Espanha Absolutismo

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Absolutismo Espanha 
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Espanha no século XV 
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Perry Anderson. Linhagens do Estado Absolutista. 
Espanha. 
58. “O absolutismo espanhol foi imoderado em relação às 
outras monarquias ocidentais da mesma época. A 
pressão internacional por ele exercida atuou como uma 
sobredeterminação dos padrões nacionais de outros 
pontos do continente, devido à desproporção de riqueza 
e poder de que dispunha: a concentração histórica de 
tais recursos no Estado espanhol não poderia deixar de 
afetar a configuração geral e o sentido do sistema 
estatal que surgia no Ocidente”. 
 
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A supremacia espanhola se devia a dois 
complexos de recursos: 
1) A casa reinante se beneficiou como nenhuma 
outra da política dinástica de casamentos; 
 
2) A conquista da América supriu-a com metais 
preciosos. Foi um dos atos mais espetaculares 
de acumulação de capital na Renascença. 
 
 
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“o absolutismo espanhol buscou forças 
tanto no legado interno do 
engrandecimento feudal como no saque 
ultramarino do capital extrativo”. 
 
 
 
Espanha – Absolutismo 
 
Nenhum outro estado da Europa ocidental viria 
a ter um caráter tão aristocrático ou contrário ao 
desenvolvimento burguês. O aceso aos metais 
americanos desmotivou a Espanha a promover 
as manufaturas ou à difusão da empresa 
mercantil no império. 
 
Espanha – Absolutismo 
“ A ameaça da dominação Habsburgo 
(espanhola), porém, acabou por apressar as 
reações e fortalecer as defesas das dinastias 
agrupadas contra ela. A primazia espanhola 
conferiu à monarquia Habsburgo um papel de 
consolidação do sistema relativo ao absolutismo 
ocidental em seu conjunto. Mas, ao mesmo 
tempo, (...) limitou criticamente a natureza do 
próprio absolutismo espanhol no seio do 
sistema que ajudou a criar”. 
 
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Isabel, a Católica (1451-
1504). Reinou entre 1574 e 
1504 sobre Castela e Leão e 
foi rainha consorte de 
Fenando II de Aragão entre 
1479 e 1504. 
Pintura anônima flamenga 
de 1520 
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Rei Fernando II (1552-1516) de 
Aragão, Valência, Sicília e 
Nápoles entre 1479 e 1516 e Rei 
de Castela e Leão entre 1475-
1504 em conjunto com Isabel. 
Michael Sittow , início do século 
XVI, Viena. 
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Reis católicos no ano do seu 
casamento. Século XV, autor 
desconhecido. 
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Durante a crise do feudalismo (século XIV), áreas de 
Castela foram convertidas à economia lanífera e 
desenvolveu parceria com o comércio flamengo. 
Aragão era uma potência territorial e comercial no 
Mediterrâneo, controlando a Sicília e a Sardenha. 
Granada foi reconquistada, Nápoles tomada e 
Navarra absorvida. Depois Milão, o Franco-condado 
e os Países Baixos. 
 
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Europa no século XV 
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Espanha no século XV 
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Império Habsburgo no 
século XV 
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A Espanha era a primeira potência de Europa no 
século XVI. 
Apesar disso, o desenvolvimento interno era 
modesto e limitado. 
Motivo: relação triangular entre império 
americano, império europeu e pátrias ibéricas. 
 
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Castela: 
- Aristocracia com enormes propriedades; 
- Surto de lã estimulara o crescimento urbano e o comércio externo. 
Ligado à indústria têxtil de Flandres; 
- População: 5 a 7 milhões; 
- Estado dominante na península ibérica; 
- No aspecto político, a constituição era instável.; 
- Castela e Leão desenvolveram um sistema de Estado no século XIII. 
Não houve institucionalização sólida e fixa do sistema de Estados.; 
- Cortes permaneceram assembleias ocasionais mal definidas; 
- Só as cidades pagavam impostos que caiam sobre as massas abaixo 
delas; 
- Ordens militares eram ainda ricas e poderosas. 
 
