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L_2_EXTERNALIDADES (GABARITO)

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1 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS 
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E ECONOMIA 
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
DISCIPLINA: TEORIA MICROECONÔMICA III 
 
 
LISTA 2 – EXTERNALIDADES (GABARITO) 
 
1) Para cada exemplo, responda o seguinte: 
 
a) Existe externalidade? Caso exista, a externalidade é positiva ou negativa? 
b) Se existe uma externalidade, determine se o Teorema de Coase é aplicável (se é possível atribuir os 
direitos de propriedade e resolver o problema). 
c) Se existe externalidade e o Teorema de Coase não se aplica, comente qual instrumento governamental 
(regulação da quantidade, impostos e subsídios, cap-and-trade, etc) melhor resolve o problema. 
 
1.1) Emissões veiculares de dióxido de carbono. 
1) Sim. Eu dirijo meu carro que emite gases que prejudicam outros indivíduos, cujo prejuízo eu 
não pago. 
2) É difícil aplicar o Teorema de Coase, pois isso requeria a atribuição dos direitos de propriedade 
àqueles que são prejudicados. Como muitos dos prejudicados estão muito dispersos (dirigir em 
Dourados prejudicar o mundo inteiro, mesmo sendo em menores proporções) e em alguns casos 
envolveriam os “não nascidos” (a futura geração que terá que lidar com o aquecimento global). 
Assim, a possibilidade de negociar contratos privados é altamente questionável. 
3) Se acreditarmos que a curva de benefício marginal social é horizontal, desejaríamos precificar 
o carbono utilizando um imposto. Regulações da quantidade requereriam diferentes 
quantidades para cada produtor de carbono, mas cada indivíduo têm um custo marginal 
diferente, o que tornaria essa tarefa difícil de ser realizada. Talvez uma regulação da quantidade 
poderia ser realizada com o comércio de emissões, o que solucionaria o problema de não 
conhecermos os custos. 
 
1.2) Carregar um bebê, que chora muito, em um avião. 
1) Sim, é uma externalidade negativa. 
2) O Teorema de Coase não se aplica. 
3) SOLUÇÃO: taxar pais que carregam bebês em aviões e redistribuído imposto para aqueles que 
estão expostos ao choro do bebê no avião. A companhias aéreas poderiam intervir, reduzindo o 
 
2 
 
preço das passagens para as pessoas dispostas a ouvir o choro do bebê (ou servir um drink com 
calmante, biscoitos ou soníferos aos passageiros). 
 
2) “Um criador de abelhas traz benefícios a uma plantação vizinha, facilitando a polinização das árvores 
frutíferas”. Tendo esse fato como referência, responda aos seguintes itens: 
 
a) O que são externalidades? Por que razão a ocorrência de externalidades resulta em uma alocação ineficiente 
de recursos pelo mercado? 
Externalidades são efeitos positivos (benefícios) ou negativos (custos) que a atividade de uma pessoa ou 
unidade produtiva exerce sobre outras pessoas ou outras unidades produtivas, sem que haja transação 
alguma envolvida. A ocorrência de externalidades dá origem a situações em que o mercado não funciona 
como instrumento de alocação eficiente de recursos, uma vez que, nesses casos, nem todos os custos e/ou 
benefícios são refletidos pelo sistema de preços. Preços estes que, normalmente, são indicadores de falta 
ou de excesso de produção: se há demanda insatisfeita, os preços sobem e atraem novos produtores; se 
há excesso de oferta, os preços caem, reduzindo ou eliminando o lucro dos produtores e induzindo-os a 
reduzir a oferta. 
b) Liste algumas maneiras pelas quais os problemas causados pelas externalidades podem ser solucionados, 
tanto pelos agentes privados quanto pelo poder público. 
À alteração dos incentivos dos agentes econômicos de maneira que estes levem em consideração os 
efeitos externos de suas ações chama-se internalização de uma externalidade. Todas as soluções para as 
externalidades têm em comum o objetivo de conduzir a alocação de recursos para mais próximo do 
ótimo social. Entre as soluções privadas, pode-se citar a ação dos códigos morais e das sanções sociais, 
das ONGs e das instituições filantrópicas, bem como o estabelecimento de contratos entre as partes 
interessadas (observe o teorema de Coase). Entre as soluções públicas, destacam-se a regulamentação 
(um exemplo de política de comando e controle) e os impostos/subsídios de Pigou (um exemplo de 
política baseada no mercado). 
 
3) Suponha que o produtor de uma mercadoria Y está localizado a montante de um rio J. O CMg de produzir 
Y é dado pela função CMg = 10 + 0,5Y. Ademais, incorre-se um custo externo. Cada unidade do produto Y 
produz poluentes que fluem para o rio causando um prejuízo de $10. Suponha que esse custo externo recai 
sobre a comunidade local e não sobre a firma poluidora. A RMg obtida com cada unidade de Y é dada por 
RMg = 30 – 0,5Y. 
 
a) Qual o nível de Y que maximiza lucro? 
b) Qual a quantidade socialmente ótima de Y? 
c) Represente seus resultados graficamente. 
 
