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Terceira semana de Desenvolvimento

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Morfologia – Embriologia Valdir Med20 
Terceira Semana de Desenvolvimento 
A gastrulação é o processo formativo pelo qual o disco embrionário bilaminar é convertido 
em um disco embrionário trilaminar. Esse processo é o início da morfogênese e se inicia 
com a formação da linha primitiva. 
*Linha Primitiva 
No início da 3ª semana, aparece uma faixa linear espessado do epiblasto, a linha primitiva, 
caudalmente no plano mediano de aspecto dorsal do disco embrionário; ela resulta da 
proliferação e migração das células do epiblasto na linha mediana do disco. A extremidade 
cranial prolifera e forma o nó primitivo, ao mesmo tempo, o sulco primitivo se forma na 
linha primitiva e termina em uma pequena depressão no nó primitivo, a fosseta primitiva. 
Células abandonam a superfície profunda da linha primitiva e formam o mesênquima 
“tecido conjuntivo embrionário” que forma o tecido de sustentação do embrião. Sob 
influência de fatores de crescimento , as células mesenquimais migram da linha primitiva. 
A linha primitiva forma ativamente o mesoderma até o início da quarta semana. 
*Processo Notocordal e Notocorda 
As células mesenquimais migram cefalicamente do nó e da fossetas primitivos, formando 
um cordão celular mediano, o processo notocordal. Ele adquire um luz, o canal notocordal. 
O processo notocordal cresce cefalicamente entre o ectoderma e endoderma até alcançar a 
placa pré – cordal. A membrana bucofaríngea localizada no futuro local da cavidade oral. 
Algumas células da linha primitiva e do processo notocordal migram lateralmente e 
cefalicamente entre o ectoderma e o mesoderma, até alcançarem as bordas do disco 
embrionário. Essas células dão continuidade com o mesoderma extra – embrionário que 
cobre o âmnio e o saco vitelino. Células da linha primitiva migram cefalicamente de cada 
lado do processo notocordal e em torno da placa pré – cordal. Elas se encontram 
cefalicamente, formando o mesoderma cardiogênico na área cardiogênica. Caudalmente à 
linha primitiva, há uma área circular – a membrana cloacal – que indica o local do futuro 
ânus. A notocorda é uma haste celular que : define o eixo primitivo do embrião; fornece os 
sinais necessários para o desenvolvimento do esqueleto axial; indica o futuro local dos 
corpos vertebrais. A coluna vertebral se forma ao redor da notocorda que se estende da 
membrana bucofaríngea ao nó primitiva. A notocorda degenera e desaparece, mas persiste 
como núcleo pulposo de cada disco intervertebral. Ela induz o ectoderma embriônico a 
forma a placa neural, o primórdio do sistema nervoso central. 
*Alantóide 
Ele surge por volta do 16º dia como um pequeno divertículo (evaginação) que se estende 
da parede caudal do saco vitelino para o pedículo do embrião. Ele permanece muito 
pequeno, estando envolvido com os primórdios da formação sanguíneo no embrião e está 
associado ao desenvolvimento da bexiga. Os vasos sanguíneos do alantoide tornam – se as 
artérias e veias umbilicais. 
*Neurulação: Formação do Tubo Neural 
Os processos envolvidos na formação da placa neural e pregas neurais e no fechamento 
dessas pregas para formar o tubo neural constituem a neurulação. Esses processos 
terminam na quarta semana. 
*Placa Neural e Tubo Neural 
Com o desenvolvimento da notocorda, o ectoderma embrionário acima dela se espessa, 
formando uma placa alongada de células epiteliais espessadas, a placa neural. Ela aparece 
cefalicamente ao nó primitivo e dorsalmente à notocorda e ao mesênquima adjacente a 
esta. Enquanto a notocorda se alonga, a placa neural se alarga e se estende cefalicamente 
até a membrana bucofaríngea. A placa neural se invagina ao longo do eixo central, 
formando um sulco neural mediano, com a pregas neurais de ambos os lados. No fim da 
terceira semana, as pregas neurais já começaram a se aproximar e a se fundir convertendo 
a placa neural em tubo neural. A formação do tubo neural é um processo celular complexo 
e multifatorial que envolve genes e fatores extrínsecos mecânicos. O tubo neural logo se 
separa do ectoderma da superfície. 
*Formação da Crista Neural 
Quando o tubo neural se separa do ectoderma de superfície, as células da crista neural 
migram dorsal e lateralmente em cada lado da tuba. Elas formam uma massa achatada 
irregular, a crista neural, entre o tubo neural e o ectoderma superficial suprajacente. Logo 
a crista neural se separa em partes direita e esquerda, que migram para os aspectos 
dorsolaterais do tubo neural. Muitas células da crista neural migram amplamente para 
dentro do mesênquima. Essas células se distinguem em várias tipos celulares. 
