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TRABALHO DE DIREITO DO TRABALHO -

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE CAMPINA GRANDE – ESTADO DA PARAÍBA.
ANDRE SACHS, brasileira, solteira, jornalista, portadora da cédula de identidade nº 11111 SSP/PB, inscrita no CPF/MF sob o nº 111.111.111-11, domiciliada na Rua Roberto Cavalcante Albuquerque, no bairro do Jardim Paulistano, Nº123, na cidade de Campina Grande/PB, do CEP: 11.111-111, endereço eletrônico: magnasantanaaraujo@gmail.com, através de seu advogado que esta subscreve, devidamente qualificado no instrumento procuratório que segue em anexo, com endereço profissional na Rua Monsenhor da Paz, nº 111, Mangueira, Campina Grande/PB, CEP:58-420-138, onde deverá receber intimações conforme artigo 106 do Código de Processo Civil, vem a Vossa Excelência para propor a presente: 
AÇÃO TRABALHISTA C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
Em face de MIRANDA PRISETLY, brasileira solteira, jornalista, inscrita no CPF sob o nº. 111.111.111-11, residente e domiciliada na Rua Antônio de Melo Filho, no bairro do Catolé, Nº1417 na de Campina Grande no estado da Paraíba, CEP: 58425-130, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
 
DA GRATUIDADE JUDICIAL
Ab initio, conforme disposto na lei 1050/0, em seu artigo 4º, com redação dada pela lei nº 7.510/86 o autor vem declarar, sob pena de lei, que não pode arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios, vez que se o fizesse, estaria prejudicando a sua qualidade de vida e de sua família, assim querendo benefícios da justiça gratuita.
DOS FATOS
 Andrea "Andy" Sachs é uma aspirante a jornalista que sai da Universidade Northwestern. Apesar de achar ridícula a superficialidade da indústria da moda, ela consegue um emprego que "um milhão de garotas se matariam para ter", ela se torna assistente pessoal júnior de Miranda Priestly, a editora-chefe da revista Runway. Andy planeja aguentar o tratamento arrogante, humilhante e um tanto que explorador, aproveitador, de Miranda por um ano, na esperança de conseguir um emprego como repórter ou escritora em outro lugar.
A Sra. Miranda possui características de um gestor centralizador, onde todas as coisas devem estar girando em torno de sua supra-vontade, sem cogitar se a mesma trará satisfação aos membros de sua equipe. Como visto em sala de aula, uma rede de comunicação, cujos canais são descentralizados, facilita este processo de satisfação, gerando benefícios a todo organização. Tais gestores não se preocupam com o Endomarketing de forma geral, pois, a satisfação do cliente interno é fator primordial para o sucesso de tal ferramenta. Um gestor que desenvolve suas competências de forma negativa, referente ao seu público interno, oprime seus colaboradores de uma forma que os mesmos rejeitam sua personalidade, a fim de satisfazerem o alto-ego de seu líder.
Miranda está impressionada com Andy e permite que ela seja a única a transitar entre sua casa e a sede da Runway com o "Livro", uma revisão da próxima edição da revista onde anotações e opiniões de Miranda estão avaliando as escolhas dos outros editores. Com o decorrer do tempo, Andy conquista a confiança plena de Miranda, sendo convidada por ela a ir para Paris, na semana da moda mais esperada no ano. A viagem originalmente era de Emily, mas que por motivos que desanimaram Miranda, fez com que ela perdesse a chance para Andy. Miranda obriga Andy a contar para Emily que não irá mais para Paris, mas está temendo o recado dela, não se sente confiante a fazer a ligação. Mesmo assim realiza a ligação sendo pressionada por sua chefe. Ao ligar para Emily, faz com que ela se distraia e seja atropelada. No hospital, conta a notícia para Emily que fica nervosa e se recusa a conversar com ela, a mandando ir embora. A decisão de Andrea de ir para Paris acaba piorando a real situação entre ela e Nate, e assim acabam decidindo por darem um tempo.
No entanto, como assistente pessoal de Miranda, Andrea vê-se forçada a suportar toda uma série de abusos, realizando tarefas como encomendar-lhe o almoço, tratar-lhe da roupa suja, fazer-se de motorista para a cadelinha, preparar-lhe as viagens… A funcionária é obrigada a estar disponível à chefe nas 24 horas do dia, sem jamais receber um elogio. Para piorar, a arrogante e insegura assistente Emily, que enxerga em Andrea uma ameaça ao seu emprego, lhe atribui críticas e menospreza suas habilidades – problemas a que todos estamos sujeitos, principalmente no início do emprego. Ao final Andrea consegue conquistá-la (outra habilidade necessária para manter o bom relacionamento interpessoal no dia-a-dia).
