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Mecanismos de Auto-Imunidade Tolerância imunológica é a falta de resposta aos antígenos que são induzidos pela falta de exposição dos linfócitos a esses antígenos Doença auto-imune: causada por reações de hiperssensibilidade, lesão tecidual e alterações funcionais Auto-imunidade: resposta imune contra os auto-antígenos. Os principais fatores do desenvolvimento da auto imunidade são: Fatores Genéticos: auto-anticorpos, células auto-reativas, citocinas (IL-10, IFN-y, IL-6, TNF-a) Genes do HLA: HLA-B27, DRB1, DR4, DR10... Genes não HLA: PCD1, AIRE (regulador autoimune, que faz uma expressão defeituosa de antígenos teciduais e eliminação das células T próprio reativas no timo, ou seja, um defeito nesse gene ocasiona uma falha na seleção do timo e liberação de células T autorreativas) Senescência: mulheres, idade fértil Fatores Infecciosos: microorganismos -> Podem ativar os linfócitos auto-reativos. Uma infecção de um tecido pode induzir uma resposta local da imunidade inata, e esta pode ocasionar o aumento da expressão de co-estimuladores e citocinas pelas APC’s teciduais. Essas APC’s teciduais são capazes de estimular as células T auto-reativas que encontram antígenos próprios nos tecidos. Em outras palavras, a infecção pode quebrar a anergia das células T e promover a ativação dos linfócitos auto-reativos. Fatores Infecciosos – mimetismo molecular -> as reações cruzadas entre os antígenos microbianos e próprios são denominadas mimetismo molecular. Ex: febre reumática, que os anticorpos contra estreptococos fazem reações cruzadas com um antígeno do miocárdio e causam a doença cardíaca. Fatores Hormonais: incidência de 10 mulheres para um homem no lúpus, início da doença após menarca e após menopausa, em modelos murinos foi evidenciado que a exacerbação do estrógeno causou o lúpus, após reposição hormonal o lúpus foi exacerbado e houve o aumento da sobrevivência de linfócitos B e auto-reatividade induzidas por estrógeno Prolactina: aumento da atividade inflamatória, aumento das células Th1 (aumento IL-2 e IFN—Y) e Th2 (aumento dos auto anticorpos, como anti-dna, anti-ilhota, anti-tireoglobina, anti-transglutaminas....) Anergia: Inativação funcional dos linfócitos T que ocorrem quando essas moléculas reconhecem antígenos sem níveis adequados de co-estimuladores / ocorre quando os linfócitos T reconhecem os antígenos próprios Tolerância central dos linfócitos T: se um linfócito T imaturo interage fortemente com um antígeno próprio, apresentado com um peptídeo ligado a uma molécula do complexo maior de histocompatibilidade, esse linfócito recebe sinais que estimulam a apoptose e as células morrem antes de completar o processo de maturação (seleção negativa) G Tolerância central dos linfócitos B: quando um linfócito B imaturo reage fortemente com um antígeno próprio na medula óssea, as células B podem ser destruídas (seleção negativa) quanto alterar a especificidade de seu receptor (edição do receptor da célula B) Superantígeno: Superantígenos são proteínas que exercem um potente efeito no sistema imune. Como moléculas bifuncionais, eles permitem uma interação entre as moléculas MHC de classe 2 das células apresentadoras de antígeno e a receptor TCR de linfócitos, levando a uma intensa ativação destas células sem processamento e sem co-estimuladores. Tal ativação pode ter diferentes consequências, como proliferação, deleção ou indução de anergia celular. Os superantígenos podem ser expressos por uma grande variedade de microrganismos, como bactérias, vírus e algumas espécies de micoplasmas. Mecanismos de Lesão Tecidual: Hiperssensibilidade tipo 2: causa anemia hemolítica auto-imune Hiperssensibilidade tipo 3 causa lúpus eritrematoso sistêmico, glomeronefrite lúpica e vasculites Hiperssensibilidade tipo 4: causa diabetes melito I
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