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AP2 -Planejamento Ambiental -GABARITO 2017 2

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GABARITO AP2 – PLANEJAMENTO AMBIENTAL 
 
Questão 1 (2,5 pontos) 
Defina “Zoneamento urbano” e explique como esta ferramenta pode ser útil e 
aplicada ao campo ambiental. Formule duas situações reais em que a 
intervenção no ambiente, através de projetos de zoneamento urbano, garanta a 
mitigação de riscos ambientais. 
 
Zoneamento urbano pode ser definido como um instrumento que visa a 
regulação do uso do solo urbano a partir de funções previamente 
determinadas, como zona industrial, zona residencial, zona comercial, zona 
mista, zonas de preservação/conservação ambiental dentre uma série de 
outras possibilidades, como a zona específica para o aterro sanitário, por 
exemplo, cemitérios, dentre outros usos possíveis em uma zona urbana. 
 
Situação 1) Zoneamento do uso do solo urbano definindo o gabarito (altura 
máxima dos prédios) em determinado bairro litorâneo. Em função da posição 
da praia em relação aos ventos e ao poente, uma grande coluna de prédios 
enormes poderá (como ocorre por exemplo em Balneário Camboriú [SC]) 
projetar enormes porções de sombra na faixa de areia, impedindo o banho de 
sol. A barreira criada pelos prédios podem de forma similar impedir o fluxo de 
ar (ventos) gerando áreas mais quentes/abafadas. 
 
Situação 2) Zoneamento do uso do solo para atividades residenciais e ou 
mistas próximas aos corpos hídricos, para que se coíba o desmatamento das 
matas ciliares, as contruções irregulares nas margens, etc. 
 
 
Questão 2 (2,0 pontos) 
A Lei 9.433/97 trouxe importantes avanços no que diz respeito à gestão da 
água doce no Brasil. Neste sentido e com base no que estudamos explique o 
que são: 
a) Enquadramentos dos corpos hídricos; 
 
O enquadramento de corpos d’água estabelece o nível de qualidade a ser 
alcançado ou mantido ao longo do tempo. Mais do que uma simples 
classificação, o enquadramento deve ser visto como um instrumento de 
planejamento, pois deve tomar como base os níveis de qualidade que deveriam 
possuir ou ser mantidos para atender às necessidades estabelecidas pela 
sociedade e não apenas a condição atual do corpo d’água em questão. O 
enquadramento busca “assegurar às águas qualidade compatível com os usos 
mais exigentes a que forem destinadas” e a “diminuir os custos de combate à 
poluição das águas, mediante ações preventivas permanentes” (Art. 9º, Lei nº 
9.433, de 1997). 
A classe do enquadramento de um corpo d’água deve ser definida em um 
pacto acordado pela sociedade, levando em conta as prioridades de uso da 
água. A discussão e o estabelecimento desse pacto ocorrem no âmbito do 
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh). O 
enquadramento é referência para os outros instrumentos de gestão de recursos 
hídricos (outorga e cobrança) e instrumentos de gestão ambiental 
(licenciamento e monitoramento), sendo, portanto, um importante elo entre o 
Singreh e o Sistema Nacional de Meio Ambiente. 
 
Fonte: Agência Nacional de Águas 
(http://www2.ana.gov.br/Paginas/servicos/planejamento/PlanejamentoRH_enqu
adramento.aspx) 
 
 
 
b) Comitês de Bacias Hidrográficas. 
 
