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Estágio Supervisionado em Gestão Educacional

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4 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX 
 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 
 
 
 
 
 
 
 
GESTÃO EDUCACIONAL 
 
 
 
 
Mariana dos Santos Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
 
OUTUBRO 2010 
 
5 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX 
 
 
Mariana dos Santos Gomes 
 
 
 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
 
 
Registros realizados referente ao 
Estágio Supervisionado, do 5º 
período de Pedagogia, habilitação 
para Gestão Educacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
 
OUTUBRO 2010 
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CURSO DE PEDAGOGIA 
6 
 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
 
FICHA DE IDENTIFICAÇÃO 
 
 
Aluno(a): Mariana dos Santos Gomes 
Período: 5º (Quinto) Disciplina: ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 
Endereço do (a) aluno (a) 
 
Reside na Rua Hum Nº 110, apartamento nº 103 Bloco H 
Telefone: (31) 3496-2451 Celular: (31) 8403-1217 
 e-mail ; marianasantos2@yahoo.com.br Bairro: Arvoredo II CEP.:32113-500 
Cidade: Contagem Estado: Minas Gerais 
Realizará as atividades do ESTÁGIO SUPERVISIONADO III no turno da Tarde, 
no estabelecimento de ensino: Escola Municipal José Madureira Horta 
situado na: Rua Joaquim Raymundo Braga nº 40 / Cep: 31.555-380 
Telefone: 3277-7972 
Cidade: Belo Horizonte 
Estado: Minas Gerais 
 
Nome do Diretor do estabelecimento concedente do estágio: Isa Teatini 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO-----------------------------------------------------------------------04 
2. IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO: ESTRUTURA FÍSICA 
DA INSTITUIÇÃO------------------------------------------------------------------------05 
3. CARACTERIZAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR----------------------------07 
4. GRÊMIO ESTUDANTIL-----------------------------------------------------------10 
5. GESTÃO EDUCACIONAL DA UNIDADE ESCOLAR--------------------11 
6. PROJETOS DA INSTIUIÇÃO---------------------------------------------------12 
7. PROPOSTA PEDAGÓGICA DA UNIDADE ESCOLAR------------------24 
8. RELATÓRIO DAS SESSÕES DE ESTÁGIO--------------------------------26 
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS------------------------------------------------------32 
10. ANEXOS-------------------------------------------------------------------------------33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 
Segundo orientações do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix1: “O 
estágio caracteriza-se pelo conjunto de diretrizes e estratégias que expressam 
e orientam a prática pedagógica de todos os envolvidos com a dinâmica do 
curso de Pedagogia. Não se restringe à mera organização de campo de 
estágio, mas a adoção, por parte dos atores envolvidos (coordenadores, 
professores, acadêmicos e comunidade), em um processo contínuo de reflexão 
sobre a identidade do curso e o comprometimento com a qualidade e a eficácia 
de suas ações. 
 
Pretende-se que os alunos\as – estagiários, tenham a possibilidade de 
exercitar sua capacidade de ler a realidade, detectar as necessidades e, em 
um processo de reflexão coletiva possam encaminhar alternativas e propostas. 
Neste sentido, pensa-se numa prática não apenas na perspectiva do fazer, 
mas do pensar e decidir de forma contextualizada.O estágio é campo de 
conhecimento e espaço de formação, propicia aproximação à realidade na qual 
poderá vir a atuar. 
 
A observação pela observação toma lugar para a pesquisa do cotidiano escolar 
que será orientada no espaço da prática pedagógica e articulada com as 
disciplinas do curso. 
 
Nesta proposta de estágio a prática pedagógica, também tem por objetivo a 
construção de um diagnóstico e pesquisa da realidade observada. Resultados 
estes que deverão ser discutidos e ampliados com outros profissionais e 
órgãos responsáveis pela educação e pela criança (CONSELHOS 
 
1
 Texto escrito pela professora Keila Teixeira e extraído do Caderno de estágio do Centro 
Universitário Metodista Izabela Hendrix elaborado em Março de 2009. 
9 
 
TUTELARES, SUPERINTÊNCIA DE ENSINO, CONSELHO MUNICIPAL DE 
EDUCAÇÃO, dentre outros). Assim a prática pedagógica do Centro 
Universitário Izabela Hendrix, assume uma perspectiva não somente de 
diagnóstico e pesquisa, mas de compromisso social com a infância. 
Os registros destas discussões, diálogos, construção coletiva do conhecimento, 
pretende ser sob a forma de seminários, relatórios e jornais periódicos, com 
artigos do aluno\a, profissionais envolvidos no debate sobre a infância. Desta 
forma, pretende-se fazer deste instrumento, um elemento de informação, 
reflexão e de denúncia sobre a situação da infância, das instituições infantis. 
 
Com esta proposta, vislumbra-se a possibilidade de romper visões esvaziadas 
de significados, buscando dar significado a prática pedagógica, na medida em 
que os estagiários terão a oportunidade de interpretar a realidade e que as 
instituições e a infância serão vistas por um olhar mais humanizado, 
consagrando uma aproximação da Universidade, num movimento de abertura, 
criando alternativas para a qualificação do trabalho junto às crianças de zero a 
seis anos.” 
 
Os registros que aqui seguem, foram realizados a partir de observações e 
práticas realizadas dentro do espaço escolar, junto à coordenação do prédio 
anexo da escola Municipal José Madureira Horta, situada no Bairro Santa 
Amélia, na Região da Pampulha. 
 
 
Portaria 
A porta de entrada da escola é o local onde os amigos encontram-se e 
despedem-se. Para segurança de todos, a escola mantém sempre um porteiro de 
plantão. A entrada e a saída dos alunos só são permitidas com a presença dos 
pais ou responsáveis. 
 
 
10 
 
Estrutura Física da Instituição 
 
 
 
Biblioteca 
A Biblioteca oferece a infra - estrutura necessária para a formação de bons 
leitores. Neste espaço, aberto aos alunos, pais e familiares, são
desenvolvidas pesquisas e projetos de trabalhos escolares, buscando o 
prazer e o incentivo à leitura. 
 
 
 
 
Quadra 
Jogos, brincadeiras e modalidades esportivas são atividades que 
promovem o conhecimento do corpo e a superação de limitações. Na 
quadra, os alunos participam dos momentos de brincadeiras de rua, 
pegador e rodas. Um espaço para o resgate das tradições infantis, 
valorizando a importância do trabalho em equipe e o prazer de fazer 
novas amizades. 
 
 
Sala de Atendimento 
Espaço reservado para reuniões e encontros com os pais ou responsáveis e 
com os alunos. 
 
11 
 
 
Parque 
No parquinho, as crianças têm um espaço, especialmente projetado para 
auxiliar o desenvolvimento psicomotor e a convivência social com os 
colegas. O parque foi criado, com o intuito de oferecer um espaço lúdico 
para integração das crianças, mas com uma finalidade educativa com 
segurança e conforto. 
Salas de Aula 
São espaços organizados para facilitar o processo de aprendizado e 
convivência saudável entre os alunos. Aqui, o professor tem papel 
fundamental na relação que estabelece com os alunos. 
 
Secretaria 
Sala idealizada para atender às necessidades administrativas e 
burocráticas da escola e resolver os problemas do cotidiano de pais e 
alunos. 
 
