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PEDAGOGIA DO AMOR Gabriel Chalita O autor seleciona dez contos infantis de Pedagogia do amor, e por meio faz algumas sugestões sobre mudanças de comportamento. A proposta do autor é trabalhar valores como: o amor, a lealdade, a sabedoria, o trabalho e a bondade para que as pessoas possam recuperar a serenidade possibilitando assim, um futuro menos violento minimizando a inversão de valores. Segundo o escritor, os aprendizes de maneira geral, jovens e adultos conservam um pouco da ternura, amor e pureza própria da criança que existe em todos nós, portanto é possível resgatar valores morais, muito desprezados e até desconhecidos atualmente. “... Como educar nossas crianças e jovens num tempo que a aparência vale mais que a essência e a competição e o individualismo teimam em ditar as regras dos relacionamentos, acabando por minar qualquer possibilidade de companheirismo, amizade e amor?” (p. 11) “ As mil e uma noites”, a história de Dalmo e Pítias, “Dom Quixote”, “Davi e Golias”, “Vidas Secas”, “Cinderela”, “Salomão”, “Os doze trabalhos de Hércules”, “O patinho feio” e “Estrelas de joias”, são escolhidos por Chalita que explica o significado da palavra, relembra a história e ressalta o que pode ser aproveitado em sua pedagogia fazendo uma comparação com os distorcidos valores de hoje em dia. Das obras citadas pode-se extrair exemplos maravilhosos a serem usados na construção de um novo tempo, como em “As mil e uma noites”, por exemplo, Sherazade apresenta-se como esposa ao Sultão Sharimã colocando em risco a própria vida, para salvar as moças de Bagdá. Sherazade era filha do vizir Mustafá, goza de privilégios, entretanto, importou-se com a sina das moças de Bagdá e resolve agir para mudar aquela situação. Eloquente, encanta o sultão com seus contos e com isso, vai adiando sua morte usando a artimanha de emendar uma história a outra. Assim, Sherazade consegue transformar o ódio do sultão em uma linda história de amor. Quanto a história de Dalmo e Pítias. O rei de Siracusa condena Pítias à morte por o mesmo defender a liberdade e igualdade entre os homens. Pítias solicita ao rei, como último desejo, que lhe fosse permitido despedir-se de sua família e resolver alguns problemas domésticos. O rei foi convencido por Dalmo a atender ao pedido em troca oferecer-se em sacrifício, tomando o lugar de Pítias. Apesar da demora do amigo, Dalmo confiava que ele voltaria. A história de Dalmo e Pítias trabalham valores como: a confiança, solidariedade ética, altruísmo e ao final, o rei Dionísios muda o comportamento ao conhecer a nobreza da união de duas pessoas pelos laços da amizade. Gabriel Chalita comenta que os ideais quixotescos podem gerar, grandes transformações, pois com essas histórias podemos sugerir que necessitamos de um ideal que nos leve a lutar por conquistas importantes sendo necessário, entretanto, reconhecer nossas limitações. O avanço tecnológico não pode substituir o diálogo, a reunião em família, o contato direto entre pessoas, as amizades e os amores fundamentados no respeito mútuo, na ética, no cumprimento da palavra empenhada. “... Em outras palavras: o mundo precisa de idealistas que olhem pela janela vejam as rosas murchas e, ainda assim, fiquem felizes porque conseguem enxergar as sementes”. (p. 69) Em Davi e Golias temos a história de um menino pequeno, franzino e de feições delicadas, o oitavo filho do belamita Jessé, o último na escala da preferência paterna, que na época recaía sobre os primogênitos. Todos os indícios levavam a crer que Davi permaneceria como simples pastor de ovelha durante toda a sua vida. Porém contrariando todas as previsões a seu respeito, aceita o desafio lançado por Golias e o resultado de tanta coragem foi a vitória sobre Golias. O chamado pelos israelitas foi nomeado chefe da guarda do rei, tornando em seguida, seu genro e posteriormente, rei de Israel. Segundo o autor a coragem é o contraponto do medo – experiência de caráter paralisante capaz de impedir a ação e de levar ao comodismo. A novidade, um novo projeto, uma nova empreitada, uma nova maneira de ensinar, de agir e amar pode causar medo. É necessário vencer esse sentimento... Experimentar os novos espetáculos, correr riscos, caindo, levantando, aprendendo. O autor utiliza-se de Vidas secas de Graciliano Ramos que descreve a trajetória sofrida de um povo, que sobrevive à fome e à sede. A luta pela sobrevivência é repassada às gerações, a esperança e a fé por dias melhores também são transmitidas. Vítimas do descaso dos coronéis do século XXI, tão exploradores da miséria quanto seus antepassados, os sertanejos são obrigados a levar uma vida de sofrimentos e peregrinações. Para o autor, a lição das histórias sobre retirantes da seca é que, incumbir aos jovens à tarefa de lutar pelo sonho de construir novas realidades, novos castelos, novas edificações, que assegurem um futuro promissor, para que não sejam mais vítimas desse destino implacável. Nos Doze trabalhos de Hércules, na página 109, Hércules, enquanto pensava em suas numerosas responsabilidades, deparou-se com uma estrada bifurcada. Do lado direito, o terreno era acidentado e montanhoso, a estrada desprovida de qualquer atrativo, mas no final conduzia diretamente às montanhas azuis que indicava a continuidade do trajeto. Já do lado esquerdo, a paisagem era bonita com pássaros cantando, árvores frondosas de ambos os lados, ausência de pedras, troncos e matas que dificultassem a jornada. Mas havia nesse cenário uma neblina densa ao longe impedindo que Hércules visualizasse o que vinha depois: O caminho, ao que parecia, não levava a lugar nenhum. Surgem duas mulheres muito belas, a primeira da estrada da esquerda promete muitas vantagens e um percurso cheio de maravilhas regado à vinhos e sem nenhum esforço, já a da direita nada oferece, somente o que Hércules possa conquistar com seu próprio esforço. A mulher da estrada da direita diz ao herói, que seu nome era trabalho, embora muitos a conheciam como virtude, ao perguntar o nome da outra mulher, ela responde que é bem-aventurança, alguns a conhecem como preguiça. Hércules optou pela virtude, pois a verdadeira riqueza deve provir do trabalho honesto, do esforço próprio e da dedicação constante. O autor diz que, é por meio do trabalho que o ser humano é levado a concretizar, a união entre a teoria e a prática, proporcionando a plenitude de sua educação e aprendizado. As histórias como a Cinderela são parte importante, dessa aventura infantil que nos leva ao crescimento e ao amadurecimento. Apreciação da jovem humilhada pela madrasta e pelas suas filhas vem comovendo gerações há séculos, tornando-se uma narrativa referencial em diversos países. Se refletirmos sobre o drama da protagonista, veremos que Cinderela, apesar de preterida, subjugada e rebaixada à condição de serviçal, não acolhe nem alimenta sentimentos negativos tanto em relação às vilãs como em relação ao mundo de forma geral. Seu caráter nobre, sua índole pacífica e tranquila, seu jeito meigo e doce não oferecem condições para que a vingança, a raiva, a inveja e o ódio se instalem em seu coração repleto de generosidade e amor. Em algumas passagens da trama, p. 133, podemos perceber que Cinderela nutre por seus inimigos e malfeitores somente pena e compaixão. Cinderela em nenhum momento se desviou do caminho do bem, daí a necessidade de fazer desse texto um modelo para crianças e jovens que, hoje, precisam reforçar valores e conceitos essenciais à boa convivência familiar e social. A sabedoria de Salomão, é trabalhada pelo escritor em “A sabedoria pode ser conquistada” onde Gabriel Chalita discute a importância do saber, a vida e seu processo de aprendizado e os problemas atuais da sociedade. Ele aponta às crises e incertezas, a inversão de valores, a violência contrapondo-se com a antinomia, a capacidade de mudar, a vontade de acertar e poder enfim virar o jogo. Na história do patinho feio, o autor descreve um universo de agressividade, desdém, preconceito e intolerância, que um ser vive constantemente diminuído, por não conhecer suaessência, sua beleza própria e sua verdade interior. Por ser diferente dos outros de sua espécie o patinho é desacreditado, colocado ao ridículo, perde a autoconfiança e sua perspectiva de futuro é destruída. Na vida real, comparando a história do patinho, com as diferenças, o preconceito de cor, gênero, credo ou classe social seja em casa, seja na escola Chalita diz que temos a responsabilidade e o dever de orientar nossas crianças e jovens, para a aceitação do outro, para a compreensão de que condutas preconceituosas ou intolerantes só colaboram para a degradação das relações e para o desentendimento entre as pessoas. O valor da solidariedade é repassado pelo autor, em Estrelas de joias, onde ele conta a história de uma garotinha órfã que mora com sua avó. Muito pobre, ela vai à floresta pegar lenha para vender, e assim conseguir algum dinheiro, que possa ser usado para o seu sustento e da avó. A menina muito bondosa vai distribuindo aos pedintes, pelo caminho o pouco que possui. Na volta para casa, já pelos caminhos escuros apareceu-lhe um velho, que lhe pediu à lenha que carregava então a caridosa garota entregou-lhe o feixe de lenha, e já se preparava para voltar à floresta, quando o velho transformou-se em um anjo, e começou uma chuva de joias e pedras preciosas. Eu gostei muito do livro, pois acredito que o raciocínio do autor está correto, no que se refere à inversão de valores que os jovens estão habituados atualmente. Acredito que a falta de amor, a violência, as injustiças sociais e a desonestidade, não são bons exemplos para as crianças e os adolescentes, é necessário um trabalho de conscientização e de resgate dos bons sentimentos para que as pessoas possam ter uma vida melhor, mais humana.
