caso 10

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 30ª VARA DO TRABALHO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – RJ
Processo n° 0045784-98.2021.8.19.0011
	CARLOS ROSA, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, inconformado com a sentença de fls. XXXX, vem a presença deste juízo, apresentar seu Recurso Ordinário, vide artigo 895, I CLT, nos autos que move em face de Vende Mais Brasil, já devidamente qualificada, pelas razões de fato e de direito a seguir deduzidas. 
No mais, requer o recorrente a certificação dos preenchimentos dos requisitos intrínsecos e extrínsecos do presente recurso, e logo após que seja a parte recorrida intimada a apresentar suas Contrarrazões, e por fim que seja remetido este ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho, em seus efeitos de praxe. 
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB/UF
RAZÕES RECURSAIS
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO
RECORRENTE: Carlos Rosa
RECORRIDO: Vende Mais Brasil
I. DA BREVE SÍNTESE FÁTICA
Relata o recorrente que laborou para a recorrida durante dois anos e que nesse período houve diversas mudanças de horários, assim como diminuição de seu salário sem seu consentimento. Relata que tal diminuição ocorreu após oito meses de atividade sem sua anuência e que recebia “por fora” a diferença pactuada à época da contratação.
Por fim alega que no ato da assinatura da rescisão foi descontado indevidamente o período de trinta dias do aviso prévio, mesmo tendo laborado a época. O termo fora assinado pelo recorrente, uma vez que foi coagido a fazê-lo sob pena de não receber o que era devido.
Insatisfeito ingressou com a presente demanda, cujo qual devidamente citada, a empresa apresentou defesa vide fls. ___, e logo após, o feito fora julgado nos seguintes termos, in verbis: 
Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido inicial, na forma do art. 487, I do CPC Anote-se o nome do patrono indicado pelo réu, para fim de futuras publicações. 
Portanto, ante o não reconhecimento do seu direito violado causados ao recorrente, pugna o mesmo pela reforma do julgado nos termos abaixo.
II. DOS MOTIVOS DA REFORMA DO JULGADO 
· DA IRREDUTIBILIDADE SALARIAL
Trata -se de um direito fundamental previsto na nossa Constituição Federal e na norma infraconstitucional. Dessa forma, não pode ser causado ao empregador nenhum prejuízo seja ele direto ou indireto. Não questão em tela não houve mútuo consentimento, violando assim o artigo 468, CLT, sendo o mesmo ainda motivo para anulação da rescisão. Já o artigo 7, VI, CF dispõe que só é cabível tal redução se disposta em convenção ou acordo coletivo, caso que também não ocorreu.
· AVISO PRÉVIO
O aviso prévio é um direito do trabalhador e uma vez trabalhado precisa ser pago conforme disposto no art. 487, §2°, CLT. No caso em questão quando o empregador não repassa o valor ao empregado, fica configurado enriquecimento ilícito conforme disposto no art.884, CC.
· COAÇÃO
A manifestação de vontade deve ser livre e consciente. Se não ocorre dessa maneira, causa vício no contrato de trabalho, conforme disposto no art.151,CC. Dessa forma, o mesmo deve ser anulado.
· COMPROVAÇÃO DO ÔNUS DA PROVA
Diante de todas as questões apontadas acima, fica claro que há comprovação nos autos. Motivo pelo qual a reforma do julgado deve ser medida a se impor.
Conforme disposto no art.818, CLT o reclamante comprovou todas as suas alegações.
III – DOS PEDIDOS
Ante ao exposto, requer o recorrente: 
Que seja recebido o presente recurso, em seus efeitos de praxe, requerendo a parte recorrente que o recorrido efetue o pagamento das diferenças das verbas trabalhistas e previdenciárias devido a alteração contratual; que o recorrido efetue o pagamento do aviso prévio de 30 dias; e por fim, requer a anulação da rescisão contratual, uma vez que a mesma estava eivada de vícios. 
Por fim, que seja a recorrido o condenado ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Local/Data
Advogado
OAB/UF