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UNIVERSIDADE PAULISTA CLÁUDIA ROBERTA MÂNICA RA: 1896776 GRACIELI LÚCIA GRUNDEMANN RA: 1898359 RUBIA CRISTINA VOGT RA: 1896995 PETROBRÁS PIM VI MARECHAL CÂNDIDO RONDON 2019 2 UNIVERSIDADE PAULISTA CLÁUDIA ROBERTA MÂNICA RA: 1896776 GRACIELI LÚCIA GRUNDEMANN RA: 1898359 RUBIA CRISTINA VOGT RA: 1896995 PETROBRÁS PIM VI Projeto Integrado Multidisciplinar VI para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Pública, apresentado à Universidade Paulista – UNIP Orientador: Profº Cláudio Ditticio. MARECHAL CÂNDIDO RONDON 2019 3 RESUMO O presente trabalho tem como finalidade principal realizar um levantamento das características e práticas existentes na Empresa PETROBRÁS, abordaremos a importância do planejamento e orçamentação das atividades da empresa e a demonstração dos resultados obtidos por ela, no que se refere a gestão pública, identificaremos a estrutura organizacional da função financeira e as preocupações da administração, como: planejamento financeiro, controle financeiro, etc., analisando exemplos de planos que estejam em consonância com esses objetivos como a mesma utiliza seus recursos e suas técnicas de e desta forma propor melhorias para que a Empresa possa assim ter melhores resultados. Para atingir este propósito foram realizadas algumas pesquisas na intranet e no próprio site da Empresa. Palavras-chave: Finanças. Orçamento Público. Plano de Negócios. Ética. Legislação. 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..........................................................................................05 2 FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS..............................................07 2.1 Finanças.................................................................................................07 2.2 Orçamentos Públicos.............................................................................09 3 PLANO DE NEGÓCIOS ..........................................................................12 4 ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL.................17 5 CONCLUSÃO...........................................................................................20 6 REFERÊNCIAS ........................................................................................21 5 1. INTRODUÇÃO A Petrobrás (Petróleo Brasileiro S.A.) é uma empresa estatal de economia mista que opera no setor de petróleo e derivados. Embora seja uma sociedade anônima de capital aberto, possui como acionista majoritário o Governo do Brasil (União). A Petrobrás foi fundada em 1953 pelo então presidente Getúlio Vargas, com o objetivo de executar as atividades do setor petrolífero no Brasil em nome da União. A Petrobrás deteve o monopólio absoluto da indústria do petróleo no país até 1997, mas ainda possui a maior participação e preferência sobre a extração do mesmo, além de ser o agente formador de preços para combustíveis fósseis no Brasil. Após os anos 2000, a empresa experimentou grande crescimento, se destacando principalmente nas áreas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, sendo referência mundial na exploração de petróleo em águas profundas e ultra-profundas. Segundo a Bloomberg, em 2010, após um processo recorde de capitalização, a Petrobrás passou a ser avaliada como a segunda maior empresa de energia do mundo em valor de mercado. Na ocasião, ao final do processo de capitalização em capital aberto, a empresa captou o equivalente a US$ 72,8 bilhões em outubro 2010, maior captação de recursos em operações do tipo até então. Este quadro começou a ser revertido a partir da deflagração da Operação Lavajato em 17 de março de 2014, por parte da Polícia Federal do Brasil. Esta operação é a maior investigação contra corrupção já realizada. A Petrobrás foi alvo principal de um esquema de corrupção, propinas, e lavagem de dinheiro, suspeito de movimentar até a soma de R$ 40 bilhões. Foram envolvidos desde empreiteiras até partidos políticos, com condenações para empresários, políticos do governo e executivos da Petrobrás. Como consequência, ao final do exercício de 2014, a estatal brasileira se viu obrigada a reconhecer em suas demonstrações financeiras as perdas estimadas com a corrupção, o que a levou a registrar um prejuízo líquido da ordem de R$ 26 bilhões, além da uma série de reavaliação de ativos a valores justos e substancialmente menores do que o registrado anteriormente. 