 
Caracterização da Unidade Escolar / Apresentação da Instituição 
A Escola Municipal José Madureira Horta surgiu de um feliz engano cometido 
por um desenhista, ao projetar a planta estrutural do bairro Santa Amélia. No 
lugar onde seria uma áreaverde, entre as ruas Quinze e Dezesseis, o 
desenhista colocou uma placa com as palavras Grupo Escolar. O prefeito da 
época, Senhor Souza Lima, no anseio de ampliar o número de escolas em Belo 
Horizonte, mandou que construíssem escolas em todos os lugares onde 
houvesse a palavra escola na planta. Com isso, criou-se o Grupo Escolar José 
Madureira Horta, inaugurada em março de 1971. Para os moradores do bairro, 
esse fato foi um grande prêmio, pois a área verde era insuficiente à instalação 
12 
 
de um parque e a escola deu um grande impulso na educação de crianças e 
adolescentes da região. 
 
A primeira direção da escola era composta por Ana Maria de Morais e Sá e sua 
vice-diretora , Maria de Lourdes Santos Portugal, empossadas em 11 de julho 
de 1971. Elas estiveram no cargo por 5 anos. Nessa gestão, a escola recebeu 
o prêmio de melhor Clube Agrícola de Belo Horizonte; foi implantado o 
programa Mobral, que objetivava alfabetizar adultos; criou-se o CEAP (Centro 
Educacional de Alimentação do Pré-escolar). 
 
 
 
 
 
Outras direções se sucederam: 
Diretora Maria Aparecida Rotondo e a vice Edna Meyer de Castro, que ficou de 
novembro de 1976 a março de 1979. Nesse período, a escola passou a se 
chamar Escola Municipal José Madureira Horta; inaugurou-se a biblioteca que 
recebeu o nome de Maria da Conceição Madureira Horta, em homenagem à 
esposa do patrono da Escola. 
A Diretora Lícia Cléa Lourenço, que tomou posse em março de 1979 e 
permaneceu por dez anos na direção, trocando apenas suas vice-diretoras, 
que foram: Edna Meyer, Vera Lúcia Marçal, Vilma Teixeira Machado, Wylse 
13 
 
Leie de Lima e Marlene Antônia Marques. Durante sua gestão, em 1985, foram 
construídas quatro novas salas de aula e a quadra de esportes. 
 
Diretora Maria Catarina Nascimento Ladeira e a vice Paulisa Lacerda de 
Arimatéia Santos, que assumiram a direção após a primeira eleição promovida 
nas escolas municipais, em 1989. Em seu período de gestão, criou-se o pré-
escolar, as salas 14 e 15 e um laboratório. 
 
Diretora Raquel Rocha Gavião e a vice Maria Lúcia Alves Jácome Campos. 
Nessa gestão, que durou até janeiro de 1997, adquiriu-se a casa onde 
atualmente funciona o Anexo da Escola e fundou-se o Ensino Noturno. Foi 
também nesse período que implantou-se a Escola Plural. 
 
Diretora Marília Cristina Ribeiro Costa e Rosângela da Silva Almeida, no 
período de 1997 a 2000. Durante sua direção, aconteceu a ampliação e a 
reforma do prédio Anexo (verba do Orçamento Participativo), da cantina, dos 
banheiros e a construção do palco, no prédio principal. 
 
Diretora Maria Catarina Nascimento Ladeira, que retornou à direção com a vice 
Adriana Coelho Gonçalves. Nessa gestão realizou-se a primeira celebração de 
conclusão do 3º ciclo, em 2003. 
Diretora Denise de Fátima Macedo e Rosângela da Silva Almeida, eleitas para 
a direção no período de 2005 a 2008. Durante sua gestão, a quadra de 
esportes foi reformada, juntamente com os vestiários e o depósito de material; 
construção do banheiro masculino para os professores e o vestiário para as 
auxiliares de serviço; criação da sala Multimeios, do laboratório de informática, 
da sala de atendimento pedagógico; reforma da secretaria. A UMEI Alaíde 
Lisboa tornou-se afiliada da Escola. 
 
Tantas mudanças e projetos foram realizados nesses 37 anos que ficaria 
quase impossível citá-los sem cometer algum esquecimento: bailes tradicionais 
(Namorados e Primavera); Festival de Danças; Festas Juninas; teatro na 
Escola; Educação Afetivo-Sexual; Invasores Poéticos; Cantando e Encantando 
com Rubinho do Vale; Feiras de Cultura; Xadrez; Páscoa Solidária; PROERD; 
14 
 
Soletrando; Grêmio Estudantil; Segundo Tempo; Mineiridade; Vereadores 
Mirins; Sarau; Revista Madureira Horta... Todos visando ao desenvolvimento 
do ser humano por completo! 
 
Até aqui, tudo o que foi feito pode ser resumido com o lema da Escola, 
sugerido e escolhido pelos alunos: 
 
“Escola Municipal José Madureira Horta: EVOLUINDO COM VOCÊ!” 
 
(Síntese do texto da professora Maria Helena da Silva, baseado na Revista 
Madureira Horta – 30 anos, em observações e relatos de experiências.) 
GRÊMIO ESTUDANTIL FALA SÉRIO (JOVENS DE ATITUDE) 
 
 
 
O grêmio estudantil é um órgão escolar que tem como função representar os 
alunos dentro da comunidade e, baseando nisto que em nome dos alunos 
queremos prestar uma homenagem aos 37 anos da Escola Municipal José 
Madureira Horta. 
 
Abaixo segue o texto escrito por Carlos Henrique (805) – Presidente do 
grêmio estudantil Fala Sério 
15 
 
 
Simplesmente dizer ''obrigado'', não adiantaria, não expressaria toda a nossa 
gratidão para com a nossa escola (direção, professores, auxiliares, etc.), pois 
''educar'' não é só uma simples palavra, ela tem um significado especial. 
Segundo o dicionário Aurélio, o significado da palavra educar se resume no 
''estímulo, desenvolvimento e aptidões de um indivíduo''; entretanto para nós 
possui um significado além deste citado, que pode ser resumido na seguinte 
frase: NOS PREPARAR PARA TORNARMOS VERDADEIROS CIDADÃOS. 
 
E hoje vemos através de um espelho a nossa vida descrita toda em um só 
nome: ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ MADUREIRA HORTA. Este nome deixará 
lembranças por várias gerações, pois quem passa por aqui sabe. 
 
E em nome de todos alunos finalizamos dizendo uma frase: ''OBRIGADO POR 
NOS TORNAR GENTE PREOCUPADO EM FAZER O BEM''. 
 
Gestão Educacional da Unidade Escolar 
 
Sobre o regimento escolar da Escola Municipal José Madureira Horta, posso 
dizer que infelizmente não tive o acesso nem a este documento, nem ao 
Projeto Político Pedagógico da instituição. Segundo a coordenação do Anexo 
onde realizei meu estágio, ambos os documentos encontram-se na escola 
principal e durante meu período de estágio, por quatro vezes procurei a 
direção, mas não consegui ter o acesso a estes documentos; no entanto, a Sra. 
“R” certificou-me de que este regimento foi elaborado segundo as regras da 
Prefeitura de Belo Horizonte, mas contando com a participação de toda a 
comunidade escolar. Quanto ao PPP (Projeto Político Pedagógico) fui 
informada de que o mesmo ainda encontra-se em construção, mas que, uma 
das professoras da escola que está responsável por este trabalho levou-o para 
a casa para conclusão do mesmo. 
 
