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CASOS CONCRETOS 1-2-3-4-5-6-7- DIREITO PENAL I

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06/10/2015 BIOECOLINGUISTICA­VANDA SALLES: CASOS CONCRETOS 1­2­3­4­5­6­7­ DIREITO PENAL I
http://bioecolinguistica­vandasalles­poetica.blogspot.com.br/2013/09/casos­concretos­1­2­3­4­5­6­7­direito.html 1/19
domingo, 8 de setembro de 2013
CASOS CONCRETOS 1­2­3­4­5­6­7­ DIREITO
PENAL I
AULA 1­ APLICAÇÃO PRÁTICO­TEÓRICA:
Aplicação Prática Teórica
1­                  Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com
base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu
professor.
Jonas, após um churrasco em que ingeriu cinco copos de cerveja, ainda
que alertado por um amigo sobre a nova lei de trânsito, que proíbe dirigir
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DIREITO: CIÊNCIA POLÍTICA
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DA NARRATIVA JURÍDICA
DIREITO: SOCIOLOGIA
JURÍDICA
DIREITO: CIÊNCIA POLÍTICA
CASOS CONCRETOS 1­2­3­4­
5­6­7­ DIREITO PENAL I
CASOS CONCRETOS 1­2­3­4­
5­6 ­ DIREITO CIVIL I
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BIOECOLINGUISTICA­VANDA SALLES
06/10/2015 BIOECOLINGUISTICA­VANDA SALLES: CASOS CONCRETOS 1­2­3­4­5­6­7­ DIREITO PENAL I
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embriagado, decide ir embora dirigindo seu carro, pois afirma que não se
encontra embriagado e que, portanto, não há qualquer perigo em dirigir.
Tão logo sai da casa de seu amigo é surpreendido por uma “blitz” e
submetido ao teste do bafômetro, do qual resulta a constatação da
alcoolemia de Jonas em índice previsto pela Lei n. 9503/1997 (art. 306)
para fins da caracterização do crime de embriaguez ao volante. Ante o
exposto, sendo certo que Jonas dirigia de forma normal, qual a
fundamentação para a intervenção penal sobre sua conduta e,
conseqüente, responsabilização penal?  Responda de forma justificada
com base nos estudos realizados sobre as missões do Direito Penal no
Estado Democrático de Direito.
     Lei n. 9503/1997­ Código de Trânsito Brasileiro
           CAPÍTULO XIX – DOS CRIMES DE TRÂNSITO
        Seção II – Dos Crimes em Espécie
Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com
concentração de álcool por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis)
decigramas, ou sob a influência de qualquer outra substância
psicoativa que determine dependência:
       Penas­ detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
automotor.
       Parágrafo único. O Poder Executivo Federal estipulará a
equivalência entre distintos testes de alcoolemia, para efeito de
caracterização do crime tipificado neste artigo.
R:  A intervenção penal sobre a  conduta de Jonas ( que dirigia
embriagado) cairá sobre a relevância do bem jurídico tutelado na
atual  sociedade de risco: a saúde pública, posto que a missão do
Direito Penal  é proteger os valores fundamentais para a subsistência
do corpo social, tais como a vida , a saúde, a liberdade, a propriedade
etc., denominados de bens jurídicos. Ainda que, o conceito de bem
jurídico seja, atualmente, um dos maiores desafios de nossa doutrina,
em busca de um direito protetivo e garantista, e, portanto, obediente ao
Estado Democrático de Direito.
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2­                  Não obstante a falha do sistema penal, o mesmo continua a
ser considerado um “mal necessário” à sociedade
moderna na medida em que visa, diante da complexidade
das situações fáticas delituosas que lhe são apresentadas,
exercer um controle social formal e institucional que
atenda a toda a coletividade, desde que, no caso concreto,
seja a única forma de controle social capaz de proteger
determinado bem jurídico. Neste contexto, diante do
Estado Democrático de Direito, baseado na dignidade da
pessoa humana, assinale a alternativa correta acerca das
missões e características do Direito Penal:
a)      O Direito Penal possui como características ser essencialmente
preventivo, repressivo, buscando sempre que possível, a aplicação
de penas privativas de liberdade como forma de controle penal;
b)      O Direito Penal possui como missão a efetivação dos direitos e
garantias fundamentais, sendo, portanto, utilizado como primeira
forma de controle social com vistas à máxima repressão das
condutas delitivas;
c)      O Direito Penal possui como características ser essencialmente
preventivo, retributivo e ressocializador, buscando sempre que
possível, a aplicação de penas privativas de liberdade como forma
de controle penal;
d)      O Direito Penal possui como missão a efetivação dos direitos e
garantias fundamentais, e possui como características ser
essencialmente preventivo, retributivo e ressocializador, buscando
sempre que possível, a aplicação de medidas alternativas às penas
privativas de liberdade como forma de controle penal e, portanto,
devendo ser utilizado como última forma de controle social.