6 Como consequência direta de ter sido alvo de gestões fraudulentas e esquemas de corrupção e propina, a Petrobrás se encontra atualmente em uma situação difícil, com dívidas crescentes, estrutura operacional deficitária e muitas dúvidas sobre o alcance dos prejuízos e de sua capacidade de reverter este quadro no longo prazo. 7 2. FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS1 2.1 Finanças Neste estudo analisamos as Demonstrações Financeiras Trimestrais no período de 2005 a 2015, utilizando como ferramentas de estudo os indicadores fundamentalistas para a detecção das situações financeira e econômica, além de duas metodologias adicionais para medir o risco de falência. A partir da aplicação desses métodos no período analisado, foi possível comparar o comportamento de todos os indicadores, suas variações ao longo do tempo e realizar interações entre eles. Se, por um lado, em parte deste período a Petrobrás se consolidou como a maior empresa nacional, e chegou a figurar como a segunda maior empresa de energia do mundo, por outro, o caminho para isso foi marcado por crescente endividamento e retorno não equivalente nos resultados corporativos. Apesar do massivo investimento em bens de capital, o que explica o crescimento da dívida, o retorno sobre ativos e sobre o capital próprio não apresentou crescimento que justifique tal política de investimentos. Isso se explica pelo fato de que o custos de produção cresceram, no período, 86,18% acima do crescimento da receita líquida, resultado em um enxugamento significativo das margens de lucro operacional, somado ao aumento no pagamento de juros de dívida. Esse quadro por si só já é preocupante, uma vez que demonstra a queda na eficiência operacional da empresa, ao longo de um período de mais de 10 anos, considerado por tanto de longo prazo. Isso significa que a empresa vem perdendo capacidade para ser eficiente ao utilizar seus recursos para gerar riqueza e valor aos acionistas. Quando isso acontece, há uma preocupação natural quanto ao poder da empresa em se perpetuar ao longo do tempo, gerando lucros e retornos para a sociedade e para os sócios. Os fatos mais relevantes nesse sentido dizem respeito aos indicadores de liquidez e endividamento. Dentre os indicadores analisados, apenas o Índice de Liquidez Corrente apresentou resultado e evolução satisfatória, o qual 1 Disponível em: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/3891/Luigi%20Antonio%20 Farias%20Lazzaretti.pdf?sequence=1>.Acesso em: 25 mar. 2019 8 termina o 3T2015 com 1,6076, valor acima dos 1,4626 apresentados no 1T2005. Os demais indicadores de liquidez ou de endividamento, além de apresentarem resultados abaixo dos níveis mínimos de segurança, ainda tem evoluído de forma negativa no período, concluindo o processo de deterioração da situação financeira da Petrobrás. Aqui merece destaque especial para o crescimento do endividamento geral, que saltou de 146,75% no 1T2005 para 221,32% no 3T2015. No mesmo período, o crescimento da receita líquida foi de 146,89%, enquanto o Ebitda cresceu no mesmo período apenas 23,70%, o que comprova o efeito adverso do crescimento descompassado dos custos de produção. Como consequência deste contexto, há reflexo sobre outro indicador da atividade econômica da empresa, que é o resultado financeiro. Entre o 4T2005 e 3T2015, o resultado financeiro da companhia cresceu alarmantes 1.030,36%, passando de R$ - 2,044 bilhões para R$ -23,113 bilhões. Isso é reflexo direto do aumento das despesas financeiras motivadas