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HIV, SIFILIS E TOXO

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Campus Norte
TRABALHO ACADÊMICO RELACIONADA À DISCIPLINA DE PROPEDÊUTICA E PROCESSO DE CUIDAR NA SAÚDE DA MULHER (PPCSM)
4o e 5º Semestres de Enfermagem
Bruno Bernazzani – RA D2512B7, Débora C. Santos de Oliveira – RA N170BB6, Katia D’Aguano Garcia Lopes – RA D461BL5, Nicole dos Santos Barros Braz – RA T8553B8, Pâmela Alves dos Santos – RA D332AE0.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE AS DOENÇAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) DURANTE A GESTAÇÃO
Docente: Ms. Mariana Turiani.
Nota: ________
São Paulo
2019
Bruno Bernazzani – RA D2512B7, Débora C. Santos de Oliveira – RA N170BB6, Katia D’Aguano Garcia Lopes – RA D461BL5, Nicole dos Santos Barros Braz – RA T8553B8, Pâmela Alves dos Santos – RA D332AE0.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE AS DOENÇAS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMITÍVEIS (IST) DURANTE A GESTAÇÃO
Trabalho de revisão bibliográfica apresentado para avaliação do rendimento acadêmico da disciplina Propedêutica e Processo de Cuidar da Saúde da Mulher do curso de Enfermagem da Universidade Paulista (UNIP) ministrada pela docente Mariana Turiani, como requisito para parcial de avaliação.
São Paulo
2019 
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	OBJETIVOS	5
2.1	Objetivo geral	5
2.2	Objetivos específicos	5
3.	METODOLOGIA	6
4.	SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS)	7
4.1 Fisiopatologia	8
4.2 Dados Epidemiológicos	10
4.3 Sinais e sintomas	10
4.4 Fatores de risco	11
4.5 Complicações	11
4.6 Prevenção	12
4.7 Assistência de Enfermagem	12
5.	SÍFILIS	16
5.1 Fisiopatologia	16
5.2 Dados Epidemiológicos	16
5.3 Sinais e sintomas	17
5.4 Fatores de risco	17
5.5 Complicações	18
5.6 Prevenção	18
5.7 Assistência de Enfermagem	19
6.	TOXOPLASMOSE	21
6.1 Fisiopatologia	21
6.2 Dados Epidemiológicos	21
6.3 Sinais e sintomas	21
6.4 Fatores de risco	22
6.5 Complicações	22
6.6 Prevenção	23
6.7 Assistência de Enfermagem	23
7.	CONCLUSÃO	25
8.	REFERÊNCIAS	26
INTRODUÇÃO
	As infecções sexualmente transmissíveis (IST) são um grave problema de saúde pública em decorrência do aumento progressivo de pessoas infectadas a cada ano.
	A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença crônica infecciosa, causada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Na década de 80, surgiram os primeiros casos de AIDS no Brasil, onde foram considerados uma epidemia que se alastrou rapidamente. Nos casos de gestantes infectadas pelo vírus HIV, a preocupação é a transmissão vertical para o recém-nascido, que ocorre durante o trabalho de parto com 65% das vezes, outras ocorrem intraútero com 35%, essencialmente nas últimas semanas de gestação e no aleitamento materno, representando um risco adicional de transmissão de 7% a 22%.	
	Outra IST gravíssima para gestantes, é a sífilis. É causada por uma bactéria, tornando-a uma doença infecciosa. É responsável por altos índices morbimortalidade intrauterina. Estima-se que ocorrem 340 milhões de casos de infecções sexualmente transmissíveis no mundo por ano, entre as quais 12 milhões são de sífilis e, em 90% dos casos, acontecendo em países em desenvolvimento. Essa infecção representa um grave problema de saúde pública, associado a complicações perinatais como a sífilis congênita. 	
	No caso da Toxoplasmose, é causada por um protozoário chamado que é encontrado nas fezes de gatos e outros felinos, onde pode se hospedar em humanos e outros animais. A via de contaminação é pela ingestão de água ou alimentos contaminados. A soroprevalência da doença na população em geral varia aproximadamente entre 40 e 80%. Devido aos valores serem elevados, as maiores preocupações são voltadas às gestantes, por causa da possibilidade de infecção congênita, que pode ser muitas vezes grave e até letal. Diante desse quadro grave da doença congênita, torna-se fundamental o início do pré-natal no primeiro trimestre da gestação, possibilitando a identificação precoce dos casos agudos de toxoplasmose gestacional. Se diagnosticado precocemente, a realização do tratamento tem maiores chances de evitar ou reduzir sequelas para o recém-nascido. 
OBJETIVOS
 Objetivo geral
Compreender a infecções sexualmente transmissível (IST) Sífilis e a doença da Síndrome da Autoimune Deficiência (AIDS) em sua totalidade, dando foco para pacientes gestantes.	
Compreender a infecção da Toxoplasmose em sua totalidade, dando foco para pacientes gestantes.	
 Objetivos específicos
Compreender a fisiopatologia das doenças;
Analisar casos de gestantes com estas doenças através dos dados epidemiológicos;
Compreender o processo transição para a patologia.
Determinar sinais e sintomas presentes, fatores de risco, prevenção, complicações em pacientes gestantes.
