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POLITICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

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POLITICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - PNMA Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981
Objetivos (artigo 2º) 
PNMA tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar ao País, condições de desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.
Objetivos (artigo 4º) 
I - À compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; 
II - À definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
III - Ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; 
IV - Ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais; 
V - À difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI - À preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida; 
VII - À imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.
Dos Princípios (artigo 2º) 
I - Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
 II - Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
lll - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; 
V - Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras; 
VI - Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais; 
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas; (Regulamento - DECRETO No 97.632, DE 10 DE ABRIL DE 1989) 
IX - Proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
X - Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
Dos Instrumentos (artigo 9º) - viabilizar a consecução dos objetivos 
I - O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental; 
II - O zoneamento ambiental; (Regulamento - Decreto Nº 4.297, de 10 de julho de 2002 – estabelece critérios para o Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil - ZEE, e dá outras providências) 
III - a avaliação de impactos ambientais; 
IV - O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras (Resoluta Conama 01/1986);
V - Os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental; 
VI - A criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico e reservas extrativistas; 
VII - O sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - O Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental; 
IX - As penalidades disciplinares ou compensatórias não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental. 
X - A instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
XI - A garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder Público a produzi-las, quando inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
XII - O Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989) 
XIII - Instrumentos econômicos, como concessão florestal e outros. (Incluído pela Lei nº 11.284, de 2006)
SISNAMA 
Rede de órgãos e instituições ambientais que, por sua vez, são compostas: 
• Poder Executivo: controle das atividades potencialmente poluidores, a exigência do EIA e fiscalização. 
• Poder Legislativo: elaborar leis e regulamentos ambientais, aprovar os orçamentos dos órgãos ambientais, exercer o controle dos atos administrativos do Executivo, etc. 
• Poder Judiciário: compete julgar as ações de cunho ambiental
Dos órgãos formadores do SISNAMA (artigo 6º) 
a) CONSELHO SUPERIOR: Conselho de Governo; 
b) ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO: Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA); 
c) ÓRGÃO CENTRAL: Ministério do Meio Ambiente (MMA) 
d) ÓRGÃO EXECUTOR: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis- IBAMA; 
e) ÓRGÃOS SETORIAIS: órgãos da Administração Federal, direta, indireta ou fundacional, cuja função é a proteção ambiental e, em especial as atividades utilizadoras de recursos ambientais. 
f) ÓRGÃOS SECCIONAIS: Órgãos ou entidades estaduais responsáveis por programas ambientais ou pela fiscalização de atividades utilizadoras de recursos ambientais; 
g) ÓRGÃOS LOCAIS: Entidades municipais responsáveis por programas ambientais e pela fiscalização de atividades utilizadoras de recursos ambientais.
ÓRGÃO SUPERIOR: O CONSELHO DE GOVERNO 
• Tem por finalidade assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional e das diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais. 
• É constituído por todos os Ministros de Estado, secretário Especial de Ciência e Tecnologia; Representante do Ministério Público Federal; Representante da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC; 3 representantes do Poder Legislativo Federal; 5 cidadãos brasileiros indicados pelo conjunto das entidades ambientalistas não governamentais, e pelo Advogado Geral da União.
O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA é um órgão colegiado de caráter deliberativo e consultivo do Ministério de Meio Ambiente 
O Conselho foi criado com a finalidade de assessorar e propor ao Conselho de Governo e demais órgãos ambientais diretrizes e políticas ambientais e de deliberar sobre normas e padrões para um ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida. 
O CONAMA é constituído de representantes de 5 segmentos diretamente interessados na temática ambiental: 
• o Governo Federal 
• Os governos estaduais 
• Os governos municipais 
• O setor empresarial 
• A sociedade civil
ÓRGÃO CENTRAL: Ministério do Meio Ambiente (MMA) 
Composição do MMA:
• Conselho Nacional do Meio Ambiente 
• Conselho Nacional da Amazônia Legal 
• Comitê do Fundo Nacional de Meio Ambiente 
• Secretaria de Coordenação dos Assuntos da Amazônia Legal 
• Secretaria de Coordenação dos Assuntos do Meio Ambiente 
• Conselho Nacional da Borracha
Suas Atribuições: 
a) planejamento, coordenação, supervisão e controle das ações relativas ao meio ambiente; 
b) formulação e execução da política nacional do meio ambiente; 
c) articulação e coordenação das ações da política integrada para a Amazônia Legal, visando à melhoria da qualidade de vida das populações amazônicas; 
d) articulação com os ministérios, órgãos e entidades da Administração Federal, de ações de âmbito internacional e de âmbito interno, relacionadas com a política nacional do meio ambiente e com a política nacional integrada para a Amazônia Legal; 
e) preservação, conservação e uso racional dos recursos naturais renováveis; 
f) implementação de acordos internacionais nas áreas de sua competência.
