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DIREITO DO TRABALHO 1. COMO OCORREU O SURGIMENTO DO DIREITO DO TRABALHO NO MUNDO? E QUAIS FORAM SUAS FASES? O homem constrói sua essência pelo trabalho, é através deste que o homem se edifica e evolui. Mas, o trabalho nem sempre foi do jeito como conhecemos hoje, durantes os séculos que se passaram ele se modificou, passou por uma série de mudanças que alteraram o modo do homem de executá-lo, de enxergá-lo e até mudarem o modo de se relacionarem. E assim, no meio de todas essas transformações o homem começa a sentir a necessidade de organizar de uma maneira melhor a relação do homem com o trabalho, já que por muitas vezes na história, principalmente pela ganância do homem, a relação do trabalho acaba sendo abusiva pela parte que detém o poder, os meios de produção, o terreno, as máquinas. 1º FASE : surgimento do Direito do Trabalho, algumas normas, início do século XIX (crianças menores de 7 anos não poderiam trabalhar) 2º FASE : efervescência, período ao qual houve normas que regulamentavam questões relacionadas ao trabalho. 3º FASE : consolidação, fim da primeira guerra mundial, criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 4º FASE : aperfeiçoamento, Direito do Trabalho x Tecnologia x Trabalho x Pessoas. 2. COMO OCORREU O SURGIMENTO DO DIREITO DO TRABALHO NO BRASIL? 1º FASE: manifestações esparsas (fase em que pipocava uma ou outra norma sobre a regulamentação do trabalho). 2º FASE: consolidação do Direito do Trabalho 1943 - CRIAÇÃO DA CLT Direito do Trabalho formado e consolidado 1945 - 1988 - Limbo/ poucas mudanças 3º FASE: Constitucionalização - aperfeiçoamento 4º FASE: Reforma Trabalhista Pêndulo econômico. Princípio do patamar mínimo. Princípio da normas mais favorável. 3. QUAIS SÃO AS FONTES DO DIREITO DO TRABALHO? As fontes do Direito do Trabalho são os fatos sociais, os quais despertam o Direito, por exemplo, o caso Carolina Dieckmann, ao ter seu computador hackeado despertou um fato social, em que se viu em uma situação constrangedora, na qual “tirou” o legislador da inércia para criar uma norma que regule determinado ato ou situação, como suas fotos nuas vazadas. 4. CITE AS FONTES FORMAIS O DIREITO DO TRABALHO? Diretas: Legislação. Indiretas: Jurisprudência/Súmulas/Orientação Jurisprudencial. De explicitação: analogia a princípios. Doutrina: pode ser tanto diretas como de explicitação. 5. O QUE SÃO FONTES DO DIREITO HETERÔNOMAS E AUTÔNOMAS? HETERÔNOMAS: - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; - Lei esparsas - Tratados Internacionais - Sentença Normativa AUTÔNOMAS: - Contrato de trabalho - Convenção coletiva de trabalho CCT - 2ANOS - Acordo Coletivo de trabalho ACT 6. O QUE É O DISSÍDIO? Conflito coletivo ou individual levado à Justiça do Trabalho, ger. quanto a aumento ou reajuste de salário. 7. QUAL A DIFERENÇA ENTRE RELAÇÃO DE TRABALHO E RELAÇÃO DE EMPREGO? A relação de emprego ocorre quando estão presentes os requisitos do art. 3º da CLT, ou seja, temos uma relação de emprego quando há a prestação de serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Relação de Trabalho: Se a prestação dos serviços é eventual, temos a relação de trabalho; se a prestação de serviços não é sob dependência de empregador, temos a relação de trabalho; se para prestar aquele serviço não há o pagamento de salário, teremos a relação de trabalho; e por fim, se pessoa que prestar aquele serviço puder ser substituída, haverá a relação de trabalho. Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. 8. QUAIS SÃO AS FORMAS DE CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO ? 1º H - Atividade Transitória (com prazo determinado) 2º H - Atividade empresarial transitória (contratação prazo determinado) 3º H - Contrato de experiência 9. QUAL A DURAÇÃO DO CONTRATO ? Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. OBS: Parágrafo único. O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias. 10. COMO OCORRE A PRORROGAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO? Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. 11. COMO FUNCIONA A CLÁUSULA ASSECURATÓRIA ? Art. 479 - Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado será obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o termo do contrato. Parágrafo único - Para a execução do que dispõe o presente artigo, o cálculo da parte variável ou incerta dos salários será feito de acordo com o prescrito para o cálculo da indenização referente à rescisão dos contratos por prazo indeterminado. Art. 480 - Havendo termo estipulado, o empregado não se poderá desligar do contrato, sem justa causa, sob pena de ser obrigado a indenizar o empregador dos prejuízos que desse fato lhe resultarem. 