pelo crescente pagamento de juros de dívida. Ou seja, se o Ebtida se manteve razoavelmente estável, mas há crescimento nas despesas financeiras, ocorrerá uma redução do lucro líquido da organização. Como consequência, há um menor valor disponível para reinvestimentos, e bem como, menos dinheiro disponível para o acionista. O quadro demonstrado pelos índices financeiros e econômicos por si só já apontam para dificuldades de liquidez e manutenção das capacidades produtiva, de investimento e de geração de lucro e valor. Porém, buscou-se embasar ainda mais a análise com o uso de duas ferramentas de avalição de risco de falência: o Z-Score e o Índice de Insolvência de Kanitz. O resultado apresentado na aplicação do Z-Score é taxativo e não deixa dúvidas: a Petrobrás apresenta situação financeira preocupante com grande tendência para processo de falência no futuro. O resultado Z de 0,58 no 3T2015, bem abaixo do nível mínimo de segurança de 1,81, demonstra isso. No entanto, ele não representa uma certeza de falência, mas um indicativo de que o risco desse processo ocorrer no futuro é grande. Por outro lado, o resultado apresentado pelo Índice de Insolvência de Kanitz é mais brando, apontando para resultados mais amigáveis, logo acima dos níveis de segurança, segundo esta metodologia. No entanto, com um 9 índice de 2,85, é prudente que a Petrobrás mantenha atenção e procure estratégias para elevar este indicador, distanciando-se ao máximo dos níveis mais baixos do Termômetro de Kanitz, para afastar o risco de falência. Após a análise de todos os indicadores, como conclusão pode-se apontar o fato de que a econômico e operacional da Petrobrás se deteriorou ao longo dos 43 trimestres analisados. Se não bastasse a queda de rentabilidade, ocorreu um aumento muito significativo do nível de dívida corporativa, o que somado a redução da lucratividade, gera um quadro de endividamento relativo e de dívida líquida preocupante. Como parte da conclusão do presente artigo, recomenda-se que a Petrobrás foque seus esforços em aumentar sua eficiência operacional, de forma a melhorar seus indicadores de lucro, bem como em estratégias de vendas de ativos, com foco na redução da dívida e em aliviar a pressão sobre o caixa da companhia. Como estudos futuros, recomenda-se a análise das estratégias de investimento da companhia, e sua relação com o aumento do endividamento, além de análises complementares acerca do efeito da exposição em dólar sobre a dívida corporativa. 2.2 Orçamento Público2 O orçamento de capital para 2019 da Petrobras é de R$ 54,711 bilhões, proposta esta que será levada para aprovação dos acionistas em assembleia geral ordinária e extraordinária no dia 25 de abril. A companhia ressalta que o valor previsto será atendido exclusivamente por recursos próprios.3 Do total, a maior parte, R$ 43,788 bilhões será destinada ao segmento de Exploração & Produção, seguida por R$ 9,864 bilhões para refino e gás natural e R$ 1,06 bilhão para o Corporativo. O governo autorizou ajuste no Orçamento de Investimento em favor da Petrobras, com a inclusão de um crédito suplementar de 32,7 bilhões de reais, em uma medida técnica necessária para permitir que a empresa se beneficie 2 Disponível em: <https://extra.globo.com/noticias/economia/governo-autoriza-ajuste-bilionario-ao- orcamento-de-investimento-da-petrobras-22836876.html>. Acesso em: 25 mar. 2019 3 Disponível em: <https://istoe.com.br/petrobras-vai-propor-orcamento-para-2019-de-r-5411-bilhoes- em-age-dia-25-4/>. Acesso em: 25 mar. 2019 10 de um regime aduaneiro especial destinado a bens de exploração e produção de petróleo e gás no país, informou o Ministério do Planejamento. Na prática, o montante será aportado pela própria Petrobras em uma subsidiária da companhia no exterior, como forma de cumprir requisitos legais para que equipamentos já em operação no Brasil sejam nacionalizados, passo importante para que a empresa tenha acesso a benefícios fiscais do chamado Repetro. O Orçamento