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Execuções Processo Civil Teoria Geral da Execução: a) O processo de execução está diretamente ligado ao Direito Civil; b) Objetiva a busca pela satisfação do Direito já adquirido, após o processo de COGNIÇÃO; Processo de Execução: a) O juiz presta a Jurisdição Executiva; b) Não havendo cumprimento da execução, haverá expropriação; c) Na execução, deduz-se em parcialidade processual; d) Precisa haver mínima cognição para a satisfação da execução. Pergunta: Diferencie a atividade jurisdicional cognitiva entre atividade jurisdicional executiva. Resposta: Entende-se que cognição, é a aquisição de um conhecimento para alcançar as suas finalidades de aplicação em concreto a vontade da lei, exige não só um sistema de atos e termos que leve a uma decisão mais justa possível, mas também um conjunto de meios tendentes a efetivar o que foi decidido dando ao vencedor, o bem jurídico material as partes. A atividade jurisdicional de conhecimento é essencialmente declaratória, porque tem por fim definir quem tem razão. Já a execução tem como preceito a realização, o cumprimento do pagamento de uma dívida de acordo com a sentença judicial. A atividade jurisdicional de execução é satisfativa, porque parte de um título que consagra uma obrigação e tem por fim efetivar o direito do credor. No processo de execução a cognição é eventual e por iniciativa do devedor, através dos embargos, sendo limitada a execução de sentença sem características de mudanças pela coisa julgada. É possível definir a execução como o conjunto de atos jurisdicionais materiais concretos de invasão do patrimônio do devedor para satisfazer a obrigação consagrada num título. Títulos Executivos Extrajudiciais (art. 784, CPC/2015) tornam-se Títulos Executivos Judiciais (art. 515, CPC/2015) em ações de Execução. As regras são iguais para os Títulos Executivos Judiciais e Títulos Executivos Extrajudiciais. Títulos Executivos Extrajudiciais, quando se convertem de fato, em um processo, através de petição, tornam-se também Títulos Executivos Judiciais Princípios da Execução Necessidade de um título (nulla executio sine titulares): todo processo de execução precisa estar calcado na existência de um título, sendo este judicial ou extrajudicial, conforme definido em lei. Tipificação em lei: Todos os títulos executivos precisam estar, de fato, tipificados em lei. Patrimonialidade do devedor: Para a garantia do cumprimento de execução, há a necessidade da existência de patrimônio por parte do devedor. Sendo assim, assumindo responsabilidade patrimonial, conforme art. 789, CPC/2015. A lei de execução de alimentos tem caráter coercitivo. Exato adimplemento: Se o processo de execução é voltado para a satisfação de uma obrigação inadimplida em benefício do exequente, é justificável que ele se realize com base em seus interesses, ou seja, o exato adimplemento da obrigação; em outras palavras, a tutela jurisdicional proporciona ao credor aquilo que ele teria com o cumprimento voluntário da obrigação pelo devedor. Em síntese, nos termos do art. 797 do CPC, "realiza-se a execução no interesse do exequente”. Princípios Desfecho único: Quanto a este princípio, cumpre destacar que pelo fato de o processo de execução ter um único escopo, qual seja, satisfazer o direito do exequente, ele acaba por ter desfecho único, podendo este ser normal: sentença declaratória ou com final anômalo: consubstanciado na extinção sem a resolução do mérito ou acolhimento integral dos embargos à execução com fundamento na inexistência do direito material do autor. Sendo assim, o executado nunca terá uma decisão de mérito ao seu favor, vez que não há discussão meritória, e, sim, uma busca da satisfação do direito do autor, ou seja, é impossível a improcedência, possuindo, pois, o processo desfecho único. Disponibilidade processual: leciona o art. 775, NCPC: é permitido ao exequente desistir de toda a execução ou de apenas alguma medida executiva a qualquer momento –ainda que pendentes de julgamento os embargos à execução – não sendo necessária a concordância do executado, presumindo a lei sua aceitação, vez que não há possibilidade de tutela em seu favor. Se no caso os embargos versem apenas sobre a matéria processual, perderão seu objeto e logo serão extintos sem a resolução de mérito, e, caso versem sobre direito material a extinção dos embargos está condicionada à concordância do embargante. Já quanto às defesas incidentais, por terem natureza incidental, é impossível a extinção da execução e a continuidade destas