1º - A indenização, porém, não poderá exceder àquela a que teria direito o empregado em idênticas condições. Art. 481 - Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo indeterminado. OBS: EXCEÇÃO - IMPORTANTE Art. 3º O número de empregados contratados nos termos do art. 1º desta Lei observará o limite estabelecido no instrumento decorrente da negociação coletiva, não podendo ultrapassar os seguintes percentuais, que serão aplicados cumulativamente: I - cinqüenta por cento do número de trabalhadores, para a parcela inferior a cinqüenta empregados; II - trinta e cinco por cento do número de trabalhadores, para a parcela entre cinqüenta e cento e noventa e nove empregados; e III - vinte por cento do número de trabalhadores, para a parcela acima de duzentos empregados. Parágrafo único. As parcelas referidas nos incisos deste artigo serão calculadas sobre a média aritmética mensal do número de empregados contratados por prazo indeterminado do estabelecimento, nos seis meses imediatamente anteriores ao da data de publicação desta Lei. 12. O QUE É O CONTRATO INTERMITENTE? O Contrato de Trabalho Intermitente é uma nova modalidade de contratação do trabalhador, expressamente prevista na Lei da Reforma Trabalhista. Considera-se como intermitente o Contrato de Trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, excetopara os aeronautas, regidos por legislação própria. 13. QUAIS SÃO AS FORMAS DE TRABALHO? Voluntário/Terceirizado/Autônomo/Assalariado/Trabalho Forçado/Profissional Liberal etc. 14. QUAIS SÃO OS REQUISITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO? 1º PESSOA FÍSICA 2º NÃO EVENTUALIDADE - repetição periódica no tempo 3º ONEROSIDADE - dever legal de contraprestação 4º PESSOALIDADE - Contrato personalístico 5º SUBORDINAÇÃO 15. QUAIS SÃO AS ALTERAÇÕES CONTRATUAIS? Subjetivas: troca de sujeito (empregador) mas continua o contrato. Objetivas: troca de objeto (lugar). 16. O QUE É O PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA REALIDADE SOBRE A FORMA? O princípio da primazia da realidade destaca justamente que o que vale é o que acontece realmente e não o que está escrito. Neste princípio a verdade dos fatos impera sobre qualquer contrato formal, ou seja, caso haja conflito entre o que está escrito e o que ocorre de fato, prevalece o que ocorre de fato. 17. O QUE É JUS VARIANDI E JUS RESISTENTIAE? Segundo ensinamentos de Eduardo Gabriel Saad, o "jus variandi" é o direito que possui o empregador de alterar unilateralmente, somente em casos excepcionais, as condições de trabalho de seus empregados. Tal variação decorre do poder de direção do empregador. Ressalte-se por oportuno, que há limites para o exercício válido do "jus variandi". Havendo abuso no seu exercício, o empregado pode se opor, valendo-se do chamado direito de resistência ("jus resistentiae"). 18. CITE UMA ALTERAÇÃO CONTRATUAL POSSÍVEL: TST, Súmula 265 ADICIONAL NOTURNO. ALTERAÇÃO DE TURNO DE TRABALHO. POSSIBILIDADE DE SUPRESSÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 A transferência para o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. 19. COMO OCORRE ALTERAÇÃO DA DATA DE PAGAMENTO PELO EMPREGADOR? O empregador pode alterar a data do pagamento desde que esteja dentro do Poder Diretivo. 1 - Orientação Jurisprudencial 159/TST-SDI-I - Salário. Data de pagamento. Alteração. CLT, art. 458 e CLT, art. 459, parágrafo único. Diante da inexistência de previsão expressa em contrato ou em instrumento normativo, a alteração de data de pagamento pelo empregador não viola o art. 468, desde que observado o parágrafo único, do art. 459, ambos da CLT. 20. O QUE É CARGO DE CONFIANÇA? E COMO CORRE A GRATIFICAÇÃO DA FUNÇÃO ? Cargo de confiança é aquele no qual o colaborador de alta gestão tem o poder de intervir e influenciar diretamente nas decisões da empresa. Ele pode tomar decisões de maneira independente, e possui os mesmos poderes e funções próprias do titular da empresa, daí, o título de cargo de confiança. EX : 10 ANOS OU MAIS - NÃO PERDE A GRATIFICAÇÃO DA FUNÇÃO. MENOS DE 10 ANOS PERDE A GRATIFICAÇÃO DA FUNÇÃO. 21. COMO FUNCIONA A SUBSTITUIÇÃO TEMPORÁRIA? Art. 450 - Ao empregado chamado a ocupar, em comissão, interinamente, ou em substituição eventual ou temporária, cargo diverso do que exercer na empresa, serão garantidas a contagem do tempo naquele serviço, bem como volta ao cargo anterior. SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS/EMERGÊNCIA : empresa fecha por motivo de força maior “terremoto”, assim transfere seus funcionários para uma outra sede em outra região. 