de Investimento das estatais, feito pelo governo federal, tem como objetivo dar transparência à formação de capital nas estatais não dependentes do governo, explicou à Reuters o secretário de Empresas Estatais, Fernando Antonio Ribeiro Soares. "Uma operação completamente intragrupo, o recurso sai da Petrobras Brasil e vai para a Petrobras Netherlands, sai da holding para a subsidiária", disse Soares. "O que estamos fazendo é dar transparência a essa operação." A realocação de recursos foi autorizada por portaria publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira. O novo regime aduaneiro espacial, chamado Repetro-Sped, foi estabelecido no ano passado e distinguiu bens temporários, aqueles que seriam utilizados por períodos curtos, de bens permanentes, que seriam utilizados durante a maior parte de sua vida útil. "Para os bens permanentes, o novo marco regulatório tributário do setor de petróleo condicionou a desoneração dos tributos federais à incorporação dos investimentos ao patrimônio da empresa", disse o Planejamento, em nota. Dessa forma, a Petrobras optou por nacionalizar um expressivo conjunto de bens por meio de operações de compra e venda: plataformas, equipamentos submarinos diversos, entre outros. Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevê que a aquisição de ativos imobilizados deve compor o Orçamento de Investimento da empresa. "É importante ressaltar que sem o Repetro-Sped, a aquisição de máquinas e equipamentos no setor de óleo e gás sofreria incidência de carga tributária de aproximadamente 50 por cento, reduzindo a capacidade de investimentos dos agentes e consequentemente a viabilidade econômica dos projetos", completou ministério. 11 A portaria também contempla o Orçamento de Investimento das empresas Banco da Amazônia (BASA), Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) e Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), "para reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente em montante especificado no anexo da portaria 12 3. PLANO DE NEGÓCIOS45 Em Dezembro de 2018, a Petrobrás publicou seu Plano de Negócios e Gestão 2019-2023, bem como seu Plano Estratégico 2040. O Plano Estratégico traz uma nova visão de empresa integrada de energia, alinhada com as necessidades e a evolução dos hábitos da sociedade,que buscará cada vez mais diversificação nas fontes e usos da energia. O foco em óleo e gás, presente na visão do plano anterior e ainda importante para os próximos anos, dará mais espaço para outras fontes de energia, no horizonte até 2040. As estratégias da companhia foram ajustadas, definindo o foco de suas ações por segmento de negócio, tendo em vista a transição para uma economia de baixo carbono, os riscos relativos à concentração geográfica e de commodity, detalhadas a seguir: Exploração e Produção: • Maximizar o valor da Petrobras por meio da gestão ativa do portfólio de E&P; • Garantir a sustentabilidade de produção de óleo e gás, priorizando a atuação em águas profundas. Gás Natural: • Otimizar a posição no segmento de gás natural e energia no Brasil e desenvolver posições no mercado global, por meio de parcerias. Refino, Transporte, Comercialização e Petroquímica: • Maximizar o valor da Petrobras por meio de uma gestão ativa do portfolio de refino, logística, comercialização e petroquímica integrados às atividades de produção de óleo e gás nacionais; • Sair dos negócios de fertilizantes, distribuição de GLP e das participações e produção de biodiesel e etanol. Renováveis • Atuar em negócios de energia renovável de forma rentável, com foco em eólica e solar no Brasil. 