Pedagogia da Autonomia - Paulo Freire Paulo Freire (1996). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 165 p. Review by Claudilene Sena de Oliveira Kerber (CELES). (First appeared in: La Salle: Revista de Educação;, Ciência e Cultura/Centro Educacional La Salle de Ensino Superior (CELES) v. 3, n. 7, (Outono de 1998). Reproduced with permission.) Freire introduz Pedagogia da autonomia explicando suas razões para analisar a prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser e de saber do educando. Enfatiza a necessidade de respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ser ele um sujeito social e histórico, e da compreensão de que "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas" (p.. 15). Define essa postura como ética e defende a idéia de que o educador deve buscar essa ética, a qual chama de "ética universal do ser humano"(p. 16), essencial para o trabalho docente. Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos (...) É por esta ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar (p. 17 e 19). Em sua análise, menciona alguns itens que considera fundamentais para a prática docente, enquanto instiga o leitor a criticá-lo e acrescentar a seu trabalho outros pontos importantes. Inicia afirmando que "não há docência sem discência" (p. 23), pois "quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado" (p.25). Dessa forma, deixa claro que o ensino não depende exclusivamente do professor, assim como aprendizagem não é algo apenas de aluno. "Não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender" (p. 25). Justifica assim o pensamento de que o professor não é superior, melhor ou mais inteligente, porque domina conhecimentos que o educando ainda não domina, mas é, como o aluno, participante do mesmo processo da construção da aprendizagem. Segue sua análise colocando como absolutamente necessário o rigor metódico e intelectual que o educador deve desenvolver em si próprio, como pesquisador, sujeito curioso, que busca o saber e o assimila de uma forma crítica, não ingênua, com questionamentos, e orienta seus educandos a seguirem também essa linha metodológica de estudar e entender o mundo, relacionando os conhecimentos adquiridos com a realidade de sua vida, sua cidade, seu meio social. Afirma que "não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino" (p. 32). Esse pesquisar, buscar e compreender criticamente só ocorrerá se o professor souber pensar. Para Freire, saber pensar é duvidar de suas próprias certezas, questionar suas verdades. Se o docente faz isso, terá facilidade de desenvolver em seus alunos o mesmo espírito. O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo (...) Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos: o em que se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente (p.31). Ensinar, para Freire, requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor, e rejeitar quaisquer formas de discriminação que separe as pessoas em raça, classes... É ter certeza de que faz parte de um processo inconcluso, apesar de saber que o ser humano é um ser condicionado, portanto há sempre possibilidades de interferir na realidade a fim de modificá-la. Acima de tudo, ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando. O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros (...) O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência (p. 66). É importante que professores e alunos sejam curiosos, instigadores. "É preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache repousado no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano" (p. 96). Faz-se necessário, portanto, que se proporcionem momentos para experiências, para buscas. O professor precisa estar disposto a ouvir, a dialogar, a fazer de suas aulas momentos de liberdade para falar, debater e ser aberto para compreender o querer de seus alunos. Para tanto, é preciso querer bem, gostar do trabalho e do educando. Não com um gostar ou um querer bem ingênuo, que permite atitudes erradas e não impõe limites, ou que sente pena da situação de menos experiente do aluno, ou ainda que deixa tudo como está que o tempo resolve, mas um querer bem pelo ser humano em desenvolvimento que está ao seu lado, a ponto de dedicar-se, de doar-se e de trocar experiências, e um gostar de aprender e de incentivar a aprendizagem, um sentir prazer em ver o aluno descobrindo o conhecimento. É digna de nota a capacidade que tem a experiência pedagógica para despertar, estimular e desenvolver em nós o gosto de querer bem e gosto da alegria sem a qual a prática educativa perde o sentido. É esta força misteriosa, às vezes chamada vocação, que explica a quase devoção com que a grande maioria do magistério nele permanece, apesar da imoralidade dos salários. E não apenas permanece, mas cumpre, como pode, seu dever (p. 161). Nessa obra, portanto, expondo os saberes que considera necessários à prática docente, Paulo Freire orienta ao mesmo tempo que incentiva os educadores e educadoras a refletirem sobre seus fazeres pedagógicos, modificando aquilo que acharempreciso, mas especialmente aperfeiçoando o trabalho, além de fazerem a cada dia a opção pelo melhor, não de forma ingênua, mas com certeza de que, se há tentativas, há esperanças e possibilidades de mudanças daquilo que em sua visão necessita mudar. Resumo do livro Pedagogia da Autonomia A Pedagogia da Autonomia é um livro pequeno em tamanho, mas gigante em esperança e otimismo, que condena as mentalidades fatalistas que se conformam com a ideologia imobilizante de que "a realidade é assim mesmo, que podemos fazer?" Para estes basta o treino técnico indispensável à sobrevivência. Em Paulo Freire, educar é construir, é libertar o ser humano das cadeias do determinismo neoliberal, reconhecendo que a história é um tempo de possibilidades. É um "ensinar a pensar certo" como quem "fala com a força do testemunho". É um "ato comunicante, co-participado", de modo algum produto de uma mente "burocratizada". No entanto, toda a curiosidade de saber exige uma reflexão crítica e prática, de modo que o próprio discurso teórico terá de ser aliado à sua aplicação prática. Ensinar é algo de profundo e dinâmico onde a questão de identidade cultural que atinge a dimensão individual e a classe dos educandos, é essencial à "prática educativa progressista". Portanto, torna-se imprescindível "solidariedade social e política para se evitar um ensino elitista e autoritário como quem tem o exclusivo do "saber articulado". E de novo, Freire salienta, constantemente, que educar não é a mera transferência de conhecimentos, mas sim conscientização e testemunho de vida, senão não terá eficácia. Igualmente, para ele, educar é como viver, exige a consciência do inacabado porque a "História em que me faço com os outros (...) é um tempo de possibilidades e não de determinismo"(p.58). No entanto, tempo de possibilidades condicionadas pela herança do genético, social, cultural e histórico que faz dos homens e das mulheres seres responsáveis, sobretudo quando "a decência pode ser negada e a liberdade ofendida e recusada"(p.62). Segundo Freire, "o educador que 'castra' a curiosidade do educando em nome da eficácia da memorização mecânica do ensino dos conteúdos, tolhe a liberdade do educando, a sua capacidade de aventurar-se. Não forma, domestica"(p.63). A autonomia, a dignidade e a identidade do educando tem de ser respeitada, caso contrário, o ensino tornar-se-á "inautêntico, palavreado vazio e inoperante"(p.69). E isto só é possível tendo em conta os conhecimentos adquiridos de experiência feitos" pelas crianças e adultos antes de chegarem à escola. Para Freire, o homem e a mulher são os únicos seres capazes de aprender com alegria e esperança, na convicção de que a mudança é possível. Aprender é uma descoberta criadora, com abertura ao risco e a aventura do ser, pois ensinando se aprende e aprendendo se ensina. Neste sentido, afirma que qualquer iniciativa de alfabetização só toma dimensão humana quando se realiza a "expulsão do opressor de dentro do oprimido", como libertação da culpa (imposta) pelo "seu fracasso no mundo". Por outro lado, Freire insiste na "especificidade humana" do ensino, enquanto competência profissional e generosidade pessoal, sem autoritarismos e arrogância. Só assim, diz ele, nascerá um clima de respeito mútuo e disciplina saudável entre "a autoridade docente e as liberdades dos alunos, (...) reinventando o ser humano na aprendizagem de sua autonomia"(p.105). Conseqüentemente, não se poderá separar "prática de teoria, autoridade de liberdade, ignorância de saber, respeito ao professor de respeito aos alunos, ensinar de aprender” (p.106-107). A idéia de coerência profissional, indica que o ensino exige do docente comprometimento existencial, do qual nasce autêntica solidariedade entre educador e educandos, pois ninguém se pode contentar com uma maneira neutra de estar no mundo. Ensinar, por essência, é uma forma de intervenção no mundo, uma tomada de posição, uma decisão, por vezes, até uma ruptura com o passado e o presente. Pois, quando fala de "educação como intervenção", Paulo Freire refere-se a mudanças reais na sociedade: no campo da economia, das relações humanas, da propriedade, do direito ao trabalho, à terra, à educação, à saúde(...)"