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16 - Exame Clínico Neurológico

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O Circo 
 RESUMO SEMIOLOGIA 
Assunto: Exame neurológico 
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Materiais necessários 
 Algodão 
 Alfinete 
 Lanterna pequena 
 Diapasão 
 Cartão de snellen e 
 Martelo 
 Chave 
 Odores 
 
Exame neurológico 
 Consciência 
 Neuropsicológico (status mental) 
 Motricidade 
 Coordenação motora 
 Sensibilidade superficial e profunda 
 Equilíbrio estático e dinâmico 
 Sinais de irritação meníngeas e radicular 
 Exame dos nervos cranianos 
 
Avaliação da consciência 
 Consciente (estado de vigília) 
o Estado de alerta e percepção consciente do mundo exterior e interior 
 Obnubilação 
o Consciência comprometida discretamente e estado de alerta comprometido moderadamente. 
 Sonolência 
o Desperta facilmente, resposta 
apropriada comprometida e 
volta logo a dormir. 
 Confusão mental 
o Perda da atenção, o pensamento 
não é claro, desorientação 
tempo-espacial, resposta lenta. 
 Torpor ou estupor 
o Desperta os estímulos mais 
fortes, sem abrir os olhos e 
mantém movimentos 
espontâneos. 
 Coma 
o Não desperta com estimulação 
forte e não possui movimentos 
espontâneos. 
o Graduação do coma: 
 Coma discreto: se estimulado dolorosamente, sua atividade motora restringe-se a defender 
o local afetado. 
 Coma moderado: entre o coma discreto e o profundo. 
 Coma profundo: o paciente não mantém contato verbal. Constitui-se apenas de 
movimentos reflexos, como por exemplo aumento de atividade respiratória e postura em 
descorticação ou descerebração. 
 Coma irreversível: também designado morte cerebral. 
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Assunto: Exame neurológico 
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 O critério universalmente usado consiste no conjunto dos seguintes dados: coma 
profundo com total arreflexia, midríase paralítica bilateral, apnéia, hipotensão 
grave, ROC e ROV abolidos (serão comentados na avaliação do coma), 
eletroencefalograma mostrando ausência de atividade elétrica cerebral, com mais 
de 24 horas de duração 
 Aspectos quantitativos da consciência perda do alerta ou do despertar 
o Sonolência – torpor e coma 
 Aspectos qualitativos da consciência 
o Conduzido e curso do pensamento, percepção do meio interno e externo. 
 Perceptividade 
o Compreende a capacidade para responder as perguntas simples (como vai?), informar coisas 
corriqueiras (nome de familiares, endereço) e realizar cálculos ou atender a ordens (tire a camisa). 
 Reatividade 
o Capacidade de reagir a estímulos inespecíficos (desviar a cabeça para um ponto onde há barulho), 
estímulos dolorosos, estímulos as reações verbais ou corporais. 
 Deglutição 
o Avaliar a deglutição do paciente com um 
copo d’agua. 
 