4 Disponível em: <http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/comunicados-e-fatos-relevantes/plano- estrategico-2040-e-plano-de-negocios-e-gestao-2019-2023>. Acesso em: 25 mar. 2019 5 Disponível em: <http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/plano-estrategico/plano-de-negocios- e-gestao/>. Acesso em: 25 mar. 2019 13 Estratégias Corporativas • Desenvolver as competências críticas e uma cultura de alto desempenho para atender aos novos desafios da companhia; • Preparar a Petrobras para um ambiente mais competitivo apoiando-se na eficiência de custos, escala e transformação digital; • Avaliar as parcerias atuais e futuras buscando a integridade e a criação de valor; • Fortalecer a credibilidade, o orgulho e a reputação da Petrobras junto aos nossos públicos de interesse. Integrado ao Plano Estratégico, o Plano de Negócios e Gestão detalha o planejamento operacional, com foco em segurança, bem como o planejamento financeiro e a busca pela rentabilidade dos nossos negócios para os próximos cinco anos. O Plano incorpora uma nova métrica de topo, buscando garantir a rentabilidade, além de manter as métricas de segurança e de redução da dívida, que orientam as estratégias da companhia: • Taxa de Acidentados Registráveis por milhão de homens-hora (TAR) abaixo de 1,0 em 2019; • Dívida líquida/EBITDA ajustado abaixo de 1,5 em 2020; • Retorno sobre o capital empregado (ROCE) acima de 11% em 2020. A carteira de investimentos do PNG 2019-2023 soma US$ 84,1 bilhões. A exploração e produção continua como o mais importante motor de geração de valor da companhia, permanecendo o foco no desenvolvimento da produção em águas profundas, notadamente nas áreas do pré-sal. O refino, transporte e comercialização continuarão atuando de forma integrada ao E&P, mas com um novo modelo de participação da Petrobras, considerando parceria com outras empresas, e no caso da petroquímica, uma melhor exploração do seu potencial de integração com o refino. Com a expansão da produção de gás, a companhia buscará maior geração de valor, considerando o gás natural como veículo de crescimento e de estabelecimento de uma posição global para a Petrobras. A companhia também buscará parcerias em negócios de energia elétrica renovável, como um novo motor de geração de valor com foco no futuro sustentável da companhia. 14 Em 2019, o crescimento da produção de óleo será de 10% no Brasil e de 7% na produção total, em virtude da entrada em operação de 5 novos sistemas em 2018 e mais 3 em 2019. Ao longo do Plano, está prevista a entrada em operação de 13 novos sistemas. Para o período entre 2020 e 2023, a produção total de óleo e gás natural terá um crescimento médio de 5% ao ano. A contínua eficiência de custos e o custo de extração no pré-sal inferior a US$ 7/boe conduzirão o custo de extração médio para níveis inferiores a US$ 10/boe a partir de 2020. O Plano prevê o reposicionamento em refino, por meio de parcerias nos clusters Nordeste e Sul, que representam 40% da capacidade de refino instalada no Brasil, permitindo o compartilhamento dos riscos do negócio e o estabelecimento de um setor mais dinâmico, competitivo e eficiente, além de geração de liquidez para a companhia. Esse Plano traz também um compromisso com a descarbonização de processos e produtos, com estabelecimento de crescimento zero das emissões absolutas operacionais no horizonte até 2025 tendo 2015 como referência, mesmo com o aumento da produção. Estão sendo estabelecidas metas de redução de intensidade de emissões em 32% do E&P e 16% no Refino entre 2015 e 2025, quando atingiremos 15 kg CO2e/boe no E&P e 36 kg CO2e/t CWT no Refino. Através da disciplina de custos, redução da dívida e compromisso com a rentabilidade, a companhia estima uma geração de fluxo de caixa livre robusta no período do PNG. A Petrobras dará continuidade aos projetos de desinvestimentos já anunciados e continuará com parcerias e desinvestimentos orientados pela gestão ativa de portfólio, com potencial de entrada de caixa no período do Plano de US$ 26,9 bilhões. Essas iniciativas, associadas a uma geração operacional de caixa estimada em US$ 114,2 bilhões, após dividendos, impostos e contingências, permitirão à Petrobras realizar seus investimentos e reduzir seu endividamento, sem necessidade de novas captações líquidas no horizonte do PNG. A contínua eficiência de custos e o custo de extração no pré-sal inferior a US$ 7/boe conduzirão o custo de extração médio para níveis inferiores a US$ 10/boe a partir de 2020. 