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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE123

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EXCELENTÍSSIMO JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE BELO HORIZONTE/MG.
Juliana Pereira, brasileira, divorciada,auxiliar de serviços gerais, inscrita no CPF nº. 8-555.236, RG nº. 12345, SSP/RS, CT`OS nº. 12345-5 série 012, PIS nº. 123456, residente e domiciliado na Rua Cirandinha, nº100, bairro Jardim Guanabara, em Belo Horizonte, CEP 30.000-000, vem, respeitosamente, por seus procuradores abaixo firmados, ajuizar a presente
Petição inicial Reclamatória Trabalhista em face de
Empresa Metcom Metalurgia Ltda., inscrita no CNPJ nº. 80.200.400/0001-20, empresa localizada na Avenida Atlântica,n.1000, CEP 30.000-050, bairro Laranjeiras, Belo Horizonte/MG, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
 DA JUSTIÇA GRATUITA: Conforme será abordado a seguira última remuneração da reclamante totalizou R$ 1.200,00 cabendo destacar que, no momento encontra-se desempregada, conforme declaração e extratos bancários em anexo, não possuindo, no momento,tendo três filhos para criar e não tendo qualquer fonte de renda.
Dessa forma, fulcro art. 790, § 3º da CLT, tendo em vista que a reclamante percebia salário inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social, e que no momento encontra-se desempregada, merece ser concedido, de plano, o benefício da Justiça Gratuita, dispensando a mesma do recolhimento de custas, honorários periciais, honorários advocatícios à parte contrária, em caso de sucumbência, e emolumentos.
DOS FATOS
A senhora Juliana foi comunicada da sua dispensa em 29/06/2018, tendo recebido seu aviso prévio indenizado. O pagamento das verbas rescisórias foi em 06/07/2018, mediante depósito em sua conta bancária. Os documentos necessários para o saque do Fundo de garantia por tempo de serviço e para o recebimento do seguro desemprego foram entregues na mesma data. A reclamante vem relatar que possuía um salário de R$1.200,00 (mil e duzentos reais) bruto para jornada de trabalho de 44 horas (quarenta e quatro horas) semanais.
Relata que seu horário de intervalo era prejudicado todos os dias que ao invés de gozar de 01 (uma ) hora como só poderia usufruir de apenas 25 (vinte e cinco) minutos.
Ela afirma também que ficava bastante incomodada em fazer a limpeza dos banheiros, pois eram muito sujos, devido ao enorme número de trabalhadores que por lá passavam diariamente, e não eram fornecidas luvas para a realização da tarefa. Assim o lixo a ser coletado era muito grande. 
E que o almoxarifado da empresa possuía produtos de limpeza onde teria que buscar seus produtos, lá se encontrava tintas inflamáveis e óleo diesel para o abastecimento das empilhadeiras que circulavam pelo estabelecimento.
Senhora Juliana apresenta contra cheques mensais,em que constam somente o pagamento de R$1.200,00 (mil e duzentos reais), sem nenhuma quitação de qualquer adicional.
Por fim ela comunica que tem uma amiga que também exerce a mesma atividade de auxiliar de serviços gerais na mesma empregadora, e que apesar de ter sido contratada na mesma época, essa recebe o valor de R$1.400,00 (mil e quatrocentos reais). Ela esclarece que ambas realizam atividade idênticas, com mesma produtividade e perfeição técnica.
DOS PEDIDOS
1- Requer-se sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, por não possuir a Reclamante renda suficiente para prover as despesas judiciais, com base § 3º do art. 790 da CLT e na Lei 7.510/86 declaração anexa;
2- Requer produção de provas emprestadas através da juntada de Laudos Paradigmas e sentenças paradigmas, para apurar o grau de periculosidade/ insalubridade, verificado o encerramento da empresa;
3- O adicional de periculosidade/insalubridade a ser apurado e seus reflexos sobre o aviso prévio, 13º. Salário, férias acrescidas de 1/3 constitucional do período não prescrito, verbas rescisórias, DSR’s, feriados, FGTS, multa de 40% sobre FGTS, todos devidamente acrescidos de juros e correção monetária, devendo ser observado o salário no Vale ressaltar que a leitura do documento 12 – TABELA DE RISCO POR SETOR, classifica o setor do reclamante com o grau máximo;
Além disso, a Reclamada não forneceu corretamente os EPI’s necessários ao Reclamante estabelecidos na NR nº 06 da Portaria supra citada e pelo art. 166e 191 da CLT e art. 7º. Inciso XXII, da Carta Magna;
Devido, portanto, o adicional de insalubridade grau máximo ou periculosidade a ser apurado pelo Sr. Perito e seus reflexos nas férias acrescidas de 1/3, 13º. salário, horas extras, FGTS + 40% DSRs, e verbas rescisórias.