Estudar cada doença individualmente, promovendo a Assistência de Enfermagem.
METODOLOGIA
	Trata-se de uma revisão bibliográfica que aborda as infecções sexualmente transmissíveis, como Sífilis e Toxoplasmose e a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) em sua totalidade durante o período gestacional – apresentando características definidoras, como os sinais e sintomas, fatores de risco, prevenção, complicações, além de destacar a importância do profissional de Enfermagem diante a abordagem dessas circunstâncias cada vez mais comuns em nossa sociedade. 
	Para realizar o presente projeto, foram utilizadas cartilhas do Ministério da Saúde e da Secretária de Educação do Estado de São Paulo, além de artigos encontrados em bases de dados como SciELO e Lilacs, que demonstram a importância de tratar sobre esses aspectos com toda a população, porém principalmente mulheres, gestantes, puérperas. As pesquisas foram realizadas no período de 12 de fevereiro à 26 de abril de 2019.
SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS)
O HIV é o vírus da imunodeficiência humana precursor da AIDS. O vírus ataca o sistema imunológico com predileção pelos linfócitos T CD4+, ocasionando uma supressão do sistema imunológico, o que deixa o indivíduo propenso a adquirir diversas doenças e dificulta as defesas naturais do organismo a combater tais agravos.
	A contaminação pelo HIV se dá através de contato sexual desprotegido, pelo compartilhamento de seringas contaminadas por usuários de drogas ilícitas, por contaminação vertical (da mãe para o feto durante a gestação), parto por via vaginal, através da amamentação, por transfusão de sangue e por instrumentos perfuro cortantes.
	A gravidez é um momento de grande felicidade na vida na maioria das mulheres, e junto com as alegrias da gravidez também temos as dúvidas os medos e as fragilidades que são normais nesta fase da vida das mulheres.	
	Este é um período marcado pelas inseguranças em relação ao bebê e ao próprio corpo que muda gradativamente a cada fase da gestação. A mulher deve ser acompanhada em todas as fases de sua vida não somente durante a gestação, porém sabemos que o período da gravidez é a fase em que as mulheres mais são acompanhadas de modo geral, tanto pelas instituições públicas quanto pelos particulares.
	Nesta fase é realizado o acompanhamento pré-natal, que deve ser realizado todos os meses durante a gestação e com a aproximação do nascimento do bebê as consultas devem ser realizadas com maior frequência inicialmente quinzenal e posteriormente semanal.	
	Durante a gestação são realizados diversos exames laboratoriais de sangue e de imagem, estes exames têm a finalidade de acompanhar as condições de saúde da mãe e do feto, tanto quanto o seu desenvolvimento saudável e de identificar anormalidades ou situações de risco nesta fase, um dos exames importantes realizados durante a gestação são os de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), como o HIV.	
	Nos casos positivos para HIV a gestante deve ser acompanhada desde o início da gestação, já que este grupo sofre com os riscos de complicações em decorrência da doença, as mulheres que sofrem com o HIV correm riscos maiores de abortamento, risco de parto prematuro, diminuição do crescimento fetal e os riscos aumentam ainda mais se a mulher além de HIVpositiva ainda possuir a AIDS.	
	Além de todos os riscos que a gestante e o feto sofrem uma das maiores preocupações são de o feto adquirir o HIV através de contaminação vertical que se dá de mãe para o feto ainda durante a gestação, por este motivo o pré-natal deve ser realizado desde as primeiras semanas de gestação. De acordo com o ministério da saúde a gestante HIV positiva deve iniciar a o tratamento com medicamentos antirretrovirais durante toda a gestação.	
	Também é possível que haja contaminação do bebê no momento do parto, nestes casos quando indicado pelo médico é administrado via endovenosa a medicação antirretroviral, para que as chances de contaminação sejam ainda menores após o parto é recomendado a puérpera a não amamentação do bebe, em decorrência da presença do vírus no leite materno. Os bebes filhos de mãe HIV positivas devem receber a medicação antirretroviral já nas primeiras horas após o nascimento e deverá ser mantido de forma profilática nas primeiras semanas de vida, o bebe deverá ser acompanhado pelo serviço de saúde durante os primeiros meses de vida, e neste período será realizado exames específicos para a detecção do HIV.
		4.1 Fisiopatologia
	O vírus HIV quando instalado no organismo afeta diretamente o sistema imunológico através da invasão dos linfócitos T CD4+.	
	O sistema imunológico é responsável pela identificação e combate de determinadas estruturas moleculares ou antígenos que afetam o nosso organismo, ele é constituído pelas células brancas (leucócitos) do tipo granulócitos (eusinófilos, basófilos e neutrófilos) e agranulócitos (monócitos e linfócitos), os monócitos após a exposição a agentes agressores ao organismo se diferenciam e se tornam macrófagos que são responsáveis por fagocitar e digerir os agentes causador da agressão. 
	Os linfócitos são células produzidas na medula óssea a partir das células tronco e se diferenciam em Linfócitos B, Linfócitos T e NK (Natural Killer), os linfócitos são células responsáveis por reconhecer moléculas ou partículas estranhas de agentes agressores que entram em contato com nosso organismo a partir daí se dá a resposta citotóxica mediada por células ou pela resposta humoral através da produção de imunoglobulinas.