Escala de coma de Glasgow 
 Escala de ordem neurológica capaz de medir e 
avaliar o nível de consciência de uma pessoa. 
 A nova escala de coma de Glasgow, passa a 
incluir também a resposta pupilar do paciente, 
sendo que dependendo da resposta será somada 
uma pontuação ao paciente. 
Avaliação do coma 
 Classificação de Fisher define os déficits de 
consciência: 
o Sonolência 
o Obnubilado 
o Torpor 
o Coma (superficial, 
moderado/profundo e 
irreversível) 
o O coma pode ser 
classificados em de causas 
orgânicas e psíquicas. 
o O de causas orgânicas 
pode ainda ser 
classificados em de origem 
estrutural e metabólica. 
 Estrutural 
 Existe 
destruição 
anatômica 
de áreas 
do tronco 
encefálico 
ou de hemisférios cerebrais. 
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 Uma lesão do tronco encefálico acima do nível da ponte, ainda que os hemisférios 
cerebrais estejam íntegros, levam ao coma. 
 Metabólica 
 Ruptura dos processos metabólicos do neurônio. 
 O coma metabólico, a lesão funcional atinge difusamente todo o encéfalo e o coma 
pode ocorrer pela interrupção do fornecimento de substrato energético ou pela 
alteração das respostas fisiológicas das membranas neurais (intoxicação, concussão, 
etc.) 
 Diante de um paciente em coma, cabe ao médico esclarecer sua causa orgânica ou psíquica; se orgânica 
classificá-la em estrutural ou metabólica; se a evolução está melhorando ou piorando e o prognóstico (se o 
processo é reversível ou se existe morte cerebral). 
 Estas respostas serão obtidas avaliando-se: 
o Respiração 
 Lesão de hemisférios e diencéfalo respiração de cheyne-stockes 
 Surge a respiração periódica de Cheyne Stokes, caracterizada por padrão 
respiratório que vem crescendo de frequência e intensidade, atinge o ápice e 
decresce progressivamente chegando à apnéia. É o padrão respiratório mais comum 
no s comas metabólicos. 
 Lesão mesencefálica: 
Hiperventilação neurogênica. 
 Surge hiperventilação 
neurogênica central, que se 
caracteriza por atividade 
hiperventilatória 
continuada. Como 
consequência, ocorre 
hipocapnia 
 Lesão de ponte: respiração 
apnêustica (parada da inspiração). 
 Pode surgir a respiração 
apnêustica, caracterizada 
por um padrão respiratório 
com parada na fase de 
inspiração. 
 Lesão de bulbo: respiração de Biot e apnéia (lesão completa) 
 Há tendência para hipoventilação e parada respiratória. Algumas vezes, precedendo 
a apnéia, nota-se um padrão respiratório anárquico, irregular em sequência e 
intensidade (respiração atáxica de Biot). Uma lesão bulbar completa provocará 
parada respiratória. 
o Pupilas 
 Lesão dos hemisférios 
 Sem alteração 
pupilar 
 Lesão diencéfalo e 
mesencéfalo 
 Midríase por 
disfunção do nervo 
oculomotor, e 
consequentemente 
ação não balanceada 
do simpático. 
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 Lesão do uncus (hérnia de uncus ao lado da midríase) 
 Midríase unilateral (anisocoria) por disfunção do nervo oculomotor, e 
consequentemente ação não balanceada do simpático. 
 Lesão funcional da ponte: 
 Pupilas diminuirão de tamanho em relação ao estágio anterior, mantendo-se não 
reativas à luz. 
o Movimentos oculares 
 Existem 3 centros motores: 
 Centro frontal, responsável 
pelo desvio voluntário do 
olhar. 
 Centro occipital, responsável 
pelo reflexo de fixação do 
objeto avistado; 
 Centro pontino, localizado na 
ponte. 
 Os dois primeiros centros, 
supratentoriais, produzem desvio de olhar para o lado oposto (olham para o lado sadio), e o 
centro pontino produz desvio ipsilateral dos olhos (olham para o lado paralisado). 
 Centro frontal: responsável pelo desvio voluntário do olhar. 
 Centro occipital: responsável pelo reflexo de fixação do objeto avistado 
 Uma lesão no lobo frontal direito produz hemiparesia esquerda e desvio do olhar 
para a direita. 
 Centro pontino: produz desvio ipsilateral dos olhos. 
 Uma lesão no lado direito da ponte produz hemiplegia a esquerda e desvio do olhar 
par a esquerda. 
 Pode-se produzir movimentos conjugados do olhar utilizando-se manobras de reflexo 
oculocefálico (ROC) e oculovestibular (ROV). 
 
Reflexo óculocefálico – ROC (Olhos de boneca) 
 Deve ser avaliado em pacientes inconscientes sem trauma cervical. 
 Avalia a integridade do mesencéfalo e da ponte. 
 A avaliação do ROC pode ser realizado com movimentos 
horizontais e verticais 
o Lateralização da cabeça – olhar conjugado 
contralateral a cabeça 
o Flexão da cabeça – olhar conjugado para cima 
o Extensão da cabeça – olhar conjugado para baixo 
 pode ser induzido girando-se rapidamente a cabeça do 
paciente para um lado. Os olhos imediatamente desviam-
se para o lado oposto. 
 Ao se estender ou fletir a cabeça, obtêm-se movimentos 
verticais
do olhar. 
o Uma lesão que compromete o teto mesencefálico 
produzirá desvio fixo dos olhos para baixo (Sinal de 
Parinaud). 
o O ROC será negativo em pessoas conscientes ou 
com coma cujas funções do fascículo longitudinal e 
medial estão destruídas. 
 Uma resposta normal indica tronco encefálico preservado. 
 Resultados: 
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o Consciente – desvio dos olhos ipsilateral 
o Reflexo preservado – movimento conjugado em direção oposta à rotação 
o Olhar desconjugado – lesão do fascículo longitudinal medial (ponte) – paciente mantem o olhar 
direcionado para frente. 
o Reflexo ausente – lesão de tronco encefálico. 
 Movimentos oculares: ROC, ROV, e movimentos verticais do olhar 
o Lesão supratentorial 
 Desvios do olhar conjugado olham para o lado sadio. 
o Lesão infratentorial (pontineo) 
 Desvios olham para o lado da lesão, e são mais duradouros e não se alteram com a 
estimulação vestibular 
 
