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Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 1 Introdução Esfera de referência Plano de projeção S e N são os polos do plano de projeção • Imagine o cristal de um sistema cúbico no centro de uma esfera, e as retas que representam as várias direções e planos cristalográficos sendo prolongadas até a superfície da mesma. Esses pontos de interseção (chamados “polos”) são representados na projeção estereográfica, assim como as interseções dos planos com a esfera (“traços dos planos”). Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 2 Introdução • No exemplo abaixo, o plano de projeção é o plano (0 0 1), aqui mostrado com a cor “cinza”. O ponto de projeção é o ponto S (polo Sul), e o observador está ollhando por cima da esfera na direção norte-sul (N-S). A figura da direita mostra o plano de projeção como visto pelo observador, com os vários polos e traços dos principais planos representados. • A projeção fica definida ao se informar qual é o plano de projeção e qual é o polo superior. Esse grande círculo é o traço do plano (011) A circunferência é o traço do plano de projeção (001) Polo do plano de projeção (001) Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 3 Rede de Wulff • Serve como uma referência para medir os ângulos entre os polos relacionados às direções ou aos planos. • Os meridianos e os paralelos (linhas de latitude) são mutuamente perpendiculares. • Os meridianos são grandes círculos, pois têm o mesmo diâmetro da esfera. • O ângulo entre os meridianos (linhas de longitude) é de 2 graus, assim como o ângulo entre os paralelos (linhas de latitude). • A projeção estereográfica desenhada em papel transparente e colocada sobre uma Rede de Wulff com mesmo diâmetro, permite medir os ângulos entre os polos, desde que estejam localizados num mesmo grande círculo (meridiano ou equador). Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 4 Rotações da projeção • Algumas vezes é necessário fazer a rotação da projeção estereográfica de uma orientação para outra. É importante lembrar que só se pode fazer rotação em torno do polo do plano de projeção ou em torno do eixo entre o polo superior e o inferior da projeção. • Abaixo é visto um exemplo de rotação em torno do eixo superior-inferior (eixo [001]). [001] Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 5 Planos de uma mesma Zona • Planos de uma mesma zona são todos perpendiculares ao plano que representa essa zona. • Como os planos são representados pelas direções normais a eles, os polos de tais direções se encontram sobre o traço do plano que representa a zona. • Abaixo é vista a Zona (111) numa Projeção Padrão 100 e vários planos a ela pertencentes. Zona Eixo da Zona Planos da Zona Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 6 0 .1 3 .1 1 1 . 2 1 1 1 . 3 1 2 Planos de uma mesma Zona • Como os planos são representados pelas direções normais a eles, tais direções são perpendiculares ao eixo da zona. Portanto, o produto escalar é zero entre a normal ao plano de uma zona e o eixo dessa zona, como mostrado abaixo. • O eixo da zona é encontrado pelo produto vetorial entre as direções de 2 planos da zona. • Exemplos: O produto escalar igual a zero indica que a direção pertence à zona (1 1 1). 1 1 1 3k 3j i 3 k 3 0 j 1 2 i 0 -3 1 0 1 2 3 1 k j i O produto vetorial entre as duas direções determina o eixo da zona dos planos à qual elas pertencem. Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 7 Medindo o ângulo entre polos Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 8 Medindo o ângulo entre polos • Também pode calcular o ângulo através da Lei dos Cossenos: α = 35,3 º 0,816 6 2 1 1 1 . 1 1 0 1.1 1.1 0.1 w v u . w v u w . w v . v u . u α cos 1/22222221/22 2 2 2 2 2 2 1 2 1 2 1 212121 Qual é o ângulo entre [011] e [111] ? Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 9 • Também pode calcular o ângulo através da Lei dos Cossenos: α = 106,8 º 0,289- 12 1- 1 2 1 . 1 1 0 1.1 2-1. 0.1 w v u . w v u w . w v . v u . u α cos 1/22222221/22 2 2 2 2 2 2 1 2 1 2 1 212121 Qual é o ângulo entre [011] e [111] ? Medindo o ângulo entre polos Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 10 Medindo o ângulo entre polos • Também pode calcular o ângulo através da Lei dos Cossenos: α = 106,8 º 0,289- 12 1- 1 2 1 . 1 1 0 1.1 2-1. 0.1 w v u . w v u w . w v . v u . u α cos 1/22222221/22 2 2 2 2 2 2 1 2 1 2 1 212121 Qual é o ângulo entre [011] e [111] ? Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 11 Rotação em torno de um eixo Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 12 Rotação em torno de um eixo • Exemplo: Girar de 40º o polo A1 em torno de B1 no sentido horário. Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 13 Rotação em torno de um eixo • 1º Passo: Girar a projeção em torno do seu centro (polo do plano de projeção) até o polo B1 ficar sobre o equador da Rede de Wulff. • 2º Passo: Rotação de 48º em torno do eixo Norte-Sul da Rede de Wulff, fazendo o polo B1 se deslocar para a posição B2 (centro da projeção). Com isso, o polo A1 vai para A2. • 3º Passo: Agora, a rotação solicitada de 40º pode ser feita em torno de B2. Assim, o polo A2 se desloca para a posição A3. • 4º Passo: Retorno do polo B para a sua posição original. Primeiro, deslocar o polo B2 de 48º para a esquerda, gerando a posição B3 no equador. Também é desfeita a rotação do polo A, com A3 se deslocando 48º até a posição A4. • 5º Passo: Por fim, girar a projeção em torno do seu centro, de modo a retornar o polo B3 para a posição original de B1. Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 14 Regra da complicação de Goldschmidt • Todas as faces de um cristal podem ser indexadas pela complicação das 4 faces simples (100), (010), (001) e (111). 111 100 110 010 001 101 011 (011) (010) (001) :(100) Zona (111) (010) (101) :)1(10 Zona (110) (010) (100) :(001) Zona (101) (001) (100) :(010) Zona (111) (011) (100) :)1(01 Zona (111) (110) (001) :0)1(1 Zona • Exemplo: Indexação do ponto de interseção entre os traços dos planos de duas zonas, pela complicação dos índices (h k l) dos planos pertencentes a essas zonas. Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 15 Projeção Padrão 100 para cristais cúbicos • Os polos que representam as faces do cubo são circundados por quadrado (simetria quádrupla); os que representam eixos (diagonais das faces, por ex.) por elipse (simetria dupla); os polos que representam vértices são circundados por triângulo (simetria tripla). Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 16 Elementos de simetria em cristais cúbicos • Um elemento de simetria é uma entidade geométrica (ponto, eixo ou plano) em relação à qual uma ou mais operações de simetria podem ser realizadas. Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 17 Triângulos de Projeção • Nos cristais cúbicos, os traços dos planos das famílias {1 0 0} e {1 1 0} dividem o círculo principal (traço do plano de projeção) em 24 triângulos esféricos. Cada triângulo tem sempre vértices nos polos das famílias {1 0 0} , {1 1 0} e {1 1 1}. • Características microestruturais do material, tais como orientações cristalográficas mais frequentes dos seus grãos (textura), são representadas num único triângulo, como o mostrado abaixo. Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 18 Exercícios resolvidos • Exercício 1: Qual é a direção comum aos planos ? Qual direção é a interseção dos planos ? Quais são os índices do plano que contém as 2 direções citadas? Resposta : Se a direção pertence aos dois planos, ela é perpendicular às direções normais a esses planos, ou seja, às direções . Portanto, a direção pedida pode ser obtida pelo produto vetorial das duas direções, como mostrado a seguir: 1)1(2 e 1)1(0 11)1( e (101) 1]1[2 e 1]1[0 1] 1 [0 k] 2 j 2 i [0 k 2 0 j 0- 2 i 11- 1 1 2 1 1 0 k j i O mesmo procedimento é usado para encontrar a interseção dos outros dois planos: 1] 2 1[ k] 1 j 2- i [-1 k 0-1 j 1- 1- i 1-0 1 1 1 1 0 1 k j i O plano que contém as 2 direções encontradas acima tem a sua normal perpendicular às mesmas. Logo, os índices do plano também são obtidos pelo produto vetorial delas: 1) 1 (3 k) 1 j 1- i (3 k 10 j 0 1- i 21 1 2 1 1 1 0 k j i Comportamento Mecânico I Apresentação dos Alunos Turma 2015.2 Resumo de Projeção Estereográfica Slide 19 Exercícios resolvidos • Exercício 2: Mostre no estereograma abaixo a projeção estereográfica de um cristal cúbico, cujo plano de projeção é o (001), os polos dos planos das famílias {100}, {110} e {111}. • Exercício 3: Um monocristal de cobre deforma plasticamente ao mesmo tempo nos planos de deslizamento . Quando as discordâncias nesses planos chegam na superfície do cristal, os traços dos planos ficam visíveis na superfície externa do cristal. Faça um desenho esquemático do cristal de cobre, mostrando os traços daqueles planos na superfície externa do cristal. • Exercício 4: Mostre no estereograma os traços dos planos do exercício anterior, e também do plano . Encontre o polo da reta interseção entre os planos , assim como o polo da reta interseção entre os planos . Determine o ângulo entre essas retas. Respostas : 1)1(1 e (111) 2)11( 2)11( e (111) 2)11( e 1)1(1 X Y Z 2)11( (111) 1)1(1 • A interseção de é , o polo B. Ele é obtido pelo produto vetorial de 2)11( e 1)1(1 [132] . 2)11( e 1)1(1 • A interseção de é , ou seja, o polo A. 2)11( e (111) 10]1[• O polo é obtido pela complicação entre . Girando o polo até o equador e medindo 90º é determinado o meridiano do seu traço. Depois é feita a rotação do polo de volta à posição original. 2)11( (001) e 1)11( • O ângulo entre os polos A e B pode ser medido com a rede de Wulff, com o traço de como meridiano. Ou: 2)11( 28 2 2 3 1 . 0 1 1- 0.2 1.3 1.1- α cos 1/2222222 67,8 α 0,378 28 2 α cos
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