defesas. Então, se a defesa tiver conteúdo meramente processual, será extinta por perda superveniente de interesse, mas, se versar sobre direito material, a extinção dependerá da anuência do executado, que, se permanecer com o interesse no julgamento da defesa, impedirá a extinção da execução. Menor onerosidade: garantia de que o executado não sofra mais gravames do que o necessário para a satisfação do direito do exequente. Sempre que for possível a satisfação do direito do exequente por outros meios que sejam menos dolorosos ao executado estes devem ser adotados. A menor onerosidade vem como uma barragem a onda daqueles sujeitos que creem ser a execução um instrumento de vingança. Princípios Utilidade: O princípio da utilidade vem como uma razão de ser do processo de execução, isto quer dizer, o processo de execução deve ter uma utilidade que traga benefícios ao exequente, fulminando com a satisfação do seu direito. Destarte, o processo de execução não tem seu escopo como um ato que vá prejudicar o devedor, mas sim na satisfação do direito do credor. Baseado neste princípio, o magistrado não deve submeter o exequendo às astreintesquando a obrigação é materialmente impossível. Boa-fé e lealdade processual: Reforçam eles a ideia de que o sujeito processual deve sempre agir pautado pela conduta leal e de boa-fé no transcorrer do processo. Leciona Alexandre Freitas Câmara (2015) que na execução se exige de todos os sujeitos do processo, inclusive e especialmente do executado, que atuem de forma cooperativa e de boa-fé. Portanto, existem sanções previstas no art. 774, NCPC para caso o sujeito processual aja de maneira desleal ou imbuído de má-fé, praticando os chamados atos atentatórios à dignidade da justiça. Contraditório: o processo de execução possui natureza jurisdicional, sendo que, por isso, ficará sob o crivo do princípio constitucional do contraditório. Além disso, inegável a existência de cognição acerca das questões incidentais no processo nas quais haverá nulidade se não observado o princípio constitucionalsupramencionado. Exemplos de questões incidentais que devem se desenrolar sob o crivo do contraditório são: o preço vil na arrematação, a avaliação do bem, a alienação antecipada de bens, a modificação ou reforço da penhora, decisão acerca da natureza do bem penhorado, entre outros. Execução Definitiva/Provisória - A Execução Definitiva pode se tornar Provisória, no momento em que o Título Extrajudicial, ou Título Judicial, é provada cognição material (em casos de títulos extrajudiciais) ou cognição processual (comumente utilizada em títulos judiciais), mesmo quando a Execução já tivesse se provado definitiva. - Caso a Execução esteja nas instâncias superiores, será necessário o pedido de efeito suspensivo para definir-se como Execução Provisória. Sendo acolhido o pedido, a primeira hipótese será a pendência do recurso necessário para continuidade da ação; ou na segunda hipótese, a sentença poderá ser impugnada; - A execução provisória e definitiva será definida pela existência de COGNIÇÃO. Pergunta: Qual a diferença entre execução definitiva e provisória? Resposta: EXECUÇÃO DEFINITIVA é aquela que se fundamenta em situação presumida pelo Estadocomo imutável. É a execução dos títulos extrajudiciais (artigo 784, CPC/2015), pois a lei lhes confere previamente a certeza jurídica, e dos títulos judiciais (artigo 515, CPC/2015) quando submetidas à coisa julgada (fase de cumprimento de sentença). Ainda no que se refere à execução definitiva é preciso observar que mesmo nos casos em que exista recurso pendente de julgamento, poderá ocorrer à execução definitiva, desde que o recurso ataque apenas parcialmente à sentença ou acórdão. Exemplo: em uma sentença que condena o réu ao pagamento de danos materiais e morais, este recorre voltando-se apenas contra a condenação por danos morais, silenciando quanto aos danos materiais. Neste caso, seria possível a execução definitiva sobre os danos materiais, eis que sobre esse aspecto houve o trânsito em julgado, em outras palavras, a ausência de inconformismo do condenado, gerou sua imutabilidade. EXECUÇÃO PROVISÓRIA é aquela que se fundamenta em decisões judiciais que ainda não transitaram em julgado, na hipótese de pendência de recursos sem efeito suspensivo, razão pela qual tem um caráter precário, em virtude da possibilidade de reforma da decisão, como ocorre, por exemplo, nas apelações previstas no artigo 520, do Código de Processo Civil, ou também, no caso de interposição de recurso especial ou extraordinário. Títulos Extrajudiciais