(p.123), em referência clara a situação no Brasil e noutros países da América Latina. Para Freire, a educação é ideológica mas dialogante e atentiva, para que se possa estabelecer a autêntica comunicação da aprendizagem, entre gente, com alma, sentimentos e emoções, desejos e sonhos. A sua pedagogia é "fundada na ética, no respeito à dignidade e à própria autonomia do educando"(p.11). E é "vigilante contra todas as práticas de desumanização"(p.12). É necessário que "o saber-fazer da auto reflexão crítica e o saber-ser da sabedoria exercitada ajudem a evitar a "degradação humana" e o discurso fatalista da globalização"(p.12). Para Paulo Freire o ensino é muito mais que uma profissão, é uma missão que exige comprovados saberes no seu processo dinâmico de promoção da autonomia do ser de todos os educandos. Os princípios enunciados por Paulo Freire, o homem, o filósofo, o Professor que por excelência verdadeiramente promoveu a inclusão de todos os alunos e alunas numa escolaridade que dignifica e respeita os educandos porque respeita a sua leitura do mundo como ponte de libertação e autonomia de ser pensante e influente no seu próprio desenvolvimento. A Pedagogia da Autonomia é sem dúvida uma das grandes obras da humanidade em prol duma educação que respeita todo o educando (incluindo os mais desfavorecidos) e liberta o seu pensamento de tradições desumanizantes - porque opressoras. A esperança e o otimismo na possibilidade da mudança são um passo gigante na construção e formação científica do professor ou da professora que "deve coincidir com sua retidão ética" (p.18). Paulo Freire, um Professor que através da sua vida não só procurou perceber os problemas educativos da sociedade brasileira e mundial, mas propôs uma prática educativa para os resolver. Esta ensina os professores e as professoras a navegar rotas nos mares da educação orientados por uma bússola que aponta entre outros os seguintes pontos cardeais: a rigorosidade metódica e a pesquisa, a ética e estética, a competência profissional, o respeito pelos saberes do educando e o reconhecimento da identidade cultural, a rejeição de toda e qualquer forma de discriminação, a reflexão crítica da prática pedagógica, a corporeificação, o saber dialogar e escutar, o querer bem aos educandos, o ter alegria e esperança, o ter liberdade e autoridade, o ter curiosidade, o ter a consciência do inacabado... Como princípios basilares a uma prática educativa que transforma educadores e educandos e lhes garante o direito a autonomia pessoal na construção duma sociedade democrática que a todos respeita e dignifica. Paulo Freire demonstra a todos os falantes da língua portuguesa, acostumados à maneira masculina de ver o mundo, a qual tem mantido invisível metade da humanidade os seres femininos, que a língua Portuguesa também nos proporciona as possibilidades do uso de linguagem que respeita a comparticipação visível e dignificante da mulher no mundo atual. Para Paulo Freire não existe unicamente o homem, o professor, o aluno, o pai mas também a mulher, a professora, a aluna, a mãe! A impressão geral do livro é que Paulo Freire escreve e discursa, acima de tudo, com amor pelo que faz. O autor vai lentamente introduzindo conceitos que se misturam e se complementam, às vezes de maneira sutil, e em outras ocasiões de maneira objetiva e absolutamente sincera. Uma das principais mensagens que o autor deixa nesta obra, ao meu ver, é o significado do ensinar. É com a mais brilhante vocação que o autor mostra em simples palavras que ensinar é todo um processo de troca entre aluno e professor, onde ambos aprendem, ambos adquirem e sanam dúvidas, ambos crescem como seres humanos. É a mensagem de que para ensinar precisamos, antes de mais nada, ter a consciência da importância e da beleza desta tarefa, da importância de se poder fazer a diferençanum sistema socio-econômico-político com certezas às vezes tão opressoras e cruéis àqueles que não dispõe de meios financeiros para obter cultura e informação. Enfim, o professor Paulo Freire nos dá uma aula de ensinar, e nos fornece com um pensamento livre e despojado uma grande inspiração: de que ensinar vale a pena. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paulo Freire A temática central deste livro é a formação de professores, inserida numa reflexão sobre a prática educativo- progressista em favor da AUTONOMIA dos alunos (pois FORMAR é muito mais do que simplesmente EDUCAR).Na verdade, o enfoque não foge muito do que poderia ser chamado de "ética do ensino", procurando alertar o leitor sobre a diferença entre treinar, ensinar e educar, temas freqüentes na obra deste autor. Grande parte do livro é dedicada a discussões sobre o quanto as atitudes que o professor toma dentro de sala e fora dela influenciam o que ele passa para seus alunos, englobando desde recomendações sobre a tomada de consciência de que os alunos têm uma cultura e uma curiosidade que precedem a imposição da escola, a discussão sobre a mudança de "curiosidade ingênua" para "curiosidade epistemológica" (que não diferem em sua essência, mas em sua complexidade, pois enquanto aquela se baseia apenas na experiência cotidiana, esta é dotada do rigor metódico, do criticismo), até a consideração dos educandos como seres humanos, portanto, seres histórico-sociais dotados de uma noção mínima de ética. O autor não fecha os olhos para as injustiças que acontecem com os "esfarrapados do mundo". Está ao lado deles, embora não aceite que, para que as injustiças acabem, ações terroristas sejam tomadas. Os professores têm grande responsabilidade ao ensinar e devem ser dotados de ÉTICA (universal do ser humano, sem cinismos), sendo esta intimamente relacionada ao seu preparo científico, combatendo a malvadez da ética de mercado mundial (baseada em lucros). Paulo Freire beira o moralismo quando se põe a discutir sobre os preconceitos embutidos consciente ou insconscientemente no processo educativo. Discute desde frases do tipo "Maria é negra, mas é bondosa e competente" e até justifica sua raiva frente a posturas deste tipo. Beira o moralismo também quando se refere a crianças de escola pública que depredam o próprio patrimônio (ou seja, a escola), porque "como cobrar das crianças um mínimo de respeito (...) se o Poder Público revela absoluta desconsideração à coisa pública?". Ele mesmo percebe isso, e freqüentemente se dirige ao leitor para que ele lembre que não está sendo descrita uma "educação de anjos", mas uma "educação de homens e mulheres". Talvez isso seja uma reflexão de ideologia esquerdista, sobre a qual também existe menção, tendo como foco os professores que se dizem "progressistas" mas se renderam à rotina neocapitalista. Freire parece, então, não utópico, mas excessivamente confiante na vontade das pessoas de se tornarem melhores (i.e. apoiarem atitudes "progressistas"). Existe ainda uma preocupação com a caracterização do meio escolar como um meio de convívio social onde existem exemplos humanos além dos que se encontram nos livros didáticos, e como o professor é um desses exemplos, ele deve ter plena consciência disso, e portanto julgar as próprias ações. Freire não insiste, neste livro, no aspecto teórico da epistemologia, mas sempre recomenda a postura crítica frente a qualquer atitude, seja ela um conteúdo escolar ou não, porque essa postura crítica é o que caracteriza a "curiosidade epistemológica" e permite que, uma vez identificados os erros, sejam feitas mudanças. E essas mudanças são aquelas que levariam à melhoria das condições de vida de cada um, ou ao progresso. Freire tem, no entanto, várias distorções de visão, pois além de várias vezes ser utópico, sugere que se leve discussões políticas para a sala de aula (o que é negativo para a formação de Ciências Sociais, porque a ideologia do professor contamina o que ele se dispuser a discutir) e ainda tem uma visão excessivamente centrada no ser humano, colocando animais (inclusive mamíferos) como seres inferiores (o que é negativo principalmente na formação de Ciências Naturais). Com base nestes apontamentos iniciais, podem ser citadas algumas das considerações sobre a prática docente: 1) Deve existir uma reflexão crítica entre a relação Teoria/ Prática, para que nenhuma perca seu sentido ou importância.2) O professor não pode somente transferir conhecimento, devendo haver uma troca de ensinamentos e aprendizagens entre educador e educando (este, cada vez mais curioso, poderá criar sempre mais). O professor deve estar aberto aos questionamentos e dificuldades dos alunos. Entretanto, se o aluno foi submetido a um falso ensinar, isto não significa que ele está condenado, pois se ele tiver curiosidade e capacidade de se arriscar, pode superar esta falha. 3) É preciso reforçar a capacidade crítica do educando e sua insubmissão, dentro de uma rigorosidade metódica, para que ele não se torne um simples "memorizador". 4) Os conhecimentos dos alunos têm que ser respeitados, principalmente daqueles vindos de classes mais baixas, e aplicá-los aos conteúdos ensinados (REALIDADE DENTRO DO APRENDIZADO). 5) A crítica deve estar inserida no ensino, a partir da curiosidade dos alunos. Esta, inicialmente ingênua, ao ser superada, pode tornar- se epistemológica, com a aplicação da prática pedagógico- progressista. 6) Necessidade de decência e pureza (que não pode ser entendida como puritanismo). Se o ensino for transformado em pura técnica, o educador distancia- se da ética. - Não deve haver discriminação, pois esta prática fere a dignidade do ser humano e não se aplica à democracia. 7) É necessário ensinar o educando a PENSAR CERTO. 8) Deve- se assumir a identidade cultural de cada um, assunção esta incompatível com os pensamentos elitistas. 9) O professor tem que estar ciente de que suas atitudes podem influenciar profundamente a vida de um aluno, positiva ou negativamente. 10) O conhecimento do professor precisa ser vivido por ele, encarnado, para que se transforme em prática aplicável.11) O ensino e sua prática não podem ser tratados como algo definitivo, são passíveis de mudança. O ser humano também é inacabado e justamente por isso, o ato de ensinar/aprender deve ser permanente. 