Sendo correto ainda é que para efeito de cálculo do adicional de insalubridade, deverá ser observado o art. 7º., inciso IV da Constituição Federal e a Súmula Vinculante nº 4 da STF, proibindo a vinculação do cálculo do adicional de insalubridade ao salário mínimo;
Tal entendimento é agasalhado pelo STF, órgão máximo do Poder Judiciário e único responsável pela interpretação e controle da Constituição Federal, conforme demonstrado a seguir:
INSALUBRIDADE OU PERICULOSIDADE (ADICIONAL) Cálculo. Insalubridade. Base: mínimo geral ou profissional ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - BASE DE CÁLCULO - REMUNERAÇÃO. A base de cálculo do referido adicional é a remuneração mensal do empregado, pois em consonância com o disposto no inciso XXIII, do artigo 7º, da Constituição Federal. o inciso IV, também do artigo 7º constitucional, veda expressamente a vinculação ao salário mínimo para qualquer fim. Logo, a segunda parte do artigo 192 Consolidado não foi recepcionada pela Carta Magna de 1.988 (Precedente do STF no RE 236.396-5 (MG), Relator Ministro Sepúlveda Pertence - LTr, 62-12/1621). (TRT2ª R. - RO - Ac. 6ªT 20030389130 - Rel. Valdir Florindo - DOESP 22.08.2003).20030389130 - Rel. Valdir Florindo - DOESP 22.08.2003).
Assim, a norma consolidada foi revogada de forma parcial face à interpretação da 1ª. Turma do Supremo Tribunal Federal, órgão máximo na interpretação de normas contidas na Lei Maior vigente;
É importante falar, ainda, que até mesmo os benefícios previdenciários tiveram sua correção desvinculada do salário mínimo Lei nº 8542/92 estes de natureza alimentar;
Assim o adicional de insalubridade deverá ser calculado com base no salário nominal do obreiro ou salário normativo da categoria Enunciado 17-TST;
Conforme leitura dos documentos anexos (PPP) fornecido pela própria empresa, o nível de ruído era acima 86 dB;
Ocorre que, percebendo que havia uma pressão dos funcionários em relação à situação de insalubridade ou periculosidade, a primeira Reclamada visando neutralizar um possível movimento de paralisação, selecionou nove funcionários e pagou 20% de insalubridade fundamento no calor excessivo, sem refletir nas Férias , 13º salário, FGTs e verbas rescisórias, todavia, tal estratégia de desativar rapidamente a planta produtiva, não pode impedir que fosse feito pelo menos 5 pericias no local de trabalho com a apuração do verdadeiro grau insalubridade ou periculosidade, conforme comprovados pelos laudos paradigmas juntados a esses autos;
 4- Intra jornada em razão do acumulo de serviços, não era possível permanecer o horário de (01 hora para as refeições), sendo necessário alimentar-se no próprio local de trabalho para dar continuidade em suas tarefas.
Minal ou salário normativo da categoria para efetivo pagamento. Pagar 01 (uma) hora extra, diária referente ao labor intrajornada, com adicional de 60% e os reflexos em DSR’s, FGTS, multa de 40% sobre o FGTS, férias acrescidas de 1/3 constitucional, 13º. Salário, recolhimentos previdenciários e fiscais, e demais verbas que tenham sido pagas no curso do contrato de trabalho;
5-Pela equiparação salarial pela diferença desfavorável a reclamente, já que possuía a mesma profissão de outros funcionários e tem de serviço, ou seja, inferior a dois anos, e tinha seu salário devasado.