O Conselho de Pais, segundo a coordenadora “R”, existe e funciona muito bem 
na escola. Apesar de não ter presenciado nenhuma reunião do conselho, pois 
16 
 
elas não ocorreram durante meu período de estágio, foi possível perceber que 
a participação ativa dos pais no que se refere aos procedimentos da escola é 
um dos motivos ligados aos bons resultados que a instituição apresenta. Pude 
perceber que as famílias dos alunos, em sua maioria procuram a coordenação 
para tratar de assuntos relacionados principalmente à aprendizagem de seus 
filhos. Mas, há também algumas exceções, como por exemplo, alguns pais que 
mesmo solicitados a comparecerem à escola por algum motivo específico não 
o fazem, o que dificulta o trabalho da coordenação na busca de melhorias. 
Para “R” em geral, “As famílias são muito participativas, a maioria dos pais faz 
questão de acompanhar seus filhos nas tarefas e projetos, além de participar 
das atividades promovidas pela escola”. 
 
Com relação às reuniões Pedagógicas do “Madureira”, elas acontecem 
trimestralmente e contam com a presença de diretores, professores, 
coordenadores, conselho de pais, grêmio estudantil e estagiários. Normalmente 
o ambiente é preparado com carinho pelas coordenadoras que organizam um 
lanche para o dia da reunião. A intenção principal é a de tornar o ambiente 
agradável e acolhedor para que os debates e as idéias aconteçam de maneira 
prazerosa. A próxima reunião acontecerá no dia 12/12/2010 e como já terei 
concluído meu estágio,não será possível participar. Fui informada pela 
coordenadora de que a maioria dos professores comparece a esta reunião. A 
gestão é considerada democrática e realmente pude perceber isto através da 
manifestação das professoras e coordenadoras, que sempre se organizavam 
para fazer algum tipo de solicitação à diretora e porque também , durante meu 
período de estágio, não presenciei qualquer queixa das professoras 
relacionadas à coordenação. Segundo “R”, a dificuldade maior é a de fazer 
com que todos percebam que a escola é um espaço de convivências múltiplas 
e que haverá conflitos de opiniões sempre, o importante é fazer com que esses 
conflitos sejam utilizados de maneira positiva, buscando o entendimento para a 
busca de um caminho em comum, onde a comunidade escolar perceba que a 
participação de todos é de suma importância para o bom funcionamento da 
instituição. 
 
17 
 
Projetos da escola Municipal José Madureira Horta 
Projeto “Escola de Pais e Mestres – Universidade da Família” 
Esse projeto surgiu dos anseios e demandas dos pais e professores em 
relação a educação das crianças e adolescentes nos dias atuais, e tem como 
objetivo abrir as portas da escola, verdadeiramente, e proporcionar momentos 
de formação e crescimento, não só aos alunos, mas também aos pais e 
educadores em geral. 
 
O trabalho é desenvolvido através de palestras e debates abordando temas do 
interesse dos familiares, conforme levantamento feito anteriormente. 
 
Desde 2005, quando teve início, já foram realizados vários encontros 
ministrados por profissionais gabaritados da área da psicologia, psicanálise, 
pedagogia, sob coordenação da equipe pedagógica/diretoria. Entre os temas já 
trabalhados estão: 
 
* A crise de valores – educando pelo exemplo; 
* Paternidade responsável 
* Educação e limites: Escola e Família 
* Educar é fazer futuro 
* Comportamento humano 
* Limites sem culpa 
18 
 
* A preparação e o acompanhamento dos desenvolvimento emocional dos 
filhos 
* Drogas: prevenir é melhor que remediar 
* Relações amorosas do casal e suas repercussões na criação dos filhos 
* 10 princípios básicos para educar seu filho 
* Construindo a auto-estima de nossos filhos 
* Para educar não basta amar 
 
 
 
A participação e avaliação dos pais tem sido bastante positiva, e esse trabalho 
já é exemplo para várias outras escolas da rede municipal. 
VEREADORES MIRIM 
 
A Função de um vereador mirim é ir a câmara aprender mais sobre as leis, as 
necessidades de sua cidade, e lutar pelo direito de seus moradores, é também 
levar as informações corretas para sua comunidade. 
 
Abaixo, texto escrito por : Hilgner e Ana Beatriz. (Alunos) 
 
“Lá na câmara nós aprendemos a cuidar melhor da cidade. Todo mês 
recebemos a presença de alguém ilustre, como o diretor da Bh Trans, o 
19 
 
coordenador da COPASA e muitos outros. Então todo o mês aprendemos 
coisas novas que irão fazer a diferença no nosso dia-a-dia. 
Conhecemos de perto o trabalho dos vereadores, e qual é a função deles lá na 
câmara. Damos opinião sobre as novas leis que estão para vir e muitas outras 
coisas. Nós aprendemos e nos divertimos ao mesmo tempo! 
É uma experiência incrível e inesquecível!” 
 
 
Projeto: Conhecer para valorizar, grande BH, vamos nos encantar 
 
 
 
Belo Horizonte é um município brasileiro e a capital do estado de Minas Gerais. 
 
Cercada pela Serra do Curral, que lhe serve de moldura natural e referência 
histórica, foi a primeira cidade planejada do Brasil. 
20 
 
 
 
A cidade é uma mistura de tradição e modernidade e destaca-se pela beleza 
de seus conjuntos arquitetônicos e uma rica produção artística e cultural. 
 
 
 
A partir desta percepção por parte dos professores do anexo(manhã), nasceu o 
projeto: Conhecer para valorizar, grande BH, vamos nos encantar. 
Projeto: Invasores Poéticos 
21 
 
 
Os invasores poéticos é um projeto que surgiu em 2006 com o objetivo 
principal de resgatar a poesia na escola, sensibilizando nossos alunos através 
de autores conhecidos como Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, 
Guimarães Rosa, entre outros. 
 
 
Poesia que vem invadindo os mais diferentes espaços, além da escola. 
 
(Texto redigido pela coordenadora pedagógica do anexo - Regina) 
 
MOMENTO COLETIVO 
22 
 
 
O momento coletivo é o período em que as crianças interagem com seus pares 
através das contações de histórias, cantorias, teatros, etc. 
Acontece diariamente, sempre após o recreio, com a presença de todos alunos 
e professores. 
Projeto "Educação Afetivo-Sexual" 
 
 
 
Público alvo: Todos os alunos do 3º ciclo. 
Professora: Denise Gonçalves Cruz Ferreira 
 
23 
 
Por que falar de sexualidade com nossos alunos adolescentes? 
 
