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Competências do Estado em Atividades Ilícitas em Navios

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UNIVERSIDADE PAULISTA
ARIANNE GEOVANNA GUIMARÃES BATISTA
AS COMPETÊNCIAS DO ESTADO
Em relação a prática de atividades ilícitas por navios, segundo a convenção de Montego
 
GOIÂNIA 
2019
1 Introdução
A crescente inserção do Brasil no contexto de país atuante no tráfico internacional de mercadorias e transporte de pessoas através do mar faz com que também aumentem os conflitos no âmbito criminal que interessam a este país enquanto nação soberana. Ademais, tais querelas têm trazido à baila questões atinentes à aplicação da lei penal brasileira quando da ocorrência de um crime a bordo de embarcações envolvendo o interesse a dois ou mais Estados. Desta forma, pretende-se analisar a legislação pátria atinente a esta questão, com o intuito de esclarecer eventuais dúvidas existentes quanto à aplicação do direito penal brasileiro aos delitos cometidos dentro do espaço marítimo.
É notório que a jurisdição em matéria penal deriva do poder de soberania que os Estados possuem sobre seu próprio território. Entretanto, com a globalização, o Brasil encontra-se cada vez mais inserido no comércio internacional de mercadorias e transporte de pessoas pelo mar, havendo a existência de casos em que um crime cometido a bordo de uma embarcação interessa a dois ou mais países. É o fenômeno que alguns doutrinadores classificam como internacionalização do delito.
2 Análise da Convenção
A Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar tem por objeto principal a definição de normas jurídicas para os mares e oceanos, a serem respeitadas por todos os países signatários da Convenção, com vistas ao fortalecimento da paz, da segurança e da cooperação pacífica entre as Nações, de conformidade com os princípios de justiça e de igualdade de direitos e pretendendo a promoção econômica e social de todos os povos.
Levando em consideração a soberania dos Estados, a Convenção estabeleceu o Regime Jurídico relativo ao mar territorial, a zona contígua, e a zona econômica exclusiva. Definiu também normas relativas a estreitos utilizados para navegações, águas dos arquipélagos-estados e outras situações, que não serão tratadas neste estudo por fugirem ao seu objeto.
A “Constituição do Mar”, normatiza todos os aspectos do universo marítimo, inclusive delimitação das fronteiras, regulamentos ambientais, investigação científica, comércio e resolução dos conflitos internacionais envolvendo questões marinhas. A Convenção é, ademais, importante fator de sustentabilidade dos espaços oceânicos.
Os oceanos, ao mesmo tempo em que se firmaram como fundamental elo entre povos, elemento de integração econômica e cultural, novo horizonte de oportunidades e riquezas, também foram o palco de conflitos, disputas, acidentes, limitações e afastamentos, constituindo-se, paradoxalmente, em uma defesa natural dos estados costeiros e em meio de aproximação com nações distantes.
O nosso País, a despeito das imensas riquezas emersas em seu vasto território, tem se conscientizado, cada vez mais, da sua grande dependência do mar. Ele é a principal porta de comércio exterior, com mais de 90% de entrada e saída de mercadorias. Dele, também advém a esperança de um novo capítulo na busca incessante pela autossuficiência de produção de petróleo e gás.
Reconhecemos o grande valor e a importância de nossa Plataforma Continental. É inquestionável a prioridade nacional quanto às questões de aproveitamento dos recursos de nossos solo e subsolo marinhos. Entretanto, não se pode descartar a possibilidade de descobertas em regiões que ultrapassem esse limite, e de que, com o passar do tempo e o notável avanço tecnológico, a exploração de tais regiões torne-se cada vez mais economicamente viável e ambientalmente sustentável. Também por isso, é relevante a regulação de atividades dessa natureza no Alto Mar e nos Fundos Oceânicos da Área. Eis mais uma razão da necessidade de um Poder Marítimo (e, mais especificamente, de um Poder Naval) compatível com nossa grandeza e anseios.
 A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (Convenção da Jamaica ou Convenção de Montego Bay), de 10 de dezembro de 1982, está completando trinta e sete anos, nos quais contribuiu para a caracterização dos novos limites dos espaços marítimos. Num só documento – ao contrário das normas genebrinas que a antecederam –, a Convenção compreende um Preâmbulo, 17 Partes e nove Anexos, além da Ata Final da Conferência (III Conferência) da ONU sobre a matéria. Dispõe a Convenção sobre mar territorial e zona contígua, zona econômica exclusiva, plataforma continental, alto-mar, estreitos utilizados para a navegação internacional, estados arquipélagos, ilhas, mares fechados ou semifechados, área, estados sem litoral, proteção e preservação do meio ambiente, investigação científica marinha e solução de controvérsias, além de disposições gerais e disposições finais.
