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História da Arquitetura Romana - Aula 3

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H I S T Ó R I A D A A R Q U I T E T U R A E U R B A N I S M O
A R Q U I T E T U R A R O M A N A
C O N T E X T O
A civilização grega crescia, os etruscos desenvolviam sua própria cultura na
atual Toscana. 
Os etruscos tinham uma organização dispersa em cidades-estado autônomas
(Mesopotâmia e Grécia), a economia era baseada na agricultura e nas trocas
além-mar: o estanho vinha da Grã-Bretanha, prata da Espanha e ferro e bronze
eram encontrados na península italiana.
Marzabotto
Planta em grelha, com ruas
perpendiculares.
Os etruscos pegaram algumas
caracteristicas das ordens e dos templos
gregos. Os templos agora possuem cela
tripartide com colunata dupla e a ordem
tem cacteristicas da dórica, mas são
lisas e se chamam TOSCANA. 
O intercolúnio dos templos são mais
amplos e os beirais maiores,criando
ênfase horizontal. As colunas eram de
madeira, enquanto as paredes, de adobe.
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C A R A C T E R Í S T I C A S
Parede é o principal elemento da
composição e o arco como forma de
alargar as
passagens.
Dupla fileira de pedras em formato
de cunha forma o arco central,
diminuindo o
tamanho (e o peso) das pedras na
edificação.
Arco de Augusto Perugia 310 a.C
Alguns arcos possuem decoração com
tríglifs, parecidos com o friso dórico,
com pilastras com volutas no topo. 
Mais tarde os romanos criaram um modo
próprio, utilizando arcos e abóbadas
como estrutura, e as ordens como
elemento decorativo
Arte e arquitetura etrusca
influenciaram
as obras romanas (mosaicos),
enquanto
seus costumes (corridas de bigas e
disputas de gladiadores) se tornaram
populares na sociedade romana.
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O surgimento da civilização romana foi contemporâneo aos gregos, etruscos e às
últimas dinastias egípcias. Ao contrário dessas, Roma continuou a crescer,
chegando ao apogeu no séc. II d.C., absorvendo etruscos, gregos e egípcios,
formando um império com arquitetura homogênea.
Apesar da influência (especialmente etrusca e grega), as formas da arquitetura
romana são originais, já que os romanos eram construtores competentes e
inovadores. O tamanho do império exigia novas práticas de construção, capazes
de produzir edificações grandes de maneira rápida e econômica.
FIRMITAS – “Firmeza”: estabilidade do sistema construtivo, técnica de
montagem dos componentes e propriedades dos materiais
UTILITAS – “Utilidade”: conteúdos programáticos e diferenças funcionais nos
usos, atividades e satisfação do usuário
VENUSTAS – “Beleza”: forma, harmonia, volumetria e o tratamento estético de
seus elementos compositivos
V E N U S T A S R O M A N A
Extrema criatividade na definição dos grandes volumes: Os edifícios passam a
ocupar grandes áreas no meio das cidades e, portanto, apresentam
importância simbólica e volumétrica no conjunto da paisagem.
Novas técnicas construtivas de arcos e abóbadas: A ideia grega de proporção
rígida nos componentes da arquitetura é substituída por novas técnicas
construtivas que tornam as colunas e os desdobramentos das ordens clássicas
apenas elementos decorativos.
Ornamentação dos elementos compositivos para além das questões
modulares e proporcionais contidas na arquitetura grega.
Assim, as ordens clássicas (e suas limitações matemáticas) são superadas
pelo TIPO, mais abrangente e maleável.
Tipo é diferente de modelo, que é um objeto que se deve imitar, repetir;
Tipo é um objeto segundo o qual se pode conceber obras diferentes entre
si, porém seguindo um conceito geral de organização e programa.
C R I A Ç Ã O D A 5 ° O R D E M 
Com o sentido ornamental mais evidente que o proporcional, os romanos criam a
5a ordem clássica, depois da Toscana (mais simples): a ordem Compósita é uma
junção da Jônica e da Coríntia, empregando as volutas em evidência, de uma, e as
folhas de acanto, da outra.
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As construções romanas exploravam
elementos estruturais que trabalhavam a
compressão (arcos, abóbadas e cúpulas),
desenvolvidos por civilizações
anteriores, mas usados de modo muito
limitado.
Com os romanos, esses elementos se
tornaram base de sistemas estruturais com
dimensões inimagináveis.
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Enquanto na arquitetura grega a COLUNA era o elemento mais importante
(destaque na composição, base do sistema de proporção e fonte de informação
das respectivas ordens), em Roma ela é reduzida a motivo linguístico, meramente
decorativo, passando a ser a PAREDE, o elemento essencial que sustenta as
evoluções de técnica construtiva.
Ao utilizar arcos, abóbadas e cúpulas, os romanos conseguiram fechar grandes
áreas com pedras de pequeno tamanho.
O espaço entre os apoios podia ser ampliado, já que a construção desse elementos
transfere as cargas estruturais para baixo e para os lados, às paredes
laterais. Por isso as paredes são muito espessas
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Os romanos desenvolveram um método de construção mais rápido que a cantaria
(encaixe de pedras) utilizando um novo material, o cimento, derivado de depósitos
vulcânicos encontrados na região de Pozzuoli, que passou a ser chamado de
pozolana.