Reflexo óculo-vestibular (ROV) 
 Injeção de soro gelado no conduto auditivo. 
 Elevando-se a cabeça 
do paciente a 30°, 
obtém-se desvio do 
olhar para o lado 
estimulado. 
 Para se provocar 
movimento vertical 
para cima, eleva-se a 
cabeça a 60° e 
estimulamse os 
ouvidos 
bilateralmente. Na pessoa consciente, o ROV não produzirá desvio tônico, mas sim nistagmo. O ROV estará 
ausente nos comas que comprometem as funções do tronco encefálico. 
 
Atividade motora 
 Lesão bilateral em nível mesencefálico 
alto (decorticação) 
 Lesão bilateral na parte superior da 
ponte (decerebração) 
 Decorticação 
o Lesão acima do núcleo rubro 
o Prognostico ruim 
o Ocorre opistótono, além de 
flexão de membros superiores 
e extensão de membros 
inferiores. Ocorre nas lesões 
funcionais dos hemisférios 
cerebrais e do diencéfalo. 
 Descerebração 
o Lesão entre o núcleo vestibular 
e o rubro 
o Disfunção de tronco cerebral 
o Prognóstico péssimo. 
o Há Opistótono e extensão dos quatro membros. Ocorre quando a lesão atinge o mesencéfalo, que 
tende a desaparecer quando a lesão acomete a ponte, tornando o paciente arrefléxico. 
Semiologia dos comas supratentoriais (onde tem a lesão) 
 Diencéfalo 
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o Respiração de cheynes stockes, pupilas reativas a luz de tamanho nromal, ROC e ROV presentes e 
postura descorticação. 
 Mesencéfalo 
o Hiperventilação neurogênica central, pupilas dilatadas não reativas a luz, ROC ausente e ROV 
comprometido, postura descerebração. 
 Ponte 
o Hipoventilação ou respiração de biot, pupilas puntiformes não reativas a luz, ROC e ROV ausentes e 
muscular. 
 
Miniexame do estado mental 
 Orientação 
o É a capacidade de uma 
pessoa saber quem ela é 
(autopsíquica) e de 
localizar-se no tempo e 
no espaço. 
o Orientação em tempo 
 Informa a hora, 
dia da semana, 
dia do mês e ano. 
o Orientação espacial 
 Informa o local, 
bairro, cidade, 
estado e pais. 
o Orientação psíquica 
 Informa seus 
dados pessoais. 
o Desorientação temporal 
– espacial – psíquica. 
 Memoria 
o É a capacidade de 
recordar, e de reviver 
estados de consciência 
anteriores, de localiza-los 
em tempo e espaço. 
o Memoria de fixação 
 Capacidade de 
registrar e fixar 
fatores e 
informações. 
o Memoria de evocação 
 Capacidade de 
retornar à 
consciência o 
que foi aprendido e conservado. 
o Memoria recente 
 Fatores recentes, ocorridos há minutos, dias ou semanas. 
o Memoria remota 
 Fatos ocorridos há meses ou anos. 
 Atenção 
 Evocação 
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 Linguagem 
 
