Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA (UFRB) CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS (CETEC) GCET-095 (P) – FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I Docente: Prof. Emily Rocha RELATÓRIO DE ATIVIDADE PRÁTICA MOVIMENTO RETILÍNEO E UNIFORME (MRU) E MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO (MRUV) Discente: N° 201410290 – José Antonio dos Santos Pereira E-mail: zetonyroxo@gmail.com TURMA -17 Cruz das Almas 19/12/2018 Página 2 de 16 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3 2. OBJETIVOS .................................................................................................... 6 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ............................................................ 7 3° ETAPA- ENCONTRO DA BOLHA COM A ESFERA............................ 7 4. RESULTADOS ................................................................................................ 9 5. ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................................... 13 6. CONCLUSÕES .............................................................................................. 14 7. REFERÊNCIAS ............................................................................................. 15 8. APÊNDICES .................................................................................................. 15 9. ANEXOS............................................................................................................16 Página 3 de 16 1. INTRODUÇÃO Sabemos que o movimento retilíneo uniforme (MRU) é descrito como um movimento de um móvel em relação a uma referência, movimento este ao longo de uma reta de forma uniforme, ou seja, com velocidade continua. Podemos dizer que o móvel se percorrer distâncias iguais em intervalos de tempo iguais. Já o movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV), comprova que a velocidade varia uniformemente em razão ao tempo. MRUV pode ser definido como um movimento de um móvel em relação a uma referência ao longo de uma reta, na qual sua aceleração é sempre constante. Podendo dizer que a velocidade do móvel pode sofrer variações iguais em intervalos de tempos iguais. No MRUV a aceleração média assim como sua aceleração instantânea são iguais. ❖ Movimento Retilíneo Uniforme Movimentos que possuem velocidade escalar instantânea constante (não nula) são chamados movimentos uniformes então, se a velocidade escalar é a mesma em todos os instantes, ela coincide com a velocidade escalar média, qualquer que seja o intervalo de tempo considerado: Daí decorre que, no movimento retilíneo uniforme, o móvel percorre distâncias iguais em intervalos de tempo iguais. O movimento retilíneo uniforme (MRU) pode ser dividido em progressivo e retrógrado, sendo que no movimento progressivo, o móvel caminha a favor da orientação da trajetória, seus espaços crescem no decurso do tempo e sua velocidade escalar é positiva. Já no movimento retrógrado, o móvel caminha contra a orientação da trajetória, seus espaços decrescem no decurso do tempo e sua velocidade escalar é negativa. o Variação da posição No MRU a posição o objeto é dado pela seguinte equação: Página 4 de 16 Onde é a posição do objeto em determinado tempo, a posição inicial do objeto, a velocidade (que no MRU é constante) e o tempo dado. o Variação da velocidade Para encontrarmos a equação da velocidade basta derivar a equação do espaço, ou seja, a velocidade é o coeficiente angular da equação do espaço em relação ao tempo e o é o coeficiente linear, assim, analisando a derivada a seguir, podemos concluir que a velocidade do MRU é constante. o Aceleração Podemos observar que a aceleração corresponde ao coeficiente angular do gráfico da velocidade por tempo, ou seja, é a derivada da função. Sabendo que no MRU a velocidade