15 O Plano prevê o reposicionamento em refino, por meio de parcerias nos clusters Nordeste e Sul, que representam 40% da capacidade de refino instalada no Brasil, permitindo o compartilhamento dos riscos do negócio e o estabelecimento de um setor mais dinâmico, competitivo e eficiente, além de geração de liquidez para a companhia. Esse Plano traz também um compromisso com a descarbonização de processos e produtos, com estabelecimento de crescimento zero das emissões absolutas operacionais no horizonte até 2025 tendo 2015 como referência, mesmo com o aumento da produção. Estão sendo estabelecidas metas de redução de intensidade de emissões em 32% do E&P e 16% no Refino entre 2015 e 2025, quando atingiremos 15 kg CO2e/boe no E&P e 36 kg CO2e/t CWT no Refino. Através da disciplina de custos, redução da dívida e compromisso com a rentabilidade, a companhia estima uma geração de fluxo de caixa livre robusta no período do PNG. A Petrobras dará continuidade aos projetos de desinvestimentos já anunciados e continuará com parcerias e desinvestimentos orientados pela gestão ativa de portfólio, com potencial de entrada de caixa no período do Plano de US$ 26,9 bilhões. Essas iniciativas, associadas a uma geração operacional de caixa estimada em US$ 114,2 bilhões, após dividendos, impostos e contingências, permitirão à Petrobras realizar seus investimentos e reduzir seu endividamento, sem necessidade de novas captações líquidas no horizonte do PNG. A Petrobras continua mapeando seus principais riscos e adotando iniciativas específicas para o aprimoramento da sua gestão, incluindo aidentificação e o planejamento de ações de mitigação, de modo a permitir resposta tempestiva e adequada, em qualquer cenário. Dentre os principais riscos identificados no horizonte do PNG 2019 - 2023, destacam-se: • Execução dos grandes projetos; • Política comercial; • Realização de parcerias e desinvestimentos; 16 • Processos judiciais e contingências; • Continuidade operacional. 17 4. ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL6 A Petrobras mantém uma relação de confiança e de credibilidade com a sociedade mundial devido à transparência em suas atividades e a busca constante de tecnologias que garantam um desenvolvimento sustentável. A empresa tem grande preocupação com a minimização dos impactos negativos ao meio ambiente, provenientes de suas atividades. No início de 2008, a Petrobrás foi reconhecida através de pesquisa da Management & Excellence (M&E) a petroleira mais sustentável do mundo. Em primeiro lugar no ranking, com a pontuação de 92,25%, a Companhia é considerada referência mundial em ética e sustentabilidade, considerando 387 indicadores internacionais, entre eles queda em emissão de poluentes e em vazamentos de óleo, menor consumo de energia e sistema transparente de atendimento a fornecedores (M& E, 2009). Apesar do principal recurso natural utilizado pela Petrobras ser o petróleo, a empresa vem desenvolvendo outras tecnologias capazes de produzir energia e manter ativas as fontes já existentes. A Petrobras investe milhões de reais/ano em projetos de desenvolvimento de técnicas que garantam o desenvolvimento sustentável da empresa, além de ser uma das maiores empregadoras do país. Consciente da sua responsabilidade na difusão de práticas ecologicamente corretas, a Companhia investiu R$ 52 milhões em projetos ambientais em 2007. Na continuidade das ações do Programa Petrobras Ambiental foram aplicados R$ 38,9 milhões. Os projetos, distribuídos pelos biomas Amazônia, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e Pantanal, são voltados ao tema “Água: Corpos d’Água Doce e Mar, incluindo a Sua Biodiversidade”. Com o desenvolvimento dos projetos escolhidos, pretende-se recuperar e conservar bacias hidrográficas, ecossistemas e paisagens, e proteger cerca de 5 mil espécies