12) É necessária a consciência de que as pessoas podem ser CONDICIONADAS de acordo com o meio. Porém, isto não significa que elas sejam DETERMINADAS por ele (os obstáculos não são eternos). 13) O respeito pela autonomia do aluno é exigido pela ética. Cada um possui particularidades e pensamentos que não podem ser minimizados ou ridicularizados. Se isto acontecer, a ética é transgredida. - Bom senso. Autoridade não pode ser entendida como autoritarismo. O professor tem que entender, em certas ocasiões, pontos falhos do aluno. Ao invés de reprimi-lo, tem que ajudá-lo, com humildade e tolerância. 14) Sobre a avaliação: seria boa uma forma na qual fosse feita junto com os alunos, pois a avaliação é para eles, e não para o educador. 15) Para a realização da docência decente, devem existir condições favoráveis, higiênicas, espaciais e estéticas. O corpo docente deve lutar pelos seus direitos (como um salário digno), isto faz parte da prática de lecionar. 16) Se a educação é ofendida (principalmente nas escolas públicas), o professor deve tomar uma postura política que o permita lutar contra esta ofensa, além de repensar sobre a eficácia das greves. 17) Deve haver alegria e esperança. A esperança faz parte do ser humano, e negá-la contradiz a prática progressista da educação e a ética (sempre contra a frase: "O QUE FAZER? A REALIDADE É ASSIM MESMO"). 18) O futuro deve ser tratado como problema, que pode ser solucionado, e não como inexorável. Com base nisso, o professor tem que estar convencido de que mudanças são possíveis, por exemplo, com relação aos favelados e aos sem- terra. 19) O professor, assim como o aluno, também é movido pela curiosidade. Ela é a mola propulsora do aprendizadoe do ensino do educador, da construção e produção de conhecimentos. Proporciona um diálogo entre o professor e o aluno. Porém, este diálogo não deve ser tratado como apenas um vai- vem de perguntas e respostas: momentos explicativos do educador são necessários. 20) É preciso tomar muito cuidado com a relação autoridade- liberdade, sempre ameaçadas pela prática do autoritarismo e da licenciosidade, prática esta que pode acabar levando a disciplina à indisciplina. 21) O educador tem que ser seguro, competente e generoso, atitudes estas que exigem esforço e moralidade. 22) Não se deve falar de cima para baixo, achar que é o dono da verdade. Um educador não deve falar PARA o educando, mas sim COM ele, e isso só é possível quando o educador sabe escutar. Porém, a escuta não deve ser passiva, ela é uma boa forma de se fazer questionamentos sobre o que está sendo exposto, de defender uma opinião própria. Isto pode ser refletido numa maneira crítica e justa de avaliação. Existem, então, após todos estes apontamentos, algumas relações que nunca podem ser desenlaçadas, para que a pedagogia da autonomia seja aplicável: ensino dos conteúdos com formação ética dos educandos, prática com teoria, ignorância com saber (seja de educador ou educando), autoridade com liberdade, respeito ao professor com respeito ao aluno, ensinar com aprender. Todas elas devem ser respeitadas e tratadas com responsabilidade. Aspectos políticos também sempre devem ser levados em conta. Classes dominantes enxergam a educação como IMOBILIZADORA E OCULTADORA de verdades. Entretanto, a educação é uma forma de se intervir no mundo. Contudo, deve ficar muito claro para o educador que a autonomia não vem de um dia para o outro, leva tempo para ser construída. Um grande cuidado também é extremamente necessário ao educador: de que a educação é ideológica e que, dependendo da ideologia, ele pode acabar aceitando idéias perigosas (o mundo é assim, não está assim, por exemplo). E, por fim, deve ficar muito claro que uma docência decente, de qualidade, não se separa da afetividade que o professor tem por seus alunos (embora ela não deva interferir, por exemplo na avaliação, e nem signifique que o educador deva amar todos seus alunos de maneira igual). Freire introduz a Pedagogia da Autonomia explicando suas razões para analisar a prática pedagógica do professor em relação à autonomia de ser e de saber do educando. Enfatiza a necessidade de respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola, visto ser ele um sujeito social e histórico, e da compreensão de que "formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas" (p.. 15). Define essa postura como ética e defende a idéia de que o educador deve buscar essa ética, a qual chama de "ética universal do ser humano" (p. 16), essencial para o trabalho docente. Não podemos nos assumir como sujeitos da procura, da decisão, da ruptura, da opção, como sujeitos históricos, transformadores, a não ser assumindo-nos como sujeitos éticos (...) É por esta ética inseparável da prática educativa, não importa se trabalhamos com crianças, jovens ou com adultos, que devemos lutar (p. 17 e 19). Em sua análise, menciona alguns itens que considera fundamentais para a prática docente, enquanto instiga o leitor a criticá-lo e acrescentar a seu trabalho outros pontos importantes. Inicia afirmando que "não há docência sem discência" (p. 23), pois "quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado" (p.25). Dessa forma, deixa claro que o ensino não depende exclusivamente do professor, assim como aprendizagem não é algo apenas de aluno. "Não há docência sem discência, as duas se explicam, e seus sujeitos, apesar das diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar, e quem aprende ensina ao aprender" (p. 25). Justifica assim o pensamento de que o professor não é superior, melhor ou mais inteligente, porque domina conhecimentos que o educando ainda não domina, mas é, como o aluno, participante do mesmo processo da construção da aprendizagem. Segue sua análise colocando como absolutamente necessário o rigor metódico e intelectual que o educador deve desenvolver em si próprio, como pesquisador, sujeito curioso, que busca o saber e o assimila de uma forma crítica, não ingênua, com questionamentos, e orienta seus educandos a seguirem também essa linha metodológica de estudar e entender o mundo, relacionando os conhecimentos adquiridos com a realidade de sua vida, sua cidade, seu meio social. Afirma que "não há ensino sem pesquisa nem pesquisa sem ensino" (p. 32). Esse pesquisar, buscar e compreender criticamente só ocorrerá se o professor souber pensar. Para Freire, saber pensar é duvidar de suas próprias certezas, questionar suas verdades. Se o docente faz isso, terá facilidade de desenvolver em seus alunos o mesmo espírito. O professor que pensa certo deixa transparecer aos educandos que uma das bonitezas de nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo (...) Ensinar, aprender e pesquisar lidam com dois momentos: o em que se aprende o conhecimento já existente e o em que se trabalha a produção do conhecimento ainda não existente (p.31). Ensinar, para Freire, requer aceitar os riscos do desafio do novo, enquanto inovador, enriquecedor, e rejeitar quaisquer formas de discriminação que separe as pessoas em raça, classes... É ter certeza de que faz parte de um processo inconcluso, apesar de saber que o ser humano é um ser condicionado, portanto há sempre possibilidades de interferir na realidade a fim de modificá-la. Acima de tudo, ensinar exige respeito à autonomia do ser do educando. O respeito à autonomia e à dignidade de cada um é imperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder uns aos outros (...) O professor que desrespeita a curiosidade do educando, o seu gosto estético, a sua inquietude, a sua linguagem, mais precisamente, a sua sintaxe e a sua prosódia; o professor que ironiza o aluno, que o minimiza, que manda que "ele se ponha em seu lugar" ao mais tênue sinal de sua rebeldia legítima, tanto quanto o professor que se exime do cumprimento de seu dever de propor limites à liberdade do aluno, que se furta ao dever de ensinar, de estar respeitosamente presente à experiência formadora do educando, transgride os princípios fundamentalmente éticos de nossa existência (p. 66). É importante que professores e alunos sejam curiosos, instigadores. "É preciso, indispensável mesmo, que o professor se ache repousado no saber de que a pedra fundamental é a curiosidade do ser humano" (p. 96). Faz-se necessário, portanto, que se proporcionem momentos para experiências, para buscas. O professor precisa estar disposto a ouvir, a dialogar, a fazer de suas aulas momentos de liberdade para falar, debater e ser aberto para compreender o querer de seus alunos. Para tanto, é preciso querer bem, gostar do trabalho e do educando. Não com um gostar ou um querer bem ingênuo, que permite atitudes erradas e não impõe limites, ou que sente pena da situação de menos experiente do aluno, ou ainda que deixa tudo como está que o tempo resolve, mas um querer bem pelo ser humano em desenvolvimento que está ao seu lado, a ponto de dedicar-se, de doar-se e de trocar experiências, e um gostar de aprender e de incentivar a aprendizagem, um sentir prazer em ver o aluno descobrindo o conhecimento. É digna de nota a capacidade que tem a experiência pedagógica para despertar, estimular e desenvolver em nós o gosto de querer bem e gosto da alegria sem a qual a prática educativa perde o sentido. É esta força misteriosa, às vezes chamada vocação, que explica a quase devoção com que a grande maioria do magistério nele permanece, apesar da imoralidade dos salários. E não apenas permanece, mas cumpre, como pode, seu dever (p. 161). Nessa obra, portanto, expondo os saberes que considera necessários à prática docente, Paulo Freire orienta ao mesmo tempoque incentiva os educadores e educadoras a refletirem sobre seus fazeres pedagógicos, modificando aquilo que acharem preciso, mas especialmente aperfeiçoando o trabalho, além de fazerem a cada dia a opção pelo melhor, não de forma