*Desenvolvimento dos Somitos 
Com a formação da notocorda e da tuba neural, o mesoderma intra – embrionário em cada 
lado prolifera – se para formar o mesoderma paraxial. Cada coluna está em continuidade 
com o mesoderma intermediário que gradualmente forma a camada de mesoderma lateral 
que está em continuidade com o mesoderma extra – embrionário. Próximo ao fim da 3ª 
semana, o mesoderma paraxial diferencia – se e começa a se dividir em pares de corpos 
cuboides – os somitos – que se formam em cada lado do tubo neural em desenvolvimento. 
Os somitos são bem desenvolvidos durante a quarta e quinta semana de desenvolvimento. 
Eles aparecem primeiro na futura região occipital; logo, avançam cefalocaudalmente, 
dando origem a maior parte do esqueleto axial e aos músculos associados, assim como à 
derme da pele adjacente. O primeiro par de somitos aparece no fim da terceira semana. 
*Desenvolvimento do Celoma Intra – Embrionário 
O primórdio do celoma intra – embrionário surge como pequenos espaços celômicos 
isolados no mesoderma lateral e no mesoderma cardiogênico. Esses espaços se juntam 
formando uma cavidade, o celoma intra – embrionário, que divide o mesoderma lateral em 
duas camadas: somática ou parietal ( contínua ao mesoderma extra – embrionário que 
cobre o âmnio); esplâncnica ou visceral ( continua ao mesoderma extra – embrionário que 
cobre o saco vitelino). Mesoderma somático + ectoderma : somatopleura; Mesoderma 
esplâncnico + endoderma: esplancnopleura. Durante o segundo mês, o celoma intra – 
embrionário está dividido em três cavidades corporais: pericárdica, pleurais e peritoneal. 
*Desenvolvimento Inicial do Sistema Cardiovascular 
A formação inicial do sistema cardiovascular está correlacionada com a ausência do vitelo 
no ovócito e saco vitelino e a necessidade urgente de transporta oxigênio e nutrientes para 
o embrião da circulação materna através do córion. 
Vasculogênese 
Células mesenquimais se diferenciam em angioblastos que se agregam e formam grupos 
de células angiogênicas isoladas “ilhotas sanguíneas”; dentro destas, fendas intercelulares 
confluem, formando pequenas cavidades. Os angioblastos se achatam, tornando células 
endoteliais que se dispõe em torno de cavidades revestidas por endotélio que logo se 
fundem para formar redes de canais endoteliais. 
Angiogênese 
Vasos avançam para áreas adjacentes por brotamento endotelial e se fundem com outros 
vasos. 
As células sanguíneas desenvolvem-se de células endoteliais especializadas dos vasos 
(hemangioblastos) no saco vitelino e alantoide no fim da 3ª semana. A formação do sangue 
(hematogênese) só começa na quinta semana. O coração e os grandes vasos formam-se de 
células mesenquimais no primórdio do coração – área cardiogênica. Durante a 3ª semana 
forma – se tubos cardíacos endocárdicos que se fundem, formando o tubo cardíaco 
primitivo. O coração tubular une – se a vasos sanguíneos do embrião, do pedículo, do 
córion e do saco vitelino para formar o sistema cardiovascular primitivo. No fim da 
terceirasemana, o sangue circula e o coração começa a bater no 21º ou 22 segundo dia. 
*Desenvolvimento das Vilosidades Coriônicas 
Pouco depois da formação das vilosidades coriônicas primárias, elas começam a se 
ramificar. No início da 3ª, o mesêquima penetra as vilosidades primárias formando um 
eixo central de tecido mesenquimal. Nesse estágio, as vilosidade coriônicas secundárias 
recobrem toda a superfície do saco coriônico. Algumas células mesenquimais logo se 
diferenciam em capilares e células sanguíneas. Quando os vasos sanguíneos se tornam 
visíveis nas vilosidades, elas passam a ser chamadas de vilosidades coriônicas terciárias. 
Os capilares das vilosidades coriônicas fundem-se, formando redes arteriocapilares, as 
quais logo se conectam ao coração do embrião por meio de vasos que se diferenciam no 
mesênquima do córion e no pedículo do embrião. Células do citotrofoblasto das 
vilosidades coriônicas proliferam e se estendem pelo sincíciotrofoblasto, formando um 
capa citotrofoblástica que gradualmente envolve o saco cariônico e o prende ao 
endométrio. As vilosidades que se prendem aos tecidos maternos através da capa 
constituem as vilosidades – tronco. As vilosidades que crescem ao lado das vilosidades 
tronco constituem as vilosidades terminais, são através delas que se dá a maior parte das 
trocas da material entre o sangue da mãe e do embrião, elas são banhadas por sangue 
materno do espaço interviloso que é trocado continuamente.

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