Fala e linguagem (abordado em exame físico geral) 
 Disartria 
o Alterações da fala, decorrente de neuropatia central ou periférica. 
 Dislexia 
o Perda da capacidade de ler 
 Disgrafia 
o Perda da capacidade de escrever, pode ser caracterizada ainda como macrografia (cerebelopatias) e 
micrografia (parkinsoniana). 
 Disfasia 
o Alteração na elaboração cortical da fala. 
o Alterações mínimas ou perda total da fala 
 Disfasia de recepção ou sensorial (a pessoa não interpreta o que escuta) 
 Disfasia de expressão ou motora (interpreta mas não consegue falar direito) 
 Disfasia mista 
 Não compreende nem fala direito. 
Equilibrio 
Equilibrio dinâmico 
 Inspeciona-se a maneira pela qual o paciente se locomove. A todo e qualquer distúrbio da marcha dá-se o 
nome de disbasia, a qual pode ser uni ou bilateral. A ausência da marcha denomina-se abasia e, a marcha 
normal ou atípica, denomina-se eubasia. 
 Semiotecnica: 
o Pede-se que o paciente ande em linha reta: usualmente com os olhos abertos por 30 segundos e 
depois com os olhos fechados por mais 30 segundos e com os calcanhares na frente dos artelhos 
com olhos abertos e depois com olhos fechados. 
o O examinador estará a direita observando para a pesquisa de disbasia. 
 Marchas anormais (resumo de exame físico geral) 
 Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica: lembra o movimento de uma foice em ação, ocorre nos 
pacientes que apresentam hemiplegia, cuja causa mais comum é acidente vascular cerebral. 
 Marcha anserina ou de pato: lembra o andar de um pato, sendo observada em doenças musculares e traduz 
uma diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. Para caminhar, o paciente acentua a lordose 
lombar e inclina o tronco ora para direita e ora para esquerda. 
 Marcha parkinsoniana: o doente anda como um bloco enrijecido, sem o movimento automático dos braços. 
A cabeça permanece inclinada para frente e os passos são miúdos e rápidos, dando a impressão de que a 
pessoa corre atrás do seu centro de gravidade e que irá sofrer uma queda para frente. Ocorre na síndrome 
parkinsoniana. 
 Marcha cerebelar ou marcha do ébrio: o doente ao caminhar faz ziguezagues como uma pessoa 
embriagada. Traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesões do cerebelo. 
 Marcha tabética: indica perda da sensibilidade proprioceptiva por lesão do cordão posterior da medula (ex: 
tabes dorsalis). Paciente caminha com o olhar fixo no chão, os membros inferiores são levantados 
abruptamente e ao serem recolocados no chão, os calcanhares tocam o solo de modo intenso. 
 Marcha de pequenos passos: passos muito curtos e arrastados. Ocorre na paralisia pseudobulbar e em 
doenças extrapiramidais. 
 Marcha vestibular: decorre de lesão vestibular. O paciente apresenta lateropulsão quando anda, é como se 
fosse empurrado para o lado quando tenta se mover em linha reta. Também conhecida como marcha em 
estrela. 
 Marcha escarvante: toca a ponta do pé no solo e tropeça ao caminhar, e para evitar isso levanta 
acentuadamente o membro inferior (passo de ganso). Ocorre quando o doente tem paralisia do movimento 
de flexão dorsal do pé. 
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 Marcha em tesoura ou espástica: marcha frequente nas formas espásticas da paralisia cerebral. O 
movimento das pernas lembra uma tesoura em ação, onde o paciente anda com os membros inferiores 
enrijecidos e espásticos. 
 Marcha claudicante: o paciente manca. Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho 
locomotor. 
 Marcha do idoso: marcha alentecida, com passos curtos e diminuição dos movimentos associados de 
membros superiores. 
 
Equilíbrio estático (prova de romberg) 
 Paciente em posição vertical (ortostática, empé) com os pés juntos, olhando para frente por 30 segundos). 
 Solicitar que o paciente feche as pálpebras durante 30 segundos.
 Examinador a direita observara ligeiras oscilações do corpo (romberg negativo) 
 A prova é positiva (romberg positivo) caso o paciente apresente oscilações do corpo, com desequilíbrio e 
forte tendência a queda.. 
 Romberg sensibilizado 
o Paciente em posição vertical (ortostática, em pé) com um pé a frente do outro, o calcanhar 
encostando no hálux, olhando para frente por 30 segundos. Solicitar que o paciente feche as 
pálpebras durante 30 segundos. 
o Examinador a direita observará ligeiras oscilações do corpo. (negativo) 
o Romberg positivo: paciente apresenta oscilações do corpo com desequilíbrio e forte tendência de 
queda. 
o A forte tendência a queda pode ser: 
 Para qualquer lado e imediatamente após interromper a visão, indicando lesão das vias da 
sensibilidade proprioceptiva consciente (tabes dorsais, degeneração medular e 
polineuropatia periférica. (clássico ou funicular) 
 Sempre para o mesmo lado após transcorrer pequeno período de latência, traduzindo lesão 
do aparelho vestibular (labirintopatias) (romberg vestibular) 
o Em lesões cerebelares o paciente não consegue permanecer de pé (astasia) ou faz com dificuldade 
(diastasia) alargando a base de sustentação pelo afastamento dos pés para compensar a falta de 
equilíbrio. Nesta situação a prova de romberg negativo. 
 