ingênua, mas com certeza de que, se há tentativas, há esperanças e possibilidades de mudanças daquilo que em sua visão necessita mudar. Uma das tarefas primordiais dos educadores é trabalhar com os educandos a rigorosidade metódica com que devem se aproximar dos objetos cognicíveis. Resgatar nos saberes cotidianos, ainda que vindos de curiosidade ingênua, o estímulo à capacidade criadora do educando. A superação da ingenuidade levando à criticidade segundo pensar correto de Freire demanda profundidade e superficialidade na compreensão e interpretação dos fatos. Quem pensa certo é quem busca seriamente a segurança na argumentação, e é o que discordando do seu oponente, não tem o porquê contrair uma raiva desmedida. Quem observa, o faz segundo um ponto de vista, mas não por isso situa o observador em erro, uma vez que o erro não está em ter um ponto de vista, mas absolutizá-lo e desconhecer que, mesmo do acerto do seu ponto de vista é possível que a razão ética nem sempre esteja com ele. O inacabamento do ser ou sua inconclusão é próprio da experiência vital, onde há vida, há inacabamento. A diferença entre um ser inacabado e o ser determinado é que o primeiro muito embora seja condicionado, tem consciência do inacabamento. O ser inacabado sabe que a passagem pelo mundo não é pré-determinada, pré-estabelecida, e o seu “destino” não é um dado mas algo que precisa ser feito e de sua própria responsabilidade. Para ter segurança o professor deve estudar e preparar suas aulas, deve se esforçar para estar à altura de sua profissão. O esforço para atingir estas metas fornece a moral necessária para que o professor transpareça a segurança de seus conhecimentos e sua autoridade nos assuntos que vai ensinar. É ouvindo o aluno com paciência e criticamente que aprendemos a falar com ele. Aprendendo a escutar o educando, ouvindo suas dúvidas, em seus receios, em sua incompetência provisória, faz com que o docente aprenda a falar com ele. O bom professor deve ser curioso e deve provocar curiosidade. Esta curiosidade deve ser incentivada para que mantenha viva a chama do querer saber, do querer entender. Se esta troca não ocorrer, com o tempo o professor se verá diante de uma situação quase estática, paternalista da maneira de ensinar, que impedem o exercício livre da curiosidade. A curiosidade deve ser democrática. A curiosidade que silencia a outra se nega a si própria. A educação deve também servir de meio e forma para transformações sociais, mas deve-se ter consciência da sua indevida utilização como meio de reprodução de ideologias dominantes. Na opinião de Paulo Freire, não é possível ao bom professor ser um ser completamente apolítico, dado que estará expondo suas opiniões e ensinando muitos conceitos baseados em sua visão de mundo. Mas podem demonstrar que é possível mudar. E isto reforça nele ou nela a importância de sua tarefa político–pedagógica. Esta abertura ao querer bem não significa que, como professor, obrigue a querer bem todos os alunos de maneira igual. Significa, de fato, que a afetividade não deve assustar o docente, que não deve ter medo de expressá-la. O professor deve descartar como falsa a separação radical entre seriedade docente e afetividade. Nossa impressão geral do livro é que Paulo Freire escreve e discursa, acima de tudo, com amor pelo que faz. O autor vai lentamente introduzindo conceitos que se misturam e se complementam, às vezes de maneira sutil, e em outras ocasiões de maneira objetiva e absolutamente sincera. Uma das principais mensagens que o autor deixa nesta obra, ao nosso ver, é o significado do ensinar. É com a mais brilhante vocação que o autor nos mostra em simples palavras que ensinar é todo um processo de troca entre aluno e professor, onde ambos aprendem, ambos adquirem e sanam dúvidas, ambos crescem como seres humanos. É a mensagem de que para ensinar precisamos, antes de mais nada, ter a consciência da importância e da beleza desta tarefa, da importância de se poder fazer a diferença num sistema socio-econômico-político com certezas às vezes tão opressoras e cruéis àqueles que não dispõe de meios financeiros para obter cultura e informação. Enfim, o professor Paulo Freire nos dá uma aula de ensinar, e nos fornece com um pensamento livre e despojado uma grande inspiração: de que ensinar vale a pena.
LIVRO: APRENDENDO INTELIGÊNCIA. Esta obra conta que Durante muito tempo acreditou-se que a inteligência fosse uma característica inata do ser humano. Porém, os avanços da neurociência têm demonstrado que inteligência, talento e vocação são atributos que podem ser adquiridos com facilidade e um pouco de esforço. Este livro ensina como usar a inteligência para se tornar uma pessoa mais inteligente. 'Aprendendo Inteligência' apresenta um panorama do que há de incorreto nas escolas e na maneira como os alunos encaram os estudos, além de demonstrar, de forma simples, como os erros mais comuns podem ser evitados em nosso cotidiano, e incentiva o aluno ser humano que ele é, sim capaz.
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Como estrelas na Terra O filme Como estrelas na terra dirigido por Aamir Khan, na India é muito lindo pois conta a história de um menino que enfrenta problemas na escola, tanto intelectual, quanto social. Ishaam é o nosso protagonista, e no filme sobre de dislexia. “Doença” na mente. Onde não consegue ler e nem escrever corretamente. O filme começa mostrando como funciona a mente, de uma pessoa que sofre da dislexia. Mostra também que esse pessoa possui um raciocínio lento e se distrai com facilidade. Geralmente não acompanha a rotina e esta sempre dependente de outra pessoa, apesar de não ter um bom convívio social.Ishaam estudava em uma escola tradicional, onde os professores seguiam todas as regras do tipo: Arrumação, pontualidade, castigos e etc. Uma das coisas que mais me chamou atenção foi que os professores não estavam preocupados se os alunos aprendiam, não se preocupavam de planejar algo diferente, tudo era sempre repetitivo e sempre com rotinas. Então, Ishaam sofria pois não conseguia seguia todas essas informações, e com isso sofria muito. Um dia ele resolveu sair da escola depois de ter passados por algumas humilhações, e foi para rua, andou sozinho e se sentiu livre, mas precisou da ajuda do irmão para esconder o acontecido. Mas logo seus pais descobrirão. E diante de tantas broncas e reclamações que chegavam da escola seus pais resolverão mandar Ishaam para um colégio especial, onde pudesse ser disciplinado, pois na concepção dos professores, diretores e pais, o que Ishaam tinha era indisciplina. Logo seu pai tomou todas as providencias, e ao levar Ishaam ao colégio ele sofreu muito, pois achou que estava sendo abandonado. Ishaam sofreu, mas também começou a se virar sozinho. Ficou dias chorando, não atendia aos telefonemas da mãe ou quando atendia não respondia nada, não desenhava mais, sendo que isso era o que mais gostava de fazer. Certo dia o professor de artes precisou ser substituído e em seu lugar chegou um professor totalmente diferente do que aqueles que os garotos do colégio estava acostumado ver, suas aulas eram animadas, diferentes e sempre procurando entender os alunos. Era o tipo de professor que não seguia o tradicional. Sua primeira aula foi bem diferente mas não conseguiu chamar atenção de Ishaam. Ele ficou a aula toda de cabeça baixa e não desenhou. Isso chamou a atenção do professor que foi estudar o caso dele. E pode perceber que Ishaam era especial. Que não escrevia porque tinha problemas e com isso se prontificou a ajudá-lo, pedindo licença ao diretor, que custou a acreditar.Mais ele conseguiu segundo passo foi pedir e avisar a família qual era o problema de Ishaam. O pai não acreditou muito, mas a mãe ficou com muito remoço. Pois toda mãe é mãe. Com isso o professor começou um trabalho extra classe, e o melhor diferenciado.Todo material era grande e sempre concreto, nunca mostrou nada abstrato. Demorou um pouco mas Ishaam conseguiu. Um fator muito importante foi quando o professor lançou um concurso de pintura pois ele sabia que o vencedor seria Ishaam, pois ele era muito bom, tudo que ele aprendia ele desenhava. O concurso aconteceu e Ishaam ganhou, Ele começou a sentir-se seguro e o mais importante foi o professor que passou tudo isso para ele.Quando ele se sentiu o mais fraco dos fracos, o mais abandonado de todos, o professor estava ali para mostrar-lhes que era muito importante e foi essa confiança que vez com que Ishaam aprendesse. O filme é muito lindo, e fez-me chorar o tempo todo. Pois toca fundo no nosso coração quando ao mostrar o livrinho que desenhou de sua família aos poucos ele vai se afastando. Quando ele ganha e vai abraçar o professor, quando seus pais o deixa e ele fica só e olhando o carro se afastar. Na hora que ele se tranca no banheiro e começa a se bater.Veja só como podemos observar o que se passa na mente de uma criança, eu mesma sou mãe e muitas vezes não consigo entende-los. Não tenho paciência, não brinco com eles, e não dou a atenção devida. Sei que não estou a todo tempo dando apoio aos meus filhos por conta de trabalho, mas quando penso nesse filme me vejo na mesma situação. Mesmo não tendo deixado meus filhos em lugar algum, senti que eles estão abandonados. Mesmo estando em casa a todo tempo, não sou eu que acompanho as tarefas deles, e logo não acompanho o desenvolvimento também. Vejo nesse filme o quanto estou errando e penso em concertar, mas também não sei por onde começar.Digo toda vez que me recordo deste filme que já assistir umas quatro vezes que toda mãe, professor e pedagogo que assistisse não agiria da mesma forma. Hoje ele conseguiu mudar alguma coisa em mim e sei que o longo da vida vou mudar mais. Esse filme é um exemplo de vida!