Para o Brasil, é importante ressaltar que o Decreto nº 1.530, de 22 de junho de 1995, declarou a entrada em vigor da Convenção, a partir de 16 de novembro de 1994, com fundamento na ratificação brasileira de 22 de dezembro de 1988, a que se seguiu a lei nacional sobre a matéria (Lei nº 8.617, de 4 de janeiro de 1993), com base na ratificação de 1988.
A Convenção apresenta aspectos positivos, como os constantes de seu Preâmbulo (soberania, cooperação, justiça, meios pacíficos, equidade, segurança, igualdade de direitos, proteção ambiental, investigação científica), em suas Disposições Gerais (ordem econômica internacionalmente justa, uso pacífico dos mares) e em suas Disposições Finais (declarações interpretativas, denúncia), sem esquecer o sucesso na delimitação de espaços marinhos (principalmente mar territorial, zona contígua, zona econômica exclusiva e plataforma continental). Apresenta, todavia, aspectos negativos, traduzindo, na prática, a hegemonia dos países centrais (essencialmente quanto ao problema de quotas de capturas na zona econômica exclusiva e na intrigante noção de patrimônio comum da humanidade referente à Área), a que se aliam decisões por mero consenso, em vez do voto democrático, o que enfraquece os interesses dos países periféricos, muitos dos quais, hoje, emergentes [como aqueles que compõem blocos como o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e o BASIC (Brasil, África do Sul, Índia e China)], os quais repudiam diferenças de tratamento e lutam por um equilíbrio estrutural e operacional. Vale ressaltar que a Convenção de 1982 não se refere de modo expresso aos canais, que são vias artificiais de comunicação entre dois mares, podendo ser encontrar no território de apenas um Estado ou entre os territórios de dois ou mais Estados, com o fim de facilitar a navegação. Regra geral, estão submetidos à soberania do Estado ou Estados que atravessam, mas, na prática, os mais importantes estão subordinados a regimes internacionais (servidões de passagem).
Os espaços marítimos foram definidos na Convenção de Montego Bay de 1982 e, por isso, será fonte utilizada nesta pesquisa cujo objetivo não é tão-somente apresentar as regras de delimitação dos espaços marítimos, mas também a extensão da jurisdição nos mesmos, com relação ao trabalho do marítimo. Hoje são 153 os países que ratificaram a Convenção sobre Direito do Mar. Sua importância foi posta em relevo pela jurisprudência internacional em decisões de litígios a respeito da delimitação desses espaços e, também dos limites à jurisdição do Estado costeiro.6 Os Estados-Partes e os não signatários da Convenção de Montego Bay de 1982 respeitam essas delimitações legais, para preservação do meio ambiente, na solução de conflitos da jurisdição dos Estados. Verifica-se, a necessidade dessas disposições legais, para saber quais os espaços marítimos são pertencentes a cada Estado. Nas disposições legais da Convenção de Montego Bay de 1982 é possível delimitar o espaço territorial marítimo e, assim, os Estado podem exercer seus poderes soberanos dentro da sua extensão. A Constituição Federalde 1988 no inciso VI, do artigo 20 dispõe que o mar territorial é um bem da União.7 E, no inciso I do artigo 22, que compete privativamente à União legislar sobre direito marítimo e do trabalho e, ainda no inciso X do mesmo artigo, ao regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima.8 Desse modo, será possível aplicar as leis nacionais quando houver irregularidades na esfera penal, civil ou trabalhista nos espaços marítimos territoriais nacionais, que será competência da Justiça Brasileira decidir no caso. 
A Convenção de Montego Bay traz dispositivos quanto à jurisdição penal e civil a bordo de navio estrangeiro, nos artigos 279 e 2810 . Ainda que não haja na Convenção dispositivos específicos, para os conflitos existentes nas questões trabalhistas dos marítimos que laboram em espaços territoriais brasileiros, a mesma torna-se importante na definição dos espaços territoriais marítimos dos Estados, objeto do presente artigo, uma vez que seja necessário ao tripulante saber em que local deve recorrer. 
No Brasil, nos casos de irregularidades relativas as questões trabalhistas dos marítimos, preconiza-se pela competência da Justiça do Trabalho no entanto, o alto-mar não pertence a nenhum Estado. É res communis usus para os Estados. A liberdade, nessa parte, é indiscutível, e os Estados podem navegar, pescar, colocar cabos e oleodutos submarinos, construir ilhas artificiais, sobrevoar - tudo exclusivamente com fins pacíficos.