é constante, a aceleração será 0, pois: o Significado físico da área sob a gráfica velocidade x tempo Integrando a função velocidade em um intervalo de tempo ], teremos a área, que numericamente equivale ao espaço percorrido no intervalo de tempo dado: ❖ Movimento Retilíneo Uniformemente Variado O movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV), também encontrado como movimento uniformemente variado (MUV), é aquele em que o corpo sofre aceleração constante, mudando de velocidade num dado incremento ou decremento conhecido. Para que o movimento ainda seja retilíneo, a aceleração deve ter a mesma direção da velocidade. Página 5 de 16 o Variação da posição No gráfico da posição em função do tempo, teremos uma função de segundo grau para o MRUV, logo, teremos: Sendo uma função de segundo grau, o gráfico representará uma parábola e a concavidade será para cima e para baixo se . o Variação da velocidade A função de velocidade versus tempo no MRUV é uma função do primeiro grau, conforme descreve a equação: Quando temos uma velocidade inicial ( ) que aumenta seu módulo ao decorrer do tempo, sendo assim, concluímos que o movimento é acelerado com e constante. Agora, se temos uma velocidade inicial ( ) que diminui ao passar do tempo, podemos então concluir que e constante. o Variação da aceleração No MRUV, como já dito, a aceleração é constante. A aceleração é capaz de nos fornecer duas informações sobre o movimento descrito: caso ela tenha o mesmo sentido da velocidade, o movimento pode ser chamado de Movimento Retilíneo Uniformemente Acelerado, já se a aceleração tiver sentido contrário da velocidade, o movimento pode ser chamado de Movimento Retilíneo Uniformemente Retardado. Podemos obtê-la derivando a função da velocidade em relação ao tempo: Página 6 de 16 Para um ponto qualquer, a derivada da função posição x tempo no MRUV nos fornece a velocidade para t qualquer, observe: 2. OBJETIVOS Caracterizar um Movimento Retilíneo e Uniforme (MRU) e um Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV); Calcular e interpretar a aceleração, a velocidade e posição de um móvel em MRU e/ou MRUV; Determinar as equações de movimento de um móvel em MRU e MRU; Construir e interpretar os gráficos da posição X tempo e da velocidade X tempo; Determinar o ponto de encontro entre dois móveis; Página 7 de 16 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1- MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME 1° ETAPA- ESFERA 1. Elevamos o plano 15º acima da horizontal; 2. Com o auxílio do imã, posicionamos a esfera de aço, contida no tubo com óleo, na marca x0 = 0mm; 3. Liberamos a esfera, disparando o cronômetro no mesmo instante, e paramos o cronômetro quando a esfera passou pela marca x1 = 100mm; 4. Fizemos uma tabela na folha de dados contendo a posição ocupada pelo móvel e o tempo levado; 5. Repetimos esta operação para x2 = 200 mm, x3 = 300 mm e x4 = 400mm. 6. Calculamos a velocidade média de cada um dos percursos; 7. Repetimos esse procedimento 5 vezes para cada distância. 2° ETAPA- BOLHA 1. Mantemos o plano num ângulo de15º, inclinamos o conjunto fazendo com que a bolha de ar fosse para a posição x0 = 400mm; 2. Arrastamos a esfera até a posição 0 mm e mantemos nesta posição por meio do imã; 3. Inclinamos a base do plano para conduzir a bolha de ar até a posição 400mm; 4. Tornamos a apoiar o plano sobre a mesa, ao mesmo tempo em que disparamos o cronômetro, voltamos a parar o cronômetro quando a bolha de ar passou pela marca x1=300; 5. Fizemos uma tabela na folha de dados contendo a posição ocupada pelo móvel e o tempo levado; 6. Repetimos esta operação para x2 = 200 mm, x3 = 100 mm e x4 = 0mm. 7. Calculamos a velocidade média de cada um dos percursos; 8. Repetimos esse procedimento 5 vezes para cada distância. 