 
Motricidade 
 Via piramidal (motricidade voluntária) 
o Trato corticoespinhal lateral 
o Trato cortico bulbar 
 Via extrapiramidal (motricidade involuntária) 
o Trato rubroespinhal, reticuloespinhal, vestíbulo espinhal e olivo-espinhal. 
 Cerebelo 
o Coodernação motora. 
 Exame da motricidade, envolve os exames do: 
o Trofismo muscular 
o Tônus muscular 
o Força muscular 
o Reflexos 
 Superficiais e profundos. 
 
Tônus muscular 
 É estado normal de tensão constante a que estão submetidos os músculos, tanto em repouso (tônus de 
postura), como em movimentos (tônus de ação). 
 Avalia-se: 
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o Inspeção 
o Palpação 
o Movimentos passivos 
 Pode ser observado: 
o Hipotonia 
 Tônus diminuído 
o Hipertonia 
 Tônus aumentado 
o Miotomia 
 Miotonia é o fenômeno da diminuição da velocidade de relaxamento muscular após 
contração, estímulo mecânico ou elétrico. 
 Você pede para o paciente fechar a mão e abrir, ele faz esse movimento lentificado. 
o Distonia 
 Distonia é um tipo de movimento involuntário que pode ocorrer em qualquer região do 
corpo de maneira localizada (focal) ou mesmo generalizada e se caracteriza por uma 
contração de músculos agonistas (favoráveis ao movimento) e antagonistas (desfavoráveis 
ao movimento) simultaneamente. 
o Paratonia. 
 Paratonia ou gegenhalten é definido como "uma forma de hipertonia e com uma resistência 
variável, durante o movimento involuntário passivo.". Em outras palavras, a tentativa de 
mover o membro de uma pessoa com paratonia irá resultar em que a pessoa 
involuntariamente resistindo ao movimento. 
 O valor da resistência é determinada pela velocidade do movimento: mais rápido, mais 
movimentos vigorosos irá resultar em maiores quantidades de resistência. Também está 
presente, independentemente do sentido do movimento . 
 Ou seja, a ridigidez aumenta com a velocidade que você puxa o braço do paciente. 
 Semiotécnica 
o Inspeção: 
 Observa-se se há ou não achatamento das massas 
musculares de encontro ao leito. 
o Palpação: 
 Averígua-se o grau de consistência muscular, que está 
aumentada nas lesões centrais e diminuídas nas periféricas. 
o Movimentos passivos: 
 Movimentação normal de flexão e extensão nos membros. 
 Passiva: se há passividade aquém do normal (tônus diminuído) e se há resistência 
(tônus aumentado). 
 Extensibilidade: se há ou não exagero no grau de 
extensibilidade da fibra muscular. 
 Hipotonia (achados) 
o Achatamento das massas musculares no plano de leito 
o Consistência muscular diminuída 
o Passividade aumentada 
o Extensibilidade aumentada 
o Prova do balanço exageradas com oscilações. 
 Hipertonia 
o Consistência muscular e extensibilidade diminuídas 
o Passividade diminuída 
o Prova do balanço com reduzidas oscilações. 
 Hipertonia piramidal (espasticidade) 
o É eletiva com predomínio dos extensores dos MMII e flexores dos MMSS. 
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o Elástica 
o Sinal do canivete presente 
o Espasticidade, é eletiva, atingindo globalmente os músculos, 
mas com predomínio dos extensores dos membros inferiores e 
flexores dos membros superiores (clássica postura de 
Wernicke-Mann). É elástica, com retorno à posição inicial de 
um segmento do corpo no qual se interrompeu o movimento 
passivo de extensão. Tem o sinal do canivete. É observada na 
hemiplegia, na diplegia cerebral infantil, na esclerose lateral 
amiotrófica e na mielopatia compressiva. 
o Espasticidade é quando ocorre um aumento do 
tônus muscular, envolvendo hipertonia e 
hiperreflexia, no momento da contração muscular, 
causado por uma condição neurológica anormal. 
 Hipertonia extrapiramidal (rigidez) 
o Não eletiva, acomete globalmente a musculatura 
agonista, sinergista e antagonista. 
o É plástica 
o Sinal da roda denteada presente; 
o Rigidez, não é eletiva, porquanto acomete 
globalmente a musculatura agonista, sinergista e 
antagonista. É plástica, com resistência constante à 
movimentação passiva. Está geralmente associada ao sinal da roda dentada, que se caracteriza por 
interrupções sucessivas ao movimento. Ocorre no parkinsonismo e na degeneração 
hepatolenticular. 
 