22. COMO OCORRE A SUPRESSÃO DE HORAS EXTRAS? A Súmula 291 do TST revisou a Súmula 76 que tratava da supressão de horas extras, reformulando o entendimento no que se refere às consequências, tanto para o empregado, quanto para o empregador. A Súmula 76 do TST assim estabelecia: "O valor das horas suplementares prestadas habitualmente por mais de 2 anos, ou durante todo o contrato de trabalho, se suprimidas, integra-se no salário para todos os efeitos legais." 23. COMO OCORRE A TRANSFERÊNCIA DO LOCAL DO TRABALHO? O empregado que é transferido para mais longe de sua residência tem direito à complementação salarial, em relação aos custos de transporte. Mudança provisória, tem direito adicional de transferência de 25% do salário dele, até 2 anos é considerado provisório. Mudança definitiva, tem direito a equilíbrio salarial, visto que os custos de vida em outra cidade podem ser mais altos na qual o empregado vivia. Os custos de despesas são do empregador. 24. O QUE É SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO? 1) Na interrupção do contrato o empregado continua recebendo salários e haveria a contagem do tempo de serviço. Trata-se, portanto, de suspensão parcial, como paralisação temporária da prestação dos serviços, com a manutenção do pagamento de salários ou algum efeito do contrato de trabalho; 2) Na suspensão o pagamento de salários não seria exigido como também não se computará o tempo de afastamento como tempo de serviço; Entende-se como suspensão total está, pois paralisa temporariamente a prestação dos serviços, com a cessação das obrigações patronais e de qualquer efeito do contrato enquanto perdurar a paralisação dos serviços. 25. QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS HIPÓTESES DE INTERRUPÇÃO: Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica; II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; licença GALA III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; PATERNIDADE IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. X - até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas e exames complementares durante o período de gravidez de sua esposa ou companheira; XI - por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6 (seis) anos em consulta médica. XII - até 3 (três) dias, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de realização de exames preventivos de câncer devidamente comprovada. 26. QUAIS AS PRINCIPAIS HIPÓTESES DE SUSPENSÃO? 1º AFASTAMENTO PREVIDENCIÁRIO : Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. § 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalhoprestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho. 2º APOSENTADORIA POR INVALIDEZ : Súmula 160/TST - 11/10/1982. Aposentadoria por invalidez. Readmissão. Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após 5 anos, o trabalhador terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei. 3º SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO : Art. 472 - O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou de outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado. Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial expressamente consignada. § 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando serviço militar e por motivo de acidente do trabalho. 4º GREVE : Art. 7º Observadas as condições previstas nesta Lei, a participação em greve suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais, durante o período, ser regidas pelo acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho. Parágrafo único. É vedada a rescisão de contrato de trabalho durante a greve, bem como a contratação de trabalhadores substitutos, exceto na ocorrência das hipóteses previstas nos arts. 9º e 14. 5º ELEIÇÃO : DIRETOR ELEITO. CÔMPUTO DO PERÍODO COMO TEMPO DE SERVIÇO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O empregado eleito para ocupar cargo de diretor tem o respectivo contrato de trabalho suspenso, não se computando o tempo de serviço desse período, salvo se permanecer a subordinação jurídica inerente à relação de emprego. 