é um documento que representa a obrigação Precisa possuir requisitos próprios para apresentação: 1 – Certeza: formalidades do título/obrigação 2 – Liquidez: determinação da obrigação (ex: valor, especificação) 3 – Exigibilidade: inadimplemento é condição de exigibilidade A Liquidação de Sentença (art. 509, CPC/2015), vem depois da cognição do processo e antes da execução. - O titular a quem a lei confere o título executivo ou o Ministério Público em ações civil pública (ordinária); - Os herdeiros, espólio e sucessores do exequente, o cessionário, quando ocorrer atos inter-vivos, sempre com a morte deste (secundários ou supervenientes); - A legitimidade passiva originária é correspondente ao devedor conforme reconhecido no título executivo (art. 779, I) - A legitimidade secundária ou superveniente passiva o espólio ou os sucessores do executado, também o novo devedor que assumiu, mediante consentimento do credor, a obrigação resultante do título executivo e o fiador do débito constante (art. 779, IV) - A competência para o cumprimento da sentença, se o processo de conhecimento for competência originária dos tribunais, quando por exemplo, for proposta a ação rescisória, será competente em razão de critério funcional da competência interna, para a execução e o próprio tribunal (art. 516, I). Tal regra é aplicável inclusive para tribunais superiores como o STJ e ao STF nos casos de sua competência originária. - Nos casos do processo de conhecimento, fase cognitiva do processo sincrético tiver tramitado orginariamenteperante o juízo de primeira instância, será do mesmo órgão jurisdicional, a competência funcional para execução (art. 516, II). - Nas ações de competência originária em tribunais superiores, a execução será feita no tribunal., porém poderá ser delegada ao juízo de primeiro grau, através de carta de ordem. A execução poderá proposta no foro do domicílio do executado (art. 781, CPC/2015), de eleição constante do título executivo, ou ainda, do lugar onde situados os bens a esta sujeitos (art. 781, I); tendo mais de um domicílio executado, poderá se instaurar a execução em qualquer deles; sendo incerto ou desconhecido o domicílio o executado, a execução poderá ser proposto no foro domiciliar do exequente, ou ainda, havendo mais de um executado, com domicílio diferentes, a execução poderá ser proposta em qualquer dos foros, a opção do exequente. Não sendo localizado o réu, fará citação por edital A execução poderá ser proposta no foro onde se praticou, ou ato ou fato que deu origem ao título executivo. Legitimidade e competência para Execução (art. 778, CPC/2015) - Sentença penal condenatória com efeitos cíveis: em determinadas situações, o juiz penal que irá julgar o caso por determinado crime, poderá também determinar a indenização à vítima, sendo requerido pelo MP ou querelante. O juiz penal determina se houve infração, quanto a pena, poderá ser reflexa na ação cível. - Sentença arbitral: as partes podem convencionar através de clausula de arbitragem, que acaso seja preciso recorrer ao mérito, deverá ser julgado pelo tribunal de arbitragem. Conhecido como convenção de arbitragem. Recurso usado pela celeridade e pelos valores pagos. O juiz arbitral não possui força de execução, sendo necessária a intervenção de juiz estatal determinando a execução. Responsabilidade Patrimonial (art. 789, CPC/2015). O devedor responde com todos os seus bens, presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei. Possível a prisão do devedor e de legitimados passivos, porém não exclui a responsabilidade patrimonial, pois funciona como medida coercitiva. (Execução de Alimentos) A responsabilidade patrimonial atinge a terceiros, conforme elencados no artigo 790, CPC/2015. - Sucessor de título singular, terceiro adquirente do bem. Ação de Evicção como regresso contra devedor. - O sócio só será impactado por dívida da empresa somente quando a mesma não tiver mais ativo. - O cônjuge poderá de responder de duas formas: 1- poderá perder o bem, quando também encontrar-se em nome do devedor. 