	Os linfócitos B são recobertos por moléculas receptoras de antígenos e quando estimulados se diferenciam em plasmócitos que dão origem a produção de imunoglobulinas, além da produção de imunoglobulinas os linfócitos B são responsáveis pela apresentação de alguns antígenos aos linfócitos T. Os linfócitos B ativados que não se diferenciam em plasmócitos dão origem à memória imunitária que reagem rapidamente frente a uma segunda exposição ao mesmo antígeno com imunoglobulinas já presentes no organismo capazes de combater os antígenos específicos. 
	Os linfócitos T também são produzidos pela medula óssea porem serão amadurecidas no timo, quando os linfócitos T amadurecem eles são divididos em subtipos como os T-helper, T- supressora T- citotóxica. Os linfócitos T auxiliam na transformação dos linfócitos B em plasmócitos e também compõe o sistema imunológico fazendo o reconhecimento de células estranhas e vírus que entram em contato com nosso organismo	.
	O vírus HIV quando instaurado no organismo afeta diretamente os linfócitos T, em especial os T CD4+, o vírus através da enzima trascriptase reversa converte o seu material genético de RNA para DNA, e isso permite que o HIV invada os T CD4+, sequestrando o maquinário celular utilizando a seu favor para poder se replicar, quando o vírus se replica ele causa o rompimento da membrana celular causando a sua morte, o vírus HIV não consegue se manter por muito tempo vivo sem uma célula hospedeira então logo após a ruptura do Linfócito hospedeiro os vírus replicados se ligaram a outras células e repetiram todo o processo sucessivamente, com isso a carga viral do HIV aumenta gradativamente e faz com que haja uma queda no número de linfócitos T. O vírus do HIV por ter a predileção pelos T CD4+ impossibilita seu reconhecimento pelos T – citotóxicos impedindo que haja uma resposta imunológica ou o seu reconhecimento.	
	A AIDS é definida quando a contagem de linfócitos T CD4+ encontra-se abaixo de 200 células por mm³ em decorrência da contaminação pelo vírus HIV.
	Muitas vezes quando a pessoa descobre cedo a infecção pelo vírus HIV e da início ao tratamento imediatamente ele não desenvolve a AIDS, contudo o fato da pessoa não possuir AIDS não significa que ela não transmita o vírus HIV a outras pessoas.
4.2 Dados Epidemiológicos
	De 2007 até junho de 2018, foram notificados no Sinan 247.795 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 117.415 (47,4%) na região Sudeste, 50.890 (20,5%) na região Sul, 42.215 (17,0%) na região Nordeste, 19.781 (8,0%) na região Norte e 17.494 (7,1%) na região Centro-Oeste. No ano de 2017, foram notificados 42.420 casos de infecção pelo HIV, sendo 4.306 (10,2%) casos na região Norte, 9.706 (22,9%) casos na região Nordeste, 16.859 (39,7%) na região Sudeste, 8.064 (19,0%) na região Sul e 3.485 (8,2%) na região Centro-Oeste. 	
	Os casos de infecção pelo HIV notificados no Sinan no período de 2007 a junho de 2018, segundo sexo. Nesse período, foi notificado no Sinan um total de 169.932 (68,6%) casos em homens e 77.812 (31,4%) casos em mulheres. A razão de sexos para o ano de 2017, desconsiderando casos de HIV em gestantes, foi de 2,6 (M:F), ou seja, 26 homens para cada dez mulheres.	
	No Brasil, no período de 2000 até junho de 2018, foram notificadas 116.292 gestantes infectadas com HIV. Verificou-se que 38,6%% das gestantes eram residentes da região Sudeste, seguida pelas regiões Sul (30,4%), Nordeste (17,2%), Norte (8,0%) e Centro-Oeste (5,8%). No ano de 2017, foram identificadas 7.882 gestantes no Brasil, sendo 30,2% na região Sudeste, 29,0% no Sul, 21,9% no Nordeste, 12,5% no Norte e 6,4% no Centro-Oeste.
		4.3 Sinais e sintomas
A pessoa contaminada pelo HIV apresenta quatro fases da doença, a fase de infecção aguda, fase assintomática, fase sintomática inicial e por último AIDS.
	Na primeira fase, a fase de infecção aguda a pessoa apresenta normalmente sinais e sintomas de gripe forte como febre e mal-estar, e esse período é de aproximadamente três a seis semanas após a exposição ao vírus.	
	Na segunda fase, a fase assintomática é marcada pelo constate ataque do vírus aos linfócitos, nesta fase se mantém um equilíbrio entre a proliferação, maturação e morte do vírus, mantendo certa homeostasia do sistema imunológico, não permitindo que seja instaurado novas doenças no organismo, essa fase pode durar por aproximadamente 10 anos ou menos.	
	Na terceira fase, a fase sintomática inicial é caracterizada pelo ataque cada vez maior as células T CD4+ pelo vírus HIV, nesta fase as células T CD4+ sofrem uma queda na sua contagem, o que deixa o sistema imune debilitado e propenso a ataques de doenças comuns, os sintomas mais comuns são febre, diarreias, sudorese noturna, emagrecimento, fadiga e gengivite.	