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Comércio de lã nos séculos XV e XVI 
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Ordens militares na Espanha do século XVI 
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Aragão: 
- Mais repressivo sistema senhorial de península ibérica; 
- Catalunha: centro de um comércio mercantil no Mediterrâneo. 
Sofreu com a crise do século XIV. A população diminuiu um terço 
entre 1365 e 1497.; 
- Revolta das Remenças (1462-1486) no século XV. Guerra de 
camponeses contra obrigações feudais. 
- Valência: intermediária entre Aragão e Catalunha: 
- População: 1 milhão de habitantes; 
- Tinha a estrutura de Estado mais sofisticada da Europa. Cada 
província tinha as suas cortes. Estruturas judiciais e econômicas 
permanentes que dependiam das Cortes. Cortes submetidas à 
norma da unanimidade; 
- Refratário a um absolutismo centralizado. 
 
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Juramento de vassalagem 
da nobreza de Aragão: 
“Nós, que somos tão bons 
como vós, juramos a vós, 
que não sois melhores 
que nós, que vos 
aceitamos como nosso rei 
e soberano, contanto que 
observeis todas as nossas 
liberdades e leis; mas se 
assim não for, não.” 
 
 
Representação das cortes de Aragão 
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- Reis optaram por sistema de poder real forte em Castela; 
- Implantaram programa metódico de organização administrativa; 
- Ordens militares foram destruídas e seus territórios e rendimentos 
anexados; 
- Castelos destruídos; 
- Proibição de guerras privadas; 
- Instalação de corregedores para administrar cidades; 
- Justiça real fortalecida e ampliada; 
- Estado passa a controlar os benefícios eclesiásticos, separando a 
Igreja do controle do papado; 
- Rendimentos fiscais: 900 mil reales em 1474 para 25 milhões em 
1504; 
- Bacharéis e letrados da pequena nobreza na administração. 
 
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- A máquina do estado foi racionalizada e 
modernizada, mas a monarquia nunca se 
contrapôs à classe aristocrática em seu conjunto; 
- Em Aragão, nunca se fez programa de 
racionalização e centralização administrativa; 
- Foi confirmada a identidade separada de Aragão 
na Observança de 1481; 
- Não conseguiram nem unificação monetária; 
- Inquisição foi a única instituição unitária 
espanhola. 
 
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Carlos V (1500-1558), Carlos I de 
Espanha entre 1516 e 1556 e Carlos V, 
Imperador do Sacro Império Romano 
entre 1519 e 1556. 
Peter Paul Rubens, 1600-1605, coleção 
particular 
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- Nova corte formada por flamengos, borgonheses e 
italianos; 
- O acontecimento internacional mais importante foi a 
ampliação da órbita internacional; 
- Delegação de poderes para Conselhos e Vice Reis; 
- Carlos Gattinara: Conselho de finanças, de guerra e de 
estados mais seis conselhos regionais; 
- O confronto com as aristocracias locais bloqueava a 
unificação; 
- A dispersão do império bloqueou a capacidade de 
integração e deteve a centralização administrativa. 
 