Porque é papel da escola, juntamente com a família, orientar o adolescente, 
satisfazendo suas curiosidades, fornecendo informações corretas, livres de 
preconceitos e tabus, possibilitando o auto-conhecimento, o que implicará 
numa reflexão sobre sua própria sexualidade e nos cuidados necessários para 
com ela. Além de prevenção, os jovens querem também saber e entender o 
que se passa no coração, no corpo e na mente, falar de sentimentos e 
emoções. 
O trabalho de orientação afetivo-sexual dentro da escola torna-se, portanto, um 
estimulador e um promotor da saúde do adolescente no sentido do 
desenvolvimento saudável de sua sexualidade e afetividade, ajudando-o a 
discernir atitudes e conceitos, baseados no respeito ao seu próprio corpo, ao 
dos outros, aos sentimentos e valores. 
É a isso que este projeto se propõe: colaborar na formação de jovens 
conscientes da sua sexualidade, responsáveis e felizes na sua prática. 
“Com mais informação, com certeza o relacionamento entre os jovens será 
mais adequado, tranqüilo e feliz.” (Içami Tiba) 
 
Alguns temas desenvolvidos com os alunos através de dinâmicas, leitura de 
textos, vídeos, teatro, trabalho em grupo, discussão coletiva, painéis, etc...: 
 
1)1ª etapa do 3° ciclo: 
 
Mudanças e transformações corporais e psicossociais na adolescência; 
Anatomia: aparelho reprodutor feminino e masculino; 
Fisiologia feminina: menstruação, ovulação, período fértil, resposta sexual; 
Fisiologia masculina: ejaculação, ereção, disfunção erétil, resposta sexual, 
fimose; 
Masturbação; 
Mitos e tabus que envolvem a sexualidade; 
Importância de se cuidar do corpo e da mente; 
Família, casamento, separação; 
Direitos e deveres da criança e adolescente; 
24 
 
Valores; 
 
2)2ª etapa do 3° ciclo: 
 
Amizade, amor, paixão, “ficar”, namoro, relacionamentos; 
Virgindade; 
Iniciação sexual; 
Métodos contraceptivos; 
DSTs/AIDS (prevenção, tratamento, preconceito) 
Aborto; 
Bullyng; 
 
3)3ª etapa do 3° ciclo: 
 
Liberdade sexual x Responsabilidade; 
Relacionamento amoroso; 
Erotização e mídia; 
Homossexualidade/diferentes formas de amar; 
Prostituição; 
Pedofilia; 
Drogas lícitas e ilícitas; 
Respeito às diferenças; 
Violência contra a mulher; 
Exploração sexual; 
 
A participação e o envolvimento dos alunos nas atividades propostas é muito 
satisfatória, o que promove maior diálogo entre eles e professores, 
possibilitando uma discussão aberta e natural sobre os vários temas acima 
citados. 
SOLETRANDO 2009 
 
Nossa escola realizou a 1ª fase do Soletrando 2009, tendo como objetivo 
25 
 
principal despertar o interesse pela Língua Portuguesa, bem como aumentar o 
vocabulário dos nossos adolescentes. 
 
 
 
O ganhador dessa fase foi o aluno Thiago Ferreira Campos da turma 610, do 
turno da tarde! Em Novembro, ele disputará as Seletivas Estaduais, podendo 
representar o Estado de Minas Gerais no Programa Caldeirão do Huck, em 
2009. 
 
Laboratório de informática 
 
Desde 2007,quando foi instalado o laboratório de informática, os alunos têm 
um espaço de informação e diversão. E eles estão adorando! Nessas aulas, é 
possível constatar o fascínio e o interesse de todos pelo uso do computador, 
pois são novas possibilidades de conhecimento e de interação. 
 
Os professores responsáveis por ministrar as aulas, juntamente com o agente 
de informática (Fabrício), têm se dedicado para ensinar aos alunos como 
utilizar o computador na execução de trabalhos escolares, pesquisas na 
internet, além dos outros recursos próprios da informática, como: webquest, 
26 
 
blogs, jogos educativos... 
 
 Todos pela leitura 
 
Em 2008, a meta da EMJMH é melhorar os níveis de leitura e escrita de seus 
alunos. 
A fim de melhorar os níveis de alfabetização, leitura e escrita de seus alunos, a 
EMJMH vem desenvolvendo, desde março, os projetos de Intervenção 
Pedagógica e o projeto Tempo de Ouro, este último previsto no PAP 2007 
(Projeto de Ação Pedagógica). 
Os projetos de intervenção pedagógica acontecem dentro do primeiro e 
segundo turnos e visam à alfabetização e ao letramento de alunos do final dos 
1º, 2º e 3º ciclos que ainda estejam com defasagem entre o tempo de 
escolaridade e o nível de alfabetização/letramento. 
 
Para formar os grupos de alunos, que são atendidos de manhã pelas 
professoras Rosmari Gonçalves e Zilá Oliveira (no 1º semestre foram atendidos 
pela professora Rosa Rabelo) e à tarde pela professora Yara Lourenço, foi 
aplicada, no início do ano letivo, uma avaliação diagnóstica. Estão sendo 
atendidos mais de trinta alunos em cada turno, separados em pequenos 
grupos, com horários específicos. 
 
 
27 
 
 
 
Já o Projeto Tempo de Ouro, elaborado pela Escola em 2007, e que utiliza 
verbas do PAP, atende aos alunos garantindo-lhes duas horas semanais de 
atividades além do horário normal de aulas. 
Nesse projeto, são desenvolvidas oficinas de jogos e vivências corporais, com 
as oficineiras Lyz e Mônica, estudantes de Educação Física e Pedagogia. Aos 
alunos do 1º e 2º ciclos também são oferecidas oficinas de atendimento 
pedagógico com a professora Rosimari Bruschi. 
Para que os projetos desenvolvidos alcancem seus objetivos, é importante a 
freqüência e a participação de cada aluno, bem como o acompanhamento de 
suas respectivas famílias. 
Essas iniciativas se somam às ações que todos os professores, coordenadoras 
e direção vêm desenvolvendo cotidianamente a fim de que todos os alunos da 
EMJMH sejam leitores e escritores competentes. 
 
 Projeto: Brincadeira é coisa séria! 
 
28 
 
Na escola José Madureira Horta brincadeira é coisa importante e muito séria! 
É que aqui existe um projeto do 1º turno que visa tornar a hora do recreio um 
momento prazeroso e proveitoso. 
 
 
Todos os dias as turmas são divididas em dois recreios para que o espaço no 
pátio da escola seja usado com tranqüilidade por todos. 
 
Além disso, algumas ações são realizadas diariamente para que os alunos 
possam se relacionar com respeito e companheirismo. Entre elas, destacam-se 
o uso de jogos de mesa tradicionais da cultura brasileira (dominó, jogo de 
pregos, resta um e muitos outros), o uso de brinquedos coletivos (corda, 
bola,etc.) e a Gincana Temática do recreio. 
Esses jogos e brinquedos pedagógicos, além de divertirem ajudam no 
desenvolvimento de habilidades necessárias ao processo de aprendizagem, 
desenvolvem hábitos cordiais de convivência e a capacidade de se respeitar 
regras. 
 
A Gincana, por sua vez, traz informações e conhecimentos gerais sobre 
assuntos do dia-a-dia da escola, estimulando os alunos a pesquisar, analisar e 
refletir. 
Assim, jogando e brincando no recreio, os alunos do “Madureira” estão sempre 
fazendo coisa muito séria! 
29 
 
 
Projeto: Animais 
 
Desde o início do ano, os alunos do início do 1º ciclo(tarde) estão trabalhando 
com o projeto dos animais, tendo por objetivo conhecê-los melhor, adquirir e 
aprimorar o processo de aprendizagem da leitura e da escrita, de forma 
agradável, pois o tema é muito apropriado para a faixa etária. 
 