Força muscular 
 Semiotécnica: 
o Paciente sentado ou em decúbito dorsal executa movimentos de motricidade espontânea abrir e 
fechar as mãos, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a coxa, fletir e estender 
a perna e o pé). 
o Examinador aplica oposição ao movimento do paciente. Quando observa-se discreta ou duvidosa 
deficiência motora dos membros realizam-se as denominadas “provas deficitárias”. 
 Provas deficitárias: 
o Prova de Mingazzini: Paciente em decúbito dorsal. Coxas fletidas em ângulo reto com a bacia e 
pernas em ângulo reto com as coxas. Membros superiores estendidos ao lado do corpo. O paciente 
em questão, deverá permanecer nesta posição em torno de 1 minuto. Observar-se-á se há 
oscilações, queda lenta ou queda abrupta 
o Prova de Barré: Paciente em decúbito ventral. Pernas em ângulo reto com as coxas. A prova pode 
ser sensibilizada, diminuindo o ângulo para 45 graus. Poder-se-á observar oscilações e queda. 
o Prova dos braços estendidos: Sentado, o paciente estende os membros superiores na horizontal. 
Observar-se-á oscilações e queda de um deles nas hemiparesias e hemiplegias. 
o Prova do pé: Paciente em decúbito dorsal. Havendo deficiência dos 
rotadores internos da coxa, o pé cai em abdução (lado externo). É o 
chamado pé de cadáver. 
o Prova de Raimiste: Paciente em decúbito dorsal. Antebraços e mãos em 
linha reta que se colocam em ângulo reto com o braço. Sensibilizando, o 
ângulo poderá ser de 45 graus. Haverá oscilações e queda. 
 Os resultados podem ser anotados de duas formas: 
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o Através do modo como se vê o teste escrevendo: força normal, discretamente diminuída, 
moderadamente diminuída, força muito reduzida ou abolida. 
o Ou classificamos por uma tabela: 
o 
 Termos semiológicos 
 Paresia – alteração da força muscular. 
 Plegia – abolição da força muscular. 
 Monoparesia/monoplegia (um membro) 
 Paraparesia/ paraplegia (membros superiores ou inferiores) 

Hemiparesia/ hemiplegia (Metade esquerda ou direita do corpo) 
o Completa ou incompleta 
o Proporcionada e desproporcionada 
o Predomínio braquial 
o Predomínio crural 
 Tetrapresia/ tetraplegia (quatro membros) 
 Diparesia/ diplegia (ambos os lados) 
 
Reflexos 
o Superficiais 
 Esta classe de reflexos, os estímulos são realizados sobre a pele ou mucosas e provocam 
contrações musculares, geralmente circunscritas aos grupos musculares da região excitada. 
 Reflexo cutâneo abdominal: pesquisado pelo estímulo dos quadrantes do abdômen 
com um objeto pontiagudo. A resposta normal é a contração abdominal com desvio 
da cicatriz umbilical para o lado estimulado. 
 Cremastérico: pesquisado pelo estímulo da pele da região superior e medial da coxa 
em homens. A resposta normal é a elevação unilateral do testículo. 
o Profundos: o estímulo para avaliar os reflexos profundos deve ser um estiramento rápido do 
músculo causado pela percussão do tendão, realizada com o auxílio do martelo neurológico. 
 Clônus do tornozelo: o terapeuta flexiona ligeiramente o joelho do paciente e dorsiflexiona 
abruptamente o tornozelo. Quando positivo, uma forte rigidez denteada aparece. 
 Teste de Babisnk: faz parte do reflexo de flexão primitivo. Quando presente, após 16 meses 
de idade, indica lesão do trato corticoespinhal. O teste é executado dando-se um estímulo 
com um instrumento pontiagudo na sola do pé. A resposta normal é a flexão e adução dos 
dedos. Resposta anormal (Babisnk presente) é a dorsiflexão do hálux e a abertura dos 
demais dedos em leque. 
o Avaliar reflexos tendíneos (patelar), plantar, cutâneos, abodminais e pupilares. 
 Reflexo pupilar 
 Via Aferente: Nervo óptico, Via Eferente: Nervo oculomotor, Localização: 
Mesencéfalo 
 O reflexo pupilar à luz ou reflexo fotomotor é um reflexo que controla o diâmetro 
das pupilas em resposta à intensidade (luminância) da luz que incide sobre a retina 
dos olhos, auxiliando, desse modo, na adaptação a vários níveis de iluminação. 
Reflexos exteroceptivos ou superficiais 
 Reflexo cutaneoplantar (SINAL DE BABINSKI) 
o Paciente em decúbito dorsal, com os MMII estendidos 
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o Examinador estimula 
superficialmente a região plantar, 
próxima à borda e no sentido 
posteroanterior (calcanhar para o 
hálux), fazendo um leve semicírculo 
na parte mais anterior. 
o RESPOSTA NORMAL: flexão dos 
dedos. 
o Resposta anormal: extensão do 
hálux com abertura dos demais 
dedos em forma de leque, constitui 
o SINAL DE BABINSKI. 
 Sucedâneos de babinski 
o Pesquisados em outras topografias, mas apresentam o mesmo significado. 
o Sinal de Chaddock: estímulo procedido sob o maléolo externo 
o Sinal de Gordon: compressão da panturrilha. 
o Oppenheim: estimulação da crista tibial, em direção descendente. 
o Faustino-Austregésilo-Esponsel: estimulação da face interna da coxa. 
o Schaefer: compressão do tendão de aquiles 
 Reflexo cutaneoabdominais 
o Paciente em decúbito dorsal, mantendo a parede abdominal em completo relaxamento. 
o Examinador estimula o abdome no sentido da linha mediana em três níveis (superior, médio e 
inferior). 
o Resposta normal: contração dos músculos abdominais, que determina leve descolamento da cicatriz 
umbilical para o lado estimulado. 
o Resposta anormal: sem resposta, abolida na síndrome piramidal. 
 