	Na quarta e última fase, a fase da AIDS é caracterizada pela baixa imunidade que favorece ao surgimento de doenças oportunistas como a Herpes, Hepatites virais, Tuberculose, Pneumonia, Toxoplasmose, e alguns tipos de Câncer, este é o estágio mais avançado da doença e que pode levar a pessoa ao óbito em poucos anos caso não haja tratamento adequado ou a não adesão ao tratamento.
		4.4 Fatores de risco
	Os fatores de risco para contaminação pelo vírus HIV são:
Relações sexuais desprotegidas; 
Múltiplos parceiros sexuais sem uso de preservativos; 
Compartilhamento de seringas contaminadas para consumo de drogas;
Transmissão vertical;
Parto;
Amamentação;
Transfusão de sangue contaminado;
		4.5 Complicações 
	As complicações perinatais mais recorrentes são os abortamentos, as infecções durante a gestação em decorrência do estado imunológico da gestante, o baixo desenvolvimento de crescimento do feto a contaminação do feto durante a gestação, parto ou após o parto através da amamentação, parto prematuro, recém-nascido baixopeso, internação em UTI do neonatal em decorrência de parto prematuro ou por ser baixo peso e até morte do neonato. 
	Nos casos de gestantes com contagem de T CD4+ muito baixo que já apresente certa fragilidade no sistema imunológico ou com AIDS pode surgir complicações severas relacionadas ao parto como as infecções de sítio cirúrgico nos casos de cesárea, ou infecções relacionadas a assistência à saúde, podendo levar a morte materna. Outras complicações que podem haver durante a gestação são em decorrência de doenças oportunistas ou crônicas que a gestante possa ter em virtude do seu estado imunológico ou associadas ao HIV ou AIDS.
		4.6 Prevenção
	O HIV pode ser prevenido com a distribuição e uso de preservativos femininos e masculinos, com profilaxia pós exposição e pré exposição, com intervenções comportamentais a fim de aumentar e difundir as informações sobre o HIV e AIDS para toda a população visando diminuir o risco de novas contaminações, incentivo a teste para IST, incentivo a adesão de tratamento antirretrovirais em casos de possíveis contaminações, acompanhamento e redução de danos para usuários de álcool e outras drogas, estratégias de educação em saúde através de campanhas educativas e conscientização, prevenir a transmissão vertical e não amamentar em casos de mães HIV positivas.
		4.7 Assistência de Enfermagem
Realizar o teste de HIV juntamente com os outros exames de IST no primeiro trimestre de gravidez, a fim de tratar desde o início as infecções e diminuir as morbidades resultantes das infecções;
Conscientizar e esclarecer as dúvidas da gestante de forma clara, com palavras simples de fácil entendimento;
Esclarecer as dúvidas pertinentes a gestação como os sintomas que podem ocorrer neste período; 
Deixar claro a importância do pré-natal durante toda a gestação e o acompanhamento médico; 
Encaminhar a gestante para acompanhamento psicossocial, a fim de amparar psicologicamente a gestante e identificar e tratar situações de risco como consumo de álcool e outras drogas, gestante que vive em situação de rua, relações com múltiplos parceiros sem utilização de preservativos, 
Esclarecer e incentivar a gestante a não fazer o consumo de álcool e drogas, e nos caos em que não seja possível cessar o consumo pelo menos realizar a diminuição e a importância do não compartilhamento de seringas e agulhas com terceiros nos casos de usuárias de drogas, encaminhar para programas de redução de danos e centros psicossociais especializados no tratamento de dependência química. 
Iniciar o tratamento com medicamentos antirretrovirais o mais cedo possível e nos casos das gestantes que já faziam uso dos antirretrovirais antes da gestação manter o tratamento, a fim de minimizar o risco da transmissão vertical, explicar e incentivar o uso da medicação mesmo com os sintomas corriqueiros da gestação como as náuseas e vômitos que possam aparecer, em casos de episódios recorrentes de vômitos pode ser necessário a utilização de anti eméticos; 
Esclarecer e incentivar a correta higienização dos alimentos e o não consumo de alimentos crus em decorrência dos riscos de se contrair a toxoplasmose;
Esclarecer e incentivar as medidas de higiene com animais domésticos e a lavagem das mãos após contato com os animais e utilização do banheiro, 
Deve-se ter um cuidado com a manutenção do peso, já que o HIV e AIDS favorecem a perda de peso e queda do estado nutricional do paciente, nestes casos devemos indicar ao paciente uma alimentação que favoreça o ganho de peso em casos de paciente emagrecido, uma dieta hipercalórica rica em proteínas, nos casos de paciente com IMC adequado a alimentação deve ser mantida com alimentos saudáveis, e dieta normocalórica, sempre que possível encaminhar o paciente para acompanhamento com nutricionista.