2- Havendo meação, penhora parte do devedor, vendendo todo o imóvel. Fraude à Execução (art. 792, CPC/2015) Existe a intenção de instauração de um processo de Execução (art. 792, I e II); ou já existe. Necessária a existência de registro em Cartório de Imóveis através da averbação, será provada a fraude. Ato contra o processo de Execução. Possível pedir documento de pré- penhora para garantir a liquidez da Execução (art. 828, CPC/2015), sendo necessária a inclusão do documento nas matrículas dos bens imóveis, se houver. Fraude contra credores (art. 158, CC) Não existe processo de Execução, porém há grande possibilidade de ocorrer, devido a existência de título extrajudicial. Não há necessidade de averbação para se provar a fraude contra credores. Caracteriza-se como ato atentatório contra o Direito Civil. Possível suscitar Ação Pauliana, de natureza declaratória denunciando a fraude contra credores, e procurando indisponibilizar os bens para alienação. Ação reipersecutória: reivindicação da posse ou propriedade sobre uma coisa, geralmente em ações de execução de dívidas ou de posse e propriedade (como execução de penhor, hipoteca ou alienação fiduciária). A Liquidação de Sentença (art. 509, CPC/2015), será usada em situações de sentença ilíquida (sem valor definido), sendo pronunciada pelo juiz decidindo o direito, e determinando os critérios para fixação do valor (quantum). Fase processual autônoma posterior a sentença ilíquida com intuito de transformar o que a sentença no direito em valores apurados. A Liquidação por Arbitramento poderá ser solicitada pelas duas partes, buscando a figura de terceiro, como perito. Esse recurso pode também ser disposto pela sentença, ou quando a natureza da obrigação exigir isso. As parte poderão levar laudos ao processo. A Liquidação por Procedimento Comum dá-se para apuração de fatos novos, sendo necessária a instauração de procedimento comum e limitado a apurar os valores fixados na sentença. Haverá prazo para réplica. Na liquidação de sentença, a cognição limita-se a interpretar o valor que até então, não foi atribuído à sentença.A Liquidação para decidir o quantum debeatur (quantia certa) deverá ser instaurada para averiguação de juros e correção monetária por cálculos aritméticos, de execução de quantia certa anteriormente determinada pelo juízo. A to s ex p ro p ri at ó ri o s Alienação: É forma voluntária de perda da propriedade. É o ato pelo qual o titular transfere sua propriedade a outro interessado. Adjudicação: é o ato judicial por meio do qual o credor recebe o bem penhorado como forma de pagamento de seu crédito. Importante salientar que só será cabível tal ato quando na praça ou leilão não houver nenhum licitante. Usufruto: Usufruto é o direito real sobre coisas alheias, conferindo ao usufrutuário (pessoa para quem foi constituído o usufruto) a capacidade de usar as utilidades e os frutos (rendas) do bem, ainda que não seja o proprietário. O usufrutuário tem direito à posse, uso, administração e percepção dos frutos (rendas). A citação ocorre, autorizando o pagamento no prazo de 3 dias, juntamente com 10% dos honorários de sucumbência Ocorre a interrupção da prescrição em caso de decisão positiva por parte do juiz. O devedor fazendo pagamento no prazo estipulado pelo juiz, terá 50% de desconto nos honorários de sucumbência, chamando a ato de REMIÇÃO A remição poderá ocorrer em qualquer fase ou momento do processo Processo de Penhora Em casos de citação: - Positiva: executa-se a penhora em conformidade com a lei; - Negativa: retornando a informação de “mudou-se” , assim será feita a citação por hora certa. O oficial de justiça deve executar o arresto (lista de bens em nome do devedor), duas vezes. - Restando improdutiva a citação por hora certa, e em último caso, restará a citação por edital. Importante salientar que é possível a discussão de cognição da penhora, sendo assim oportuno ao devedor indicar os bens a serem penhorados. A penhora é o ato de vinculação de um bem a um processo, não sendo um ato de expropriação. Efeitos da penhora Privação do usufruto: o devedor não terá direitos reais sobre o bem penhorado, passando a serem exigidos pelo credor. Impossibilidade de venda: com o fim de evitar fraude à execução, a alienação é proibida, podendo o sucessor de título, instaurar ação de regresso contra o devedor. Perda do direito de fruição: a penhora impõe limites ao uso e gozo da coisa penhorada. A regra é a de que os frutos compreendem a restrição, exceto se houver disposição em contrário. Tal regra em momento algum significa a imediata e inevitável desafetação do bem de sua atividade produtiva. Individualização do bem com a dívida/processo: com a apreensão de bens no patrimônio do devedor há a criação de um vínculo desses bens à satisfação de certo crédito, ficando estes presos à demanda executória e, caso não haja penhora anterior ou outro acontecimento (por exemplo: pagamento), serão destinados ao escopo expropriativo. Garantia da dívida: existe a garantia ao credor que a satisfação será concreta através da penhora. Direito