3) Assinale a alternativa incorreta:
a) A prevenção da vingança privada ( na medida em que o Direito Penal
tenha incidência evita que a vítima assuma por si só a atarefa de
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“castigar” o infrator) e o fato de servir como conjunto de garantias para
todos os envolvidos no conflito ( e no processo) penal são algumas das
finalidades do Direito penal.
b) A fragmentariedade do Direito penal possui apenas um significado,
qual seja  o de que somente os bens mais relevantes devem merecer a
tutela pena.
c) O princípio da intervenção mínima determina que a intervenção penal
deve ser fragmentária e subsidiária. Isso é o que caracteriza o chamado
Direito penal mínimo. O princípio da intervenção mínima possui dois
aspectos relevantes: fragmentariedade e subsidiariedade.
d) O legislador penal, em atenção ao princípio da intervenção mínima,
deverá evitar a criminalização de condutas que possam ser contidas
satisfatoriamente por outros meios de controle, formais ou informais,
menos onerosos ao indivíduo.
 AULA 2­ APLICAÇÃO PRÁTICO­TEÓRICA:
Aplicação Prática Teórica
1)      Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base
nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
   No dia 05 de abril de 2008, por volta das 18 h, na Av.
República Argentina, n.000, Bairro Centro, na cidade de
Blumenau, Belízia, locatária do apartamento de Ana Maria,
deixou o imóvel e levou consigo algumas tomadas de luz, dois
lustres e duas grades de ferro, bens de que detinha a posse e
detenção em razão de contrato de locação. Ana Maria dirigiu­se
ao imóvel tão logo tomou ciência de que Belízia o havia 
abandonado sem efetuar o pagamento do último aluguel, bem
como constatou a apropriação dos objetos acima descritos, que
guarneciam parte do imóvel conforme descriminado no contrato
de locação.
    Dos fatos narrados, Belízia, restou denunciada pelo delito de
apropriação indébita, previsto no art. 168, do Código Penal,
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tendo a sentença rejeitado  a denúncia sob fundamento de que
sua conduta configurava mero ilícito civil, não havendo falar em
responsabilização penal.
Apropriação indébita
Art. 168. Apropriar­se de coisa alheia móvel, de que tem
a posse ou a detenção:
        Pena­ reclusão, de um a quatro anos, e multa.
_______________________________________
Ante o exposto, é correto afirmar que a decisão do magistrado teve
por fundamento qual (is) princípio(s) norteador (es) de Direito
Penal?  Responda de forma fundamentada.
a)            R:  O  caso  em  questão    fundamenta­se  no  principio  da
intervenção  mínima,  mas  também  no  princípio  da
insignificância  ou  bagatela,  que  estabelece  a  atuação  do
direito  penal  como  última  ratio,  orienta  e  limita  o  poder
incriminador  do  Estado,  preconizando  que  a  criminalização
de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário
para a proteção de determinado bem jurídico.
2)      Lei o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas
leituras indicadas no plano de aula e pelo seu professor.
João da Silva foi denunciado pelo delito de moeda falsa, previsto no
art. 289 do Código Penal, por ter falsificado uma nota de R$ 50,00 e
colocado­a em circulação. O feito foi distribuído perante a Justiça
Federal, tendo o réu sido citado para apresentação de resposta. Na
qualidade de advogado de João da silva, apresente a tese defensiva a
ser sustentada de modo a afastar a tipicidade da conduta, com base
nos estudos realizados sobre os princípios norteadores do Direito
Penal no Estado Democrático de Direito.
Moeda falsa
Art. 289. Falsificar, fabricando­a ou alterando­a, moeda metálica ou
papel­moeda de curso legal no país ou no estrangeiro:
         § 1º Nas mesmas penas incorre que, por conta própria ou
alheia, importa ou exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta,
guarda ou introduz na circulação moeda falsa.
      Pena – reclusão, de três a doze anos, e multa.