Orientar a alimentação fracionada em pequenas porções a fim de evitar episódios de vômitos e náusea, que são normais no primeiro trimestre de gestação 
Orientar sobre o consumo de alimentos rico em cálcio;
Orientar sobre a suplementação de sulfato ferroso e ácido fólico;
Incentivar a prática de atividades físicas;
Pesar a gestante, realizar a mensuração da altura uterina e exame físico da gestante em todas as consultas pré-natais;
Realizar os exames pré-natais, e repetir sempre que necessário, nos casos de gestantes HIV positivas e portadoras da AIDS, além dos exames de rotina pré-natais é importante realizar o teste de PPD a fim de rastrear possível infecção por tuberculose, realizar exame de contagem de linfócitos T CD4+ e Carga viral;
Manter controle de doenças oportunistas e crônicas que possam ocorrer durante a gestação de mulheres HIV positivas ou portadoras de AIDS; 
O esquema vacinal nas gestantes portadoras de HIV e AIDS devem ser analisados com muito critério, algumas vacinas só devem ser realizadas se as chances de contaminação pelo patógeno forem elevadas, as vacinas com vírus vivo atenuados não são recomendados durante a gestação e estão contra indicadas as com vírus vivos de tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e a de varicela, em casos de pacientes com imunossupressão severa não deve-se administrar as vacinas;
Explicar e esclarecer as dúvidas da gestante quanto a escolha do tipo de parto, as gestantes portadoras do vírus HIV podem junto ao seu obstetra escolher o tipo de parto, esta escolha vai depender do estado imunológico e da carga viral que a gestante a presente, o parto normal pode ser realizado quando a carga viral for inferior a 1.000 cópias/ml, quando a gestante entrar em trabalho de parto será administrado por via endovenosa de forma continua a profilaxia de antirretrovirais, o indicado é que a profilaxia de início no mínimo três horas antes do bebe nascer, e será cessado após o clampeamento do cordão umbilical, não é indicado trabalho de parto muito longo, nestes casos é indicado a utilização de ocitocina, deve se evitar a realização de episiotomia e se a membrana amniótica estiver rompida e a gestante não estiver em trabalho de parto ativo ou expulsivo o recomendado é que seja realizado a cesárea.
Nos casos de cesárea eletiva a gestante também deverá ser submetida a profilaxia antirretroviral horas antes do parto, a cesárea é o prato prioritariamente recomendado quando a carga viral for superior a 1.000 cópias/ml e o estado imunológico da gestante estiver consideravelmente fragilizado, tanto nos partos cesárea e normal não se deve realizar a ordenha do cordão umbilical e o clampemanto do cordão umbilical deve ser realizado imediatamente após o nascimento do bebe, os procedimentos invasivos como uso de fórceps e vácuo extrator devem ser evitados a fim de evitar a transmissão vertical;
Nos casos de gestantes em trabalho de parto prematuro também deve ser administrado a profilaxia antirretroviral desde a sua internação a até a cessação das contrações uterinas;
Realizar o acompanhamento do trabalho de parto através de partograma e evitar toques vaginais repetidos;
Não incentivar a amamentação, já que a o leite materno é uma via de contaminação do recém-nascido, muitas vezes no pós-parto é administrado uma medicação para cessar a produção de leite, também pode ser utilizado o enfaixamento das mamas ou utilização de soutien apertado por algumas semanas com a finalidade de interromper a produção de leite; 
Fornecer fórmula láctea para o recém-nascido;
Realizar o acompanhamento da puérpera e recém-nascido no período puerperal, esclarecer as possíveis dúvidas que possa haver em relação aos cuidados com o recém-nascido;
- Realizar a profilaxia do recém-nascido nas primeiras horas após o parto, e manter por algumas semanas após o prato a fim de diminuir a transmissão vertical;
- Realizar o teste de HIV no recém-nascido após algumas semanas de nascimento e repetir de após 30 dias;
Fornecer suporte emocional, tratar a gestante, parturiente e puérpera de modo acolhedor, respeitoso e seguro; 
Manter a ética e sigilo em relação ao diagnóstico da gestante, devendo apenas ser informado às pessoas envolvidas no atendimento;
Tratara gestante sem discriminação ou marginalização em decorrência de seu diagnóstico; 
Prestar um atendimento humano, individualizado a fim de atender as necessidades de cada mulher nos devidos momentos da gestação, parto e pós-parto.
SÍFILIS
	A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Treponema pallidum. Sua principal via de transmissão é o contato sexual.
	No caso da sífilis congênita há a disseminação hematogênica do Treponema pallidum, onde a gestante infectada transmite essa bactéria para o seu concepto, por via transplacentária.
		5.1 Fisiopatologia
	Depois que acontece a invasão, as espiroquetas se aderem às células do hospedeiro facilitando a colonização da bactéria nos tecidos e órgãos do indivíduo. Esta técnica é mediada pelas adesinas, são complexos proteicos que estão na superfície do patógeno que se ligam a receptores de superfície da célula do hospedeiro, proporcionando a fixação das espiroquetas nas células do hospedeiro. Neste período, a motilidade e a produção de enzima metaloproteinase-1, que induz a quebra do colágeno, favorecem a sobrevivência da bactéria.
	Posteriormente a infecção pela bactéria Treponema pallidum pode ocasionar lesão placentária, imaturidade dos vilos, vilite, perivilite, endoarterite e perivasculite dos vilos e veias do cordão umbilical, aborto, restrição do crescimento uterino, afetar múltiplos órgãos como fígado, ossos, pele, sistema nervoso, pâncreas e pulmões, pseudoparalisia dos membros, adenomegalia generalizada, ou produzir um quadro assintomático.
