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FISIOCARDIOLOGIA Funções do sistema cárdio-circulatório: Transporte de oxigênio e nutrientes; Remoção de dióxido de carbono e outros restos; Transporte de moléculas sinalizadoras (não só hormônios) dentro do corpo; Defesa pelo transporte de células imunes; Transporte de calor; Observações sobre anatomia fisiológica do coração: Víscera oca com 4 câmaras de paredes musculares o septo IV é parte do VE pressão que sai do VD: 20mmHg VE: 90-120mmHg valvas AV - TUM D (tricúspide) E (mitral) valvas arteriais (semilunares/sigmoideas) - TA pulmonares aórticas *não tem cordões tendíneos as valvas impedem fluxo retrógrado; seu fechamento gera ruídos ou bulhas cardíacas são de tecido endotelial coração - 3 tipos de tecido: PERICÁRDIO – tecido conjuntivo sistema de membranas para proteção e amortecimento; oferece limite ao enchimento cardíaco; cavidade pericárdica: líq amortecedor para evitar atritos e choques; pericardite tamponamento (coração apertado dentro do saco pericárdico -> não enche o suficiente: disfunção diastólica) - pode ser causada por radiação como radioterapia. MIOCÁRDIO – anatomicamente semelhante ao músculo esquelético, funcionalmente semelhante ao músculo liso; estrias: bandas escuras (A) e claras (I) pela disposição dos filamentos de actina e miosina; a inervação cardíaca não determina a atividade contrátil do coração (é autonômica e não somática); no miocárdio cursam os vasos sanguíneos. ENDOCÁRDIO – fina membrana endotelial, formando pregas nos orifícios valvas cardíacas; sob o endocárdio, camadas de colágeno e elastina e camada rudimentar de músculo liso; protege e produz muitos fatores, principalmente nos vasos (p. ex., para regulação do calibre). Tipos celulares do miocárdio (tudo miócito): A) Miocárdio operacional: fibras cilíndricas, núcleo central, prolongamentos formando um SINCÍCIO função de bomba (contrai e relaxa de maneira cíclica) muita atividade contrátil células se ramificam formando uma rede (sincício funcional, não verdadeiro pq são independentes) pontos de junção: zonas mais escuras -> discos intercalares as células tem funcionamento em conjunto mas são independentes umas das outras perda da atividade sincicial: fibrilação (não estão atuando em conjunto não há força de contração suficiente para abrir as válvulas arritmia no VE: letal; nos átrios é menos perigoso há 1 sincício atrial e 1 ventricular: separados por tecido fibroso que é isolante (PA não passa) - esqueleto fibroso das valvas B) Sistema de condução - fibras de Purkinje: céls. grandes, pálidas, glicogênio e poucos filamentos contráteis e mitocôndrias, sistema T raro ou ausente sem função contrátil condução elétrica está no endocárdio acelera condução e propagação do PA células com maior diâmetro velocidade de condução maior C) Células nodais: auto-rítmicas ou marcapasso: céls. pequenas, ricas em glicogênio, poucos filamentos contráteis 2 nodos no AD (ultimus morrem) com função de gerar PA massas céls com atividade elétrica/despolarização espontânea SA na junção VCI com AD AV perto valva tricúspide (céls formam uma trama e são menores condução mais lenta PA se atrasa retardo nodal) Retardo nodal: atraso de 100ms/0,1s na condução do PA As contraem antes dos Vs átrios são bombas de reforço para encher os ventrículos (ele que tem função de bomba) Sistema de condução (tudo músculo cardíaco, não é miócito) PA começa no nodo AS (AD) e vai indo em direção ao AE e ao nodo AV no nodo AV tem um feixe que atravessa o esqueleto fibroso - ramo perfurante - e desce pelo septo (feixe AV ou de His comunicação atrioventricular) Feixe: ramo perfurante, ramo D, ramo E (que gera ramo posterior) Fibras de purkinje fazem comunicação para dentro da parede do ventrículo Musculatura atrial é mais delgada (translúcida) - Mm. pectinados a ventricular é mais espessa e de aspecto espiralado; 3 camadas de miócitos (2 bulboespirais com um constritor no meio) Os bulboespirais na contração variam o comprimento longitudinal e são mais desenvolvidos no VD, variando volume O constritor contrai no sentido transversal, variando diâmetro/raio, o que influencia mais na pressão; mais desenvolvido no VE muita tensão prejudica relaxamento e circulação coronariana hipertensão: remodelamento (hipertrofia concêntrica ↑h por ↑tam. e vol. céls para equilibrar pelo