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PAIS BRILHANTES PROFESSORES FASCINANTES No livro o autor, relata a dificil complexa tarefa da educação, tarefa essa que deve ser feita com muito deidação e amor. A leitura deste livro proporciona uma visão mais apurada da profissão de educar. Quando comparada com o papel dos pais elas se confundem, pois tem o mesmo objetivo: formar pensadores. Comenta sobre o futuro da juventude, que os pais estragaram, não por intenção, enchendo-os de atividades, mas tentando dar o melhor para eles, esquecendo ou não percebendo que criança precisa de infância. Nós nos transformamos em maquinas de trabalhar e estamos transformando nossas crianças em maquinas de aprender.Essa resenha crítica proporcionou um aprofundamento no assunto, bem como a evolução da escrita e aperfeiçoamento da crítica à obra do autor. Uma visão mais próxima da realidade é importante para fazer com que o aluno, quando estiver na pratica da docência, não cometa alguns erros comumente cometidos pelos professores desta área.Com esta resenha pode-se acumular vários conhecimentos, experiências e o senso critico foi aguçado em muito, além da visão de avaliação do aluno focando seu progresso pessoal, o que será muito útil tanto na prática da docência quanto na vida pessoal.A leitura deste livro proporciona uma visão mais apurada da profissão de educar. Quando comparada com o papel dos pais elas se confundem, pois tem o mesmo objetivo: formar pensadores.Mesmo que não se consiga aplicar todas as ferramentas apontadas no texto, usando-se apenas uma parte delas já se notará mudanças significativas.A educação é o pilar da sociedade, portanto é preciso investir nos professores e nas escolas. Na verdade é investir no futuro, e o futuro pode ser promissor ou nebuloso dependendo do tipo de educação que será ministrado aos jovens de hoje. Concluindo o livro o autor conta uma história que compara a profissão de educador com várias outras profissões, nesta história as outras profissões são as melhores e mais importantes e acabam por colocar a profissão de educador no chão. O resultado é o desmoronamento dos pilares da sociedade que é a educação. Em síntese o professor é o profissional que alicerça todas as profissões sem eles o mundo iria ao caos.
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Filme: "Escritores da Liberdade" No filme, a professora Erin Gruwell assume uma turma de alunos problemáticos de uma escola que não está nem um pouco disposta a investir ou mesmo acreditar naqueles garotos. No começo a relação da professora com os alunos não é muito boa. A professora é vista como representante do domínio dos brancos nos Estados Unidos. Suas iniciativas para conseguir quebrar as barreiras encontradas na sala de aula vão aos poucos resultando em frustações. Apesar de muitas vezes apresentar desânimos nas chances de um resultado positivo no trabalho com aquele grupo, Erin não desiste, levanta a cabeça e segue em frente. Mesmo não contando com o apoio da direção da escola e das demais professoras, ela acredita que há possibilidades de superar as mazelas sociais e étnicas ali existentes. Para isso cria um projeto de leitura e escrita, iniciada com o livro " O diário de Anne Frank" em que os alunos poderão registrar em cadernos personalizados o que quiserem sobre suas vidas. Ao criar um elo de contato com o mundo Erin fornece aos alunos um elemento real de comunicação que permite ao mesmo se libertarem de seus medos, anseios, aflições e inseguranças. Erin consegue mostrar aos alunos que os impedimentos e situações de exclusão e preconceito podem afetar a todos independente da cor, da pele, da origem étnica, da religião etc.
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LIVRO: DÉFICIT DE ATENÇAO TEM SOLUÇAO. Este livro traz uma abordagem em que a mente e a inteligência ocupam papel de destaque e tem o intuito de contribuir para que pais, educadores e especialistas possam discutir e compreender um pouco mais a respeito de problemas como o baixo desempenho, a dificuldade de concentração e memorização, a lentidão, a distração e a inquietude.
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MEU NOME É RADIO O filme "Meu nome é Rádio" baseado em fatos reais, aborda a superação de um jovem, que apresentava uma deficiência,e um treinador de futebol americano, que ao lecionar num colégio buscou fazer a diferença, inserindo James num âmbito escolar. A partir do filme analisa-se algum pontos e situações relevantes como o papel do educador, a família e a escola, sendo o primeiro ponto percebido a conduta do treinador ao aplicar nos seus alunos um treinamento prolongado ,pelo modo como trataram James ao trancar no quarto,amarrando.A observação e a maneira que se aproximou de James analisando seu comportamento , passando a acompanhá-lo em todos os momentos de sua vida. A preocupação em conversar com sua mãe sobre o problema que tinham , e o desafio com a diretoria para que viesse perceber como lhe dar com a deficiência de James. Em relação a escola , a diretora via James como um problema , preocupando apenas como ele poderia reagir perante aos outros alunos, tentando afastá-lo devido a sua deficiência. Já o pai de um aluno criticava o treinador , afirmando que deveria se distanciar de James. No entanto o treinador acreditava no seu potencial , bastasse que lhe desse uma oportunidade. O filme apresenta vários momentos significativos entre eles; quando James foi trancado e o que sentiu, a perda de sua mãe, ainda na sua formatura, ao se tornar treinador e o tratamento na qual ele tinha com outras pessoas que estava ao seu redor. Diante disso , nós como educadores temos um papel fundamental como formadores , que é visualizar o diferente e fazer a diferença.
XADREZ DAS CORES O filme narra a história da convivência entre uma mulher branca e outra negra. A primeira, Maria – viúva, idosa, sem filhos, doente e muito solitária, totalmente dependente. A segunda, Cida - jovem, negra, pobre, sem filhos, trabalhadeira, honesta, independente, habitante em uma comunidade muito pobre. Maria contratou Cida como sua empregada e cuidadora. No entanto, apesar da eficiência e da honestidade de Cida, Maria a tratava com xingamento, palavras ofensivas e discriminatórias, preconceituosas.Enfim, a função de Maria era a de humilhar sua funcionária, apenas porque ela era negra. Tudo que Cida fazia, e fazia muito bem, não era suficiente para fazer de Maria uma pessoa mais humana, menos intolerante. Mesmo nos momentos de diversão era perversa, racista. Não sabia ela que o seu único divertimento seria o instrumento de libertação de Cida e dela própria – o xadrez. Maria gostava de jogar xadrez, mas não tinha companhia, ela sempre pegava o jogo e ficava manuseando as peças, sem com quem jogar. Cida observando a atitude de sua patroa, ela procurava ajudá-la, mas não sabia como porque ela não sabia jogar xadrez. Então ela pediu a senhora para lhe ensinar. Maria aborrecida lhe ensinou, mesmo por que era a única forma de ela não se divertir um pouco. A empregada aprendeu o jogo e passou a ser parceira de Maria sempre que ela queria jogar. No entanto, a mulher usava o jogo para discriminar sua empregada. Durante as partidas, ela só ficava com as peças brancas, enquanto que para Cida lhe cabia as peças negras. Como Maria tinha mais habilidades com o xadrez, ela sempre ganhava e toda vez que comia uma peça - a negra – jogava-a no balde de lixo, representando o ódio pelos negros. Aquela atitude era como se estivesse jogando Cida no lixo. Um dia Cida comprou um jogo de xadrez. Em casa, enquanto manipulava as peças, observou as crianças da comunidade, onde ela morava brincando. Então resolveu fazer do xadrez uma saída para que aquelas crianças não vivessem a situação de violência, pela qual passou o filho dela. Foi assassinado. Aliás, a violência era a única coisa que deixava Maria e Cida em condição de igualdade – a patroa foi obrigada pelo marido a abortar o seu filho e a empregada teve seu filho morto pela violência da sociedade. Deixando de lado o parêntese, Cida convida as crianças para tomar conhecimento do xadrez. Uma a uma se aproximam e começam a jogar. Cansada de tanto ser humilhada, Cida desiste de trabalhar na casa da racista. Seu sobrinho, o agenciador, contrata outra empregada. Uma mulher branca. Só que a nova empregada de eficiente não tinha nada, não cuidava da senhora como Cida fazia. Assim ela foi dispensada. O sobrinho de Maria volta a procurar por Cida, que reluta, mas termina voltando para o emprego. Só que com outro pensamento, visão da vida. Ela agora era uma cidadã, consciente de seus direitos e deveres. Assim, ela era quem poria “as cartas na mesa”, ou melhor, as peças de xadrez. Nas partidas com Maria, ela ficaria com as peças brancas e Maria com as pretas. Maria, por falta dos trabalhos de Cida e talvez por reconhecer a sua capacidade de transformação, aceita as condições. As duas acabam se tornando amigas.