Os Comitês de Bacia Hidrográfica são organismos colegiados que fazem parte do Sistema 
Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e existem no Brasil desde 1988. A 
composição diversificada e democrática dos Comitês contribui para que todos os setores da 
sociedade com interesse sobre a água na bacia tenham representação e poder de decisão 
sobre sua gestão. Os membros que compõem o colegiado são escolhidos entre seus pares, 
sejam eles dos diversos setores usuários de água, das organizações da sociedade civil ou dos 
poderes públicos. Suas principais competências são: aprovar o Plano de Recursos Hídricos da 
Bacia; arbitrar conflitos pelo uso da água, em primeira instância administrativa; estabelecer 
mecanismos e sugerir os valores da cobrança pelo uso da água; entre outros. 
Fonte: cbh.gov.br 
 
 
Questão 3 (2,5 pontos) 
Apresente dois argumentos que justifiquem a adoção da bacia hidrográfica 
como unidade de planejamento ambiental e comente-os, apontando e 
discutindo as possíveis limitações do uso deste recorte espacial. 
 
Argumento 1) A noção de corrente de água, ou seja, das águas superficiais que 
escoam de montante para jusante formando a bacia hidrográfica. No que tange a 
engenharia hidráulica, o conhecimento do funcionamento das bacias hidrográficas 
permite que a engenharia tenha disponível diversas possibilidades de controle dos 
fluxos d’água, seja armazenando, aduzindo, fazendo transposições entre bacias, 
etc. 
Argumento 2) O comportamento hidrológico de uma bacia hidrográfica decorrente 
de suas diversas características (forma da bacia, área, litologia, pedologia, densidade 
da rede de drenagem, cobertura vegetal, para citar as mais importantes). Assim, as 
características físicas e bióticas de uma bacia possuem importante papel nos 
processos do ciclo hidrológico, influenciando, dentre outros, a infiltração e 
armazenagem de água no solo, nos escoamentos, etc. 
 
Possíveis limitações: a bacia hidrográfica é uma nova malha territorial que não 
coincide com malhas territoriais mais “tradicionais” como o limite político 
administrativo, as linhas de transmissão de energia, etc. Então, a limitação se encontra 
no fato de ser a comunicação, a interlocução entre os agentes municipais e/ou 
estaduais dificultadas por este novo recorte institucional que é a bacia. 
Nem todas as bacias de rios importantes possuem comitês. 
Etc. 
 
 
 
 
Questão 4 (3,0 pontos) 
 
“Os trabalhos de campo são instrumentos de fundamental importância no 
aprendizado de várias disciplinas. Como prática profissional, especialmente em 
Geografia e visando o planejamento do ambiente, é no campo, ou seja, na área 
em estudo que o planejador poderá se deparar e envolver efetivamente com 
seu objeto de estudo, coletando e produzindo dados.” 
 
Elabore uma questão-tema de investigação em planejamento ambiental e 
elabore uma pequena dissertação 
(mínimo de 20 linhas) contendo: 
a) A importância do trabalho de campo para a execução de sua pesquisa; 
b) Os dados diretos a serem produzidos/coletados e a sua justificativa; 
c) Os dados indiretos a serem pesquisados e a sua justificativa. 
 
Ainda não compreendo o porquê de muitos alunos ignorarem o comando das 
questões. Neste caso, muitos falaram sobre o trabalho de campo, às vezes 
repetindo passagens e deixando de lado dois aspectos obrigatórios para a 
obtenção dos 3 pontos da questãos: os dados diretos e indiretos. 
 
a) O trabalho de campo te aproxima do objeto. Isto não significa, quase 
óbvio, que o pesquisador “o dominará” ou “conhecerá” todo o objeto 
como apareceu em algumas respostas. Isto me remete a uma 
onipresença e infalibilidade da ciência! Mas não é assim. Ou não é para 
ser assim. A ciência não é o campo das certezas, ao contrário, é o 
campo das dúvidas, dos questionamentos. A ciência não pode 
apreender a realidade por completo. Sendo assim, o trabalho 
sistemático em campo te aproxima do teu problema, permitindo uma 
observação e coleta de dados (sentido amplo) in loco. 
b) Dado o exemplo hipotético os alunos deveriam citar os dados diretos 
produzidos (coletar amostras, entrevistas, fotografias, etc etc)... 
c) ... e os indiretos a serem coletados (IBGE, IPEA, PREFEITURAS, ETC)

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