Reflexos profundos 
 Fazer percussão com o martelo de reflexos do tendão do 
músculo a ser examinado. 
 Deve-se avaliar: 
o I.Aquileu (Tendão calcâneo); 
o II. Bicipital (Articulação radio-ulna); 
o III. Tricipital; 
o IV. Flexor dos dedos; 
o V. Estilo-radial (polegar-radio); 
o VI. Patelar. 
 Deve-se avaliar arreflexia, hiporreflexia, Normorreflexia, 
reflexo vivo e hiperreflexia 
O Circo 
 RESUMO SEMIOLOGIA 
Assunto: Exame neurológico 
13 
 
 
 Reflexo de Mendel-Bechterew: no osso lateral do pé (perto dos dedos), se fletir os dedos (lesão piramidal). 
 Clono do pé, clono da rótula: 
o É um reflexo patológico observado quando provocamos o estiramento brusco de um grupo muscular 
e tentamos manter estirado, e ocorre movimentos de flexão e extensão, sinal da síndrome 
piramidal. 
 
 
Sensibilidade 
 O exame da sensibilidade é uma das partes mais laboriosas do exame neurológico, pois depende de 
informações subjetivas do paciente 
 Sensibilidade especial 
o Olfação, visão, audição, gustação 
 Sensibilidade geral 
o Superficial ou extroceptiva 
o Profunda ou proprioceptiva 
o Visceral ou interoceptiva 
o Discriminativa 
o Combinada 
 Sensibilidade cutânea (superficial) 
o Protopática 
 Sensibilidade grosseira e difusa 
 Dor, temperatura e tato grosseiro. 
o Epicrítica 
 Sensibilidade mais apurada 
 Trato fino, percepção de leves mudanças de temperatura, poder de localização e 
discriminação. 
 
Sensibilidade superficial 
 Tátil 
o Algodão seco, gaze ou pincel 
O Circo 
 RESUMO SEMIOLOGIA 
Assunto: Exame neurológico 
14 
 
 Dolorosa superficial 
o Alfinete ou agulha de costura (romba) 
 Térmica 
o Tubo com agua quente e gelada. 
 Nesta avaliação é importante investigar áreas suspeitas (áreas de manchas, alopecia, alterações da 
sensibilidade). Perguntar se o paciente sente a estimulação, o que sente (quente ou frio), se dói, e 
principalmente comparar uma região com outra. Sempre perguntar se o que ele sente em uma área é a 
mesma coisa que sente na outra. 
 Considerar anestesia, hiperestesia e Hipoestesia. 
 
Estereognosia 
 É a capacidade de reconhecer um objeto com a mão sem o auxílio da visão. É função tátil discriminativa ou 
epicrítica com componente proprioceptivo. 
 Quando se perde essa função, diz-se agnosia tátil, indicativa de lesão do lobo parietal contralateral. 
 
Sensibilidade profunda 
 Cinético-postural 
o Artrestesia: propriocepção ou sensibilidade cinético-postural (posição da articulação, coordenação e 
marcha). 
o É a batiestesia, deve ser explorada deslocando-se suavemente qualquer segmento do corpo 
(comumente o hálux, o polegar, o pé ou a mão) em várias direções. 
o Depois fixa-se o segmento em uma determinada posição que deverá ser reconhecida pelo paciente. 
 Vibratória ou palestesia 
o Usa-se o diapasão para sensação vibratória com diapasão nas eminencias ósseas. 
 Dolorosa profunda 
 Pressórica (pressão) 
o É avaliada mediante compressão moderada de massas musculares e tendões. 
o Barestesia. 
 