da fauna e flora brasileiras (PETROBRAS, 2009). A empresa também investe na cultura e no esporte, mostrando os talentos que o Brasil possui em suas mais diversas formas. Maior patrocinadora cultural do Brasil, a Petrobras investiu R$ 205 milhões em 2007, associando sua marca às áreas de Cinema, Música, Artes Cênicas, Artes Visuais, Literatura, Patrimônio Imaterial e Edificado, e Arquitetura e Design. O Programa Petrobras Cultural democratiza o acesso às verbas de patrocínio por meio de editais de 6 Disponível em: <http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/governanca-corporativa/instrumentos-de- governanca/codigo-de-etica>. Acesso em: 25 mar. 2019 18 seleção pública, com ampla divulgação nacional. As quatro edições realizadas destinaram R$ 190 milhões a 889 projetos (PETROBRAS, 2009). Em sua busca pela excelência empresarial, a Petrobras elaborou o seu código de ética em 1998, buscando a junção de todas as ações com as quais a empresa se preocupa. A responsabilidade social, ambiental, o respeito mútuo e a garantia de transparência e serviços e produtos de qualidade são alguns requisitos fundamentais para a referida empresa. O código de ética da Petrobras foi implantado com a finalidade de tornar- se uma referência para as ações da companhia e de seus empregados. Em 2002 foi realizada a primeira revisão do documento, e posteriormente, o código foi revisado em 2005. O atual código de ética, que embasou esta pesquisa foi aprovado em novembro de 2006. A empresa possui ainda, documento formalizado intitulado Código de Conduta Concorrencial Petróleo Brasileiro S.A. – PETROBRAS, utilizado para garantir os direitos das concorrentes, de acordo com a Lei nº 9.478, de 06.08.1997 – Lei do Petróleo (PETROBRAS, 2009). O código de ética da empresa possui dentre as suas diretrizes campos reservados a vários setores da sociedade, dentre eles: os empregados, acionistas, fornecedores, prestadores de serviços, estagiários, clientes, as comunidades, a sociedade, o governo, o estado e o meio ambiente e aos concorrentes. A todos estes stakeholders fica explicitado no código o que os mesmos podem esperar da empresa e vice-versa. Em seu código de ética a Petrobras também demonstra grande preocupação para com as pessoas, o que pode ser observado nos projetos de inclusão social, educação ambiental, capacitação técnica e profissional que a empresa oferece a comunidade. Já a preocupação para com o meio ambiente pode ser percebida em todas as atividades que a empresa desenvolve, tendo em vista a constante busca pela minimização dos impactos ambientais provenientes das atividades de exploração de petróleo e gases naturais. Em 2007, foi lançado o programa Desenvolvimento & Cidadania Petrobras, que prevê o investimento de R$ 1,2 bilhão até 2012, em projetos sociais de geração de renda e oportunidade de trabalho, educação para a qualificação profissional e garantia dos direitos da criança e do adolescente. Estima-se um atendimento direto e indireto a 18 milhões de pessoas em todo o 19 território nacional e um alcance, com ações de divulgação, de 27 milhões de pessoas (PETROBRAS, 2009.) A empresa disponibiliza em sua homepage grande parte dos projetos socioambientais dos quais é mentora ou patrocinadora, disponibilizando também o código de ética que rege as ações de seus funcionários, colaboradores, fornecedores, entre outros; bem como as ações que desempenham e o respeito pela sociedade em geral. O código serve como um direcionamento nas tomadas de decisões, nas ações desempenhadas e nas relações criadas entre a empresa, a sociedade e todos os seus stakeholders. São objetivos do Código da Petrobras: Contribuir para a preservação e a recuperação da biodiversidade, por meio da gestão dos impactos potenciais de suas atividades e projetos de proteção a áreas e a espécies ameaçadas. Promover o uso sustentável de água, petróleo, gás natural e energia; a redução do consumo; a reciclagem de materiais; a redução da geração de resíduos sólidos