 
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 Revolta dos Comuneros ou guerra das comunidades de Castela: 
- 1519-1522. Partida do rei para o norte da Europa para a eleição 
imperial na Alemanha. Acarretou demandas fiscais. 
- Movimento de artesãos urbanos sob a orientação da burguesia urbana 
do norte e centro de Castela; 
- Cidades líderes: Toledo e Valladolid; 
- Revolta do terceiro estado; 
- Pouco atingiu o campo; 
- Movimento esmagado pelos exércitos reais; 
- Condenou as cortes à nulidade; 
- Houve a derrota das cidades; 
- Diferença do absolutismo espanhol em relação aos outros: o padrão 
comum era supressão de revoltas aristocráticas e não burguesas.Absolutismo Espanha 
Em roxo, as cidades rebeldes. Em verde, as cidades 
leais ao rei. 
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Os comuneros de Castela. dos comuneros em 24 de 
abril de 1521. 
Antonio Gisbert, 1860. 
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- Guerras europeias que seriam o preço do 
poder espanhol no continente; 
- Itália caiu sob ascendência espanhola. A 
França foi afastada da Itália; 
- No norte da Europa, a Reforma se manteve; 
- Gastos muito grandes com as guerras levaram 
o próximo rei, Felipe II, a declarar a 
bancarrota logo no início do reinado. 
 
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 Guerras Italianas: conflitos ocorridos entre 1492 
e 1559. Envolveram França, Espanha, Sacro 
Império Romano, Inglaterra, e estados italianos; 
 O resultado foi o afastamento de França e o 
domínio espanhol sobre a península Italiana; 
 Foi encerrada pela Paz Cateau-Cambrésis de 1559 
entre França, Espanha e Inglaterra. 
 
 
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Felipe II (1527-1598). Rei da Espanha 
entre 1556 e 1598. 
Titian, 1551, Museu do Prado 
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- A partir de 1560, os efeitos da América seriam cada vez 
mais decisivos; 
- A riqueza da América garantiu que o absolutismo espanhol 
dispensasse a unificação fiscal e administrativa que foi 
fundamental para os outros estados; 
 
- Castela suportava sozinha os gastos militares; 
- Metais americanos: 20 a 25% da receita no auge do sistema 
de frotas e galeões. O resto era suportado pelos encargos 
domésticos de Castela; 
- Prata proporcionava crédito ilimitado aos monarcas 
espanhóis. 
 
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- Inicialmente, em virtude da necessidade de se adquirir 
os metais dos negociantes da América, se desenvolveu 
um próspero comércio com as colônias; 
- O monopólio, num primeiro momento, favoreceu os 
produtores castelhanos. Mas houve duas distorções 
fatais: 
a) Terras dedicadas à produção cerealífera passaram 
para a vinha e oliveira, em função da demanda; 
b) Contração da produção de trigo: Espanha importava 
cereais em 1570. 
 
 
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- Estrutura da sociedade rural: arrendatários e pequenos 
proprietários eram minoria no campo; 
- De 60 a 70% eram trabalhadores agrícolas ou 
jornaleiros; 
- Poucos engajados na agricultura, um setor terciário 
inchado; 
- Parasitismo minou e paralisou as manufaturas do país. 
A inflação aumentou os custos de produção da 
indústria castelhana. Ingleses e holandeses passaram a 
suprir a América. 
 
 
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“España son las Indias del extranjero” 
- O Império americano arruinou a economia 
espanhola e o Império europeu arruinou o 
estado espanhol. 
 
 
 
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Domínios europeus de Felipe II 
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Guerras de Felipe II 
- Os contingentes multinacionais combatiam 
melhor no estrangeiro e a diversidade permitiu 
menor dependência de mercenários; 
 
- “Pela primeira vez na Europa moderna, 
conseguiu-se manter um grande exército regular 
a longa distância da pátria imperial, por décadas 
a fio. “ 
 
 
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Guerras de Felipe II: 
 
- Padrão básico: êxito no 
sul e derrota no Norte; 
- Expansão naval turca foi 
detida em Lepanto em 
1571; 
- União com Portugal 
(1580-1640); 
- Conquista das Filipinas 
(1565-1569). 
 
Batalha de Lepanto em 1571. 
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- Intervenção nas guerras 
religiosas na França e 
ataque naval à 
Inglaterra foram 
repelidos; 
- A dispersão da 
Invencível Armada 
(1588) e a ascensão de 
Henrique IV (1589) 
marcaram a derrota 
espanhola no norte. 
 