Diante do abuso de poder praticado por Miranda, Andrea acaba anulando sua vida pessoal na medida em que os pedidos da chefe, sempre emergenciais, tornam-se cada vez mais absurdos, a qualquer hora do dia ou da noite. Ela se adapta de tal forma que vive uma mudança radical, tanto física quanto comportamental.
Elas vão à Paris, e após uma semana cansativa, Andy encontra Miranda chorando sobre assuntos pessoais. Ao sair do quarto de hotel encontra Christian Thompson, que passa uma noite com ela. Na manhã seguinte ao encontrar a próxima edição da Runway no quarto, ela questiona Christian sobre o conteúdo da capa. Sem ressentimentos, Christian revela que Miranda sairá da Runway e será substituída por sua "inimiga" Jacqueline Follet. Desesperada, Andy corre pelas ruas de Paris a procura de Miranda para avisa-lá sobre o que irá acontecer. Andy a encontra no hotel conversando com o diretor da editora da Runway, mas ao tentar falar com ela é expulsa por Miranda.
Na festa onde Jacqueline assumirá o papel de Miranda, na hora do discurso anunciando a nova editora chefe da Runway, surpreendentemente Miranda é chamada para anunciar Jacqueline como sócia do estilista James Holt, deixando Andy impressionada. No caminho de volta para o hotel Miranda questiona Andy sobre o que ela queria falar e a elogia pela confiança. 
DO DIREITO
	Do pedido de Dano moral na esfera trabalhista:
É a Justiça do Trabalho competente a julgar, também, o pedido de indenização por danos morais, quando esta advém de relação de emprego. Esta por sinal, é a orientação da nossa lei Maior em seu artigo 144, ins verbis:
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho conciliar e julgar os dissídios individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores, abrangidos os entes de direito público externo da administração pública direta e indireta dos Municípios, do Distrito Federal, dos Estados e da União, e, na forma da lei, outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, bem como os litígios que tenham origem no cumprimento de suas próprias sentenças, inclusive coletivas.
	A leitura do artigo citado, depreende-se que o legislador constituinte foi bastante claro ao delegar à Justiça do Trabalho a competência para julgar toda e qualquer questão atinente ao binômio empregador-empregado, mormente aos que possuem reflexo, causando efeitos na esfera patrimonial de ambas as partes.
	O Reclamante foi submetido ao sofrimento pelo desvio de função, uma vez que exercia tarefas muito aquém da sua qualificação profissional e o cargo para o qual foi contratado, sendo obrigado pela Reclamada a executar serviços de limpeza, cargas e descargas de materiais, , o que indiscutivelmente, acarretava-lhe o constrangimento pessoal, afrontando assim o seu equilíbrio emocional e atingindo a sua esfera moral. Vejamos o que expressa o disposto no artigo 468 da CLT:
“Artigo. 468 – Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.”
A Reclamada exerceu os limites do jus variandi, incorrendo em abuso de poder, ao submeter o Reclamante ao exercício de atividades incompatíveis com o cargo para o qual foi contratado, sem existir qualquer embasamento legal para legitimar a alteração nas condições do seu contrato de trabalho.
Em razão da alteração
contratual lesiva quanto à qualificação profissional do Reclamante, restou caracterizado o ato ilícito praticado pela Reclamada e evidenciado o constrangimento moral sofrido pelo Reclamante, ensejador da indenização por danos morais.
É oportuno salientar que a ideia inicial acerca do que seria o dano moral aponta para um aspecto de dor, de sofrimento, de perda não material que alguém sofre por ato ou omissão, culposo ou doloso, praticado por outrem, contrário ao direito.
E, efetivamente, o dano se traduz como uma consequência do ato ilícito praticado por outrem, lesionando um bem da vida material ou imaterial, este, em suas vertentes corpóreas, moral ou intelectual. Daí a configuração dos danos patrimoniais ou materiais e dos não patrimoniais ou morais.
Dano moral é a lesão à esfera íntima da pessoa, aos seus valores, às suas concepções e crenças, à sua individualidade como ser humano íntegro, dotado de existencialidade corpórea, sensibilidade, razão e paixão. Essa ofensa traduz, em suma, uma violência aos direitos da personalidade. 
O art. 186 do Código Civil Brasileiro, norma à qual o Direito do Trabalho pode se reportar, por expressa disposição contida no art. 8º da Consolidação das Leis do Trabalho, define o que seja ato ilícito causador de um dano.
A verificação da culpa e a avaliação da responsabilidade regula-se pelo disposto nesse Código, arts. 927 a 954.
