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Introdução A Grécia antiga não era classificada como um país ou unidade política ela significava uma região conhecida depois por cidades estados. O desenvolvimento dessas cidades se deu pelo crescimento populacional somado a uma retomada do processo tecnológico, artesanal e comercial, o resultado desse processo gerou a queda das monarquias e o início das turbulências sócias que assim surgiu a necessidade de criar legislações para uma vida justa em sociedade. Além disso mais duas polis (cidade) apresentam-se como as mais intrigante para a história do direito são elas: 2. Esparta Uma das primeiras cidades-estado a se formar na Grécia, formada por invasores dórios nas margens do rio Eurotas, cidade-estado extremamente militarizada. 2.1Sociedade Dividida em três camadas sociais bem distintas; Esparciatas: Constituíam uma das divisões da sociedade espartana. Eram os espartanos que estavam a disposição do exército e do estado. Não podiam exercer o comércio nem vender terras, os mesmos eram mandados ao exército com apenas 7 anos de idade. Os Periecos: Segunda camada da sociedade estamental dos espartanos, constituíam boa parte da população, apesar de terem uma boa condição de vida, não tinham nenhum direito político. Hilotas: O resto da população, todos escravos do estado, sem nenhum direito assegurado por lei, vivendo em condições sub-humanas. Obs: Os Esparciatas superficialmente tem privilégios na sociedade dando a entender que tinham uma vida serena, porém tinham uma educação muito rígida eram escolhidos para serem guerreiros ao nascer, aos 7 anos era retirados da sua família e ingressavam ao grupo militar, dos doze anos ao dezessete ficavam no campo de batalha, onde sobreviviam do próprio esforço. 2.2 Economia O Estado distribuía terras entre os Esparciatas, o estado possuía entra 8000 a 9000 lotes de terra dos mais lucrativos distribuídos aos guerreiros, onde eles ganhavam 6 escravos por lote, como o Estado era detentor da terra, ela não podia ser cedida ou vendida. Os Periecos: Eram agricultores, artesões, minerados, criavam animais. Tinham suas terras, porém eram terras de periferia não tão lucrativa quanto a que os Esparciatas possuíam. Esparta era sustentada pela agricultura, grande disponibilidade de terras férteis, fez ela se guiar por esse caminho. 2.3 Política O poder passou a ser monopolizado pela Gerúsia, ou conselho dos anciões, posta por 28 cidadãos acima dos 60 anos, escolhidos por aclamação da assembleia(Esparciatas). A Gerúsia escolhia o poder executivo: Os Éforos, cinco magistrados que cuidavam da educação das crianças (Esparciatas), fiscalizavam a vida pública e cuidavam dos processos civis. 2.4 Cultura e ideologia O mais marcante da cultura de Esparta é claramente o militarismo levado as últimas consequências, os espartanos tinham quase nenhum contato com os estrangeiros, o Estado incentivava a aversão ao que vem de fora, ‘’Xenofobia’’ , proibiam o estrangeiro de se hospedar em Esparta, evitando o contato com o novo, o diferente, típico de governos ditatórias. 3. Atenas Atenas fica localizada na península da Ática e estende-se pelo mar na direção leste. Ela é separada do resto da Grécia por montanhas muito altas, porém com um fácil acesso. No século VIII a.c. a economia de Atenas era, ainda, rural. Entretanto, atividades artesanais e comerciais ganhavam espaços na região. Com o desenvolvimento comercial, os georgoi se viram, cada vez mais, em difíceis situações, com a importação de cereais e algumas crises climáticas, a concorrência os aniquilava, fazendo uma dívida com os eupátridas. Essa dívida gerou perda de terras e também, a penhora do próprio corpo, a escravidão por dívida. Os eupátridas monopolizavam o poder, tanto quando existia um rei quanto quando eles começaram a governar sozinhos, formando uma oligarquia. Passando o tempo, a situação de empobrecimento dos georgoi aumentou e se somou à insatisfação de comerciantes e artesãos que se tornavam cada vez mais ricos e desejavam participar da política. A oligarquia estava entre dois problemas: novos ricos desejosos de participar do governo e pobres exigindo o fim da escravidão por dívida e a repartição das grandes propriedades. Assim, os insatisfeitos formaram o Partido Popular e o governo oligárquico na oposição, com o Partido Aristocrático. A crise não favoreceu a aristocracia, por não ter mais o monopólio de armas e com a introdução de armas mais baratas, os pobres conseguiram se armar, participar do exército e exigir uma maior participação na política. Em meio da luta entre os dois partidos, um aristocrata chamado Cílon, tentou tomar o poder à força, porém sem sucesso. A resposta do Partido Popular foi imediata, então a oligarquia se viu obrigada a lhes oferecer reformas. 3.1. Drácon Surgiram os Legisladores – os primeiros a redigirem as leis em Atenas, o primeiro foi Drácon, famoso até hoje pela severidade de suas leis, até nos dias atuais, a palavra “draconiano” significa nos dicionários “referente a ou o severo duro código de leis a ele atribuído. Que ou que é excessivamente rigoroso ou drástico.” Em não tendo criado novidade alguma, Drácon reproduziu o direito antigo. Assim, quase todos os crimes eram passíveis de pena de morte. 3.2. Sólon Embora as leis de Drácon tenham reconhecido uma existência legal aos cidadãos e indicado o caminho da responsabilidade individual, ele não atingiu o problema econômico-social e o problema político. Assim o Partido Popular voltou a exigir reformas. Em 594 a.c. foi indicado um novo legislador chamado Sólon. Este tinha a vantagem de ser aristocrata de nascimento e comerciante de profissão. Pode-se afirmar que as leis de Sólon correspondem a uma grande revolução social. A eunomia está presente em todos os artigos que ele escreveu. A reforma atingiu toda estrutura do Estado Ateniense, em relação à economia, sociedade e política. 3.2.1. Economia A legislação de Sólon preparou Atenas para ser uma potência econômico-comercial. Em todos os sentidos ele indicava um incentivo ao desenvolvimento comercial e industrial que fariam de Atenas a principal e mais poderosa Cidade-Estado da região. E para ajudar a produção interna, Sólon incentivou a ida de artesãos estrangeiros para Atenas, tornando o local, que não só barateava os produtos, agora também fazer da cidade uma exportadora. O legislador dotou Atenas de um padrão monetário fixo e incentivou a exploração de minas de prata. Desta maneira, Atenas teria uma melhor e maior circulação monetária. Sólon também instituiu um sistema de pesos e medias único. 3.2.2. Sociedade No intuito de minimizar a crise política, Sólon concedeu anistia geral, perdoando os políticos que cometeram algum crime, suavizando, também, a legislação draconiana, apaziguando os ânimos exaltados da cidade. Ele limitou o direito de herança dos primogênitos, que anteriormente eram herdeiros universais. Sólon introduziu o testamento na legislação ateniense, sendo a mulher sempre impossibilitada de testar. Para resolver o problema que gerava revolta no povo, o legislador decretou a seisachtéia que consistia na suspensão dos marcos de hipoteca, na devolução das terras aos antigos proprietários e a proibição da escravidão por dívidas em Atenas. 3.2.3. Política Sólon fez leis relativas ao comando efetivo do Estado ateniense, dividindo aqueles com mais riquezas e, abaixo deles, com menos poder e sucessivamente, os que tivessem menos dinheiro Bibliografia: livro Flavia lages e infoescola
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