2.1 Direitos e Deveres do estado, seu princípio básico
 Os direitos decorrem do próprio ato de existência soberana do Estado. Assim, por ela o Estado exerce a soberania que se exterioriza na autodeterminação interna, na proteção territorial contra invasão e agressão, na jurisdição, na sua personalidade jurídica internacional (produção de atos jurídicos internacionais, responsabilização por atos ilícitos internos e externos, acesso ao contencioso internacional, participar das organizações internacionais e estabelecer relações diplomáticas). Contudo, é importante destacar que há sérias divergências entre leis nacionais e internacionais referentes ao assunto em epígrafe, pois, em cada caso específico considerar-se-á, dependendo da casuística, o local da contratação ou o local da prestação do serviço ou a nacionalidade da empresa contrante ou o Estado da bandeira do navio (lei da matrícula ou do pavilhão).
A Convenção de Montego Bay, no artigo 19 definiu o que é passagem inofensiva: “[…] é inofensiva desde que não seja prejudicial à paz, à boa ordem ou à segurança do Estado costeiro. A passagem deve efectuar-se de conformidade com a presente Convenção e demais normas de direito internacional”. Quanto aos direitos e proteção do Estado costeiro o artigo 25 da Convenção de Montego Bay dispõe: 
O Estado costeiro pode tomar, no seu mar territorial, as medidas necessárias para impedir toda a passagem que não seja inofensiva. 2. No caso de navios que se dirijam as águas interiores ou a escala numa instalação portuária situada fora das águas interiores, o Estado costeiro tem igualmente o direito de adoptar as medidas necessárias para impedir qualquer violação das condições a que está sujeita a admissão desses navios nessas águas interiores ou nessa instalação portuária.[…]
Nesse sentido, observa-se os aspectos legais de proteção dos Estados costeiros e preservação do meio ambiente, no que diz respeito aos marítimos que laboram nas embarcações e, em espaços marítimos diversos, pelos seus direitos de subsistência a bordo, como a garantia dos seus direitos. Observa-se também, nos espaços marítimos, a importância do estabelecimento de normas de mútuo respeito entre os Estados, para não existirem conflitos e, caso haja, preconiza-se pela solução dos mesmos.
Juridicamente, quanto ao regime da zona econômica exclusiva, destaca-se sua característica sui generis, que é diferente do regime do mar territorial, do altomar e da plataforma continental, designa para os Estados costeiros, bem como a outros Estados competências específicas, que representam um compromisso jurídico-político entre todos os Estados envolvidos, na celebração da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
No que diz respeito à extensão da jurisdição do Estado nos espaços marítimos, a Justiça Trabalhista Brasileira tem julgado casos de marítimos estrangeiros e brasileiros, que laboram em navios mercantes com bandeira estrangeira, uma vez que trabalham em espaços marítimos territoriais brasileiros. Isso acontece, porque um navio mercante estrangeiro em águas territoriais brasileiras estará sujeito aos regulamentos estabelecidos pelo Governo Brasileiro. No Brasil, pois, o juízo competente nas questões trabalhistas dos marítimos não é o do Estado da bandeira do navio. Dessa forma, a extensão da jurisdição Brasileira nos espaços territoriais brasileiros marítimos, por meio da Justiça do Trabalho influencia nas relações jurídicas marítimas internacionais, a partir do momento que tem evitado o registro da bandeira das embarcações em países com menos direitos trabalhista. Dessa forma, tanto faz no espaço territorial marítimo brasileiro um navio mercante ter o registro do navio num outro país ou não, porque se o navio quiser continuar em território brasileiro terá obedecer às normas brasileiras e, no caso de qualquer irregularidade, que afete o Estado será julgado pela Justiça Brasileira. Na Justiça do Trabalho Brasileira prevalecem princípios como o da norma mais favorável ao trabalhador49 e o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana50 e, nesse sentido, preconiza-se, pelos direitos inalienáveis do marítimo nas relações de trabalho dos brasileiros e estrangeiros em espaços marítimos territoriais brasileiros. Assim, o poder soberano do Estado 51 Brasileiro tem influenciado o mundo, por meio dessas decisões que são da competência da Justiça do Trabalho.
2.2 Distinção entre Soberania, Jurisdição e Competência
Antes de se prosseguir, é mister realizar-se, neste momento, a diferenciação entre soberania, jurisdição e competência. Por Soberania, entende-se o poder político supremo e independente de um Estado em relação aos demais países, e supremo dentro do próprio Estado. Entretanto, tal poder soberano de um Estado relativamente ao seu mar territorial não é absoluto, em virtude do direito de passagem inocente que os outros estados possuem nesta zona de mar.
Já a Jurisdição pode ser definida como o poder/dever conferido ao Estado para solucionar, de forma quase monopolizada (o direito brasileiro admite a autotutela ou a autodefesa em alguns casos excepcionais), os conflitos de interesses surgidos em seu território.