de preferência: com a penhora, o credor adquire o direito de preferência sobre os bens penhorados. Bens impenhoráveis estão descritos no artigo 835, CPC/2015 Dinheiro, sendo esta prioritária (§ 1º) Títulos de dívida pública Títulos com valores mobiliários com cotação no mercado Veículos terrestres Bens imóveis Bens móveis em geral Semoventes (animais selvagens, domésticos ou domesticados) Navios e aeronaves Ações e quotas de sociedades simples e empresariais Percentual de faturamento de empresa devedora Pedras e metais preciosos Direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária em garantia O juiz poderá trocar a ordem de bens penhorados conforme a circunstância. Ordem de penhora (art. 835, CPC/2015) - A discussão sobre bens impenhoráveis ocorre DE FORMA POSTERIOR à penhora, devido ao objetivo em buscar a satisfação específica. Após o procedimento, será discutida a impenhorabilidade; - Conforme decisão do STJ, não terá cisão de bem de família em qualquer hipótese, exceto na Justiça do Trabalho. Es p éc ie s d e P en h o ra Penhora online: conhecido também como BACENJUD, é o sistema eletrônico de comunicação entre o Poder Judiciário e as instituições financeiras, por intermédio do Banco Central, possibilitando à autoridade judiciária encaminhar requisições de informações e ordens de bloqueio, desbloqueio e transferência de valores, na hipótese de bloqueio de diferentes contas, será retirado o valor referente a execução e desbloqueado para as demais. Na hipótese de retorno negativo, o exequente será intimado. Ocorrerá bloqueio de valores pelo período de 24hs. Penhora de crédito: será penhorado valores a receber. Caso o devedor tenha valores a serem restituídos por terceiros, devem ser pagos diretamente ao processo. Para tal, deve ser provada a existência de processo de execução e prova da existência de crédito Penhora de cotas ou percentual: bloqueia-se porcentagem de sócio devedor, sendo dado o prazo de 90 dias para aquisição por parte dos sócios. Caso não haja manifestação, haverá a diminuição do capital social da empresa. Havendo depósito de valor equivalente a cota bloqueada, haverá redistribuição de percentual. A rt. 8 5 4 , C P C /2 0 1 5 A rt. 855, CPC/2015 A rt. 861, CPC/2015 Na execução por quantia certa, se a penhora houver recaído sobre dinheiro, chega-se mais rapidamente ao final da execução. Recaindo a penhora sobre outros bens, há necessidade de se efetivarem as modalidades de expropriação. Sobre a penhora de bens e as modalidades de expropriação, assinale a alternativa INCORRETA. A - A alienação antecipada dos bens penhorados, quando houver manifesta vantagem ou se tratar de bens sujeitos à depreciação ou à deterioração, não se confunde com a alienação por iniciativa particular, que é modalidade de expropriação. B - Para que possa adjudicar os bens penhorados, o exequente não poderá oferecer preço inferior ao da avaliação. C - Averbação da penhora no registro competente é providência indispensável para a verificação do direito de preferência sobre os bens penhorados. D - Havendo, entre os legitimados, mais de um interessado em adjudicar o bem penhorado, haverá licitação entre eles, e a respectiva decisão poderá ser impugnada por meio de agravo de instrumento. E - Os bens penhorados não poderão ser arrematados por preço vil. Considera-se vil o preço inferior ao mínimo estipulado pelo juiz, ou, não havendo estipulação, inferior a cinquenta por cento do valor da avaliação. Ainda sobre as regras processuais de Execução, é incorreto afirmar que são impenhoráveis: A - As quantias depositadas em caderneta de poupança. B - O seguro de vida. C - Os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas. D - Os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor. E - Os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei. Amanda ajuizou execução por quantia certa em face de Carla, fundada em contrato de empréstimo inadimplido que havia sido firmado entre elas, pelo valor, atualizado na data-base de 20/3/2017, de R$ 50 mil. Carla foi citada e não realizou o pagamento no prazo legal, tampouco apresentou embargos, limitando-se a indicar à penhora um imóvel de sua titularidade. Carla informou que o referido imóvel valeria R$ 80 mil. Amanda, após consultar três corretores de imóveis, verificou que o valor estaria bem próximo ao de mercado, de modo que pretendedar seguimento aos atos de leilão e recebimento do crédito. Diante de tal situação, qual a melhor alternativa que atenda aos interesses de Amanda.
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