Ao misturar a pozolana com cal (pó de calcário), pedregulho e água, obtinha-se
uma mistura que sofria reação química e enrijecia, até atingir a consistência de
pedra (inclusive em contato com a água).
As argamassas de cal comuns, conhecidas desde a antiguidade, tinham certo grau
de coesão, mas eram ineficazes na água (como fundação de pontes, construção de
portos).
As paredes resultantes da pozolana não tinham boa aparência, por isso eram
revestidas com acabamentos não-estruturais (rebocos, mosaicos, mármores).
Pedras e tijolos formavam a “forma” onde a pozolana era despejada.
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O pórtico, com 20 colunas
coríntias, se conecta à cela
circular com 43,4m de
diâmetro e 43m de altura. A
metade inferior da cela é um
cilindro sobre o qual se apoia
uma cúpula hemisférica. No
topo, uma abertura circular
(óculo) de 8,2m de diâmetro
permite passagem de luz e ar.
Pela 1a vez se pensa mais no interior do que no exterior: nova concepção de
espaço.
Exterior maciço; Interior “oco”,
A arquitetura romana é ostensiva e monumental
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A parede cilíndrica é dividida visualmente em 2 níveis: uma ordem coríntia térrea
sustentando o ático com aberturas retangulares (o nível inferior tem nichos
circulares e retangulares).
Na cúpula a articulação se dá por 5 níveis de caixotões quadrados que diminuem
em direção ao topo.
A imensa carga estrutural da cúpula é transferida para as fundações de concreto
de 4,5m de espessura e 10,4m de largura através das paredes do tambor que
chegam a ter 6m de profundidade.
G R É C I A X R O M A
Natureza tectônica e extrovertida:
volume é composto pela soma de
diversos elementos.
Partenon, 450 a.C., Atenas, Grécia
Natureza plástica e introvertida:
volume é composto pela massa
construída, onde as formas
geométricas podem ser
claramente identificáveis.
Partenon, 450 a.C., Atenas, Grécia
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G R É C I A X R O M A - T I P O L O G I A
Templos 
Teatros
Edifícios públicos
(Telestério,
Eclesiastério,
Bouleutério)
Edifícios esportivos
(Stadion, Gymnasion,
Palaestra)
Stoa
Templos
Teatros + Anfiteatros
Macellum (mercados)
Olitorium (mercados vegetais)
Basílicas
Termas
Circos
Fóruns
Bibliotecas
Palácios
Latrinas (banheiros públicos)Comitium (espaço de votação)
Aediles (tribunal justiça)
Lupanarium (bordéis)
Aquedutos
Cisternas
Pontes
Estradas
Multifuncionalidade: mistura de atividades administrativas, jurídicas e
comerciais
Antes do cristianismo romano (ano 313, imperador Constantino), as basílicas não
tinham caráter religioso.
Basílica Júlia, 46 a.C.
T E R M A S
Os maiores edifícios romanos com abóbadas. O programa consistia em espaços
para águas quentes e vapores (saunas), vestiários, latrinas, banhos quentes,
mornos e frios, equipamentos para prática de exercícios, áreas de relaxamento,
jardins e até bibliotecas.
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Caldarium (água quente)
Tepidarium (água morna)
Frigidarium (água fria), atual
igreja de Santa Maria degli
Angeli
Palestra (espaços de luta)
Natatio (piscina ao ar livre)
Vestiário
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Área do frigidarium (banhos
frios), transformada na igreja
de Santa Maria degli Angeli,
projeto de Michelangelo (1562).
Em destaque as abóbadas de
arestas do teto e o clarestório.
Os torneios esportivos e as apresentações teatrais faziam parte da cultura grega.
Os romanos, que herdaram essas tradições e acrescentaram a elas as disputas de
gladiadores (cultura etrusca), precisavam de teatros e arenas onde promover tais
eventos.
Os gregos escavavam a concavidade da platéia na topografia. Os romanos
edificavam estruturas abobadadas que se destacavam na paisagem: o uso é
idêntico, a forma é distinta
A tipologia do teatro influenciou o surgimento do anfiteatro (amphi = dois), ou
seja, teatro de dois lados, circulares ou ovais. Piso de areia originou o termo
arena.
O anfiteatro de Pompéia é o exemplo mais antigo que se encontra preservado.
Por isso, apresenta ainda uma relação com a topografia
Anfiteatro de Pompéia (80 a.C.)
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A R Q U I T E T U R A R O M A N A
Um 4o nível superior (sem
arcos) abriga galerias para
mulheres e escravos.
No 4o nível foram encontradas
perfurações para mastros,
provavelmente suportes para
cobertura de lona (velarium)
Técnica construtiva: combinação de
pedra afeiçoada e concreto (pozolana),
com paredes externas revestidas de
mármore.
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O espaço oval sob o piso da arena era um labirinto de passagens e câmaras para
gladiadores, feras e plataformas elevatórias.
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Mecado
Segurança 
Espaço Sagrado 
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