6º SUSPENSÃO DISCIPLINAR : Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho. Conceito de princípios São preceitos que norteiam determinada área, seja ela jurídica ou não, os princípios servem de base, são essenciais para o desenvolvimento da área cujo qual estão inseridos, a palavra vem do latim principium que significa dizer que é o primeiro impulso dado a alguma coisa, base, fundamento ou causa primária. Princípio da proteção O princípio supracitado refere-se à importância de proteger uma das partes essa parte protegida seria o empregado, esta proteção de o objetivo de igualar as partes, pois na relação empresa x empregado é notável que haja uma discrepância de ordem econômica, e este princípio está para colocar em pé de igualdade as partes inseridas no processo para que nenhum dos dois tenha vantagens sobre o outro já que o empregado é considerado como categoria subordinada já que deve obediência ao seu empregador no que tange as normas trabalhistas e da empresa onde o mesmo trabalha, deste princípio decorrem três subprincípios. A) Indúbio pró operário B) Da aplicação da norma mais favorável C) Da condição mais benéfica In dubio pro operário Este subprincípio se assemelha bastante com o princípio do direito penal chamado in dúbio pró réu que significa dizer que na dúvida de interpretação das normas que seja favorável ao réu, trazendo para o direito do trabalho este princípio diz que na dúvida de interpretação que seja favorável ao operário ,ou seja, funciona como uma extensão ao princípio da proteção, fazendo assim com que a parte mais frágil da relação possa estar resguardada, mas só deve ser aplicado quando realmente houver dúvidas com relação ao alcance da norma e sempre tem que atentar para não estar em desacordo com o legislador . Da aplicação da norma mais favorável Dispõe que o magistrado ao se deparar com duas ou mais normas que versem sobre o mesmo assunto aplicar-se-á a norma mais favorável para o empregado, permitindo-se ao magistrado afastar-se da hierarquia das normas, ou seja, se houver conflito entre normas e uma for hierarquicamente superior à outra, mas a inferior for mais favorável à parte mais frágil esta será aplicada. Da condição mais benéfica Este subprincípio versa sobre direitos mais vantajosos adquiridos pelos empregados, isto quer dizer que existe se existe um contrato entre empregador e empregado que informa que o empregado tem “x” benefícios e surgem normas supervenientes que tratam deste assunto, mas, reduzem os direitos adquiridos por este empregado em face ao seu contrato assinado anteriormente ele não irá sofrer a menos que o mesmo concorde, pois temos este principio inserido no direito trabalhista brasileiro visando proteger os direitos adquiridos pelos empregados. Irrenunciabilidade de direitos Refere-se à impossibilidade jurídica de privar o empregado a direito adquiridos, como por exemplo: 13º salário, férias e etc. Os direitos presentes na CLT (Consolidação das leis trabalhistas) são inalienáveis integralmente uma vez que podem ser vendida parte das férias. Da continuidade da relação de trabalho: Diz que o contrato de trabalho é feito sem tempo determinado para que haja uma continuidade nesta relação de trabalho, mas existe excepcionalmente a possibilidade de contratações com tempo determinado, e este contrato poderá ser firmado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, os contratos que tem tempo determinado só são possíveis em três hipóteses e devem constar neles o inicio e o término e só são possíveis nestas hipóteses descritas abaixo: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. Primazia da realidade Este princípio regula conflitos entre o que está escrito, acordado e o que de fato ocorre como por exemplo: João está contratado com a função de vigia mas o mesmo é desvirtuado de função constantemente para uma função que o mesmo não é capacitado e isto acaba comprometendo seu trabalho como profissional e trazendo risco a sua saúde , como também pode ocorrer a hipótese de o trabalhador ter uma salário na carteira abaixo do que este recebe é o chamado “por fora” que tem o fim de burlar o sistema de tributos e prejudicar inclusive o trabalhador não depositando seu FGTS verdadeiro por assim dizer. Da inalterabilidade contratual lesiva É uma vedação ao empregador para que o mesmo não venha a operar qualquer alteração que seja lesiva ou maléfica para os trabalhadores, mas, se o empregador quiser porventura alterar para conceder mais benefícios ao seu trabalhador isto é possível de ser feito unilateralmente semprejuízo nenhum ao direito do trabalho, mas, não é um princípio absoluto há possibilidade de alteração lesiva do contrato em algumas situações. Intangibilidade salarial Os proventos salariais são de cunho alimentício, que servem como sustento de sua família, entretanto há certa flexibilização quanto a este princípio, pois mediante ato coletivo pode ser reduzido à carga horária de trabalho e consequentemente o seu salário, mas, isto só ocorrerá em situação econômica frágil da empresa a qual os mesmos pertencem e é uma exceção a regra.
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