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Competencia e jurisdição

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Competencia e jurisdição
Conceito: Trata-se da delimitação da jurisdição, ou seja, o espaço em que cada jurisdição vai ser aplicada. É o alcance do poder do juiz distribuído por lei.
“Se todos os juízes tem jurisdição, nem todos, porém, se apresentam com competência para conhecer e julgar determinado litígio. Só o Juiz competente tem legitimidade para fazê-lo.” (THEODORO JR.).
Exemplo: Um juiz que atua na vara cível possui jurisdição, mas somente para julgar questões cíveis. Não lhe é permitido julgar homicídios (p. ex.), pois é de competência criminal. (art. 42, CPC)
Há três princípios que se destacam:
Princípio da Tipicidade: toda competência está tipificada, ou seja, está prescrito em lei quais são suas regras, qual órgão é competente e qual juiz irá julgar.
Esta regra serve basicamente para evitar o “vai e vem” dos processos por mudanças
De fato (ex. domicílio) ou;
De direito (lei afirmando que quem rouba camisas azuis deve ser demandado no foro de seu domicílio).
Princípio da Indisponibilidade: A Indisponibilidade vigora no Processo Penal, a maior parte das causas são ações penais públicas incondicionadas, não dependem da vontade da parte, se o crime ocorre, é função do Estado iniciar do processo, não depende da provocação da parte, aqui você não é dono da causa. Nesta toada, ao juiz não lhe compete modificações nas regras (acionar a jurisdição). Ele sendo o competente para julgar, não pode, por livre arbítrio, ser dono da causa.
Exemplo: Você deu carona para o seu amigo e infelizmente aconteceu um acidente, seu amigo quebrou a perna, você por sorte não se machucou tanto, você leva seu amigo para o hospital, presta primeiros socorros, um belo dia você está em casa e recebe um intimação por estar sendo processado por crime de lesões corporais. O amigo não processou o outro, o hospital informou ao ministério público e o Estado começou a agir, não importa a vontade sua ou do seu amigo.
Princípio do Juiz Natural: é a determinação do juízo competente para a causa, deve ser feita com base em critérios impessoais, objetivos e pré-estabelecidos.
Trata-se, pois, de garantia fundamental não prevista expressamente, que resulta da conjugação de dois dispositivos constitucionais: proibição de juízo ou tribunal de exceção (aquele designado ou criado, por deliberação legislativa ou não, para julgar determinado caso) e que determina que ninguém será processado senão pela autoridade competente.
É uma das principais garantias decorrentes da cláusula do devido processo legal. Substancialmente, a garantia do juiz natural consiste na exigência da imparcialidade e da independência dos magistrados. Não basta o juízo competente, objetivamente capaz, é necessário que seja imparcial, subjetivamente capaz.
CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
Originária: é a competência inicial onde o processo é distribuído. Onde começa o processo é onde se origina, onde se conhece a demanda primeiramente.
Derivada: é a remessa de um processo para outra competência.
Exemplo: um recurso segue para um Tribunal de instância superior, ou seja, da competência originária (a primeira instância) seguiu para uma instância superior (competência derivada).
Juízo: refere-se à matéria (família, cível, consumidor, penal etc.).
"A procura do órgão judicante será feita à base do critério territorial [foro]. Mas, dentro do foro, é ainda possível a subdivisão do mesmo entre varas especializadas (por exemplo, varas de família, de falência, de acidentes de trânsito etc.)"Theodoro Jr. (2010, p. 177).
Absoluta:
" é a competência insuscetível de sofrer modificação, seja pela vontade das partes, seja pelos motivos legais de prorrogação (conexão ou continência de causas) "Theodoro Jr. (2008, p. 188).
Encaixam-se nesse perfil a competência em razão da matéria (ex.: federal ou estadual; cível ou criminal; matéria criminal geral ou especializada, como o juri etc.).
E a competência em razão da prerrogativa de função (ex.: julgamento de juiz de direito deve ser feito pelo Tribunal de Justiça; julgamento de Governador deve ser feito pelo STJ etc.).
Em regra, a competência absoluta, atende a interesses públicos, referindo-se a matéria ou hierarquia. Hierarquia relacionada ao tipo de processo ou tipo de parte submetidos ao órgão jurisdicional.
Exemplo: se a União é uma das partes em um processo e esse processo for remetido para a Justiça Estadual, foi enviado errado, pois a competência absoluta para tratar de assuntos sobre os quais a União é parte, é a Justiça Federal.
Em relação a matéria quer dizer a própria lide, se conectado a aspectos de família, crime, trânsito etc.
Relativa:
" ao contrário, é a competência passível de modificação por vontade das partes ou por prorrogação, oriunda da conexão ou continência de causas "Theodoro Jr. (2008, p. 188).
Relacionada com o valor da causa ou territórios (onde as partes estão domiciliadas ou onde o imóvel objeto da lide se situa). Está mais ligada ao interesse particular, podendo, assim, ser modificada de acordo com a vontade das partes.
IDENTIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
Etapas a serem percorridas para se determinar a competência interna:
Competência de jurisdição: qual a Justiça competente?
Competência originária: dentro da Justiça competente, o conhecimento da causa cabe ao órgão superior ou ao inferior?
Competência de foro: se a atribuição é do órgão do primeiro grau de jurisdição, qual a comarca ou seção judiciária competente?