 5.2 Dados Epidemiológicos
	A notificação compulsória da Sífilis Congênita em todo o território nacional foi instituída em 1986. Em gestantes, foi em 2005 e a sífilis adquirida foi em 2010.
	Conforme o Boletim Epidemiológico de Sífilis em 2017, o número total de casos de sífilis adquirida notificados no Brasil, foram maiores de 65 mil, com uma taxa de detecção de 42/100 mil habitantes. O número de sífilis em gestantes foi maior de 33 mil casos, com uma detecção de 11 casos de sífilis para 1,000 nascidos vivos.
	Por fim, no mesmo ano, ainda foram diagnosticados quase 20 mil casos de sífilis congênita, com uma incidência de 6,5/1,000 nascidos vivos.
	O custo da prevenção da sífilis congênita é menor que U$ 1,50 com teste e tratamento por pessoa. É um contrassenso uma doença de fácil diagnóstico e terapêutica medicamentosa de tão baixo custo apresentar incidência tão elevada na nossa população. 	
	As consequências são desastrosas, principalmente para as pacientes em idade reprodutiva, pelos riscos de transmissão vertical nos casos de sífilis congênita. Sendo assim, é de suma importância um estudo de revisão que poderá ser útil para melhor entendimento e aplicabilidade de políticas de saúde que ajudariam no combate à doença. 
		5.3 Sinais e sintomas
	A enfermidade se manifesta em três estágios diferentes: sífilis primária, secundária e terciária, além de ter o estágio de latência.
Fase Primária: Pequenas feridas nos órgãos genitais (cancro duro) que desaparecem espontaneamente e não deixam cicatrizes; gânglios aumentados e ínguas na região das virilhas. 
Fase Secundária: Manchas vermelhas na pele, na mucosa da boca, nas palmas das mãos e plantas dos pés; febre; dor de cabeça; mal-estar; inapetência; linfonodos espalhados pelo corpo, manifestações que também podem regredir sem tratamento, embora a doença continue ativa no organismo; É muito comum confundir a fase secundária da Sífilis com algum quadro alérgico.
Fase Latente: Praticamente assintomático, em que a bactéria fica latente no organismo, mas a doença retorna com agressividade.
Fase Terciária: Comprometimento do sistema nervoso, cegueira, paralisia, doença cardíaca, transtornos mentais e até a morte.
	A sífilis congênita pode causar má-formação do feto, aborto espontâneo e morte fetal. Na maioria das vezes, porém, os seguintes sintomas aparecem nos primeiros meses de vida: pneumonia, feridas no corpo, alterações nos ossos e no desenvolvimento mental e cegueira.
		5.4 Fatores de risco	
	Durante a gestação, o Treponema Pallidum se torna responsável por altos índices de morbimortalidade intrauterina. 
São considerados fatores de risco na condição de sífilis na gestação:
Pré-natal ausente ou inadequado;
Infecção por HIV;
Uso de drogas ilícitas (seja pela mãe ou parceiro);
Promiscuidade sexual;
Histórico de IST;
		5.5 Complicações 
	Sem tratamento, a sífilis pode evoluir, se espalhar pelo corpo e causar complicações mais graves para os pacientes infectados. Além disso, pode aumentar o risco de infecção por HIV e, em mulheres, pode causar complicações na gravidez.
	É importante ressaltar que o tratamento da sífilis pode impedir problemas futuros, mas não pode reverter danos causados anteriormente. Por isso, o tratamento precoce é essencial.
	Veja as complicações que podem ser causadas por sífilis não tratada:
Transmissão vertical (mãe para feto); 
Prematuridade; 
Abortos espontâneos;
Óbito neonatal;
		5.6 Prevenção
	É fundamental orientar as gestantes sobre a prevenção da doença, da transmissão e da probabilidade de novas infecções. No atendimento em uma unidade de saúde é válido ressaltar a importância de evitar contato sexual até que seu parceiro seja tratado e orientado.	
	As gestantes e seus parceiros sexuais devem ser investigadas sobre o risco eminente de qualquer infecção sexualmente transmissível, e assim, informadas sobre a possibilidade de prevenção da transmissão para a criança.	
	Para a prevenção da sífilis, é necessário uso correto e regular do preservativo feminino ou masculino, o acompanhamento das gestantes e parceiros sexuais durante o pré-natal de qualidade.
	Durante a gestação, os cuidados preventivos são:
Diagnóstico precoce de sífilis no pré-natal: Os testes diagnósticos estão amplamente disponíveis e apresentam sensibilidade eficaz, através dos testes de triagem sorológica não treponêmicos, o VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e os treponêmicos por meio dos testes rápidos.
Tratamento imediato dos casos diagnosticados em gestantes e seus parceiros (evitando a reinfecção da gestante), neste caso: 
 Utilizando as mesmas dosagens apresentadas para a sífilis adquirida; 
Orientar para que os pacientes evitem relação sexual até que o seu tratamento (e o do parceiro com a doença) se complete; 
A gestante realizará o controle de cura mensal através do VDRL; 
Gestantes comprovadamente alérgicas à penicilina devem ser dessensibilizadas. 