3° ETAPA- ENCONTRO DA BOLHA COM A ESFERA Página 8 de 16 1. Mantemos o plano num ângulo de 15º, inclinamos o conjunto fazendo com que a bolha de ar fosse para a posição x0 = 400mm; 2. Arrastamos a esfera até a posição 0 mm e mantemos nesta posição por meio do imã; 3. Inclinamos a base do plano para conduzir a bolha de ar até a posição 400mm; 4. Tornamos a apoiar o plano sobre a mesa, ao mesmo tempo em que liberamos a esfera e disparamos o cronômetro; 5. Observamos e anotamos em que posição eles se encontraram e quanto tempo levou até o cruzamento dos móveis; 6. Repetimos esse procedimento 5 vezes. 3.2- MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO 4° ETAPA- PARANDO A ESFERA COM O DEDO 1. Montamos o equipamento, inclinando os trilhos no angulo de 5°. 2. Colocamos a esfera na posição x0 e a abandonamos, cronometramos o tempo necessário para o mesmo ir de x0 até x1, x0 até x2, x0 até x3 e x0 até x4 ,usando sempre a posição inicial x0 = 0, x1 = 100mm, x2 = 200mm, x3 = 300mm e x4 = 400mm 3. Repetimos esse procedimento 5 vezes para cada um dos ângulos. Página 9 de 16 4. RESULTADOS 4.1- MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME Tabela 1 – Tempo em que a esfera se desloca em 15° dentro do tubo com gel Na tabela 1, encontra-se os valores das 5 medidas, com as 4 distâncias e o tempo de deslocamento. Experimento 0 – 100 mm 0-200 mm 0- 300 mm 0- 400 mm Medida 1 01.67 s 02.09 s 04.55 s 06.42 s Medida 2 01.61 s 02.50 s 04.45 s 06.75 s Medida 3 01.27 s 02.96 s 04.41 s 06.16 s Medida 4 01.28 s 03.10 s 04.65 s 06.38 s Medida 5 01.67 s 03.17 s 04.92 s 06.03 s Tabela 2- Tempo em que a bolha se desloca em 15°dentro do tubo de gel Na tabela 2, encontra-se os valores das 5 medidas, com as 4 distâncias e o tempo de deslocamento. Experimento 400– 300 mm 400-200mm 400-100mm 400-0 mm Medida 1 01.46 s 02.71 s 04.22 s 05.18 s Medida 2 01.26 s 02.85 s 03.82 s 05.13 s Medida 3 01.99 s 02.51 s 04.54 s 05.27 s Medida 4 01.35 s 02.58 s 03.31 s 05.38 s Medida 5 01.28 s 02.90 s 04.46 s 05.18 s Tabela 3-. Encontro da bolha com a esfera em 15° Na tabela 3, encontra-se os valores das 5 medidas, com as 4 distâncias e o tempo de deslocamento. Página 10 de 16 Experimento Tempo (s) Posição (mm) Velocidade Média (vm) Medida 1 02.53 s 190 mm 75.09 mm/s Medida 2 02.65 s 190 mm 71.68 mm/s Medida 3 02.78 s 170 mm 61.16 mm/s Medida 4 02.31 s 180 mm 77.92 mm/s Medida 5 02.52 s 175 mm 68.62 mm/s 4.2 – MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIAVÉL Tabela 4- Esfera descendo na canaleta em 5° Na tabela 4, encontra-se os valores das 5 medidas, com as 4 distâncias e o tempo de deslocamento. Experimento 0– 100 mm 0-200 mm 0-300 mm 0-400 mm Medida 1 0.54 s 0.83 s 01.19 s 01.08 s Medida 2 0.48 s 0.74 s 01.13 s 01.03 s Medida 3 0.42 s 0.57 s 01.06 s 01.13 s Medida 4 0.63 s 0.86 s 0.94 s 01.08 s Medida 5 0.61 s 0.61 s 0.94 s 01.08 s Movimento retilíneo uniforme Para obtermos a velocidade do móvel utilizamos a seguinte fórmula: Logo, basta substituirmos os valores encontrados para obtermos esta velocidade. Página 11 de 16 A inclinação da reta no gráfico que é o coeficiente angular equivale ao valor da velocidade média do movimento estudado. Para calcular a média, utilizamos a fórmula: Média = 01,67+01,61+01,27+01,28+01,67/5 Média= 01,50 s Para calcular o desvio padrão, utilizamos a fórmula: S= (01,67-01,50+01,61-01,50+01,27-01,50+01,28-01,50+01,67-01,50)² /4 S= 0,206+0,408+0,203+0,275 /4 S=0,885 Para obtermos a velocidade do móvel utilizamos a seguinte fórmula: Logo, basta substituirmos os valores encontrados para obtermos esta velocidade. Página 12 de 16 . Valores dos dados tratado Tabela 1 – Tempo em que a esfera se desloca em 15° dentro do tubo com gel Valor Médio 01. 