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Clonagem Humana

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CLONAGEM HUMANA 
 
1. ASPECTOS GENÉRICOS DA CLONAGEM HUMANA 
 
2. DISTINÇÃO ENTRE CLONAGEM REPRODUTIVA E TERAPÊUTICA 
Clonagem reprodutiva: ​a proposta seria retirar-se o núcleo de uma célula somática de uma 
criança ou adulto, inseri-lo em um óvulo e implantá-lo em um útero. Se esse óvulo se desenvolver, 
teremos um novo ser com as mesmas características físicas da criança ou adulto de quem foi retirada a 
célula somática. A finalidade seria de que casais inférteis pudessem ter filhos. 
Clonagem terapêutica: as células são multiplicadas, gerando só tecidos, em laboratório, sem 
implantação do óvulo no útero. Trata-se de uma tecnologia que necessita de muita pesquisa antes de 
ser aplicada no tratamento clínico A finalidade: abrir perspectivas promissoras para futuros 
tratamentos. 
 
3. ÉTICA, BIOÉTICA E CLONAGEM HUMANA 
Opiniões contrárias: 
a) clonagem terapêutica seria a destruição do embrião, assim suprimindo a vida, pois 
ela se inicia com a formação do ovo, devendo a interferência nele, no embrião ou no feto, ser 
qualificada de crime; O embrião, desde a primeira fusão e as primeiras divisões celulares, já dispõe de 
todas as "informações" necessárias para os desdobramentos posteriores. A vida é um processo que tem 
início com a fecundação. A vida deve ser respeitada em todos os momentos, desde o seu início até o 
seu fim. 
b) clonagem reprodutiva seria imoral. 
 
Opiniões a favor: 
Percebe-se que existe um apoio maior a clonagem terapêutica do que à clonagem 
humana produtiva, esta vista como a​ntiética​, pois não se tem em mira a perpetuação da espécie, mas, 
sim, de uma determinada pessoa. Isso é contrário ao senso comum de formação de comunidade que 
respeita as desigualdades e é solidária com todos. 
A clonagem terapêutica, por sua vez, não pode de pronto ser assim nomeada, porquanto não se 
desvirtua a intangibilidade da vida humana (O embrião pré-implantatório não tem a menor 
possibilidade de se tornar um ser humano) e procura-se amenizar a angústia ou eliminar moléstia de 
uma pessoa. O que não se pode deixar de fazer é um controle rígido sobre pessoas e entidades que 
pesquisem a obtenção de tecidos e órgãos ao se utilizar o embrião clonado para fins terapêuticos, a fim 
de não "instrumentalizar" a raça humana. A fiscalização não pode ser realizada apenas pelos órgãos 
governamentais, por causa da relevância da atividade executada. Deve-se cuidar para que haja meio de 
as violações serem comunicadas. O Ministério Público estadual ou federal deve agir de forma eficiente 
para a defesa dos interesses em questão. 
OUTROS PONTOS FAVORÁVEIS À CLONAGEM TERAPÊUTICA: 
a) o embrião não é uma pessoa. Ele não tem a característica da individuação, tanto é assim 
que, depois do 14° dia de sua formação, pode ser separado em dois ou mais embriões. Isso oferece um 
fundamento para as leis e os regulamentos da Inglaterra e de vários outros países que permitem a 
realização de experiência com embriões até 14 dias depois da fertilização. Mesmo assim, um alerta é 
feito: sempre que se realiza uma experiência com embriões, é necessário tomar medidas de 
salvaguarda e fiscalização que assegurem ser sempre esse o caso. Há também a defesa da legitimidade 
da clonagem terapêutica, levando em conta seus possíveis benefícios para a humanidade. O embrião 
no estado de blastocisto não tem autonomia moral - distinção entre célula-humana e pessoa humana.
 
 
 
4. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA NA CLONAGEM 
A Igreja Católica manifesta-se contra a clonagem humana, em sentido amplo, pelo desrespeito 
à dignidade da pessoa humana. Quanto à dignidade da pessoa humana, afirmou que tal técnica não 
incluiria a "mescla" usual de genes, que faz que cada indivíduo tenha um genoma único, e fixaria 
arbitrariamente o genótipo, com consequências genéticas negativas previsíveis para o conjunto dos 
genes da humanidade. Ademais. ela seria perigosa ao clone. Essa pessoa viria ao mundo como cópia 
biológica de outro ser. A maneira como um ser humano clonado chega ao mundo marcaria essa pessoa 
mais como um artefato que como um ser humano, como substituto em vez de um indivíduo único, um 
instrumento de vontade do outro em vez de um fim em si mesmo, um bem de consumo substituível em 
vez de um evento irrepetível na história humana. Portanto, ​a falta de respeito à dignidade é inerente 
à clonagem. 
Diferença entre a clonagem reprodutiva da terapêutica questionada, pois ambas envolvem o 
mesmo processo técnico de clonagem e se distinguem somente nos objetivos procurados. Em verdade, 
qualquer modalidade de clonagem é "reprodutiva" em seu primeiro estágio, pois tem de produzir um 
novo organismo autônomo e individual, com identidade específica e única, antes de se fazer qualquer 
outra operação com o embrião. A clonagem terapêutica seria ainda pior que a outra modalidade, 
inexistindo eticidade neutra. 
Na clonagem reprodutiva, ao menos é dada ao clone a oportunidade de desenvolver-se e 
nascer. Na terapêutica, o novo ser humano é utilizado como mero material de laboratório, instrumento, 
com ofensa grave à dignidade e à humanidade. O termo dignidade, utilizado na Declaração de Posição 
e na Carta das Nações Unidas, significa o valor intrínseco que é compartilhado de maneira comum e 
igual por todos os seres humanos, não importam quais sejam suas condições sociais, intelectuais ou 
físicas. É essa dignidade que obriga a respeitar todos os seres humanos, sobretudo se necessitarem de 
proteção ou cuidados. 
____________________________ x ____________________________ 
No entanto, a dignidade da pessoa humana seria afetada com a clonagem reprodutiva, pois 
sendo ela fundamento do direito privado, com a efetivação da clonagem do ser humano, ferir-se-ia 
direito da personalidade importantíssimo: de identidade, e , em decorrência, não se respeitaria o 
princípio geral de ser "único". 
A clonagem terapêutica vem em benefício do ser humano, e não para por em risco direito de 
alguém. Procura-se auxiliar quem sofre com procedimento científico. A dignidade humana é 
preservada, e igualmente a do embrião, pois ele não será manipulado de forma a se tornar um "objeto", 
justamente porque existirá maneira pela qual se respeitará sua existência na esfera constitucional e da 
legislação ordinária. 
Não se deve haver o receito de que a humanidade melhore em quantidade e qualidade, mas, 
sim, de que se crie uma liberdade que elimine as demais ou que o poder se concentre de tal forma que 
proporcione o uso da ciência em proveito de poucas pessoas.

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