Derrota da Invencível Armada 
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Guerra dos Oitenta Anos (1568-1648): 
- Revolta nos Países Baixos: primeira 
revolução burguesa da história; 
- As economias eram complementares 
desde a Idade Média: Espanha exportava 
lã e metais preciosos e importava dos 
Países Baixos tecidos, ferragens, cereais e 
provisões navais. Flandres assegurava o 
cerco estratégico da França, era peça 
chave na supremacia dos Habsburgos. 
- Terminou com o reconhecimento da 
independência dos Países Baixos; 
- Enfraqueceu economicamente a Espanha 
e foi em parte responsável pelas 
bancarrotas espanholas nos séculos XVI e 
XVII; 
- Os Países Baixos emergiram da guerra 
como potências navais e econômicas. 
 
A Rendição de Breda (1625). 
Diego Velasquez, 1634-1635, 
Museu do Prado. 
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No final, o balanço do reinado de Felipe II no 
plano externo não foi tão ruim: 
a) O sul dos países baixos foi reconquistado; 
b) As frotas espanholas foram reconstituídas; 
c) E a monarquia francesa não se tornou 
protestante. 
 
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Já no plano interno, o panorama era mais sombrio: 
- A centralização administrativa não foi feita; 
- Perdeu-se a oportunidade de uma solução centralista 
com uma rebelião em Aragão em 1591; 
- Embarques recordes de prata entre 1590 e 1600; 
- Millones, imposto sobre os alimentos, foi decretado 
para cobrir as despesas de guerra; 
- Bancarrota em 1596; 
- Epidemia de Peste Negra em 1599. 
 
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Felipe III (1578-1621). Rei da 
Espanha entre 1598 e 1631). Diego 
Velasquez, século XVII 
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- Governo dominado pelo aristocrata 
Lerma; 
- Duas decisões importantes: 
 a) desvalorizações: criação do vellon 
de cobre, inflação; 
 b)expulsão dos mouros (1609-1610) - 
falta de mão de obra; 
- Mudança na relação com a América: 
América tornava-se autossuficiente 
em relação aos bens que antes 
vinham da Espanha; 
- Aristocracia americana crioula de 
base agrícola. As colônias precisavam 
de manufaturas mais sofisticadas que 
a Espanha não podia fornecer; 
- Comércio com a América cai 60% 
entre 1606-10 e 1646-50. 
 
Duque de Lerma 
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Miguel de Cervantes (1547-
1616) 
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Felipe IV (1605-1665) Rei da Espanha 
entre 1621 e 1665. Diego Velasquez, 
1644 
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- Governo dominado pelo Conde Duque 
Olivares; 
- Início da Guerra dos Trinta Anos (1618); 
- Êxito precoce no norte e fracassos no sul; 
- 1625: 300 mil homens às ordens de Felipe 
IV; 
- França entra no conflito em 1635. A 
França Bourbon absolutista derrota o 
absolutismo fraco espanhol; 
- p. 77: “Se, no século XVI, Carlos V e Felipe 
II se beneficiaram da fraqueza interna do 
estado francês, utilizando 
descontentamentos provinciais para 
invadir a própria França, invertiam-se 
agora os termos: um absolutismo francês 
maduro estava em condições de explorar 
a sedição aristocrática e o separatismo 
regional na península ibérica para invadir 
a Espanha. “ 
Conde Duque Olivares. Diego 
Velasquez, século XVII, Museu do 
Prado 
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- Bancarrota em 1627; 
- 1628: desvalorização do vellon em 50% ; 
- 1629-31: queda do comércio transatlântico; 
- 1640: galeões de prata deixaram de chegar da América; 
- Adoção de diversos expedientes para aumentar as receitas. Os custos ainda eram suportados 
por Castela; 
- Olivares propôs reforma em 1624. Acesso a cargos em troca de distribuição mais uniforme de 
responsabilidades fiscais e aceitação de leis unificadas; 
- Projeto para a criação de um exército de reserva comum em 1626; 
- Olivares ataca a França pela Catalunha em 1639 (Guerra dos Trinta Anos), forçando-a a 
guerra; 
- Revolta Catalã de 1640 (1640-1659): uniu todas as classes contra Castela e Catalunha torna-
se por dez anos protetorado francês; 
- Portugal rompe a união ibérica em 1640; 
- 1643: queda de Olivares; 
- 1647: Nápoles e Sicilia se libertam do domínio espanhol; 
- p. 80: “Este (o absolutismo espanhol) tinha se expandido demasiadorapidamente, cedo 
demais, graças à sua fortuna ultramarina, sem jamais ter consolidado as suas fundações 
metropolitanas”. 
 
