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EDUCAÇÃO ESPECIAL PEDAGOGIA – PROF. ANA ELISABETE LOPES Aula 3 Educação Inclusiva: princípios e desafios. OBJETIVO DA AULA: - Reconhecer os pressupostos da educação inclusiva. - Caracterizar o aluno do AEE- Atendimento Educacional Especializado. - Identificar a dinâmica de trabalho educaional na perspectiva da inclusão. - Discutir a importância da parceria escola, família, comunidade na perspectiva da educação inclusiva. Introduzir os fundamentos teóricos e metodológicos da Educação Especial identificando as abordagens, estratégias e suportes INCLUSÃO - Contexto educacional brasileiro- Década de 90/2000- nova postura da escola e da sociedade - Inclusão e o paradigma de suporte- escola regular deve propor ações que favoreçam a inclusão de todos os alunos. - Necessidade de oferecer apoio e suporte para alunos e professores no contexto da escola inclusiva. - Valorização da diversidade e respeito em relação às diferenças de todos os tipos. História da Educação Especial no Brasil: Décadas de 60 e 70- • surgimento, ainda que reduzido, de políticas públicas que procuravam garantir e orientar o trabalho neste campo. • Lei de Diretrizes e Bases- LDB (Lei nº 4024/61) fica explícita a preocupação do poder público com a educação especial no país. • Lei nº 5692/71 introduz a visão tecnicista em relação ao aluno com deficiência no contexto escolar e sugere a implementação de técnicas e serviços especializados para seu atendimento. • 1973- Criação do Conselho Nacional de Educação Especial - CENESP- com o objetivo de funcionar como representação do poder público neste campo. • Décadas de 80/90- • Projetos educacionais mais inclusivos • Paradigma de suporte e o debate sobre a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade. • Criação de iniciativas mais pontuais em relação à necessidade de se criar mecanismos de inclusão no sistema educacional encontram apoio e subsídios nas idéias levantadas por diferentes movimentos sociais, documentos e leis. • Mobilização da sociedade em relação à necessidade de garantir o direito de todos à educação e ao exercício da cidadania. • Constituição Federal de 1988- recomenda o “atendimento educacional especializado preferencialmente na rede regular de ensino” (art.208) e Declaração de Salamanca, Espanha, 1994. Declaração de Salamanca- 1994 • Redigida por cerca de cem países reunidos em conferência internacional apoiada pela UNESCO, realizada em Salamanca, na Espanha, • Importante marco na luta pelos direitos humanos, pela igualdade de oportunidades para todas as pessoas e pela participação social efetiva da pessoa com deficiência como cidadão. • Após a Declaração de Salamanca- movimento de educação inclusiva ganha força; vários países passam a orientar suas ações tendo como base os princípios e as propostas redigidas e assinadas em comum acordo; defendem a idéia de que o sistema educacional deve organizar-se de forma a atender a todos os alunos; segregação de alunos em instituições especializadas não é recomendado. Perspectiva da Inclusão: • A escola deverá utilizar recursos, programas, serviços e tecnologias disponíveis para todos os alunos, adaptando o currículo, apenas quando necessário, para atender aos alunos com necessidades especiais. • Responsabilidade do sistema educacional e das instituições escolares a criação dos suportes para viabilizar o acesso ao currículo e a quebra de barreiras que impeçam ou dificultem o aprendizado de todos os alunos. • A partir da décadas de 90- • Transformações no sistema educacional brasileiro. • Parâmetros Curriculares Nacionais (1998)- reafirmam a intenção do governo em trabalhar neste sentido, e também as orientações do MEC e da Secretaria de Educação Especial, que determinam “o direito ao acesso ao ensino público, preferencialmente na rede regular de ensino, a toda e qualquer criança com necessidades educacionais especiais”. • O governo procura implementar a educação inclusiva, através das políticas educacionais instituídas, por meio da legislação (Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 9.394/96; Lei 7.853/89), de documentos norteadores (Resolução do CNE/CEB nº 2/2001 que institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, entre outros) e de ações, que procuram garantir o acesso e permanência do aluno com necessidades educacionais especiais no ensino comum. • Parecer CNE/CEB nº 13/2009- trata das “Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial” – A.E.E. • AEE- Atendimento Educacional Especializado- deve ser oferecido a este aluno de forma complementar ao ensino comum, em turno inverso ao da escolarização, com o objetivo de garantir seu acesso à educação comum e de disponibilizar os serviços, apoios e recursos que complementam a formação deste aluno nas classes comuns da rede regular de ensino. Processo de inclusão social requer: • Mobilização dos diferentes setores da sociedade para oferecer suportes sociais, econômicos, físicos, instrumentais • Garantia do acesso imediato e irrestrito da pessoa com deficiência a todo e qualquer recurso da comunidade. • Mobilização subjetiva e a conscientização da própria pessoa que tem alguma deficiência para que lute pelos seus direitos e por condições de vida menos segregadas socialmente. • Criação de condições favoráveis para seu aprendizado e desenvolvimento psicossocial. • Mudança de percepção e proposta- foco não é a deficiência da pessoa, mas as formas e condições de aprendizagem que deverão ser proporcionadas pela escola, com a mediação do educador, para que o aluno obtenha sucesso escolar. Inclusão no contexto educacional: • Educação é para todos. • A escola deverá se adaptar às particularidades de todos os alunos para concretizar a metáfora do caleidoscópio- inclusão escolar é comparada à forma de organização de um caleidoscópio, onde a diversidade de seus fragmentos em movimento cria composições únicas e harmônicas. • Metáfora do caleidoscópio- nos faz pensar sobre a riqueza do trabalho que pode ser desenvolvido em grupos heterogêneos, onde o convívio com a diversidade humana e a diferença é valorizado e desejado como um meio de se ampliar as experiências interpessoais e de mobilizar diversificadas formas de construção de conhecimento e de interação social.
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