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CONTESTAÇÃO MARIO DE ANDRADE

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ESCELENTISSIMO JUIZ DA 9ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE SÃO LUIS – MA 
PROTOCOLO N° 00009-09.2018.9.9.0099
MACUNAIMA LTDA., já qualificada, representada por seu advogado, com endereço profissional completo, para atos de comunicação processual, conforme ato procuratório inclusivo, vêm apresentar, CONTESTAÇÃO, com fundamento no art. 847 – CLT, face a reclamatória trabalhista proposta por MARIO DE ANDRADE, também já qualificado, e o faz pelas razões de fato e de direito a seguir expostos: 
I – DAS RAZÕES DE FATO E DE DIREITO 
 O Reclamante afirma ter sido admitido na empresa reclamada em 21/08/2008, tendo sido demitido em 19/03/2018, na condição vendedor externo, com remuneração correspondente R$ 3.000,00. A reclamação trabalhista foi proposta em 27/02/2018.
1 – PREJUDICIAL DE MERITO – DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL 
O Reclamante requer a condenação da reclamada ao pagamento das verbas trabalhistas e rescisórias, principalmente em relação as supostas horas extras prestadas durante o contrato, que compreendeu o período de 21/08/2008 a 19/03/2018.
Contudo, o reclamante ajuizou a reclamação trabalhista em 30/04/2017, e conforme o art. 7º, XXIX da CF, cabe arguir a prescrição quinquenal da pretensão do Reclamante, tendo em vista que o referido artigo retrata que o prazo prescricional é de cinco anos (contados da data do ajuizamento da ação) para créditos resultantes da relação de trabalho, bem como o art. 11 da CLT e a súmula 308, I do TST. Tornando assim, prescritas as verbas anteriores 15/08/2013.
Desta forma, fica exposto que estão prescritas as parcelas anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação. Sendo assim, requer que seja acolhida a prescrição quinquenal das verbas trabalhistas, quanto às parcelas anteriores a 15/08/2013, extinguindo, assim, o processo com resolução do mérito. 
II – DO MERITO 
1 – DA ESTABILIDADE PROVISORIA 
O reclamante alegou gozar estabilidade provisória, pois o mesmo havia sido eleito como dirigente do Sindicato dos Farmacêuticos, e mesmo assim havia dispensado sem justa causa em 19/03/18, ou seja, durante a vigência da sua estabilidade. 
Nesse caso, excelência, importante vislumbrar que sua argumentação é equivocada, pois o mesmo trabalhava como vendedor externo e devido a isso lhe é tirado a garantia provisória. E tendo em vista que o empregado de categoria diferenciada for eleito dirigente sindical, o mesmo só gozará de estabilidade se exercer na empresa atividade pertinente a categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente, o que não é o caso do reclamante. Sendo assim, importa destacar os fundamentos trazidos pelo art. 369, inciso III do TST.
Posto isso, requer a improcedência da garantia provisória, tendo em vista que vendedor externo não é integrado no sindicado dos farmacêuticos.
 2 - EQUIPARAÇÃO SALARIAL
O reclamante dispõe na reclamação trabalhista que substituiu o gerente da empresa, quando este se afastou por 2 dias para tratamento de saúde, porém não teve qualquer alteração do salário e por isso afirma que possui o direito a salario substituição. 
É notável destacar que a participação do reclamante no que tange a substituição do gerente se prolongou por apenas dois dias, tornando-se, assim, substituição meramente eventual e não gera direito à salário substituição, assim sendo expressamente destacada na súmula: 159 do TST e com entendimento do art. 450 da CLT.
Sendo assim, pede a improcedência da equiparação salarial, uma vez que as diretrizes exigidas na lei não são atendidas no caso do reclamante.
 3 – DA DEVOLUÇÃO DE DESCONTOS RELATIVOS AO PLANO DE SAUDE 
O reclamante, na admissão no trabalho, assinou contrato de adesão ao plano de saúde empresarial e ainda indicou dependentes, que por sua vez alegou que os descontos relativos aos valores ao pano de saúde são indevidos e requer a devolução dos valores.
Diante disso, é notório destacar os fundamentos relativos a esse impasse, que por sua vez está relacionada a autorização previa e escrita do reclamante no contrato de adesão, que fez validar os descontos e posteriormente estabelecer resultados positivos no desconto salarial, bem como mostra o resultado estabelecido na sumula: 342 do TST. E como visto no caso, não há elementos que estabeleça a existência de coação ou de outro defeito que vicie o ato jurídico, verificando-se, assim, a validação do contrato de adesão. 
Ante o exposto, requer a vossa excelência que seja julgado improcedente o pedido do reclamante quanto a devolução de desconto relativos ao plano de saúde, pois como visto, o mesmo não faz jus a tal benefício.
4 – DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
O reclamante argui que durante seu tempo de serviço, se obteve de uma atividade que resultaria em eminente perigo para sua vida, no qual ele tinha que viajar uma vez por semana para ir a uma empresa de companhia de energia elétrica receber recibos de vendas, no qual permanecia no âmbito de energia, em área de risco, por 10 minutos, tornando seus serviços, durante esse tempo, perigoso para sua segurança. 
Neste caso, por se tratar de contato meramente episódico eventual, não faz jus ao reclamante o adicional de periculosidade, uma vez que sua exposição não ocorre todos os dias, mas apenas em um dia da semana, tirando, nesse caso, qualquer positividade ao adicional de periculosidade. Este entendimento vem do TST, na sumula 364, onde estabelece preceitos proeminente a aqueles empregados cuja atividade torne eventual e posteriormente diferente daquelas intermitente, que acontece de forma esporádica e que consome um pequeno período na jornada de trabalho. 