Competência de juízo: se há mais de um órgão de primeiro grau de jurisdição com as mesmas atribuições jurisdicionais, qual a vara competente?
Competência interna: quando numa mesma Vara ou Tribunal servem vários juízes, qual ou quais deles serão competentes?
Competência recursal: a competência para conhecer do recurso é do próprio órgão que decidiu originariamente ou de um superior?
Exemplo: numa ação de herança que foi proposta em Rio Negro, os critérios determinantes de identificação de competência são:
A Justiça competente é a Justiça Estadual (pois não refere-se a esfera Federal), sendo que será o processo pertencente à justiça comum (pois não compete a Justiça Militar, do Trabalho e nem Eleitoral);
Originariamente competente a primeira instância. O foro será na comarca de Rio Negro e na Vara onde houver o juízo competente pertinente a sucessões.
Jurisdição 
Definição	poder... função... atividade 
A jurisdição é o mesmo que poder, função e atividade. Com poder é a manifestação do poder estatal ao decidir imparcialmente e impor suas decisões. Uma vez que expressa o encargo que tem os órgãos estatais em promover a pacificação de conflitos mediante a realização do direito justo.
As características são:
Substitutividade 
Atuação do direito material
Lide 
Difinitividade 
Monopólio 
Inercia 
Imparcialidade 
Unidade 
Substitutividade
Conceito: não cabe a nenhuma das partes interessadas dizer se a razão esta com ela ou com a outra parte. Nem pode, também, esta evadir esfera jurídica alheia para satisfazer-se, salvo raríssima exceção. 
“substitui a vontade das partes pela vontade da norma jurídica”.
Atuação do direito natural
Conceito: a direito processual e o material caminham juntos, pois o direito material carrega os fundamentos do direito. No caso as leis. Fazendo com que o direito processual regule o direito material. 
Lide
Conceito: quando se tem algum direito violado é necessário informar ao estado para que assim se possa dar inicio a união do direito processual e o material.
Art 70 cpc 
A lide é um conflito de interesses que é levado a apreciação de um terceiro, e partie dela que o estado juiz exerce o direito a ação 
Significa 
Demanda 
Litigio 
Pleito judicial 
Difinitivadade 
Conceito: ela que consagra a segurança jurídica que as decisões judiciais devem possuir, pois de acordo com a coisa julgada, essa decisão se torna imutável.
As decisões depois de se transita em julgados, onde não caiba mais recurso, não podem ser revistas. 
Art 70 do cpc 
“denomina-se coisa julgada material, a eficiência
que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário”. Art 70 do cpc
Imparcialidade 
Conceito: é um dos pressupostos de validade de um processo, devendo ao juiz colocar-se entre as partes e acima delas. 
Declaração universal dos direitos humanos
Art 10 diz:
“Todo ser humano tem o direito e plena igualdade, a uma justa e publica audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir sobre seus direitos e deveres, ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele”. 
Observação:
A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes. Imparcial é o juiz que não tem garantia no objeto do processo e nem queira favorecer uma das partes. 
O juiz deve ser imparcial, mas isso não significa que deva ser neutro, não há violação de imparcialidade quando o juiz se empenha que seja dada razão aquela parte que objetivamente agiu segundo nosso ordenamento jurídico.
Princípios
Investidura
Aderência ao território
Indelegalidade 
Inevitabilidade 
Inafastabilidade 
Juiz natural 
Inercia 
Investidura 
Conceito: a jurisdição somente é exercida por quem tenha sido regularmente e legitimamente investido na autoridade de juiz, em regra por concurso publico. 
Aderencia ao território
Conceito: os magistrados somente tem competência nos limites territoriais do estado. 
Indelegalidade 
Conceito: é vedado ao juiz que exerce atividade publica, delegar as suas funções a outra pessoa ou mesmo a outro poder estatal. O juiz pode delegar atos processuais, mas não pode delegar a função de julgar e de dirimir litígios.
Inevitabilidade 
Conceito: significa que a autoridade dos órgãos jurisdicionais, sendo emanação do próprio poder estatal soberano, impõe-se por si mesmo, independente da vontade das partes ou de eventual pacto para aceitarem os resultados do processo.
Inafastabilidade ou indeclinabilidade 
Conceito: o juiz não pode deixar de apreciar uma ameaça ou lesão ao direito, pois todos os direitos de ação, pois o mesmo é inconstitucional. Todo conflito deve ser apreciado pelo judiciário, caso seja levado a ele, mesmo por menor que seja. 
Obs: quando não há leis, o juiz deve usar analogias, costumes e princípios gerais do direito.
Juiz natural
Conceito: é aquele com competência fixada em lei para processar e julgar a controvérsia levada ao poder judiciário, tal principio veda os tribunais de exceção. 
Esse principio, separa os processos por categoria e competência... ex: vara de família...versa sobre o divorcio.
Inercia 
Conceito: veda o inicio do processo por iniciativa do magistrado, dando a parte e aos interessados (pode ser o MP) o poder de, exclusivamente, dar inicio a lide, este principio proibi que o estado-juiz ajuíze uma ação no lugar do interessado. 
Só pode atuar quando for provocado.
Os poderes da jurisdição 
PODER DE POLICIA 
PODER DE COERÇÃO 
PODER DE DECISÃO

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