		5.7 Assistência de Enfermagem
	A qualidade da assistência na gestação e parto é importante na redução da transmissão vertical. No acompanhamento Pré-natal é possível identificar fatores de risco gestacional, durante a consulta será pedido o Venereal Disease Research Laboratory (VDRL) é um exame de sangue que serve para diagnosticar a sífilis, deve ser realizado no início do pré-natal e repetido no segundo trimestre. A atenção do enfermeiro proporciona a melhoria da qualidade na atenção, como promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e recém-nascido. 	
	A Assistência de Enfermagem se torna essencial em torno das gestantes e parceiros com o desenvolvimento de atividades conduzidas pelo enfermeiro, propiciando uma melhor qualidade. O acompanhamento da sífilis congênita na consulta de pré-natal, proporcionando ações associadas à educação em saúde, monitorando de casos da enfermidade, fazendo sempre a notificação para um tratamento necessário dos parceiros sexuais, orientando na realização de exames sorológicos para propiciar possibilidades de cura.	
	A ação de conhecer e buscar informações é a ferramenta mais eficaz do enfermeiro, pois promove tanto o contato precoce das mães quanto a prática assistencial ao atendimento de saúde. Logo que identificada a necessidade do serviço especializado, deve-se inserir a programação do calendário de atendimento pré-natal e nas consultas e de suporte da equipe de enfermagem, assegurando-se que todas as avaliações sejam feitas. E ainda, o preenchimento do cartãoda gestante e da ficha de pré-natal deve ser feito corretamente.	
	É imprescindível que os profissionais da atenção primária se aperfeiçoem para detectar e controlar essa enfermidade que, por ser associada à sexualidade, às vezes torna-se complicada a abordagem, pois as mulheres apresentam inseguranças, deixando de expor episódios relevantes relacionadas à transmissão das IST
	Com o auxílio e acompanhamento do enfermeiro deve ser realizado de modo completo através da anamnese com orientações a gestante e parceiro sexual, sendo assim, um facilitador para a evolução de atividades voltadas para a redução da sífilis.
	Atualmente, o grande desafio para os enfermeiros é a percepção e captação eficiente do diagnóstico para a execução nas estratégias da cura, promoção e proteção. A identificação da gestante, a inserção no acompanhamento pré-natal, e o acesso às consultas promovem resultados satisfatórios e ameniza o índice de sífilis congênita.
	A equipe de enfermagem têm funções essenciais na prevenção e tratamento da sífilis congênita, através de ações assistenciais; continuidade de ações: campanhas; palestras; orientações às mulheres, juntamente com a triagem de notificação quando procuram as Unidades Básicas de Saúde e nas consultas realizadas pelo enfermeiro durante o pré-natal, organizando as estratégias de abordagem, cuidado com a integridade da pele prejudicada e Educação em Saúde nas Escolas. É necessário frisar para a gestante, a importância da realização de testes sorológicos, mesmo com a falta de sintomas, às atividades sexuais e à realização do pré-natal. 
TOXOPLASMOSE 
	A doença Toxoplasmose (também conhecida como doença do gato), é uma infecção infecciosa, congênita e adquirida, causado por um protozoário chamado Toxoplasma gondii, é encontrado nas fezes dos gatos e outros felinos. Trata-se de uma parasita intracelular que pode infectar pássaros, roedores e um número grande de mamíferos, inclusive os seres humanos de todas as idades.
		6.1 Fisiopatologia
	Esse parasita intracelular invade e multiplica-se assexualmente como taquizoíta dentro do citoplasma de qualquer célula com núcleo. Quando a imunidade do hospedeiro se desenvolve, a multiplicação de taquizoítas cessa e formam-se cistos teciduais, que persistem, dormentes, durante anos, em especial no cérebro e nos músculos. As formas dormentes de toxoplasma no interior dos cistos são denominadas bradizoítas. A reprodução sexual de T. gondii somente ocorre no intestino de gatos; os oocistos resultantes, eliminados nas fezes, permanecem infectantes por meses em terra úmida.
		6.2 Dados Epidemiológicos
	A prevalência da infecção pelo agente parasitário em humanos é alta, sendo que pesquisas demonstraram estimativas de infecção crônica variam entre 75% a 80% em indivíduos adultos no mundo apresentam sorologia positiva para a toxoplasmose. 	
	Já na América Latina, o índice de prevalência é significativamente, sendo que foram detectados índices de 50% a 70%. No Brasil, a infecção pelo T. gondii está amplamente prevalente em humanos, sendo que 50% das crianças e 80% das mulheres em idade fértil têm anticorpos para o esse protozoário.
	Na toxoplasmose congênita, que pode ocorrer quando a mulher se torna infectada durante a gravidez, a parasitemia provoca placentite seguida por propagação de taquizoítos para o feto, caracterizando a transmissão vertical. Destaca-se que quando mulheres, já gestantes, são infectadas pela primeira vez pelo T. gondii, a chance do feto desenvolver a toxoplasmose clínica é aumentada. 
		6.3 Sinais e sintomas
	A maioria das pessoas infectadas pela primeira vez não apresentam sintomas, mas durante a gestação essa possibilidade aumenta e os sintomas acabam sendo semelhantes aos da gripe, geralmente leves, mas são variáveis de acordo com o estágio da infecção.	
	Mesmo que não haja sintomas, durante a gravidez é sempre realizado o exame a cada trimestre da gestação durante o pré-natal para saber se a gestante é imune ou não, ou seja, se apresenta riscos.	