Ante exposto, requer a improcedência do pedido quanto ao adicional de periculosidade, visto que o tempo de exposição do reclamante a área de risco não se configura a periculosidade. 
5 – DAS HORAS EXTRAS 
O Reclamante afirma que exercia serviços externos e prestava 1 hora extra por dia. Que não estava sujeito a controle de ponto e viajava por várias cidades, fiscalizando as lojas da reclamada. E também que nunca recebeu os valores correspondentes as horas extraordinárias de trabalho, assim como os reflexos em verbas trabalhistas e rescisórias. 
Diante disso, vem o art. 62, I, da CLT, onde trabalha a respeito de atividades externas e fixação de horário. Sendo aqui argumentado diante disso, que o reclamando não teve controle do período de trabalho do reclamante e que este fazia o seu próprio horário. Dessa forma, o mesmo diploma legal vem trazendo a regra que se exclui do controle da jornada de trabalho e também a necessidade de a condição ser anotada na CTPS, o que no caso em questão, também não aconteceu. 
Portanto, requer a improcedência do pedido quanto a hora extra referente a 1h por dia, onde consta visivelmente excluída da duração do trabalho expresso na CLT. 
6 – DA ALTERAÇÃO QUANTO AO PAGAMENTO DO SALARIO
O Reclamante alega que a empresa sempre pagou o salário no dia 2 do mês seguinte ao vencido, mas a partir de junho de 2014, unilateralmente, passou a quita-los no dia 5 do mês seguinte, afirmando assim, em alteração reputada maléfica ao empegado. 
Em relação a alteração do salário, a jurisprudência se posicionou a respeito e em virtude disso, foi decidido pela OJ n°159, SDI-1 do TST que a alteração da data de pagamento pelo empregador não viola o artigo 468, desde que observado o art. 459, ambos da CLT. Por isso, vem expresso no art. 459, § 1°, a respeito da alteração do pagamento feita pelo empregador, no qual preconiza que poderá ser alterado até o 5° dia útil do mês seguinte ao vencimento. Sendo assim, a alteração feita pelo reclamado aqui em questão não se fez ultrapassar o limite máximo regido pela CLT, portanto, consta admissível a presente situação. 
Ante exposto, requer a improcedência do pedido quanto ao pagamento de juros e correção monetária referente a alteração do pagamento do salário feito pelo empregador, pois como visto, o mesmo não violou a regra ditada pelo art. 468 da CLT. 
7 – DA MULTA DO ART. 477, § 8° da CLT
O Reclamanterequer a condenação do Reclamado ao pagamento da multa prevista no art. 477, § 8° da CLT, pois foi notificada da dispensa em 19/03/2018, uma segunda-feira, e a empresa só pagou as verbas rescisórias e efetuou a homologação da dispensa em 29/03/2018, um dia após o prazo.
Equivoca-se a reclamante quanto a tal ponto, pois o valor das verbas rescisórias foi pago no prazo previsto no art. 477, §6º, da CLT, improcedendo a pretensão.
Sendo assim, pede indeferimento quanto ao pagamento da multa do art. 477, § 8°, CLT, uma vez que o pagamento foi feito no prazo.
8 – DO TICKET
Foi pleiteado pelo reclamante em sua reclamação que fosse efetuado o pagamento do ticket previsto na norma coletiva e dos reflexos. 
Não há qualquer obrigação por parte do reclamado, em efeituar qualquer pagamento em relação ao ticket, já que não houve nenhum Acordo Coletivo em questão e conforme art. 458 da CLT, dispõe que a alimentação fornecida ao empregador ao empregado esta compreendida no salário, portanto, compreende-se que o pagamento do ticket foi realizado. 
Ante exposto, requer que a improcedência do pedido de ticket previsto na norma coletiva, em conformidade com o ordenamento, uma vez que este não foi integrado como um acordo e da mesma forma, fica verificado a expressa citação no art. 458 da CLT. 
9 – DAS FÉRIAS 
O Reclamante afirma que recebeu comunicação da empresa e do sindicato, no dia 10 de agosto de 2016, para afastar-se das atividades laborais por 40 dias, em virtude de paralisação parcial dos serviços, e que apesar de ter auferido salários, o reclamado deixou de pagar e fixar o gozo das férias relativo a esse período aquisitivo.
Nesse caso, o art. 133, III da CLT e bem claro quanto a perda das férias referentes a paralização parcial dos serviços por mais de 30 dias, que como ocorreu no caso em questão, houve percepção de salário, mas as férias ficaram perdidas pois o reclamante passou mais de 30 dias fora das atividades laborais. Sendo assim, o empregador agiu correto quando não estabeleceu o gozo das férias referente ao período aquisitivo informado. 
Dessa forma, requer que seja julgado improcedente o pedido quanto ao pagamento em dobro das férias relativo a esse período, onde fica certo que o reclamante perdeu o direito de usufruir da mesma. 
DOS PEDIDOS 
Ante exposto, requer:
a – requer que seja julgado procedente o acolhimento da prejudicial de mérito quanto a prescrição quinquenal, com base no Art. 7º, inciso XXIX, da CRFB/88, art. 11, inciso I, da CLT e a Súmula 308, inciso I, do TST. Julgando assim, a extinção do processo com resolução do mérito;
b – . Requer a improcedência quanto as questões de mérito de todos os pedidos da reclamação conforme fundamentos de defesa;
c – A condenação do autor ao pagamento das custas e honorários de sucumbência, de acordo com o art. 791-A da CLT, em no mínimo 5% e no máximo 15% sobre o valor da condenação.
IV – DAS PROVAS
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas, em especial a testemunhal e documental, e desde já requer a juntada dos documentos em anexo.
Nestes Termos,
Pede Deferimento, 
Local/Data
Advogado/AOB

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