Coordenação motora 
o Coordenação adequada traduz o bom funcionamento de pelo menos dois setores do SN, sendo eles 
o cerebelo (centro coordenador) e a sensibilidade proprioceptiva. A perda de coordenação é 
denominada ataxia, a qual pode ser de três tipos: cerebelar, sensorial e mista. 
o Prova indicador-nariz: Com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é solicitado a 
tocar a ponta do nariz com o indicador. Repete-se a prova algumas vezes, primeiro com os olhos 
abertos, depois fechados. 
o Prova calcanhar-joelho: Na posição de decúbito dorsal, o paciente é solicitado a tocar o joelho com 
o calcanhar do membro a ser examinado. Repete-se a prova algumas vezes, primeiro com os olhos 
abertos, depois fechados. 
o Prova dos movimentos alternados: o paciente deve 
realizar movimentos rápidos e alternados (ex: abrir e 
fechar a mão). Pode ser feito prova do índexíndex. 
 Prova dos movimentos alternados (marionetes) 
 Determina-se ao paciente realizar 
movimentos rápidos e alternados, tais 
como abrir e fechar a mão, movimentos 
de supinação e pronação, extensão e 
flexão dos pés. 
o Prova de Stewart-holmes (rechaço) 
O
Circo 
 RESUMO SEMIOLOGIA 
Assunto: Exame neurológico 
15 
 
 Incapacidade de abortar um movimento quando se retira a oposição ao mesmo, lembrar de 
Katia Lin Página 3 13/9/2010 proteger o rosto do pcte. para evitar que a continuidade do 
movimento machuque o pcte. 
 Se não abortar o paciente bate na própria cara. 
o Marcha 
 Diadococinesia é a capacidade que uma pessoa tem em realizar movimentos rápidos alternadamente. 
 Devem-se avaliar: 
o Eudiadococinesia 
o Disdiadococinesia 
 incapacidade de executar movimentos coordenados e alternados, p. ex., pronação e 
supinação das mãos. 
o Adiadoconicesia 
 Incapacidade de realizar movimentos alternados rápidos. 
o Dismetria 
 Imperfeição na realização de um movimento. 
o Rechaço. 
 Incapacidade de abortar um movimento quando se retira a oposição ao mesmo 
o Ataxia 
 Falha da coordenação motora que se traduz na irregularidade ou incapacidade de realização 
correta e sincrônica de um movimento 
Sinais de irritação meníngea 
 Rigidez de nuca 
o Paciente em decúbito dorsal 
o Examinador a direita do paciente coloca a mao na região occipital do paciente e, suavemente, tenta 
fletir a cabeça do mesmo. Caso o movimento seja fácil e amplo, não há rigidez da nuca, a nuca é 
livre. 
o A prova é positiva se houver resistência, defesa ou simplesmente rigidez da nuca, situação frequente 
na meningite ou hemorragia subaracnóidea. 
 Brudzinski 
o Paciente em decúbito dorsal com membros estendidos 
o Examinador a direita do paciente com uma das mãos sobre o tórax e, com outra, colocada na região 
occipital do paciente, 
executa flexão forçada 
da cabeça 
o A prova é positiva 
quando o paciente 
flete os membros 
inferiores (flexão dos 
joelhos e facies de dor. 
 Lasègue 
o Paciente em decúbito dorsal com membros inferiores estendidos 
o Examinador faz elevação de um membro inferior estendido. 
o Positiva: quando o paciente refere dor na face posterior do membro examinado, logo no inicio da 
prova com cerca de 30 graus de elevação. 
 Prova Kerning 
o Paciente em decúbito dorsal com o membro inferior em flexão em ângulo reto com a bacia e a perna 
sobre a coxa. 
o Examinador realiza a extensão da perna. 
o Positiva: quando o paciente sente dor e tenta impedir o movimento. 
 Manobra de kerning 
o Paciente em decúbito dorsal com MMII estendidos. 
O Circo 
 RESUMO SEMIOLOGIA 
Assunto: Exame neurológico 
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o Examinador faz a elevação de ambos os MMII ao mesmo tempo. 
o A prova é positiva quando o paciente sente dor e ocorre a flexão dos joelhos.

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