	Na Toxoplasmose, temos como sinais e sintomas:
Dor muscular;
Febre;
Dor de cabeça
Fadiga
Inchaço nos gânglios.
		6.4 Fatores de risco
	A possibilidade de contaminação é em qualquer indivíduo e não é transmissível, porém é muito grave se adquirida durante a gestação, principalmente no 3° trimestre se não houver nenhum tipo de tratamento, pois pode trazer riscos para o bebê, tais como surdez, retardo mental, alterações motoras, microcefalia e macrocefalia.
	A toxoplasmose é uma doença altamente prevalente em diversas regiões do mundo. Os fatores de risco são bastante diversos, porém ainda se sabe pouco, Observa-se que as maiores prevalências são encontradas em países de clima mais quente que se localizam entre os trópicos, fato que somado aos fatores de risco principais relacionados com a toxoplasmose, como a ingestão de oocistos e cistos teciduais, fazem com que a soroprevalência seja alta principalmente em áreas onde os indivíduos vivem em precárias condições sanitárias.
		6.5 Complicações 
	A toxoplasmose é uma doença benigna. O sistema imunológico, normalmente é forte o suficiente para se livrar do parasita. Em gestantes, o parasita pode passar para o feto através da placenta e trazer graves complicações como:
Um aborto espontâneo;
Anomalias na região do fígado, do cérebro ou do olho (tais como calcificações intracraniana, microcefalia, retardo mental e macrocefalia).
	É necessário ser bastante prudente durante o primeiro trimestre da gestação, pois nesse período os riscos são maiores.
	Se a paciente contrair a toxoplasmose antes de engravidar, não existe risco algum para o feto. O perigo é existe quando a paciente contrai a doença durante a gravidez, por isso é importante ter um cuidado redobrado se ela não teve a primo-infecção (primeira infecção).	
		6.6 Prevenção
	A prevenção primária envolve uma série de medidas voltadas para a profilaxia da transmissão do protozoário. Neste caso, inclui-se a educação da população em geral, melhores condições sanitárias e da água de consumo, cuidados quanto à higiene de animais criados para abate, processamento adequado dos alimentos e acesso das gestantes a informações de qualidade acerca da prevenção da doença durante o pré-natal. A redução da exposição materna às fontes de infecção diminui a vulnerabilidade à toxoplasmose em gestantes suscetíveis e é a conduta mais eficiente para diminuir a morbimortalidade decorrente da toxoplasmose congênita. 
No caso da Toxoplasmose, a medida preventiva é:
Lavar bem frutas e verduras antes de ingeri-las;
Evitar locais que possam estar contaminados por fezes de gato;
Evitar o consumo de carnes cruas ou malpassadas;
Lavar bem as mãos, antes e depois de preparar alimentos que possam estar contaminados;
		6.7 Assistência de Enfermagem
	O papel do enfermeiro atuação frente a assistência integral à saúde da mulher, é de extrema importância, pois considera-se que este profissional esteja habilitado para realizar a consulta de enfermagem e à assistência ao pré-natal de baixo risco. 
	O enfermeiro é o principal encarregado pelas ações educativas para mulheres e suas famílias, consulta de pré-natal à gestação de baixo risco, solicitação de exames de rotina e orientação sobre tratamento conforme protocolo do serviço, coletas de exames citopatológicos, entre outras atribuições.	
	No caso da Toxoplasmose, é essencial a atuação dos profissionais de saúde em todos os processos da gestação, inclusive na detecção, orientação e conduta a ser tomada mediante ao diagnóstico da toxoplasmose no transcorrer da gestação. Ou seja, o enfermeiro é crucial nas atividades de educação em saúde voltadas as gestantes, tanto na assistência ao pré-natal com a triagem e acompanhamento sorológico IgG e IgM para toxoplasmose como participação em campanhas de prevenção.
CONCLUSÃO
	 A partir do estudo realizado, no qual abordamos a revisão de bibliografia do HIV, Sífilis e Toxoplasmose, na qual foi evidenciado as morbidades das doenças abordas neste estudo durante a gestação.O HIV e a Sífilis, nos últimos anos, tem acometido um número maior de indivíduos, por este motivo é necessário o rastreamento e a detecção precoce dos indivíduos infectados, nos casos de gestantes infectadas é de suma importância o acompanhamento pré-natal durante todo o período gestacional, já que tanto o HIV, Sífilis e Toxoplasmose podem trazer graves consequências para a segurança do feto e da mãe, podemos através deste estudo falar da importância da detecção precoce das doenças, da importância da adesão terapêutica, da transmissão vertical e dos cuidados de enfermagem prestado a essas gestantes.	
	A partir deste estudo concluímos que a participação da equipe de enfermagem durante as gestações de alto risco é de suma importância, devemos reconhecer as necessidades das gestantes de forma individual, orientar a gestante e seus parceiros, realizar o esclarecimento quanto as dúvidas, medos e inseguranças da gestante, garantir um atendimento de qualidade, assegurar a realização do pré-natal juntamente com os exames laboratoriais e de imagem, tanto quanto o fornecimento das medicações necessárias a fim de assegurar o mínimo de risco as gestantes e seus conceptos.
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