Por sua vez, Competência é o fracionamento da jurisdição, com divisão de trabalhos delegados a cada órgão do poder estatal encarregado da solução do conflito de interesses.
Desta forma, pode-se dizer, por conseguinte, que Competência é uma parcela da Jurisdição que, por sua vez, é parcela do Poder Soberano.
É de suma importância averiguar o Lugar do Crime, em virtude do princípio da territorialidade, a lei penal brasileira incide sobre todas as infrações penais cometidas dentro do território nacional.
Todavia, para que se aplique a regra da territorialidade, é necessário que se esclareça qual é o lugar do crime. Neste sentido, o Brasil adota a teoria da ubiquidade, para a qual o lugar do delito pode tanto ser o local da conduta criminosa quanto o local do resultado, conforme declara o art. 6º do CP, in verbis: "Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado."
Com essa teoria adotada pelo legislador brasileiro evita-se um possível conflito negativo de jurisdição e dá-se uma solução aos crimes cuja ocorrência se inicia em um local e consuma-se em outro.
Além disso, a regra non bis in idem, que evita a possibilidade de duplicidade de julgamento, encontra-se prevista no art. 8º do Código Penal, que determina: "A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena impostano Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas."
 Conclusão
 O Direito do Mar é uma conquista civilizacional da humanidade e a sistematização do direito internacional do Mar a partir da Convenção das Nações Unidas com a estruturação de um conjunto de institutos e mecanismos normativos com base internacional representa grande avanço nas relações internacionais institucionalizadas sob o manto do direito e da juridicidade. Nesse diapasão, da mesma forma que se dá a legitimação positivada de regras costumeiras, uma das mais importantes conquistas e que representam um avanço considerável nessa seara foi justamente o processo de jurisdicionalização do direito internacional com a institucionalização de instituições dotadas de poder julgador e de pacificar conflitos à luz do Direito. O Tribunal Internacional do Direito do Mar, como instituição de caráter universal, contribui para a sedimentação do direito internacional do Mar à medida que é o responsável por dar a ela segurança jurídica e garantir a uniformidade na aplicação e interpretação de seus dispositivos. Nesse sentido, o funcionamento do Tribunal e o exercício de suas competências decisórias de caráter obrigatório e definitivo.
A análise dos casos apresentados perante o Tribunal Internacional do Direito do Mar demonstram concretamente que a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar repercutiu nas relações entre os Estados, no sentido da consciência no cumprimento de seus dispositivos e, ainda, na fiscalização da aplicação dessas regras, tendo no Tribunal a garantia de sua efetividade e eficácia. 
As discussões têm envolvido vários temas disciplinados pela Convenção e sistematizados em seu texto normativo, como plataforma continental, atividades na Área, zona econômica exclusiva, mar territorial e atividades de conservação, entre outros temas e institutos, o que denota compreensão de sua totalidade, de regras disciplinadas pela Convenção de Montego Bay e seus mecanismos, valendo ressaltar que não são exatamente lacunas, mas compõe a diversidade de interpretações sobre as regras pelos sujeitos, diversidade que é também expressão da multiplicidade civilizacional desses mesmos sujeitos e das escolas jurídicas que possuem. O Tribunal tem dado respostas efetivas a essas inquietações e garantido a unidade e coerência interpretativa sobre a matéria. Assim, a atribuição de direitos pela Convenção, aliada à atividade jurisdicional do Tribunal, faz com que o sistema de direito internacional do Mar se concretize e impacte no quadro jurídico e sistêmico do direito internacional como tema fundamental, especialmente no cenário contemporâneo, que exige novos e mais efetivos mecanismos para tutela jurídica dos direitos que são construídos pela e para a humanidade.
 Se o mar é visto muitas vezes como um espaço estratégico de afirmação da soberania para os Estados, é importante que estes reconheçam, em razão da sistematização de um direito global sobre Direito do Mar, a soberania do Direito, não como uma expressão de um xenofobismo estatal ou de um nacionalismo vazio, mas como uma estratégia de afirmação de seus direitos perante outros Estados para o uso compartido do mar dentro de um marco jurídico e de juridicidade. Por isso, conhecer os mecanismos e entender como funcionam é fundamental para a defesa dos seus interesses no contexto de um novo Direito, que se universaliza, em que a soberania do Estado reside no reconhecimento do direito internacional e na utilização dos seus mecanismos para a preservação de um ideal comum de paz da humanidade.
Referências Bibliográficas 
https://lmonteiro.jusbrasil.com.br/artigos/178638138/corte-internacional-de-justica
https://nacoesunidas.org/
http://www.ilo.org/brasilia/lang--pt/index.htm
https://www.editorajc.com.br/a-competencia-dos-poderes-concedentes-dos-estados -parte-1/

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