É preciso, para a reparação do dano, que o ato seja contrário ao direito, ou seja, viole o direito de outrem; ou, então, que, ainda que não se configure em uma violação de direito, cause-lhe prejuízo, porque, na lição dePontes de Miranda, sem contrariedade a direito não há ilicitude. 
Ainda de conformidade com Pontes de Miranda, a culpa é elemento inconfundível com a contrariedade a direito. Ela é um plus no suporte fático. Para ele, tem culpa aquele que atua, positivamente ou negativamente, como causa evitável de algum dano, ou infração. Alerta ainda para a pouca importância que existe em direito privado da distinção entre dolo e culpa, notadamente, na análise do art. 186 do Código Civil, o qual impõe a reparação do dano qualquer que seja a culpa. O princípio geral, a respeito do ato ilícito, é o de que toda culpa, inclusive a leve, obriga à reparação, cabendo à lei abrir as exceções.  
Nesse sentido corrobora com esse entendimento a seguinte jurisprudência da Corte Superior Trabalhista:
"QUALIFICAÇÃO CONTRATUAL - CARGO TÉCNICO - REBAIXAMENTO DE FUNÇÕES - DIMINUIÇÃO MORAL. A qualificação exata do empregado mede-se pelo efetivo exercício de um mister, nenhuma influência desempenhando o rótulo que se lhe atribua. Distingue-se o cargo técnico pela especialização das suas funções, ausência de autoridade e representação dos interesses patronais, além de se não referir a guarda de haveres. Constitui lesão ao ajuste laboral a alteração das funções habitualmente exercidas pelo empregado, com evidente diminuição moral deste", (...) A legislação trabalhista, na sua essência, não preserva apenas a estabilidade econômica do trabalhador, mas sua dignidade e integridade profissional, pois do contrário o diploma consolidado não seria uma concertação jurídica para reduzir o desequilíbrio das partes na relação de emprego. Incidência dos artigos 9° e 468 da CLT. Recurso conhecido e provido.”
DO PEDIDO
Isso posto, a autora, com devido apreço, requer a Vossa Excelência:
a) a concessão da justiça gratuita nos termos dos requerimentos preliminares;
b) a condenação da Reclamada, após a integração ao salário do Reclamante das diferenças salariais pleiteadas, ao pagamento ao Reclamante, das horas extraordinárias laboradas não pagas que excederem da 44ª (quadragésima quarta) hora semanal ou 8ª hora diária, além dos adicionais respectivos, na forma da lei. E ainda, as horas extras por sua habitualidade, devem ser consideradas com reflexos e integrações para o cálculo do aviso prévio, férias acrescidas de 1/3 constitucional, referentes ao período de todo pacto laboral, descrito no item III desta, além de 13º salários proporcionais, DSR’s, descansos remunerados trabalhados e FGTS, consoante os Enunciados 151, 45, 172 e 63, todos do TST, tudo atualizado na forma da lei com juros e correção monetária.
c) a condenação da Reclamada ao pagamento das diárias, e adicionais de transferências, referentes as viagens constantes para a execução de serviços nas cidades do interior do Estado.
d) a condenação da Reclamada ao pagamento de indenização das diferenças salariais geradas pelo desvio de função, em conformidade com a robusta jurisprudência aqui disposta, e seus reflexos no FGTS, Férias Proporcionais, Aviso Prévio, 13º Salário proporcional, DSR's, devidamente atualizados;
e) a condenação da Reclamada ao pagamento de indenização pelo dano moral proporcionado pelo desvio de função que causou ao Reclamado constrangimento moral, sofrimento e lesão na sua esfera intima e pessoal, bem como, a evidente diminuição moral perante os círculos de convivência, seja da classe profissional, social ou familiar, em conformidade com o entendimento doutrinário já pacificado, e jurisprudencial aqui disposto, evitando, de forma didática, a continuidade do ato lesivo pela Reclamada na seara trabalhista, valor mínimo de R$ 10.000,00 (dez mil reais);
f) a condenação da Reclamada ao pagamento do adicional de insalubridade e seus reflexos no FGTS, Férias Proporcionais, Aviso Prévio, 13º Salário proporcional, DSR's, devidamente atualizados;
g) a juntada de prova pericial emprestada, caso a Reclamada já disponha, observando o Princípio da Economia e Celeridade Processual, esperando seja a mesma considerada, tendo em vista as jurisprudências já citadas;
Protesta-se e requer-se provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidos, em especial o depoimento pessoal, testemunhas e perícia documental.
Dar-se-á causa o valor de R$ 30.000,00 (Trinta Mil reais)
CAMPINA GRANDE/PB, 22 DE MAIO DE 2019.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
MAGNA SANT ANA ARAÚJO
OAB/PB...

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