6- Da multa do artigo.467 DA CLT: Caso reste incontroverso o inadimplemento parcial das verbas rescisórias acima mencionadas, e a reclamada não satisfaça o valor incontroverso por ocasião da audiência inaugural/una,requer, desde já, a aplicação da multa do art. 467 da CLT, no montante de 50% sobre o valor total a ser calculado para as verbas rescisórias.
7- Honorários vocatícios a reclamante é pessoa pobre, conforme se depreende da declaração em anexo, de maneira que restam atendidos os requisitos da Lei 1.060/50. Assim, são devidos os benefícios da AJG e Justiça Gratuita (esta, a ser explanada pormenorizadamente a seguir) e, ante o trabalho do advogado, fulcro Súmula nº. 450 do STF, o pagamento de honorários de assistência judiciária/sucumbência, no percentual de 15% sobre os valores brutos decorrentes da presente ação.
hipossuficiente alegado, requer, desde já, a aplicação do § 3º do art. 99 do CPC, norma mais favorável ao empregado, presumindo-se verdadeira a declaração firmada pela reclamante, documento este que também instrui a presente peça.
Sucessivamente, caso não aplicado o art. 99, § 3º do CPC, requer, desde já, a aplicação do § 2º do mesmo dispositivo legal c/c Súmula nº. 263 do Egr. TST, devendo o Juízo indicar a documentação que entende pertinente para a comprovação
8-Do dano moral nos exatos termos do Art. 114 da Constituição Federal, a Justiça do Trabalho é competente para julgar, também, o pedido de indenização por danos morais, quando este advém da relação de emprego.
No transcorrer de liame contratual é evidente que o Reclamante foi vítima de danos morais praticado pela Reclamada sendo submetido a situação de humilhação, constrangimento e desprestígio.
O direito do Reclamante encontra-se alicerçado na Constituição da Republica Federativa do Brasil em seu Art. 5º, inciso X, quando este preconiza que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
No tange a reparação por DANO MORAL, se faz necessário destacar que existem circunstâncias em que o ato lesivo afeta a personalidade do indivíduo, sua honra, sua integridade física e psíquica, seu bem-estar íntimo, suas virtudes, enfim, causando-lhe mal-estar ou uma indisposição de natureza espiritual. Sendo assim, a reparação, em tais casos, reside no pagamento de uma soma pecuniária, que possibilita ao lesado uma satisfação compensatória da sua dor íntima, ou seja, compensa os dissabores sofridos pela vítima em virtude da ação ilícita do agente causador.
Na lição da civilista Maria Helena Diniz temos a explicação que dano moral:
“É a dor, angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação, o complexo que sofre a vítima de evento danoso, pois estes estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a consequência do dano”.
“O direito não repara qualquer padecimento, dor ou aflição, mas aqueles que forem decorrentes da privação de um bem jurídico sobre o qual a vítima teria interesse reconhecido juridicamente”
 INTRA JORNADA DO PERÍODO SEM REGISTRO
Em razão do acumulo de serviços, não era possível permanecer o horário de (01 hora para as refeições), sendo necessário alimentar-se no próprio local de trabalho para dar continuidade em suas tarefas.
V-INDENIZAÇÃO DA DIFERENÇA DO SEGURO DESEMPREGO
Uma vez caracterizada a diferença nos rendimentos mensais do Reclamante, essa diferença deverá refletir na apuração dos valores do seguro desemprego, portanto ao final liquidação deverá a empresa Reclamada indenizar tal diferença, verificado que a média dos últimos 3 salários deverá ser superior mediante as diferenças de salários com reflexos de horas extras e periculosidade ou insalubridade ;
7. ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA: Para a correção monetária deverá ser observado que o pagamento dos salários deveria ser efetuado no mês próprio ao da prestação do serviço, devendo ser utilizado o FACDT do mês em que se gerou o débito. Caso não seja admitido o acima exposto, deverá ser adotado o FADCT do dia seguinte ao vencimento da obrigação, nos termos da Súmula nº. 21 deste Egr. TRT4.