aumento de P) Sobrecarga de pressão no VD cor pulmonale (hipertensão pulmonar: >25mmHg) No Cor pulmonale, o septo se contrai, afastando-se do VE VD tem ↑ R e ↓h que o VE Hipertrofia Cardíaca Hipertrofia é o aumento do tamanho e do volume das células, sem aumento do número de células. As células já existentes apenas aumentam de tamanho. Pode ocorrer em resposta a: a) aumento de demanda metabólica; b) aumento de carga pressórica ou de volume; c) mecanismos intrínsecos de natureza genética; Benefícios: aumento da capacidade de trabalho ventricular e redução do estresse de parede; Tipos de hipertrofia: CONCÊNTRICA – aumenta a espessura da parede em resposta à sobrecarga de pressão – deposição de sarcômeros em paralelo; aumenta P mas tb aumenta h, então T fica = EXCÊNTRICA (=dilatação) - aumenta o raio da câmara em resposta à sobrecarga de volume – deposição de sarcômeros em série; aumenta o R e não aumenta h T aumenta Fator de risco – aumenta a ocorrência de morte súbita, arritmias ventriculares, isquemia miocárdica e disfunção ventricular; Estímulo (químico ou mecânico) para aumentar síntese proteica e/ou reduzir proteólise – reprogramação de expressão gênica, assumindo “padrão fetal”; Fatores hipertróficos: angiotensina II, hormônios tireoidianos, peptídeo atrial natriurético, agonistas β-adrenérgicos; Aumento do estroma conjuntivo com deposição de fibras colágenas, o que contribui para redução da complacência ventricular e disfunção diastólica; MATRIZ CARDÍACA: colágeno, proteoglicanos, fibronectina, elastina, glicoproteínas COLÁGENO – 5 tipos no coração: I, III, IV, V e VI – 3 cadeias alfa, cujo arranjo tridimensional é estabilizado por resíduos de hidroxiprolina Funções do colágeno: Conexão miócitos, mantendo alinhamento dos elementos contráteis; Trama mais rígida para evitar que miócitos sejam excessivamente estirados; Contribuição estiramento passivo durante enchimento; Geração de uma rede para transmissão de força gerada pelos miócitos; Gera pressão tissular, evitando o edema; Contribui para o re-alongamento do miocárdio início da diástole. Disco intercalar fáscia aderente (proteína caderina, ancora MP-MP), desmossomos e junções abertas (GAP, que contribuem para a propriedade de sincício funcional; proteínas de membrana conexinas que formam poro/canal de comunicação para íons, glicose, etc) junções aderentes e desmossomos: conexões mecânicas junção GAP: conexão elétrica *Excesso de Ca, acidose >> fecha GAP junctions a perfusão não envolve fatores hormonais Túbulos T: propagam PA para a contração (então estão ausentes em fibras de Purkinje) Propriedades funcionais da fibra miocárdica: 1) Automatismo/Cronotropismo Atividade rítmica que persiste mesmo desligado do corpo; Automatismo diferencial no tecido cardíaco; Tecidos nodais: SA – ritmo sinusal (75-80 bpm) *fisiológico AV – ritmo nodal (45-60 bpm) - marcapasso de reserva (latente) Feixe de His (15-45 bpm) Rede de Purkinje (15 bpm) FC tem relação direta com a atividade metabólica Coração hipertrofiado por exercício bradicardia de repouso (FC < 60bpm) porque é uma bomba mais eficiente; mas tb é ruim pq tem mais chances de gerar distúrbios de atividade elétrica (arritmias) Taquicardia: FC > 100bpm Fatores cronotrópicos positivos aumentam a FC e negativos diminuem o ritmo pode ser modulado por fármacos 2) Condutibilidade/Dromotropismo cél-cél, ponto a ponto e sistema de condução atrial (feixes internodais) e ventricular (Sistema His-Purkinje) é baixa nos nodos SA e AV e muito alta nas fibras de Purkinje podem existir feixes acessórios(patológicos) Retardo nodal de 100ms; >120ms é patológico (bloqueio AV; de 3º grau: completo) é alterada por fatores como hipóxia, intoxicação, inflamação, etc 3) Excitabilidade (=BATMOTROPISMO) Agentes excitantes: mecânicos, elétricos, térmicos, químicos; Período de inexcitabilidade sistólica Período de excitabilidade EXTRASSÍSTOLE REPOUSO COMPENSADOR Lei do tudo ou nada 4) CONTRATILIDADE (=INOTROPISMO) Agentes inotrópicos 5) Lusitropismo Capacidade de relaxamento global do coração, quando cessada sua ativação elétrica e terminado o processo de contração, levando ao fenômeno do relaxamento diastólico; Mecanismo também dependente de energia; Transporte de íons cálcio para fora da célula e para dentro do retículo sarcoplasmático;
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