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MODALIDADES DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS
CONCEITO
São aqueles elementos que não precisam constar dos negócios jurídicos, mas que, se o fizerem, afetarão sua eficácia.
Não podem constar de atos ou negócios de direito de família, ou de alguns poucos negócios patrimoniais, como a renúncia ou aceitação de herança.
CONDIÇÃO
É a cláusula que, derivada exclusivamente da vontade das partes, subordina a eficácia dos negócios jurídicos a eventos futuros e incertos.
Não são condições:
As chamadas condições tácitas: São na realidade “cláusulas que decorrem necessariamente da natureza do direito a que acedem”. Promessa de comunicação de metade do patrimônio derivado da comunhão universal, se houver casamento.
Condições impróprias ou legais: Repetem comandos legais e não derivam da vontade das partes.
Eventos futuros e presentes não são condições, pois há necessidade de haver algum grau de incerteza: incertus an incertus, incertus an certus (condições), certus an incertus, certus an certus (termo)
A pressuposição também não é condição.
 
A CONDIÇÃO É ACESSÓRIA AO NEGÓCIO OU NÃO? Princípio da incindibilidade da vontade condicional
ESPÉCIES
Condições defesas.
Condições lícitas
RETROATIVIDADE DA CONDIÇÃO
A) Vontade das partes
A liberdade das partes na imposição ou estipulação dos efeitos retroativos ou irretroativos das condições decorre da própria natureza destas, que são elementos acidentais e não essenciais dos atos jurídicos. Facultado também e, a quem dispõe ou contrata, estabelecer o momento a partir do qual a condição verificada deve começar a produzir os seus efeitos.
B) Efeitos retroativos
Prescreve o art. 126 do Código Civil que “se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis”. No mesmo sentido, mutatis mutandis, dispõem o Código Civil alemão (art. 161) e o Código suíço das Obrigações (art. 152, 3.° inciso).
C) Efeitos irretroativos
São irretroativos os efeitos das condições suspensivas verificadas nos seguintes casos: a) quanto aos atos de administração ordinária praticados (mesmo durante a execução provisória) pendente conditione ; b) quanto ao direito de conservação dos frutos, naturais ou civis, colhidos ou percebidos, antes do implemento da condição (Código Civil 237); c) quanto ao direito de ressarcimento das benfeitorias, necessárias ou úteis, salvo se o valor dos frutos colhidos, ou percebidos, com elas se compensarem. Em regra, a condição resolutiva verificada opera ex nunc nos atos de execução sucessiva, com prestações contínuas ou periódicas, como ocorre, v.g com os contratos de locação, sociedade, mandato, fiança, ou com os atos constitutivos de uso, usufruto, habitação, enfiteuse, penhor, hipoteca, anticrese (Giorgi, Obblig., v. IV, n. 377).
D) Irretroatividade em relação a terceiros
A verificação das condições não alcança, retroativamente, os
terceiros, em se tratando: a) de coisas fungíveis que, por serem tais 
podem ser substituídas por outras da mesma espécie, qualidade e quantidade (Código Civil, art. 85); b) de bens móveis, estando o
terceiro de boa-fé, ressalvado o direito do credor de haver do alienante
o equivalente e as perdas e danos; c) de bens imóveis, quando o título
do direito condicional não houver sido transcrito, ou inscrito, antes do
ato praticado com os terceiros, em registro público, na forma da lei.
Com relação a propriedade resolúvel, nosso Código assim, expressamente, dispõe: “resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do termo, entendem-se também resolvidos os direitos reais concedidos na sua pendência, e o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode reivindicar a coisa do poder de quem a detenha” (art. 1359). Mas, de conformidade com o que dispõe o art. 1360, “Se a propriedade se resolver por outra causa superveniente, o possuidor,
que a tiver adquirido por título anterior à sua resolução, será considerado proprietário
perfeito, restando à pessoa, em cujo benefício houve a resolução, ação contra aquele cuja propriedade se resolveu para haver a própria coisa ou o seu valor”.
DISPOSITIVOS LEGAIS
CAPÍTULO III
Da Condição, do Termo e do Encargo
Art. 121. Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto.
Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.
Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:
I - as condições física ou juridicamente impossíveis, quando suspensivas;
II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;
III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.
Art. 124. Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível.
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá adquirido o direito, a que ele visa.
Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.
Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a conclusão deste o direito por ele estabelecido.
Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de boa-fé.
Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento.
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo.

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