Foi com uma visita ao zoológico que todo o trabalho começou a ser 
desenvolvido. 
(Professoras responsáveis pela elaboração do projeto: Ana Eliza e Catarina) 
30 
 
 
 
 
PROPOSTA PEDAGÓGICA 
Ao solicitar à coordenadora do anexo o Projeto Político Pedagógico, fui 
informada de que ele ainda encontra-se em construção e não está na escola. 
Segundo a coordenadora, uma professora do prédio principal da escola levou-o 
para fazer correções e modificações, mas ainda não o devolveu. Por isso, não 
tive acesso a ele durante meu período de estágio. Então, solicitei à Sra. R, que 
me informasse algumas considerações a respeito da proposta pedagógica da 
instituição: 
“Oferecer as melhores condições aos nossos alunos, para que possam 
desenvolver suas potencialidades, crescer como pessoas responsáveis e 
positivas em relação ao mundo, sempre visando à integridade e o respeito ao 
próximo, preparando-se para os desafios de uma sociedade globalizada e 
competitiva. 
 Ouvir e refletir sobre as demandas da sociedade e dos alunos, avaliar o nosso 
desempenho, em todos os aspectos, identificando o que podemos fazer ainda 
melhor. 
31 
 
 Ensinar é nossa função primordial e para isso não medimos esforços. 
Desafiamos, cobramos e orientamos nossos alunos, para que se tornem 
capazes de fazer as melhores opções de vida, com segurança, conhecimento e 
consciência; queremos formar bons cidadãos”. 
 
RELATÓRIOS DE ESTÁGIO 
 
01/10 /2010 
 
 Minha primeira visita à Escola Municipal José Madureira Horta, foi cercada de 
expectativas, sobretudo porque este é meu primeiro estágio em uma escola 
pública. Especialmente neste estágio de Gestão educacional, foi muito difícil 
conseguir uma escola que abrisse suas portas para esta experiência, mas não 
passou pela minha cabeça desistir. Até então, eu já havia percebido que não 
seria nada fácil. 
 
A Escola “Madureira”, como é chamada pela comunidade, possui turmas de 
ensino Fundamental e Médio e situa-se na região da Pampulha, 
especificamente no Bairro Santa Amélia. O 1º,2º e 3º ano do ensino 
Fundamental, ficam em um prédio anexo, e são atendidas 150 crianças no 
turno da manhã e 150 crianças no turno da tarde. 
 
Este primeiro contato com a instituição foi feito no período da tarde, horário 
estabelecido pela Sra. R2, coordenadora geral do prédio anexo. De antemão, a 
Sra. R. esclareceu seus horários, suas funções dentro da instituição - que vão 
desde o acompanhamento dos alunos até reuniões com os pais – e ficou 
estabelecido que meu horário de estágio será no período da tarde. Com 
relação ao projeto de intervenção, “R” me informou que talvez não fosse 
possível executá-lo na escola por não ser uma estagiária contratada pela 
 
2
 Por questões éticas, todos os nomes deste relatório serão mantidos em sigilo.Utilizarei 
apenas as iniciais. 
32 
 
prefeitura, mas disse que me auxiliaria na execução de um projeto que 
posteriormente pudesse ser aplicado por outros funcionários. 
Em um passeio pela escola, observei que há duas turmas para cada ano (1º,2º 
e 3º). A escola recebe alunos de inclusão e uma das queixas, é a falta de 
estagiários encarregados de acompanhar os alunos especiais. As salas não 
são muito grandes (cada uma comporta cerca de 25 alunos) e há pouca 
ventilação; algumas salas são mais escuras e outras mais arejadas e 
iluminadas. Há dois banheiros (feminino e masculino), um bebedouro que 
contém 6 torneiras, uma sala para almoxarifado, sala e banheiro dos 
professores. 
A escola é bem organizada e limpa, há lixeiras de coleta seletiva, a cantina é 
higienizada com freqüência e mesmo os funcionários que não são 
responsáveis pelamerenda, ao entrar na cozinha devem lavar as mãos e 
colocar a touca nos cabelos. 
 
04/10/2010 
 
Neste segundo dia de estágio os alunos dos 1º, 2º e 3º ano do ensino 
Fundamental, participaram de uma excursão no Parque Ecológico, próximo à 
orla da lagoa da Pampulha. A coordenação da escola é responsável por 
elaborar e enviar as circulares aos pais, solicitando a autorização dos mesmos 
para que os alunos participem da atividade. Aquelas crianças que não levam a 
autorização assinada, são orientadas a não comparecer à escola, pois não 
haverá aula, visto que todas as professoras participam da excursão. 
Sem os alunos, obviamente a escola fica mais tranqüila, porém pude perceber 
que os problemas de responsabilidade da direção e da coordenação são 
constantes. Algumas crianças foram impedidas de participar da excursão por 
indisciplina e a mãe de uma dessas crianças, ligou para a escola solicitando 
explicações e a coordenadora a informou sobre o motivo. Segundo “R”, este 
aluno tem várias ocorrências relacionadas á disciplina e seus pais não 
compareceram à última reunião convocada pela coordenação da escola para 
tratar sobre as questões relacionadas ao comportamento do referido aluno. 
 
33 
 
Neste mês de outubro, onde comemora-se o dia das crianças e também o dia 
dos professores, organizamos um mural para homenageá-los. Toda a direção 
da escola participam da elaboração deste painel, que é produzido com muito 
carinho para parabenizar e alegrar a escola. As crianças notam o empenho de 
todos em enfeitar a escola, elogiam e querem participar da execução dos 
murais. Pelo que pude perceber, o “Madureira” tem diversos projetos 
relacionados à busca da participação da comunidade em eventos organizados 
pela escola, buscando, sobretudo, o interesse da família em somar forças para 
buscar melhorias para que a instituição cresça cada vez mais. 
 
05/10/ 2010 
 
Este dia foi marcado pela discussão entre dois alunos do terceiro ano. A 
discussão começou, porque um dos alunos fez uma brincadeira de mau gosto 
com o colega, os dois se desentenderam e “T” furou “L” com o lápis de 
escrever. Como de costume, os alunos foram encaminhados à coordenação 
que fica responsável em solucionar o caso. 
 
No “Madureira”, há um caderno para registro das ocorrências, onde o fato é 
anotado e as pessoas envolvidas assinam o caderno, como forma de confirmar 
o que foi registrado e assumir um compromisso de que o ato não mais se 
repetirá. A última ocorrência no caderno da coordenação foi assinada 
justamente pelo aluno “T”, que por vezes é conduzido á coordenação por 
motivo de mau comportamento. A coordenadora “R”, após o registro, orientou 
aos alunos que a escola não é um local de fofocas ou brigas, principalmente no 
horário de aula, durante a explicação do professor. Pela reincidência e pela 
gravidade da situação (uma agressão física), o aluno “T” levou um comunicado 
aos pais, onde a coordenadora solicita a presença de um dois responsáveis 
para que o aluno assista às aulas. 
 
06 /10/2010 
 
Seguindo meus compromissos com o estágio, como ainda não terminei meu 
projeto de gestão, estou auxiliando a coordenadora na organização dos 
registros pedagógicos das turmas do anexo, onde basicamente faço a 
34 
 
separação das atas de reuniões, resultados da Prova Brasil e de outras 
avaliações feitas em sala de aula. Estes registros ficavam organizados em uma 
única pasta. Minha tarefa então foi a de organizar uma pasta para cada 
professora (turnos da manhã e da tarde) e colocar estes registros na pasta 
equivalente, para facilitar a localização destes registros quando estes forem 
solicitados. Ao que pude perceber, apesar de ser uma escola organizada, a 
EMJMH também sofre com os problemas de verba para a compra de materiais. 
Quando fui solicitar as pastas para o arquivo, fui informada de que não 
estavam disponíveis, tivemos então que improvisar utilizando pastas antigas e 
fazendo os marcadores com papel cartão. 
 