50s 02.76 s 04.59 s 06.34 s Desvio Padrão 0.206 0.458 0.203 0.275 Velocidade Média 63.09 mm/s 65.35 mm/s 72.46 mm/s 66.66 mm/s Tabela 2- Tempo em que a bolha se desloca em 15°dentro do tubo de gel Valor Médio 01.46 s 02.71 s 04.07 s 05.22 s Desvio Padrão 0.302 0.167 0.508 0.098 Velocidade Média 68.49 mm/s 73.80 mm/s 73.71 mm/s 76.62 mm/s Tabela 3-. Encontro da bolha com a esfera em 15° Valor Médio 02.55 s 181 mm Desvio Padrão 0.17 8.94 Página 13 de 16 Tabela 4- Esfera descendo na canaleta em 5° Valor Médio 0.53 s 0.72 s 01.05 s 01.08 s Desvio Padrão 0.087 0.129 0.112 0.035 Velocidade Média 188.6 mm/s 277.7 mm/s 285.7 mm/s 370.3 mm/s 5. ANÁLISE DOS RESULTADOS O experimento mostrou que a queda de um corpo em meio viscoso, apresenta resistência e dificuldade de movimento, nos apresentou que ao conter uma velocidade constante a aceleração nula, o presente trabalho possibilitou aprender a diferenciar o Movimento Retilíneo Uniforme (MRU),que possui velocidade constante e aceleração nula do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), que possui aceleração e consequentemente tem variação de velocidade em função do tempo, sendo possível calcular a posição, tempo médio, velocidade média, médias das velocidades, a posição e o tempo de encontro entre dois móveis. Com a obtenção dos resultados foi possível compreender com clareza a construção e o comportamento dos gráficos. 5.1 José Antonio dos Santos Pereira Analisando o tipo de movimento feito pela esfera em um plano inclinado com meio viscoso relacionamos o deslocamento com velocidade e as forças decorrente ao meio, conclui- se que o movimento da esfera é o movimento retilíneo uniforme, que é possível achar a velocidade média da esfera, e não existe aceleração quando a velocidade se torna constante e a soma das forças que atuam sobre a esfera é nula. O estudo mostrou-se difícil de controlar, na prática, variáveis que seriam definidas se fossem apenas na teoria, uma vez que movimentos realizados em um mesmo espaço e em um mesmo tempo variaram (mesmo que de maneira sucinta) seus resultados, como nos experimentos de MRUV, em que as acelerações não foram precisamente constantes. E no de MRU, em que a velocidade apresentou uma pequena variação de uma medida para outra. Isto demonstra que os fatores externos podem comprometer os testes, influenciando assim, nos resultados.Página 14 de 16 Desta forma, o experimento nos submetem à recorrência dos cálculos de erros, que, contudo, provou-se efetivo, com uma margem que possibilitou a qualidade e autenticidade dos resultados. O desafio de conseguir resultados plausíveis, será constante em nossa área de trabalho, uma vez que teremos que lidar com variáveis de difícil controle e medidas não tão precisas no nosso dia-a-dia como engenheiro. Porém, cabe à efetividade dos profissionais a habilidade de conseguir minimizar os erros, e obter resultados de caráter que correspondam ao nível requerido. 6. CONCLUSÕES No estudo do MRU, é analisada a trajetória de uma partícula em uma dimensão, com velocidade constante e aceleração diferente de zero. Neste trabalho, a partir do experimento, foi possível achar a equação para o tempo de encontro apenas “arrumando” a expressão para a função horária do movimento. Assim, pode- se calcular o tempo para o encontro e a posição onde ocorre esse encontro. Satisfatoriamente, o tempo de encontro medido e calculado, assim como o ponto para o mesmo teve resultados bastante próximos, mostrando a preocupação na hora do experimento para alcançar os resultados e estes, foram dentro da margem de erro, o que traduz a boa execução do experimento. Página 15 de 16 7. REFERÊNCIAS [1] - HALLIDEY, D., RESNICK, R., WALTER J.; Fundamentos da Física. 8ª Edição. Rio de Janeiro: Editora AS, 2008. Vol. 2. [2] - TOLEDO, P., NICOLAU G.; Física Básica. 2ª edição. São Paulo: Atual editora. 2004. Vol. Único. 8. APÊNDICES Figura 1 – Plano inclinado Fonte: José Antonio S. Pereira Figura 2 –Cronômetro Fonte: José Antonio S. Pereira Página 16 de 16
Compartilhar