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Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Índices físicos Cálculo dos índices físicos O estado das areias O estado das argilas Caracterização dos solos através de ensaios 1Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos 2 O solo na natureza apresenta-se composto por elementos das três fases físicas, em maior ou menor proporção. As relações entre as diversas fases são definidas como índices físicos. A determinação dos índices aplica-se na classificação e identificação do solo, Três fases: Partículas sólidas Água Ar Quarta fase: Película contráctil Figura 1: Volume elementar representativo de um solo não saturado Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos 3 Solos tropicais: Macroporos x microporos Figura 3 - Representação dos grãos e modos porosos com duas escalas de importância (CALLE, 2016 - Modificado) Figura 3 - Microscopias Eletrônicas de Varredura (QUEIROZ, 2015) Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Três fases Partículas sólidas – não variam Vazios (ar e água) – variam Diversas propriedades dependem do estado em que o solo se encontra Ex.: Quando se diminui os vazios aumenta-se a resistência E a compressibilidade? módulo de elasticidade? permeabilidade? 4 aráguav svt VVV VVV ságuat PPP e Figura 2: As fases do solo no estado natural e separada em volume Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Três fases 5 Figura 3: Tipos de água no solo (Prof.(a) Simone Cristina de Jesus) Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos 6 s w P P w s w M M w Teor de umidade (gravimétrica) Definimos teor de umidade de uma amostra de solo como a relação entre a massa de água contida em um certo volume de solo e a massa da parte sólida. É expresso pela letra w ou h. Também pode ser calculado pela relação entre os pesos. ou No campo, os processos mais rápidos utilizam métodos nucleares e o que utiliza o aparelho “Speedy” A umidade não se distribui uniformemente nos solos, nem em amostras. A superfície especifica de partículas pequenas é maior que a das maiores. Em uma amostra preparada e homogeneizada, a tendência é que a umidade seja maior na fração fina do solo. Métodos de determinação: método da estufa, método do speedy, método do álcool, “método da frigideira” Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Método da estufa: Toma-se uma porção de solo (cerca de 50 g), colocando-a numa cápsula de alumínio com tampa. O conjunto; solo úmido mais cápsula, é pesado com precisão de 0,01g e, em seguida, a cápsula destampada é levada a uma estufa até constância de peso. O tempo de permanência da cápsula varia em função do tipo de solo; como ordem de grandeza, os solos arenosos necessitam de cerca de 6 horas e os solos argilosos, às vezes, até de 24 horas. Pesa-se o conjunto solo seco mais cápsula e, com a tara da cápsula, determinada de início, pode-se calcular o teor de umidade por meio da seguinte expressão: 7Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn cápsula da Massa seco solo de Massa úmido solo de Massa (%)100 c ss su css sssu M M M MM MM w Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Método da estufa: 8Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn cápsula da Massa seco solo de Massa úmido solo de Massa (%)100 c ss su css sssu M M M MM MM w Figura 4: Método da estufa Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos 9Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Método da frigideira: Método do álcool: Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos “Speedy” 10Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Figura 5: Speedy Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos “Speedy” 11Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Índice de vazios: Relação entre o volume de vazios e o volume das partículas sólidas. É expresso pela letra e. Não pode ser determinado diretamente, mas é calculado a partir dos outros índices. 0,5 ≤ e ≤ 1,5, e > 3,0 para argilas orgânicas Porosidade: Relação entre o volume de vazios e o volume total. Indica a mesma coisa que o índice de vazios. É expresso pela letra n. 30% ≤ n ≤ 70% 12Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn s v V V e T v V V n Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Porosidade: 13Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Grau de Saturação: Relação entre o volume de água e o volume de vazios. É expresso pela letra S ou Sr. Não é determinado diretamente, mas calculado. 0% (seco) ≤ S ≤ 100% (saturado) 14Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn v w V V S Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Peso específico da água Embora varie um pouco com a temperatura, adota-se como igual a 10 kN/m3, a não ser em certos procedimentos de laboratório. É expresso pelo símbolo γw. 15Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn ³/10 mkNW Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Peso específico dos sólidos 16Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Peso específico dos sólidos Normalmente são feitas de três a quatro determinações, fazendo variar a temperatura e acertando o nível de água na marca de referência, com vistas à obtenção de um valor médio consistente. Embora a determinação seja simples, muitas vezes adota-se um valor médio para resolução de problemas, uma vez que a faixa de variação no caso de solos é bem pequena. Os valores situam-se em torno de 27 kN/m3. Grãos de quartzo (areias) costumam apresentar pesos específicos de 26,5 kN/m3 e as argilas lateríticas, em virtude da deposição de sais de ferro, valores até 30 kN/m3. 17Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Peso específico natural Relação entre o peso total do solo e o seu volume total. É expresso pelo símbolo γ ou γn. Molda-se um cilindro do solo cujas dimensões conhecidas permitem calcular o volume. O peso do solo dividido pelo volume, é o peso específico natural. 19 kN/m3 ≤ γ ≤ 20 kN/m3 18Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn V P Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Peso específico aparente seco Relação entre o peso dos sólidos e o volume total. Corresponde ao peso específico que o solo teria se viesse a ficar seco, se isto pudesse ocorrer sem que houvesse variação de volume (S = 0%). É expresso pelo símbolo γd. Não é determinado diretamente em laboratório. 13 kN/m3 ≤ γd ≤ 19 kN/m3 5 kN/m3 ≤ γd ≤ 7 kN/m3 (argilas orgânicas moles) 19Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn V Ps d Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Peso específico aparente saturado Peso específico do solo se viesse a ficar saturado sem que houvesse variação de volume (S= 100%). É expresso pelo símbolo γsat. Peso específicosubmerso É o peso específico efetivo do solo quando submerso. Serve para cálculos de tensões efetivas. É expresso pelo símbolo γsub. 20Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn ³/10 mkNW wsatsub ³/20 mkNsat Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos 21 s v V V e s w P P w t v V V n s s s V P w w w V P t t nat V P t s d V P v w V V S Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Os índices físicos (definições) Umidade (w): Índices de vazios (e): Porosidade (n): Grau de Saturação (S): Peso específico dos sólidos (γs): Peso específico da água (γw): Peso específico dos natural (γnat): Peso específico aparente seco (γd): Peso específico aparente saturado (γsat): Peso específico se o solo ficasse saturado sem variar de volume Peso específico aparente submerso (γsub): É igual o peso específico saturado menos o da água Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Determinação dos índices físicos em laboratório Umidade (w): determinado pelo método da estufa Peso específico da água (γw): adotado como 10 kN/m³, varia com a temperatura Peso específico dos sólidos (γs): determinado experimentalmente (NBR 6508/84 ou NBR 6458/84), variam entre 26 a 30 kN/m³ Peso específico dos natural (γnat): pode ser determinado sabendo-se o peso total e o volume total do corpo de prova Índices de vazios (e), grau de saturação (S), porosidade (n), peso específico aparente seco (γd), peso específico aparente saturado (γsat), peso específico aparente submerso (γsub): são calculados a partir de outros índices físicos 22Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Índices físicos Relações Utilizadas para calcular os índices que não são determinados diretamente Resultam das definições dos índices físicos 23 e e n 1 e ws 1 )1.( e s d 1 w n d 1 1 d se w s e w S . . Figura 7: As fases do solo em função do volume dos sólidos Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Deduzir todas as relações e e ws sat 1 . Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Estado das areias Compacidade das areias O índice de vazios somente fornece pouca informação É importante analisar o índice de vazios máximo e mínimo emax – colocação cuidadosa com funil emin – vibração 24 minmax max ee ee CR nat Tabela 2: Classificação das areias segundo a compacidade Tabela 1: Valores típicos de índice de vazios de areias Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Estado das areias Compacidade das areias Compacidade (densidade) relativa 25 Figura 8: Estrutura do solo Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Estado das areias Compacidade das areias Exemplo: Areia A: emin=0,6, emax=0,9 Areia b: emin=0,4, emax=0,7 Se as duas areias estiverem com e=0,65, qual será a compacidade das areias? R.: A areias A estará compacta e a areia B estará fofa. 26 Figura 9: Comparação de compacidade de duas areias com e=0,65 Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Estado das argilas 27 Tabela 3: Consistência em função da resistência à compressão Consistência Quando se manuseia uma argila se percebe uma certa consistência, ao contrário das areias que se desmancham facilmente Pode ser quantificada por ensaio de compressão simples Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Estado das argilas Sensitividade das argilas Resistência depende do arranjo entre os grãos e do índice de vazios Resistência após o manuseia (amolgada) pode ser menor que no estado natural (indeformado) 