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O menino do pijama listrado No inicio da segunda guerra mundial a Alemanha estava em conflito com os judeus, uma família alemã que morava em Berlim teve que se mudar para uma casa perto do campo de concentração, onde o Ralf pai de Bruno trabalhava como militar, seu filho Bruno fez amizade com um judeu chamado Samuel onde aprendeu o significado da amizade. Bruno apesar de ter prejudicado Samuel ele o perdoou, sem preconceito Bruno prometeu a Samuel que o ajudaria a procura seu pai que havia sumido depois de ter ido fazer um trabalho e não havia voltado.No dia em que Bruno iria se mudar para morar com sua tia resolveu fugir para ajudar Samuel a procurar seu pai, se vestiu como as outras crianças, cavou um buraco passando para dentro do campo de concentração, La dentro junto com Samuel foi a sua cabana a procura do pai, porém antes que conseguissem sair do campo de concentração foi levado junto com os judeus para a câmera de gás. Quando sua família sentiu sua ausência foram a sua procura encontraram suas roupas jogadas em frente ao campo de concentração,quando seu pai entrou no campo em busca de Bruno, viu que havia uma cabana vazia, lembrou-se que aquele seria o dia em que os judeus seriam colocados na câmera de gás, e logo descobriu que seu filho Bruno estava junto com os judeus, e havia sido morto.
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A voz do coração O filme acontece em um pensionato para pequenos delinquentes, onde um professor tem a tarefa de ensinar música, mesmo sem concordar com o diretor da escola insiste em impor regras militares dentro do pensionato fazendo com que os alunos apanhem a cada vez que comente algum erro. Seus alunos eram crianças problemáticas,não cresceram de forma saudável e que causam confusões o tempo todo no internato. Com a chegada do professor a escola tem a rotina mudada quando ele resolve montar um coral para manter a disciplina dos difíceis estudantes explorando os talentos de cada um dos alunos. Com suas vidas transformadas pela música, os internos ganham cada vez mais confiança no novo mestre, ao mesmo tempo em que seus talentos começam a ser expostos. Um grato se destaca Pierre, começa a demonstrar a cada ensaio do coral mais interesse para musica deixando o professor surpreso pelo seu Don natural em cantar, o coral do professor começa a se destacar a cada dia ao ponto de receber uma visita,e acaba conseguindo uma vaga para Pierre em um conservatório de musica, após um grave incêndio no conservatório o professor e despedido,levando consigo um garotinho que sonhava em sair de lá em um sábado.
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Meu Mestre Minha Vida. O Professor Arrogante e autoritário, é convidado por seu amigo a assumir o cargo de diretor na problemática escola em Patterson, New Jersey, de onde ele havia sido demitido. Com seus métodos nada realista, Ele se propõe a fazer uma verdadeira revolução no colégio marcado pelo consumo de drogas, disputas entre gangues e considerado o pior da região. Com isso, ele ao mesmo tempo coleciona admiradores e também muitos inimigos. Mais ele acreditava que poderia mudar essa escola com seu métodos muito severo, e assim conquistou muitos alunos, e assim teve a ajuda de todos para essa mudança e assim ele conseguiu fazer a grande mudança.
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A EDUCAÇÃO SOB O OLHAR DOCENTE O educador sempre teve, em variadas épocas a missão de colaborar no desenvolvimento humano, pois sua profissão influencia o desenvolvimento e tem grande importância para a evolução dos alunos. Mas nossa realidade é diferente e tem muitos obstáculos para poder ser bem-sucedida pois a rede pública tem muitos problemas, como a verba destinada ao pagamento de educadores é insuficiente, tem baixa interação entre aluno e professor, falta de envolvimento da família na vida educacional do estudante, e desinteresse. Todos esses motivos reduzem, a qualidade de relacionamento e enfraquece o espírito pedagógico. Os educadores já possuem plena consciência sobre as dificuldades existentes no cotidiano de sua profissão, falta de interesse em muitos estudantes é frustração presente nos professores, mesmo o educador de temperamento ameno e com boa dose de motivação por razões pessoais, encontra dificuldade de desenvolver a ação principal de seu propósito a educação. Outro fato necessário é estimular os alunos, com entusiasmo à participação não apenas à presença física, mas à intervenção e exploração do saber, assim é uma forma de ampliar as chances de sucesso no processo pedagógico. A sua aplicação na educação das crianças possui um valor fundamental, e a responsabilidade de pais e educadores faz a diferença durante a formação educacional. Também ter motivação é muito importante, e sobretudo que seja bem compreendida e utilizada da melhor maneira em favor do desenvolvimento para atender as necessidades de sentir-se amado, aceito, aprovado e estimado.
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ra que serve a literatura? O livro relata que pela linguagem podemos acessar a cultura, interagir com os outros,comunicar, educar e criar. E ela não é exata sempre se renova conforme a usamos, provocando sentidos diferentes. A criança, desde que nasce, ainda bebê, demonstra sua alegria e satisfação quando adulto lhe dedica atenção e afeto. Um simples toque das mãos, um rápido olhar, a voz de alguém se aproximando sãosempre motivos do bebê se comunicar com o mundo ao qual acaba de chegar e quer muito se integrar e conhecer. Assim devemos oferecer para as crianças desde muito pequenos textos literários que promove a apropriação da linguagem em toda a sua vida, comentar e brincar é preciso para um bom convívio e desenvolvimento da criança. Quanto mais frequente for a proximidade do adulto com o bebê, proporcionando-lhe carinho e amor, mais aumentarão as chances para a sua segurança emocional e a disponibilidade positiva de se relacionar com o mundo.
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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA Tratando-se da Educação, a formação dos professores no brasil foi e continua sendo objeto de inúmeros trabalhos buscando compreender sua temporalidade, sua história, seu projeto que está vinculado à muita exigência. O que está em construção é um sistema de representações que defina objetivos suficientemente coerentes e reconhecidos socialmente ao longo do tempo, sempre buscando práticas profissionais que atendam às necessidades do sistema público de ensino. As necessidades básicas de aprendizado podem ser consideradas como um dos conceitos essenciais valorizados, mas a formação de mestres, nos dias de hoje, é um grande desafio pois são múltiplas e complexas. Mas devemos hoje nos tornar-se um profissional crítico reflexivo, que tenha as teorias embasando o seu refletir pedagógico com uma constante disposição para aprender, inovar, questionar e investigar sobre como e por que ensinar preparando-o para entender a realidade, e projetar ações que favoreçam a aprendizagem das crianças.
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O CANTO NA ESCOLA DE 1 GRAU A Música nas escolas, em todas as épocas, tem sido destaque especial à atividade vocal e à busca da expressão através do canto coletivo sobre o desenvolvimento que dele participam. A criança quando nasce sua primeira ação é gritar ela inicialmente por necessidade fisiológica mas, à medida que percebe que seus gritos são sucedidos de satisfação como na alimentação suas reações se organizam positivamente e seus gritos caracterizam-se mais pela impaciência. Durante esse período a criança presta mais atenção à intensidade do que à qualidade do som. O cantar traz benefícios físicos, psicológicos, socioculturais e de integração que leva ao reconhecimento e valorização das características de cada criança, cada um irá se identificar com determinado gênero, instrumento que auxilia a percepção assim estimula a memória e a inteligência, relacionando-se ainda com habilidades linguística. Escutar música, cantar, tocar deveria fazer parte das atividades diárias da escola e principalmente das escolas de Educação Infantil, pois aguça a sensibilidade, estimula os alunos a serem bons ouvintes e assim poderem desenvolver atividades práticas em relação a musicalização. A partir do momento em que a criança entra em contato com a música, seus conhecimentos se tornam mais amplos e descobrem o mundo a sua volta de forma mais prazerosa facilitando o trabalho do educador em sua aprendizagem.
EDUCAÇÃO INCLUSIVA A ESCOLA A falta de um apoio pedagógico as necessidades especiais podem fazer com que as crianças e adolescentes não estejam na escola, muitas vezes as famílias não encontram escolas organizadas para receber a todos. A falta desse apoio pode também fazer com que essas crianças e adolescentes deixem a escola depois de pouco tempo, ou permaneçam sem progredir para os níveis mais elevados de ensino, o que é uma forma de desigualdade de condições de permanência. Uma escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um de acordo com suas potencialidades e necessidades. Assim, uma escola somente poderá ser considerada inclusiva quando estiver organizada para favorecer a cada aluno, independentemente de etnia, sexo, idade, deficiência, condição social ou qualquer outra situação, que conhece cada aluno e respeita suas potencialidades. Para que a educação efetivamente cumpra com seu papel de reflexão crítica sobre a sociedade e de favorecimento do exercício da cidadania, a escola precisa parar para refletir, analisar e planejar. A participação da comunidade e da família no cotidiano da instituição promove o senso de responsabilidade com a escola, bem como com o processo de educação das crianças, dos jovens e adultos nela residentes. A participação da família na vida escolar de seus filhos promove a relação de pertencer ao grupo social, desenvolvendo o senso de responsabilidade com o processo educacional. Seu desenvolvimento requer reflexão, organização de ações e a participação de todos professores que tem um papel fundamental no desenvolvimento exigindo um planejamento participativo, que se aperfeiçoa constantemente durante a caminhada.