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7 de junho de 1640, El Corpus de Sang, de Antoni Estruch 
(1907) 
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- Fronda (1648-1653) : iniciou em meio a guerra 
entre França e Espanha. Salvou a Catalunha e 
a Itália para a Espanha; 
- Mais quinze anos de guerras com desilusão 
das classes militares; 
 
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Carlos II, O Enfeitiçado (1661-1700) 
Rei da Espanha entre 1665 e 1700. 
Juan Carreño de Miranda, 1685, 
Viena. 
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- Último monarca da casa da Habsburgo; 
- 1688: Fim da Guerra da Restauração (1640-1688), que 
resultou na independência de Portugal; 
- 1679: perda do Franco Condado; 
- Retomada do poder pelos grandes nobres; 
- Maior depressão econômica do século: paralisação da 
indústria, colapso de moeda, retorno à troca direta, falta de 
alimentos e fome; 
- Em um século a população caiu de 8,5 para 7 milhões de 
habitantes. 
 
 
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 Guerra de Sucessão espanhola(1700-1715): 
além de disputa da França e do Sacro Império 
pela coroa espanhola envolveu uma guerra 
civil entre Castela (que apoiava a sucessão 
francesa) e Aragão (que apoiava a sucessão 
austríaca); 
 Terminou com o tratado de Utrech em 1713; 
 Instalação da dinastia Bourbon com Felipe V. 
Neto de Luís XIV (1700-1746). 
 
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Felipe V (1683-1746). Rei da Espanha 
entre 1700 e 1746. Jean Ranc , 1723, 
Museu do Prado. 
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- Criação de um estado unitário e centralizado no século XVIII; 
- Supressão dos particularismo em Aragão, Valência e 
Catalunha; 
- Sistema de intendentes reias para o governo uniforme das 
províncias; 
- Surgiu uma Espanha coesa; 
- Época de adoção de bandeira e hino; 
- Houve recuperação demográfica e extensão do cultivo de 
cereais; 
- Novo surto de prata no século XVIII, mas na ausência de 
indústria doméstica, beneficiou a França; 
- Capital era empregado em rendas públicas e terras. 
 
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Rei Fernando VI (1707-1759) Rei da 
Espanha entre 1746 e 1759. Luis-
Michel van Loo, século XVIII. 
Absolutismo Espanha 
Carlos III (1716-1788) Rei da Espanha 
entre 1759 e 1788. Anton Raphael 
Mengs, 1761, Museu do Prado. 
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Carlos IV (1748-1819). Rei da 
Espanha entre 1788 e 1808. 
Francisco Goya, 1789, Museu do 
Prado 
Absolutismo Espanha 
- Mesmo após as reformas, a autoridade do Estado 
se detinha no nível municipal; 
- Até a invasão napoleônica, mais da metade das 
cidades estava sob jurisdição senhorial ou 
clerical; 
- Senhorios: combinação de senhoria e 
propriedade, datava do século XII e durou até o 
fim do regime absolutista espanhol; 
- “O ancien régime preservou suas raízes feudais 
na Espanha até o dia de sua morte”.