𝐒 = 𝐑𝐞𝐬𝐢𝐬𝐭ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐧𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐝𝐞𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨 𝐑𝐞𝐬𝐢𝐬𝐭ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐧𝐨 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐚𝐦𝐨𝐥𝐠𝐚𝐝𝐨 28 Tabela 4: Classificação das argilas quanto a sensitividade Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Figura 10: Resistência da argila sensitiva, indeformada e amolgada(Sousa Pinto, 2006) Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Caracterização dos solos Ensaios laboratoriais Peso específico dos Grãos (NBR 6508/84 ou NBR 6458/84) Explicado anteriormente Análise granulométrica (NBR 7181/84) Peneiramento e sedimentação Índices de consistência (Limites de Atterberg) Limite de liquidez (NBR 6459/84) e Limite de plasticidade (NBR 7180/84) 29Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Caracterização dos solos Análise granulométrica (NBR 7181/84) Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Figura 12: Exemplo de curva granulométrica 30 Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Caracterização dos solos Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn 31 Índices de consistência (Limites de Atterberg) Só a distribuição granulométrica não caracteriza bem o comportamento dos solos. A fração fina quem uma importância muito grande no comportamento. O limites baseiam-se na constatação de que um solo argiloso ocorre com aspectos distintos conforme o teor de umidade Figura 15: Limites de Atterberg dos solos (Sousa Pinto, 2006) Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Caracterização dos solos Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn 32 Figura 15: Limites de Atterberg dos solos Índices de consistência (Limites de Atterberg) Estado líquido - o solo apresenta as propriedades e a aparência de uma suspensão. Não possui forma própria e não apresenta nenhuma resistência ao cisalhamento. Estado plástico - o solo apresenta a propriedade de plasticidade. Pode sofrer deformações rápidas, sem que ocorra variação volumétrica apreciável, ruptura ou fissuramento. Estado semi-sólido - o solo tem a aparência de um sólido, entretanto ainda passa por variações de volume ao ser secado Estado sólido - o solo não sofre mais variações volumétricas por secagem. Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Caracterização dos solos Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn 33 Figura 16: Esquema do aparelho Casagrande Limite de liquidez Teor de umidade do solo com o qual uma ranhura requer 25 golpes para fechar, numa concha. Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Caracterização dos solos Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn 34 Limite de Plasticidade Menor teor de umidade com o qual se consegue moldar um cilindro com 3 mm de diâmetro, rolando-se com a palma da mão. Quanto maior o IP mais compressível é o solo Fracamente plásticos 1 < IP ≤ 7 Medianamente plásticos 7 < IP ≤ 15 Altamente plásticos IP > 15 Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Estado das argilas Índice de consistência Assim como o índice de vazios por si só não determina o estado das areias, a umidade não determina o estado das argilas Ex.: Argila B, LL=80% e LP=30% Argila A, LL=50% e LP=25% Quando a argila A estiver com 80% e B com 50% estarão com aspectos semelhantes, com a consistência do limite de liquidez 35 Figura 18: Comparação de consistência de duas argilas Mecânica dos solos I Prof. ViniciusKühn LPLL wLL IC Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Caracterização dos solos Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn 36 Atividade das argilas Identificar o potencial de expansão de solos argilosos; Pequenos teores de argila e elevados índices de consistência indicam que a argila é muito ativa; Depende dos argilominerais presentes no solo; 0,75 a 1,25 – normal Menor que 0,75 – inativa Maior que 1,25 - Ativa Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Estado das argilas Atividade das argilas 37 Figura 19: Skempton (1953) Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Exercícios 38Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒊𝒅𝒆𝒓𝒆: 𝜸𝒔 = 𝟐𝟔, 𝟓 𝒌𝑵/𝒎³ Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Exercícios 39Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn 𝒆 = 𝟐, 𝟓𝟐 𝜸𝒏 = 𝟏𝟒, 𝟔𝟖 𝒌𝑵/𝒎³ 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒊𝒅𝒆𝒓𝒆: 𝜸𝒔 = 𝟐𝟔, 𝟓 𝒌𝑵/𝒎³ Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Exercícios 40Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒊𝒅𝒆𝒓𝒆: 𝜸𝒔 = 𝟐, 𝟔𝟓 𝒌𝒈/𝒅𝒎³ Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Exercícios 41Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn 𝑪𝑹 = 𝟕𝟗%𝑪𝒐𝒏𝒔𝒊𝒅𝒆𝒓𝒆: 𝜸𝒔 = 𝟐, 𝟔𝟓 𝒌𝒈/𝒅𝒎³ Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Exercícios 42Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn Mecânica dos Solos II Prof. Gilson Gitirana Jr. Exercícios 43Mecânica dos solos I Prof. Vinicius Kühn 𝜸𝒅 = 𝟏𝟒, 𝟑𝟓𝒌𝑵/𝒎 𝒏 = 𝟎, 𝟒𝟓𝟖 𝑺 = 𝟒𝟕, 𝟗% 𝑴𝒘 = 𝟐𝟑𝟖, 𝟓 kg/m³
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