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EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL: SITUAÇÃO ATUAL A educação infantil teve alguns avanços e retrocessos, e hoje busca-se a qualidade na organização do trabalho pedagógico. O Brasil, porém, ainda deixa muito a desejar, pois há um grande descompasso entre o discurso e a realidade. Durante muitos anos o papel da Educação Infantil no Brasil foi dar assistência em propostas pedagógicas. Hoje, a educação Infantil constitui um segmento importante no processo educativo, reconhecida como primeira etapa da educação básica como o primeiro e decisivo passo para a efetivação de uma educação integral, estabelecendo a base para a formação de seres críticos, participantes, criativos que busquem uma renovação constante de si mesmos e da sociedade. Por isso, o profissional que atua nas escolas infantis deve possuir uma formação sólida e consistente, acompanhada de uma permanente e adequada atualização em serviço, como é o caso das formações continuadas que acontecem hoje nas escolas. Portanto, cabe as redes de ensino investir de maneira sistemática na capacitação de seus profissionais através de cursos de formação, bem como aproveitando as experiências acumuladas daqueles que já trabalham com crianças há mais tempo. O professor passa a assumir um novo papel, o de mediador entre a criança e o mundo hoje, visando a proporcionar-lhes condições adequadas de desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social, promovendo a ampliação de suas experiências e conhecimentos.
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PAIS BRILHANTES PROFESSORES FASCINANTES Formar crianças e adolescentes sociáveis, felizes, livres e empreendedores é um belo desafio nos dias de hoje, nossa sociedade vive muito individual e inclusive as famílias que são a base das crianças e na maioria das casas ninguém assiste TV junto, cada filho tem seu quarto com sua televisão, com seu computador, isso faz com que as famílias não se conheçam, cada um é isolado, não partilha seus problemas e as dificuldades que foram enfrentadas no seu dia. Quando os pais participam ativamente da vida de seus filhos, inclusive, no cotidiano escolar da criança, a tendência é que os alunos se dediquem e se es-forcem mais, além de se sentirem amados e apoiados. Os pais precisam entender, que acompanhar a vida escolar dos filhos não deve significar apenas cobrar é necessário estimular, motivar, valorizar, ensinar, conversar, prestigiar e discutir. Os pais e professores precisam de ferramentas para estimular as crianças e os adolescentes. Professores fascinantes usam a memória como suporte da arte de pensar, o que contribui para desenvolver nos alunos o ato de questionar, de trabalhar em equipe. Assim educando para a vida e promovendo a auto- estima, fazendo refletir e perceber como atitudes verdadeiramente simples e posturas corajosas diante da vida podem transformar a educação e ajudar nossas crianças e jovens a crescer com melhores perspectivas. Precisamos de uma educação, onde o aluno tenha prazer em aprender, transformando as escolas em um ambiente onde cada criança tenha oportunidade de ser reconhecido, acolhido e amado.
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Criança na Fase Inicial da Escrita: A Alfabetização como ProcessoDiscursivo O livro relata que a alfabetização é influenciada pelas condições de vida das crianças no processo de elaboração e construção do conhecimento do mundo. E, nestas condições, tem muita importância a presença dos professores, pais ou pessoas mais experientes, como interlocutores e informantes das crianças. A atribuição dos pais é criar um ambiente que valorize e facilite o contato com a leitura e a escrita, sempre. A criança deve perceber que a escrita tem uma função social além de registrar histórias, serve para fazer a lista do supermercado, deixar bilhetes e mandar mensagens pelo computador, compor as notícias dos jornais e das revistas. Muitas situações do contexto escolar, são cerceados por questões disciplinares como o silêncio em sala de aula, por exemplo. Dessa forma, a alfabetização na escola fica reduzida a um processo, individualista e solitário, que pouco tem a ver com as experiências de vida e de linguagem das crianças. O ambiente favorável é criado com muita leitura por parte dos pais, livros acessíveis e material de escrita à disposição da criança. Quando a criança reconstrói o sistema linguístico e compreende a sua organização, ela transpõe a porta do mundo e das coisas escritas, conseguindo ler e expressar graficamente o que pensa ou fala. E é sempre de muita importância o professor fornecer ferramentas para o aluno construir o seu processo de aprendizagem da leitura e escrita sempre estimulando o aprendizado para bons resultados.7
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EDUCAÇÃO UM TESOURO A DESCOBRIR O livro informa que para mudar nossa história e lograr conquistas, precisamos deixar de lado tudo que nos impedem o próprio crescimento, como exercitar a cidadania plena e aprender a usar o poder da visão crítica. Devemos preocupar-se em desenvolver quatro aprendizagens fundamentais, que serão para cada indivíduo os pilares do conhecimento, como aprender a conhecer; aprender a fazer mostra a coragem de executar, de correr riscos, de errar mesmo na busca de acertar; aprender a conviver que apresenta o respeito a todos e o exercício de fraternidade como caminho do entendimento; e, aprender a exercer, o papel do cidadão e o objetivo de viver. Aprender a viver juntos e com os outros sem dúvida, esta aprendizagem representa, hoje em dia, um dos maiores desafios da educação. O mundo atual é, muitas vezes, um mundo de violência que se opõe à esperança posta por alguns no progresso da humanidade. A família tem um papel muito importante pois constitui o primeiro lugar de toda e qualquer educação e assegura, por isso, a ligação entre o afetivo e o cognitivo, assim como a transmissão dos valores e das normas. Como professores somos responsáveis por entender o contexto desse mundo, e acreditar sempre no poder transformador da educação.
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A PRÁTICA EDUCATIVA: COMO ENSINAR O livro relata as formas de determinar os objetivos referente a educação e analisar as capacidades que se pretende desenvolver nos alunos. Nesse processo intervêm, junto à capacidade cognitiva, fatores vinculados às capacidades de equilíbrio pessoal, de relação interpessoal e de inserção social. Considera-se que o aluno aprendeu quando é capaz não apenas repetir sua definição, mas também utilizá-la para a interpretação, compreensão ou exposição de um fenômeno ou situação. A realização das ações como ler, desenhar, observar, calcular, classificar, traduzir entre outras compõem o procedimento que é o ponto de partida e é importante fazê-lo quantas vezes forem necessárias para o domínio competente do conteúdo. Portanto, os professores podem assumir uma posição de intermediário entre o aluno e a cultura, a atenção para a diversidade dos alunos e de situações à posição de desafiar, dirigir, propor e comparar. Tudo isso sugere uma interação direta entre alunos e professores, favorecendo a possibilidade de observar e de intervir de forma diferenciada. Durante o processo de aprendizagem precisamos ajudá-los a encontrar sentido no que estão fazendo para que conheçam o que têm que fazer e sintam que podem fazê-lo estabelecendo metas ao alcance dos alunos para que possam ser superadas com o esforço e oferecendo ajudas adequadas. A próxima etapa é a avaliação que é importante também no processo de ensinar e aprender, podemos avaliar os alunos conforme suas capacidades e seus esforços, levando em conta o processo através do qual adquirem conhecimentos e incentivando a auto avaliação da própria atividade. Devemos refletir sobre todo o processo ensino/aprendizagem para apreender e se adaptar às diversas necessidades dos alunos que estão envolvidos no meio escolar.
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PARA ONDE VAI A EDUCAÇÃO? O livro demonstra as diferenças individuais de aptidão do aluno para determinados atividades realizada em aula, e que o fracasso escolar está ligado à passagem que os professores fazem do aspecto qualitativo que significa o lógico do que para o quantitativo que é o numérico. A prática do ensino deve utilizar o método ativo, por meio do qual a criança vai reconstruir e reinventar, não somente transmitir informações ao aluno. Portanto, o professor não deve se limitar ao conteúdo específico de sua disciplina, mas deve conhecer como ocorre o desenvolvimento psicológico da inteligência humana. O educador deve se colocar na posição de eterno aprendiz que busca uma formação profissional contínua pois vem exercendo um papel insubstituível no processo de transformação social, pois a formação de sua identidade ultrapassa o profissional, constituindo fundamentalmente a sua atenção profissional na prática social. Mas é preciso também implementar uma relação entre aluno, escola e aprendizagem, em que haja tarefas que levem o aluno a compreender e participar ativamente da vida social. Muito problema existente na educação é pela forma como a escola e a sociedade vêm lidando com a educação dos indivíduos, na qual, muitas vezes, não se leva em consideração a forma como estes desenvolvem sua inteligência. A família tem um papel muito importante que também é responsável em educar e juntas formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade. Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesmo, dos outros e da sociedade.
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INOVAR NO INTERIOR DA ESCOLA Os estabelecimentos escolares constituem formas organizacionais que sobrevivem a muitas mudanças e, na renovação permanente dos alunos, dos professores e dirigentes com inovações de aspectos políticos e culturais, diferentemente recepcionados e reinterpretados pelos administradores da escola. O sistema escolar tenta satisfazer duas necessidades estabilidade e mudança, que os levará a valorizar a flexibilidade pois todo sistema escolar procura estabilidade de uma organização de trabalho que lhe permita limitar os riscos. A maneira pela qual eles construirão o sentido da mudança depende da flexibilidade organizacional que lhes permitirá ou impedirá de integrar os novos conceitos Todavia, nas escolas, sob a denominação da inovação, incluem-se não só as mudanças curriculares, mas também a introdução de novos processos de ensino, aprendizagem, de produtos, materiais, ideias e, inclusive, pessoas. Isso gera a necessidade de uma definição que destaque também o processo e a intenção da inovação se não há conexão com as construções conceituais e o modo de atuar dos professores, seus objetivos perdem o sentido. Assim uma organização educativa só se transformará verdadeiramente numa organização aberta à inovação e à mudança se for capaz de constituir em si mesma um mecanismo de autorreparação através dos professores que sempre devem estar à disposição da escola

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