8
 (...)
VII- DOS PEDIDOS
1- Requer-se sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita, por não possuir a Reclamante renda suficiente para prover as despesas judiciais, com base § 3º do art. 790 da CLT e na Lei 7.510/86 declaração anexa;
2) Requer produção de provas emprestadas através da juntada de Laudos Paradigmas e sentenças paradigmas, para apurar o grau de periculosidade/ insalubridade, verificado o encerramento da empresa;
3) O adicional de periculosidade/insalubridade a ser apurado e seus reflexos sobre o aviso prévio, 13º. Salário, férias acrescidas de 1/3 constitucional do período não prescrito, verbas rescisórias, DSR’s, feriados, FGTS, multa de 40% sobre FGTS, todos devidamente acrescidos de juros e correção monetária, devendo ser observado o salário nominal ou salário normativo da categoria para efetivo pagamento 
4) Pagar as diferenças de horas extras excedentes à 6ª. diária e 36ª. semanal inclusive 10 a 15 minutos para troca de turno, com adicional de 50% ou 100%, e os reflexos em DSR’s, abonos, FGTS, multa de 40% sobre FGTS, férias, acrescidas de 1/3 constitucional, 13º. salário, recolhimentos previdenciários e fiscais, e demais verbas que tenham sido pagas no curso do contrato de trabalho;
5) Pagar 01 (uma) hora extra, diária referente ao labor intrajornada, com adicional de 60% e os reflexos em DSR’s, FGTS, multa de 40% sobre o FGTS, férias acrescidas de 1/3 constitucional, 13º. Salário, recolhimentos previdenciários e fiscais, e demais verbas que tenham sido pagas no curso do contrato de trabalho;
6) Que as horas da intrajornada, uma vez configurada, sejam comutadas acumulativamente as horas extras;
7) Pagamento de turno ininterrupto, quando se passava do revezamento de 6x3 para 6x2 até agosto de 2014;
8) O pagamento da diferença nas 5 parcelas do seguro desemprego, conforme apuração em liquidação de sentença;
9) Pagar 01 (uma) hora extra, diária referente ao labor intrajornada, com adicional de 60% e os reflexos em DSR’s, FGTS, multa de 40% sobre o FGTS, férias acrescidas de 1/3 constitucional, 13º. Salário, recolhimentos previdenciários e fiscais, e demais verbas que tenham sido pagas no curso do contrato de trabalho;
REQUERIMENTO PRÉVIO
Desde já se informa entendermos não haver obrigação da parte autora liquidar os pedidos constantes na peça vestibular, uma vez que a nova redação do § 1º do art. 840 da CLT, da pela Lei nº 13.467/17, incluiu tão somente a necessidade de indicação de valores dos pedidos, e não a obrigação de sua liquidação, pelo que a interpretação sistemática-teleológica a ser dada a tal dispositivo legal é no sentido de que o dever da parte é apenas o de indicaro valor estimado de sua pretensão para fins de estabelecimento do rito processual (alçada).
Qualquer manual de hermenêutica jurídica ensina que o legislador conhece o significado das palavras e por isso não usa palavras inúteis no texto legal. Veja-se que o legislador da "Reforma Trabalhista" usou o vocábulo "indicação" ("o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor") no texto legal (art. 840, § 1º).
Indicar e liquidar são dois verbos que denotam ações diversas, embora parecidas – mas não idênticas – não podendo então ser confundidas. Liquidação significa o ato de apurar valores com precisão (que nas obrigações de pagar quantia envolve o cálculo do principal, atualização e juros), ao passo que indicação, com está no texto legal, significa apontar um valor estimado para o pedido deduzido.
O art. 5º, II, da CF/88, se encaixa feito luva ao caso concreto, pois qualquer obrigação de fazer ou não fazer somente pode decorrer de lei, e a alteração legislativa não usou o verbo liquidar, mas sim indicar, muito menos falou em aplicação de juros e correção monetária, ao contrário do que está disposto no art. 322, § 1º, do NCPC, que efetivamente estabeleceu tal obrigação – apresentar pedido líquido – nas obrigações de pagar.