07 /10/2010 
 
O dia maluquinho foi estipulado pela coordenação, para marcar as atividades 
da escola que tiveram como objetivo, a leitura de obras do escritor Ziraldo. 
Fazendo uma alusão ao seu personagem mais popular: “O menino 
Maluquinho”, este dia foi marcado pela caracterização das crianças de um jeito 
bem “maluco”. A coordenação escreveu bilhetes aos pais, solicitando que as 
crianças comparecessem à escola fantasiadas. 
 
Foi um dia muito divertido. Os alunos riram bastante das fantasias (as 
professoras também se fantasiaram) e brincaram com toda a escola, que viveu 
um momento engraçado e diferente de todos os dias. Em comemoração à 
semana dos professores, a coordenação contratou um mágico para alegrar a 
tarde. Foi fantástico ver a alegria das crianças marcada por um momento de 
diversão e magia. A escola toda parou para assistir a apresentação em 
comemoração ao dia das crianças que será na semana seguinte, onde a 
escola ficará de recesso. 
 
08/10/2010 
 
A coordenadora foi procurada pela mãe de uma aluna inclusiva, que 
atualmente está sem estagiária. A princípio, ela fez um apelo à coordenadora, 
solicitando que seja contratada uma estagiária para auxiliar sua filha durante as 
35 
 
aulas. Segundo R (coordenadora), ela constantemente cobra dos responsáveis 
na Prefeitura este estagiário (a), mas não tem obtido sucesso. Isso porque, a 
Prefeitura demora cerca de 1 mês para preparar os estagiários e assim 
encaminhá-los á escola. Enquanto isso, pais, professores ficam insatisfeitos e o 
aluno com sua aprendizagem prejudicada pela falta de uma atenção especial. 
Seguindo, conversei com a coordenadora sobre meu projeto de estágio, onde a 
idéia é a realização de um questionário3 direcionado às professoras do anexo, 
cujo objetivo é a busca de sugestões para melhorias com relação à disciplina 
na escola. Juntas, elaboramos as perguntas que constarão no questionário. A 
etapa seguinte é a digitalização e impressão dos mesmos, para que 
posteriormente sejam entregues às professoras. 
Durante a elaboração das perguntas, questionei a coordenadora se de fato as 
professoras seriam receptivas com este projeto, ou hesitariam em responder as 
perguntas. Segundo R, existe essa possibilidade sim, mas como é um projeto 
que visa um bem comum, que é a melhora da disciplina, ela acredita que 
possamos contar com a maioria das professoras. Ao elaborar o questionário, 
pensamos em perguntar às professoras, qual o perfil dos alunos que mais são 
encaminhados à coordenação devido ao mau comportamento, pois a 
coordenadora acredita que muitos deles, apresentam determinadas atitudes 
por influência do espaço familiar no qual convivem. 
 
18/10/2010 
 
Com a matriz do questionário pronto, fiz as cópias e especificamente neste dia, 
resolvi ir às salas dos professores e explicar a cada um o motivo do 
questionário. Como eu já previa, houve professoras que reclamaram, outras 
foram mais solícitas e algumas indiferentes. 
 
Quando eu expliquei que este questionário fazia parte do meu projeto estágio 
em gestão, percebi que algumas torceram o nariz. Mas, quando informei que 
ele foi elaborado junto à coordenação e que tratava-se de uma espécie de 
 
3
 O modelo de questionário encontra-se no anexo deste caderno. 
 
 
36 
 
colaboração para tratar a questão da indisciplina na escola, percebi que houve 
algum interesse, mas nada muito animador. 
 
Acredito que este tipo de reação das professoras, é de fato um reflexo da 
educação pública, pois muitos se queixam do fato de que a escola não faz uma 
gestão democrática, mas quando estão diante de uma oportunidade como esta 
(a de expor suas opiniões e sugerir), criticam ou não dão a devida importância. 
Atitudes conformistas como estas, me fazem refletir sobre como um gestor 
escolar deve estimular osprofessores, para que eles se conscientizem da 
importância da democracia na escola. 
 
Após a entrega do questionário, informei às professoras que elas poderiam 
levar o questionário para a casa e trazer respondido na semana seguinte, para 
encaminhar à coordenadora. 
 
19 /10/2010 
 
Hoje, 10 crianças do 1º ao 3º ano que participam de um projeto na escola 
intitulado “Invasores Poéticos”, farão uma apresentação no Parque Municipal. 
Os “Invasores Poéticos” é um projeto que surgiu em 2006 com o objetivo 
principal de resgatar a poesia na escola, sensibilizando nossos alunos através 
de autores conhecidos como Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, 
Guimarães Rosa, entre outros. 
 
A coordenadora ficou encarregada de organizar o figurino das crianças; trata-
se de uma roupa especialmente confeccionada para as apresentações e que 
se assemelha à roupa dos trovadores. As crianças colocam um colete, blusa 
social, um chapéu vermelho, meias ¾ e sapatilhas. Todos estavam ansiosos 
pela apresentação que foi organizada por uma das professoras, a Sra. N. As 
secretárias da escola, assim como as outras professoras de apoio à 
coordenação, também colaboram com os preparativos. 
 
Ajudei as crianças a se vestirem e também pedi para que elas recitassem mais 
uma vez os versos. Fiquei muito emocionada com a apresentação, pois percebi 
37 
 
em todos uma dedicação muito grande com o projeto. São crianças faceiras, 
com um olhar encantador e que de fato, transformam a poesia com suas 
interpretações. 
 
 
25/10/2010 
 
A coordenadora solicitou que a mãe do aluno N, comparecesse à escola para 
uma reunião. A professora do 2º ano fez esta solicitação, porque não consegue 
controlar N durante as aulas. Ele desobedece, levanta da carteira durante as 
atividades e constantemente está envolvido em brigas durante o recreio. Em 
uma reunião anterior, há alguns meses atrás, R (a coordenadora) havia 
solicitado que a mãe de N procurasse o auxílio de uma psicóloga. A mãe do 
aluno informou que o convênio não cobre psicólogos e que o filho não é uma 
criança maldosa. Ele acredita que ele seja inquieto e hiperativo, mas também 
acha que os colegas o humilham, chamando-o de burro, provocando-o e por 
isso ele revida com as agressões. A mãe disse que todos colocam a culpa em 
N porque ele não tem boa fama na escola. 
 
R informou que não ocorre uma perseguição com N e que suas atitudes 
refletem diretamente no aprendizado, por isso ela acredita que a mãe deva o 
mais rápido possível, procurar apoio psicológico para o filho, já que seu 
rendimento escolar tem sido insatisfatório. A mãe pareceu preocupada com o 
filho e prometeu tomar providências. 
 