3 
 
CMg = 10 + 0,5Y 
Prejuízo
unidade
 = 10 e portanto, CMg = 20 + 0,5Y 
RMg = 30 - 0,5Y 
 
a) RMg = CMg 
30 - 0,5Y = 10 + 0,5Y 
Y*= 20 
 
b) 30 - 0,5Y = 20 + 0,5Y 
Y**= 10 
 
 
 
 
4) Em certo mercado de lavagem a seco, a função de demanda inversa do mercado é dada por P = 100 – Q, e 
o custo marginal (privado) de produção para o conjunto de todas as empresas de lavagem a seco é dado por 
CMg = 10 + Q. Por fim, a poluição gerada pelo processo de lavagem a seco cria danos externos dados pela 
curva de custo marginal externo CMgE = Q. 
a. Calcule a produção e o preço da lavagem a seco em condições competitivas e sem regulamentação. 
Para encontrar a resposta, iguale o preço ao custo marginal: 
100 – Q = 10 + Q, 
Q = 45, e P = 55. 
 
b. Determine o preço e a produção socialmente eficientes. 
Aqui, é preciso primeiro calcular o custo marginal social (CMgS), que é igual ao custo 
marginal externo mais o custo marginal privado. Depois, deve-se igualar CMgS à função 
4 
 
de demanda do mercado para descobrir o preço e a quantidade. Quando todos os custos 
forem incluídos, a quantidade produzida cairá e o preço subirá: 
CMgS = CMg + CMgE = 10 + 2Q = 100 – Q, 
Q = 30, e P = 70. 
c. Com qual valor de imposto teríamos um mercado competitivo produzindo em um nível socialmente 
eficiente? 
Se for um imposto por unidade, então a nova função de custo privado marginal será 
CMg’= 10 + Q + tQ. Se igualarmos essa nova função ao preço de 70 e substituirmos a 
quantidade por 30, encontraremos t: 
10 + Q + tQ = 70 
Q (1 + t) = 60 
1 + t = 2 
t = 1. 
O imposto deverá ser de $1 por unidade produzida. Note que, com o imposto igual a 1, a 
nova função do custo privado marginal é igual à função do custo marginal social. 
 
5) Em determinada região dos Estados Unidos, o mercado do papel caracteriza-se pelas seguintes curvas de 
oferta e de demanda: 
 QD = 160.000 – 2.000P e QO = 40.000 + 2.000P 
onde QD é a quantidade demandada em lotes de 100 libras, QO é a quantidade ofertada em lotes de 100 libras, 
e P é o preço por lote de 100 libras. Atualmente não há nenhum esforço para regulamentar o lançamento, pelas 
fábricas de papel, de efluentes nos rios e em outros cursos d’água. Dessa maneira, os dejetos são lançados em 
abundância. O custo marginal externo (CMgE) associado à produção de papel é dado pela curva CMgE = 
0,0006Qo. 
a. Calcule a produção e o preço do papel em condições competitivas, caso nenhum esforço seja feito para 
monitorar ou regulamentar o lançamento de efluentes. 
A produção e o preço de equilíbrio estariam onde a demanda de quantidade é igual à 
quantidade ofertada: 
160.000 - 2.000P = 40.000 + 2.000P 
4.000P = 120.000 
P = $30 por lote de 100 libras 
Q = 100.000 em lote 100 libras cada. 
b. Determine o preço e a produção socialmente eficientes.Para descobrirmos a solução socialmente eficiente, precisamos considerar os custos 
externos, dados por CMgE = 0,0006Qo, assim como os custos privados, dados por QO = 
40.000 + 2.000P. Reescrevendo a curva da oferta, os custos provados são P = 0,0005QO – 
20 = CMg. Logo, 
5 
 
CMgS = CMg + CMgE = 0,0005QO – 20 + 0,0006QO 
CMgS = 0,0011QO – 20 
Igualando o custo marginal social à curva de demanda ou ao benefício marginal, 
0,0011Q – 20 = 80-0,0005Q 
Q = 62.500 em lote de 100 libras cada. 
P = $48,75 por lote de 100 libras. 
c. Explique por que as respostas que você calculou nas partes (a) e (b) diferem. 
A quantidade de equilíbrio caiu e o preço de equilíbrio subiu na parte b porque os custos 
externos foram considerados. Quando se ignoram alguns custos, a produção aumenta 
demais e é vendida a um preço muito mais baixo. 
 
6) (ANPEC 2000 - Q11) Com relação aos conceitos de bem público e externalidades, é correto afirmar que: 
(JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA) 
(0) As dificuldades práticas para a solução do problema das externalidades, decorrem de imperfeições na 
definição dos direitos de propriedade. 
V. Se os direitos de propriedade estiverem bem definidos e não houver custos de transação, as partes 
podem realizar trocas que levam a um equilíbrio Pareto-eficiente. 
 
(1) Caso as preferências dos consumidores sejam quase-lineares, as consequências distributivas da 
especificação dos direitos de propriedade são eliminadas. 
F. Se as preferências forem quase-lineares, o resultado das trocas será um equilíbrio Pareto-eficiente, 
independentemente de como os direitos estão especificados. Mas, isto não tem nada a ver com 
consequências distributivas. 
 
(2) A instalação de uma fábrica de automóveis numa cidade do interior causou um aumento geral nos preços 
dos imóveis, devido ao influxo de operários. Pode-se então dizer que a instalação da fábrica representou uma 
externalidade para os moradores da cidade. 
F. O que houve foi um deslocamento da curva de demanda. Os efeitos de externalidades não são 
transmitidos via preço. 
 
(3) Na presença de externalidades positivas no consumo, o Primeiro Teorema da Economia do Bem-Estar 
Social pode ser inválido. 
V. Se não houver como internalizá-las ou eliminá-las, o equilíbrio no mercado será ineficiente.

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