuam seu processo de separação;
No neogótico, embora o estilo a ser imitado fosse um só, as formas de realizar a mimeses
eram as
Neogótico X Neoclássico 
1° crise estética da modernidade
França na transição do século XVIII ao XIX
1790 – Revolução Francesa: instituição da 1° República;
1799 – Golpe de Estado e instauração de Napoleão Bonaparte como I° Cônsul;
1804 – Senado francês chancela o coroamento de Bonaparte como Imperador;
Imagem: Fragmento de A Coroação de
Napoleão de Jacques-Louis Davi (1807).
Instabilidade na França no século XIX
1814-1830 – Derrotado pela Sexta Coligação (em território russo), Bonaparte acaba exilado 
na Ilha de Elba. Na França é feita a Restauração, com os coroamentos de Louis XVIII e 
Charles X, respectivamente;
1830 – Revolução de julho (Três Gloriosos) instaura a monarquia do Rei Luís Filipe de 
Orleans, o Rei Burguês;
1848 – “Primavera dos Povos” instaura a 2° República francesa. Napoleão III assume como 
cônsul;
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Eugène Delacroix, A Liberdade Guiando o Povo (1830)
1851 – Carlos Luís Napoleão Bonaparte (primeiro
presidente eleito na 2° República) é impedido pelo
senado de tentar uma reeleição e, mediante a um
golpe de estado, coroa-se Napoleão III, Imperador.
1870 – Mediante derrota na Batalha de Sedan,
durante a Guerra Franco-Prussiana, chega ao fim
o Terceiro Império Francês.
1870 – Instaurada a 3° República Francesa (dura até a
II Guerra Mundial);
O Bonapartismo
Imagem: Napleão III por
Franz H. Winterhalter (1852).
O plano Haussman
Imagem: Caricatura do Barão de
Haussman, publicada em um jornal da
época, como o mestre demolidor.
Até 1850, ainda que a questão urbanística
tenha entrado em pauta, as ações para
resolvê-la ainda eram pontuais;
Movimentos de 1848 conduzem ao poder
forças conservadoras, como Bismarck
(Alemanha) e Napoleão III (França).
1853-1559 – Toma curso, sob a liderança do
Barão de Haussman as reformas
modernizantes de Paris;
Lei de 1850 permite expropriar áreas
necessárias para as ruas: reforma se dá de
forma extremamente violenta e traumática.
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Imagem: Planta de Paris em 1853 (antes da Reforma). 
Imagem: Plano com zoneamento de arruamentos proposto por Haussman. 
Imagem: Planta de Paris em 1873 (após a Reforma). 
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Foto: fotograma do file Os Miseráveis (2012). Na imagem podemos observar como os
movimentos populares se beneficiavam das ruas estreitas da cidade para construir
barricadas.
Imagem: Paris, um dia chuvoso, Gustav Caillebotte (1877). Quadro pré-
impressionista mostra o início da efervescência pequeno-burguesa na paris pós-
reforma .
X
Imagens: A reforma opunha não apenas a insalubridade x espaços verdes e 
abertos. Tratava-se em essência, da produção de espaços de controle. 
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https://www.youtube.com/watch?v=tEI9RMN12hU
Fotos: imagem anterior (à esquerda) e posterior (lado direito) à reforma liderada por 
Haussman (Fonte: Mencher, 2012).* 
https://www.youtube.com/watch?v=tEI9RMN12hU
Fotos: imagem anterior (à esquerda) e posterior (lado direito) à reforma liderada por 
Haussman (Fonte: Mencher, 2012).* 
https://www.youtube.com/watch?v=tEI9RMN12hU
Fotos: imagem anterior (acima) e posterior (abaixo) à reforma liderada por Haussman
(Fonte: Mencher, 2012).* 
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https://www.youtube.com/watch?v=tEI9RMN12hU
Fotos: imagem durante (à esquerda) e posterior (lado direito) à reforma liderada por 
Haussman (Fonte: Mencher, 2012).* 
Foto: Vista a partir do Museu do Louvre, voltada ao parque da concórdia, obelisco, e arco 
do triunfo.
Imagem: desenho de típica edificação parisiense, feita seguindo as normas da Reforma (Fonte: 
Mencher, 2012).*
https://www.youtube.com/watch?v=tEI9RMN12hU
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Imagem: desenho de típica edificação parisiense, feita seguindo as normas da Reforma (Fonte: 
Mencher, 2012).*
https://www.youtube.com/watch?v=tEI9RMN12hU
Imagem: Paris – status social pelo andar (Fonte: Mencher, 2012).*
https://www.youtube.com/watch?v=tEI9RMN12hU
Imagem: Paris – status social pelo andar (Fonte: Mencher, 2012).*
https://www.youtube.com/watch?v=tEI9RMN12hU
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Imagem: Paris – status social pelo andar (Fonte: Mencher, 2012).*
https://www.youtube.com/watch?v=tEI9RMN12hU
Foto: Ópera, de Charles Garnier (1860-1875)
Imagem: Édouard Manet, No Café (1878)
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Imagem: No camarote, de Mary S. Cassat (1878). 
Imagens: uma das (muitas) dicotomias da cidade moderna: o voyeurismo e a indiferença. 
Imagem: Plano de L’anfant, p/ Washinton (1791)
Os planos que influenciaram e os foram 
influenciados por Haussman
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Imagem: Plano Cerda, em Barcelona (1859)
Foto: Vista aérea do Marco Zero, em Recife (PE).
Foto: Vista aérea de Erechim (RS).
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As exposições Universais
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Exposições expressam a relação direta entre produtores, comerciantes e
consumidores, após o fim das corporações de ofício;
Na segunda metade do século a diminuição das barreiras alfandegárias faz com que as
exposições tomem caráter internacional;
Primeira Grande Exposição: Inglaterra (1851) – Pavilhão Paxton, No Hyde Park;
Exposição de 1855, na França, apresenta o concreto armado;
Exposição de 1889, em Paris, comemora o centenário da queda da bastilha – é
proposta a torre Eiffel;
Imagem: Torre Eiffel em construção. 
Imagem: Crystal Palace, Londres, palco da exposição de 1851. 
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Imagem: Exposição de Paris,em 1855 – perspectiva interna
Imagem: Pavilhão para a Exposição de Paris, em 1867 – Vista superior.
Imagem: Pavilhão para a Exposição de Viena, em 1873.