Em um segundo momento, fui até as salas verificar se alguma professora havia 
respondido o questionário. Não me surpreendi ao receber apenas 2 
questionários respondidos. Três professoras não responderam porque não se 
lembraram e uma não respondeu porque perdeu a folha. Com esta última 
professora em especial, sinto- a pouco receptiva com meu trabalho na 
instituição. Ela foi uma das professoras que não recebeu o questionário com 
satisfação e reclamou do fato de ter de respondê-lo já que tinha muito trabalho 
para fazer. Quando eu perguntei se ela queria que eu levasse outra folha, ela 
disse que não, porque a perderia novamente. 
38 
 
 
Situações como esta com a professora que recusa-se a colaborar com 
questões que envolvem melhorias para toda a escola, são muito frustrantes, 
principalmente para mim, que pretendo seguir a carreira de docente. Isso 
porque a escola necessita do apoio e da participação de todos para buscar 
melhorias. 
 
26/10/2010 
 
Hoje, meu dia de estágio foi mais uma vez marcado por uma reunião com a 
mãe do aluno A, uma criança surda, portanto, aluno de inclusão e que em 
apresentado alguns problemas de comportamento na escola. A queixa da mãe 
de A, é a de que a prefeitura ainda não providenciou uma estagiária para 
acompanhá-lo em sala de aula. “A” não permanece a tarde toda na escola, sua 
mãe vai buscá-lo antes do recreio, porque segundo ela, o filho fica cansado e 
com sono depois das 16hs; por isso acaba atrapalhando a professora e os 
colegas. 
A coordenadora R informou à mãe de A que este tem sido um dos grandes 
problemas da escola, porque a providência de uma estagiária não depende 
apenas da coordenação que faz a solicitação, mas da prefeitura que é a 
responsável por encaminhá-los à escola. Segundo R, dos 6 alunos de 
educação inclusiva da escola, apenas uma é acompanhada por uma estagiária 
contratada pela prefeitura, as outras crianças estão sem estagiária, por isso, 
constantemente faltam às aulas, ou quando comparecem, choram e pedem 
para ir embora. 
A coordenadora mostra-se sempre sensibilizada com o apelo das mães dos 
alunos de inclusão; ela sabe que esta é uma luta diária na busca de uma 
educação de qualidade para estas crianças, que ainda vêem na inclusão uma 
esperança no caminho para a aprendizagem. 
 
 
 
 
39 
 
Considerações Finais 
 
A experiência de Estágio na escola Municipal José Madureira Horta, foi de 
grande importância para minha formação como docente. Cercada de 
expectativas por tratar-se da primeira escola pública na qual fui recebida como 
estagiária, pude perceber durante este período, que a instituição é de fato 
comprometida com suas propostas para uma educação de qualidade. 
 
Entre projetos e estratégias de ensino, a escola busca uma parceria com a 
comunidade de uma maneira muito bem estruturada e que gera soluções 
produtivas para todos. Assim como outras instituições públicas, infelizmente 
também tem suas deficiências de recursos, principalmente financeiros, mas 
estas dificuldades são superadas com muito esforço e dedicação de todos, não 
apenas da direção. Percebi que o sucesso da escola pode ser atribuído, 
sobretudo à união com que todos procuram trabalhar, unindo forças em busca 
de uma escola melhor. 
 
Desde meu primeiro dia na instituição, fui acolhida por todos com muito 
carinho. A coordenadora sempre foi muito solícita durante minhas atividades 
como estagiária e com os alunos, apesar não ter um contato direto em sala de 
aula, também pude aprender muitas coisas. Nessa trajetória, aprendi a 
importância de um planejamento escolar bem feito, da união entre escola e 
família, que a autoridade não deve sobrepor a amorosidade e principalmente, 
de que a dedicação e o trabalho de um gestor fazem parte de uma caminhada 
árdua. É necessário que haja um exercício e uma dedicação constantes; dentro 
e fora da escola. 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
41 
 
REDE METODISTA DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SUGESTÕES OFERECIDAS PELO CORPO DOCENTE PARA 
BUSCAR MELHORIAS COM RELAÇÃO À INDISCIPLINA 
DENTRO DA ESCOLA MUNICPAL JOSÉ MADUREIRA HORTA 
 
 
 
 
Mariana dos Santos Gomes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO METODISTA IZABELA HENDRIX 
BELO HORIZONTE 
 
OUTUBRO 
 
2010 
42 
 
 
Sugestões oferecidas pelo corpo docente para buscar melhorias com 
relação à indisciplina dentro da Escola Municipal José Madureira Horta 
 
Apresentação: 
A escola Municipal José Madureira Horta, situa-se à Rua Joaquim Raymundo 
Braga, número 40 no Bairro Santa Amélia, em Belo Horizonte, Minas Gerais. 
Atendendo alunos nos níveis Fundamental e Médio, recentemente, a escola 
organizou um espaço anexo ao prédio principal, onde estudam 300 crianças 
matriculadas no 1º;2º e 3º ano (Fundamental) nos turno da manhã e da tarde. A 
Sra. Regina Coeli de Araújo, é coordenadora geral do prédio anexo; sendo 
assim, é responsável também por receber os alunos encaminhados à 
coordenação pormotivos de indisciplina, objetivando solucionar as questões 
referentes ao mau comportamento dentro da instituição. Segundo 
BOLSANELLO (1990,p.163): 
 
A agressividade é uma questão inteiramente vital. Relacionada com a 
doença de um mundo em que o ódio floresce do berço ao túmulo. Há - 
como é natural - muito amor neste mundo. Se não fosse assim, 
poderíamos desesperar a humanidade. Cada pai e cada educador 
antes de sê-lo, deve tomar conhecimento disso e tentar conscientizar-
se da gravidade e complexidade do problema. Cada pai e cada 
educador deveria tentar descobrir, seriamente o amor em si próprio 
para poder tentar coibir esta agressividade (Bolsanello, 1990, p.163) 
 
Assim, o educador comprometido com o ofício de ensinar deve manter atitudes 
de respeito e solidariedade em todos os momentos. O aluno violento, não é 
constituído apenas de ódio e sentimentos de brutalidade. Todos somos 
capazes de amar e sermos amados, por isso a importância de uma intervenção 
adequada - da família e da escola - para que diante de um problema tão 
complexo, possa fazer com que a criança mude suas atitudes de 
agressividade. 
 
Problema: 
Evidenciar a importância de um trabalho coletivo na busca de soluções ao 
problema da indisciplina na Escola Municipal José Madureira Horta. 
 
43 
 
Hipóteses: 
• Qual a freqüência das ocorrências relacionadas ao mau comportamento 
na instituição? 
• Que medidas são tomadas quando o aluno demonstra algum tipo de 
mau comportamento? 
• Qual o perfil dos alunos envolvidos na maioria das ocorrências? 
 
Justificativa: 
O presente projeto busca desenvolver um caminho para que os professores e a 
coordenação possam de maneira integrada, procurar soluções para a questão 
da indisciplina dentro da instituição, visto que o mau comportamento de alguns 
alunos, afeta diretamente todo o contexto da escola, não apenas no sentido de 
atrapalhar a ordem, mas principalmente de sobrecarregar o gestor com 
questões que devem ser discutidas e trabalhadas por toda a comunidade 
escolar. 
 
Objetivos: 
 
Objetivo geral: 
 
Identificar as propostas dos professores a respeito das atitudes que devem ser 
tomadas juntamente com a coordenação da escola na busca de soluções para 
a questão da indisciplina. 
 