Em relação ao quantum indenizatório, destacamos o seguinte julgado:
DANO MORAL. AUSÊNCIA DE INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ADEQUADASE DE LOCAIS APROPRIADOS PARA ALIMENTAÇÃO.
VALOR DA INDENIZAÇÃO. INDENIZAÇÃO FIXADA PELO TRT EM R$ 1.200,00. MAJORAÇÃO PARA R$ 15.000,00.
Considerando a condição econômica da reclamada - que se trata de empresa de grande porte -, o grau de reprovação da conduta patronal, a gravidade do dano, bem como o caráter pedagógico e preventivo da medida, que deve representar um valor significativo, que convença o infrator a não reincidir em sua conduta ilícita, revela-se desproporcional o valor fixado pela instância ordinária, bem como está em desacordo com os parâmetros fixados nesta Corte em casos semelhantes. Assim, impõe-se o provimento do recurso de revista para majorar a condenação ao pagamento de indenização por dano moral para o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Precedentes desta Turma. Recurso de revista conhecido e parcialmente provido.
(TST - RR: 615006220095090459, Data de Julgamento: 21/10/2015, Data de Publicação: DEJT 06/11/2015)
Em que pese o grau de subjetivismo que envolve o tema da fixação da reparação, esta, há de ser fixada em montante que desestimule o ofensor a repetir o cometimento do ilícito. Com base nos critérios estabelecidos nos artigos 223-A e seguintes da CLT, acreditamos que o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), algo próximo a 5 (cinco) vezes o último salário contratual da Reclamante, esteja bastante coerente e dentro do que presumem os Princípios da Proporcionalidade e Razoabilidade.
V – DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT
No prazo estabelecido no Art. 477, § 6º, da CLT, não houve o pagamento das verbas rescisórias acima elencadas. Neste sentido se impõe em favor do Reclamante uma multa equivalente a um mês de salário revertida em seu favor, conforme consubstancia o § 8º do mesmo artigo da CLT acima citado.
VI – DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT
A Reclamada deverá pagar a Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme Art. 467 da CLT, transcrito a seguir:
CLT - Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinquenta por cento.
Desta forma, protesta o Reclamante pelo pagamento de todas as parcelas incontroversas na primeira audiência.
IV – DO DANO MORAL
Nos exatos termos do Art. 114 da Constituição Federal, a Justiça do Trabalho é competente para julgar, também, o pedido de indenização por danos morais, quando este advém da relação de emprego.
No transcorrer de liame contratual é evidente que o Reclamante foi vítima de danos morais praticado pela Reclamada sendo submetido a situação de humilhação, constrangimento e desprestígio.
O direito do Reclamante encontra-se alicerçado na Constituição da Republica Federativa do Brasil em seu Art. 5º, inciso X, quando este preconiza que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
No tange a reparação por DANO MORAL, se faz necessário destacar que existem circunstâncias em que o ato lesivo afeta a personalidade do indivíduo, sua honra, sua integridade física e psíquica, seu bem-estar íntimo, suas virtudes, enfim, causando-lhe mal-estar ou uma indisposição de natureza espiritual. Sendo assim, a reparação, em tais casos, reside no pagamento de uma soma pecuniária, que possibilita ao lesado uma satisfação compensatória da sua dor íntima, ou seja, compensa os dissabores sofridos pela vítima em virtude da ação ilícita do agente causador.
Na lição da civilista Maria Helena Diniz temos a explicação que dano moral:
“É a dor, angústia, o desgosto, a aflição espiritual, a humilhação, o complexo que sofre a vítima de evento danoso, pois estes estados de espírito constituem o conteúdo, ou melhor, a consequência do dano”.
“O direito não repara qualquer padecimento, dor ou aflição, mas aqueles que forem decorrentes da privação de um bem jurídico sobre o qual a vítima teria interesse reconhecido juridicamente”
VII- VALOR DA CAUSA
Dá-se à presente o valor de R$ 00.000,00 (xxxxxxxxx mil reais).
Termos em que,
Pede deferimento.
Diadema, 00 de xxxxxxx de 2017.
José Apolinário de Miranda
OAB/SP 287086

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