ÓRGÃO EXECUTOR: IBAMA - Instituto Brasileiro de Meio Ambientee dos Recursos Renováveis 
Órgão ambiental mais conhecido da população, em se tratando do meio ambiente. Sua criação se deu mediante a extinção do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal - IBDF e da Superintendência da Borracha - SUDHEVEA, através da Lei 7732/89. Trata-se de uma autarquia federal, de regime especial, dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia administrativa e financeira.
Estrutura administrativa: 
• Presidência; 
• 5 Diretorias: Controle e Fiscalização, Recursos Naturais Renováveis, Ecossistemas, Incentivo à Pesquisa e Divulgação e de Administração e Finanças. 
Finalidades: 
I - Executar as políticas nacionais de meio ambiente referentes às atribuições federais permanentes, relativas à preservação, à conservação e ao uso sustentável dos recursos ambientais e sua fiscalização e controle; 
II - Apoiar o Ministério do Meio Ambiente na execução da Política Nacional de Recursos Hídricos; e 
III - Executar as ações supletivas da União, de conformidade com a legislação em vigor e as diretrizes daquele Ministério. 
Competências: 
I - Proposição de normas e padrões de qualidade ambiental; 
II - Zoneamento ambiental; 
III - Avaliação de impactos ambientais; 
IV - Licenciamento ambiental de atividades, empreendimentos, produtos e processos considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como daqueles capazes de causar degradação ambiental, nos termos da legislação em vigor;
V - Proposição da alocação e gestão das Unidades de Conservação Federais, bem como o apoio à implementação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação;
VI - Implementação dos Cadastros Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental e de Atividades Potencialmente Poluidoras e/ou Utilizadoras dos Recursos Ambientais; 
VII - Aplicação de penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental, nos termos da legislação em vigor; 
VIII - Geração, integração e disseminação sistemática de informações e conhecimentos relativos ao meio ambiente; 
IX - Proteção e manejo de ecossistemas pendentes de especial atenção ambiental, de espécies de fauna e flora; 
X - Disciplinamento, cadastramento, licenciamento, monitoramento e fiscalização dos usos e acessos aos recursos ambientais, florísticos e faunísticos;
XI - Análise, registro, controle e fiscalização de substâncias químicas, agrotóxicos e de seus componentes e afins, conforme legislação em vigor; 
XII - Fiscalização ambiental; 
XIII - Aplicação das penalidades relacionadas aos danos e infrações sobre o meio ambiente; 
XIV - Assistência e apoio operacional às instituições públicas e à sociedade, em questões de acidentes e emergências ambientais e de relevante interesse ambiental;
XV - Execução de programas de capacitação e de educação ambiental; 
XVI - Execução, direta ou indireta, da exploração econômica dos recursos naturais, obedecidas as premissas legais e de sustentabilidade do meio ambiente, restrita a: 
a) serviços de lazer, visitação pública, publicidade, ecoturismo e outros serviços similares, em Unidades de Conservação Federais; e 
b) produtos e subprodutos excedentes da flora e da fauna, gerados na execução das ações de caráter permanente; 
XVII - Controle do acesso ao uso de recursos genéticos;
XVIII - Recuperação de áreas degradadas; XIX - apoio à implementação do Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente - SINIMA; 
XX - Uso sustentável dos recursos naturais renováveis; e 
XXI – Aplicação, no âmbito de sua competência, dos dispositivos e acordos internacionais relativos à gestão ambiental.
ÓRGÃOS SETORIAIS 
Órgãos da Administração Federal direta e indireta, além das fundações instituídas pelo Poder Público, cujas atividades estejam ligadas à proteção da qualidade ambiental e o uso dos recursos ambientais. 
Dentre esses órgãos pode-se destacar: Ministério da Agricultura, o Ministério da Fazenda, o Ministério da Marinha, o Ministério da Saúde, o Ministério das Minas e Energias, dentre outros.
ÓRGÃOS SECCIONAIS – art. 6º, inciso vi 
Órgãos ou entidades estaduais são responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar degradação ambiental. 
Em suma: são os Órgãos Seccionais responsáveis pela maior parte da atividade de controle ambiental. 
Cada Estado da Federação tem de organizar sua agência de controle ambiental, conforme suas necessidades e realidades, na medida de seus interesses peculiares.
ÓRGÃOS LOCAIS 
São os órgãos municipais de controle ambiental. São legalmente aptos a exercerem a gestão ambiental dentro dos seus limites territoriais e de sua competência. 
Entretanto, apesar da previsão legal, ainda são poucos os municípios brasileiros que possuem instalados esses órgãos, devido principalmente à falta de recursos financeiros.

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