e da emissão de gases poluentes. Oferecer produtos e serviços de qualidade, com tecnologia avançada, num padrão de atendimento transparente, eficiente, eficaz, cortês e respeitoso, visando à plena satisfação dos seus clientes e consumidores, para a manutenção de relacionamentos duradouros. Fornecer a seus consumidores, clientes, comunidade e sociedade informações sobre eventuais danos ambientais resultantes do mau uso e sobre a destinação final de seus produtos (PETROBRAS, 2009). Em um cenário competitivo, os códigos de ética contribuem para a permanência da empresa no mercado, adquirindo cada vez mais credibilidade perante seus stakeholders. Desta forma, a Petrobras prima pelo cumprimento de seu código de ética. 20 5 CONCLUSÃO Como pôde ser observado, a Petrobras vive uma fase bastante conturbada, apesar de ainda continuar sendo uma das maiores empresas do Brasil. As crises que a empresa enfrentou neste século repercutiram fortemente sobre o seu valor de mercado, especialmente a mais recente, com seus seguidos envolvimentos na operação Lava Jato, ao mesmo tempoem que o mundo vive uma grave crise relacionada à queda do preço do Petróleo. Contudo, quando vamos analisar apenas sob um ponto de vista operacional, mais especificamente para o nível de produção, as conclusões não são tão óbvias quanto um primeiro olhar poderia indicar, mesmo para períodos em que o mercado financeiro reagiu negativamente aos papéis da empresa. Ao usar os métodos de previsão como base para entender a forma como a produção da Petrobras deveria se comportar em um cenário livre de crises, e fazendo a comparação com os dados reais, foi possível perceber que essa diferença é irrelevante. A quantidade de petróleo extraído independe do fato da Petrobras estar ou não em crise, o que faz bastante sentindo, pois suas plataformas de petróleo operam no máximo de suas capacidades. Além disso, não é esperado que a produção da empresa fosse impactada no curto prazo por crises, especialmente porque eventuais reduções na quantidade de petróleo extraído seriam ainda pior para os lucros da empresa. Entretanto, é de se esperar que, ao se deparar com uma crise muito longa, com resultados muito negativos para a empresa, a tendência é que o nível de produção, no longo prazo, eventualmente caia, pois haverá pouco capital para investimento em novas plataformas de exploração, o que acarretaria em um impacto real na taxa de crescimento que a empresa possui. 21 6 REFERÊNCIAS ANÁLISE FINANCEIRA E ECONÔMICA DA PETROBRÁS S/A. Disponível em: <http://bibliodigital.unijui.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/3891/L uigi%20Antonio%20Farias%20Lazzaretti.pdf?sequence=1>. Acesso em: 25 mar. 2019 CÓDIGO DE ÉTICA EMPRESARIAL E POLÍTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL: UM ESTUDO MULTICASO. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_STO_101_672_14037.p df>. Acesso em: 25 mar. 2019 CÓDIGO DE ÉTICA. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_STO_101_672_14037.p df>. Acesso em: 25 mar. 2019 GOVERNO AUTORIZA AJUSTE BILIONÁRIO AO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO DA PETROBRAS. Disponível em: <https://extra.globo.com/noticias/economia/governo-autoriza-ajuste-bilionario- ao-orcamento-de-investimento-da-petrobras-22836876.html>. Acesso em: 25 mar. 2019 PETROBRAS VAI PROPOR ORÇAMENTO PARA 2019 DE R$ 54,11 BILHÕES EM AGE DIA 25/4. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2009_TN_STO_101_672_14037.p df>. Acesso em: 25 mar. 2019 PLANO DE NEGÓCIOS E GESTÃO. Disponível em: <http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/plano-estrategico/plano-de- negocios-e-gestao/>. Acesso em: 25 mar. 2019 PLANO ESTRATÉGICO 2040 E PLANO DE NEGÓCIOS E GESTÃO 2019- 2023. Disponível em: <http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/comunicados- e-fatos-relevantes/plano-estrategico-2040-e-plano-de-negocios-e-gestao-2019- 2023>. Acesso em: 25 mar. 2019
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