Objetivos específicos: 
• Compreender a importância de um trabalho coletivo para um combate 
efetivo às agressões e disputas entre os alunos; 
• Apontar medidas de combate ao comportamento agressivo; 
• Buscar soluções para diminuir a quantidade de ocorrências na escola. 
 
Referencial teórico: 
A agressividade é um instinto comum ao ser humano. Ser agressivo a todo 
tempo, no entanto, não é algo natural. Quando nos deparamos com uma 
44 
 
criança agressiva, possivelmente nossa primeira atitude é a de choque e de 
julgamento. Temos em mente a imagem de que as crianças são seres 
imaculados e angelicais, por isso não acreditamos que possam esses seres tão 
puros ser capazes de nutrir o sentimento de ódio e a manifestação de raiva, 
sobretudo com outras crianças. O fato é que tão natural quanto amar e 
manifestar carinho, também é manifestar com agressividade a desaprovação 
por algo ou por alguém. Segundo o dicionário Aurélio (2009, p.64) 
agressividade é: “Qualidade de agressivo. Disposição para agredir. Dinamismo, 
atividade, energia, força. Disposição para o desencadeamento de condutas 
hostis, destrutivas, fixada e alimentada pelo acumulo de experiências 
frustradas”. 
Sendo assim, a agressividade pode ser entendida como uma disposição para 
agredir; podendo gerar comportamentos que caracterizam hostilidade a partir 
de situações que podem ser consideradas pelo agressor como inaceitáveis, 
inadmissíveis. Uma frustração pode desencadear um comportamento 
agressivo. Para TRIAN (1997), 
 
Além de controlar a agressividade, os grupos de convivência infantil e 
as pré-escolas podem também estimulá-la. O comportamento 
agressivo muitas vezes não é notado por supervisores. (...) É 
interessante notar que as crianças tendem a imitar a agressividade de 
outras crianças em vez da agressividade do adulto: quando se 
pretende que a criança refine sua agressividade, é essencial que ela 
tenha a vivência de uma situação de grupo na qual há uma mistura 
apropriada de crianças” (TRIAN, 1997. p.48) 
 
Acredito que quando a escola solicita a presença dos pais para um diálogo 
aberto sobre a agressividade de seu filho, abre espaço para uma discussão 
acalorada - e por que não dizer tensa -, da realidade explícita de um aluno que 
demonstra agressividade com os colegas e com os professores. Muitas vezes, 
os pais negam que a criança apresente este tipo de comportamento em casa e 
chegam a questionar o educador sobre as descrições da agressividade de seu 
filho. O professor deve perceber os motivos que levam a criança a manifestar 
sua insatisfação através de atitudes hostis, para que através de um trabalho 
contínuo e eficiente possa desenvolver medidas adequadas para resolver 
essas questões. Segundo Paggi e Guareschi (2004): 
 
No discurso social atual ouvimos, cada vez mais, que as crianças estão 
‘sem limites’, exigem coisas, não toleram esperar, chegando às vezes a 
45 
 
apresentarem dificuldades de convivência social. Os pais sentem-se 
vítimas e não sabem como conduzir as situações que envolvem o 
estabelecimento de regras morais. (p.71) 
 
Segundo Piaget (1982,p.13), a fase do egocentrismo infantil vai 
aproximadamente dos 4 aos cinco anos de idade. Na fase escolar, o processo 
de condução da criança para que ela saia de sua fase naturalmente 
egocêntrica em seus primeiros anos de vida, para que gradativamente caminhe 
para a heteronomia e posteriormente adquira sua autonomia, é o objetivo da 
educação moral. “a moral está intrínseca e necessariamente vinculada ao 
trinômio cultura/história, sociedade e natureza humana”. (PEREIRA, 1991, 
p.14)4 
Não podemos nos esquecer, no entanto, que o egocentrismo é uma 
característica presente nas crianças e que faz parte de seu desenvolvimento, 
que, segundo Piaget (1982,p.15), ocorre de dentro para fora, ou seja: a criança 
primeiro internaliza determinado comportamento para depois externá-lo. O fato 
de entender que a agressividade é algo natural, não impede, contudo que não 
deva existir limites na infância. Muitas vezes o dilema vivido pelos educadores 
é justamente o de como agir diante das atitudes agressivas e violentas de seus 
alunos. Para Rogge (2006), “os limites significam que a criança deve 
considerar e respeitar os limites do outro”. (p.240). 
 
Metodologia: 
A metodologia deste projeto consiste na elaboração de um questionário com 
perguntas abertas e fechadas que deverá ser respondido diretamente pelas 
professoras da Escola Municipal José Madureira Horta. Serão entrevistadas 
seis professoras do período da tarde, responsáveis pelas turmas de 1º,2º e 3º 
ano do Ensino Fundamental. 
 
Recursos necessários: 
Computador, impressora e folhas em tamanho A4 para impressão dos 
questionários. 
 
 
 
4
 PEREIRA, Otaviano. O que é moral. São Paulo: Brasiliense, 1991 
46 
 
Avaliação: 
O projeto será avaliado, levando em consideração as respostas apresentadas 
nos questionários. Assim que forem recolhidos, os questionários serão 
encaminhados à coordenação da EMJMH para posterior leitura e discussão 
com o corpo docente. 
 
Cronograma: 
 
MÊS 
AGOSTO 
2010 
SETEMBRO 
2010 
OUTUBRO 
2010 
NOVEMBRO 
2010 
DEZEMBRO 
2010 
Escolha da 
Instituição 
 
X 
 
X 
 
Entrevista 
com 
coordenação 
 
 
 
X 
 
 
 
Elaboração e 
distribuição 
do 
questionário 
 
 
 
X 
 
X 
 
Devolução 
dos 
questionários 
preenchidos 
 
 
 
 
 
X 
 
X 
 
Reunião coma 
coordenadora 
para leitura e 
discussão 
das respostas 
obtidas 
 
 
 
 
 
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Entrega Final 
 
 
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47 
 
 
Referências: 
 
BOLSANELLO, Aurélio. Conselhos – Análise do Comportamento Humano 
em Psicologia. 18º ed. São Paulo: Brasileira S. A., 1990. 
 
PIAGET, jean e INHELDER, Bärbel. A psicologia da criança. São Paulo: 
DIFEL, 1982. 
 
PEREIRA, Otaviano. O que é moral. São Paulo: Brasiliense, 1991. 
 
ROGGE, Jan-Uwe. Crianças precisam de limites – e elas esperam isso de 
você. São Paulo: Editora Gente, 2006. 
 
TRAIN, Alan. Ajudando a criança agressiva: como lidar com crianças 
difíceis. Campinas: Papirus, 1997. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Cara Professora, 
Buscando melhorar a disciplina na escola, elaboramos um questionário para 
que você possa dar sugestões e expor sua opinião a respeito das questões que 
envolvem a disciplina em nossa instituição. 
Sua participação é de extrema importância para que juntos, possamos manter 
a escola como um espaço de boas convivências e de aprendizagens. 
 
 
Q u e s t i o n á r i o 
1. Quais são os alunos que apresentam indisciplina em sua sala? 
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2. Você atribui esta indisciplina a quais fatores? 
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3. Com que freqüência você encaminha o aluno indisciplinado à 
coordenação? 
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4. As medidas que são tomadas pela coordenação tem sido suficientes 
para combater a indisciplina? Por quê? 
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5. Que outras medidas você sugere para minimizar estas questões?

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