R: 
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R:  A  questão  versa  sobre  a  possibilidade  ou  não  da
incidência  do  principio  da  insignificância  ou  bagatela.  No
caso em questão o delito previsto no artigo 289 do CP não
admite a  incidência desse princípio face à natureza do bem
jurídico  tutelado, qual seja,  fé pública. Nesse sentido o STJ
através  do  HC129592­AL,  da  Ministra  Laurita  Vaz  já  se
posicionou a respeito
3)       O princípio da ultima ratio: ( Prova de ingresso à Carreira de
Promotor de Justiça – Ministério Público Estadual­ RO­2006).
a)      Estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras é
função exclusiva da lei.
b)      Constitui­se em sistema descontínuo de seleção de ilícitos não
sancionando todas as condutas lesivas dos bens jurídicos, apenas
as mais graves praticadas contra os bens mais relevantes.
c)       )praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando
que não há crime sem culpabilidade.
d)      Implica na irretroatividade da lei penal.
e)      Estipula que a criminalização de uma conduta só se
legitima se constituir meio necessário para a proteção
de determinado bem jurídico.
4)      Acerca do significado dos princípios limitadores do poder punitivo
estatal, assinale a opção correta: ( Exame de Ordem 2009.1
OAB/CESPE­UnB)
b)      Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se
consideram típicas as condutas que tenham certa relevância social,
pois as consideradas socialmente adequadas não podem constituir
delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade.
c)              O  princípio  da  intervenção  mínima,  que  estabelece  a
atuação do direito penal como última ratio, orienta e limita o
poder  incriminador  do  Estado,  preconizando  que  a
criminalização  de  uma  conduta  só  se  legitima  se  constituir
meio  necessário  para  a  proteção  de  determinado  bem
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jurídico.
d)      Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar­se
a punir as ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos
mais importantes, ocupando­se somente de uma parte dos bens
protegidos pela ordem jurídica.
e)      De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo
estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa
humana ou que lesionem  a constituição físico psíquica dos
condenados por sentença transitada em julgado.
AULA 3­ APLICAÇÃO PRÁTICO­TEÓRICA:
Aplicação Prática Teórica
1)      Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com
base nas leituras indicadas no plano de aula e pelo seu
professor.
      Instaurado inquérito policial para fins de averiguação de
autoria e materialidade e, conseqüente responsabilização penal
pela prática de tráfico ilícito de drogas, previsto no art. 33, da Lei
n.11343/2006, por ter, em março de 2010 sido flagrado em uma
boate portando quantidade elevada dos hormônios testosterona
em comprimidos e estrogênio eqüino, Alex Sandro Lima,
impetrou Habeas Corpus com vistas ao trancamento do referido
inquérito policial, sob o argumento de atipicidade da conduta por
ausência de expressa previsão legal acerca das substâncias
apreendidas, haja vista o fato das mesmas configurarem drogas
de uso médico e veterinário, não sendo compreendidas,
portanto, pelo respectivo dispositivo legal.
      Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre
teoria da norma, sua interpretação e norma penal do mandato
em branco, responda: deve a ordem ser concedida?  Responda
de forma objetiva e fundamentada.
R:  Não; já que Alex pode ser enquadrado pelo delito de
contrabando de medicamentos que está tipificado no art.
273, § 1º e 1º­B, do Código Penal, considerando que
normas penais em branco são disposições cuja sanção é
determinada, permanecendo indeterminado o seu
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conteúdo; sua exeqüibilidade depende do complemento
de outras normas jurídicas ou futura expedição de certos
atos administrativos; pode ser de sentido estrito, cujo
complemento está contido em norma procedente de
outra instancia do legislativo, ou lato, que é determinada
pela mesma fonte formal da norma incriminadora.
      As normas penais também apresentam lacunas que
devem ser preenchidas pelos recursos supletivos para o
conhecimento do direito (analogia, costumes e princípios
gerais do direito).
2)      Fábio,funcionário de uma empresa pública, recebe de seu
superior, Alexandre, a atribuição de realizar o pagamento dos
empregados da referida empresa. Ao perceber a vultosa quantia
à sua disposição, Fábio, auxiliado pelo bancário Luiz, decide
desviar parte do valor, depositando­o em sua conta corrente.
Sendo certo que o dolo de apoderar­se da referida quantia surgiu
no momento em que Hélio a teve à sua disposição e, portanto,
posteriormente à concessão da referida atribuição. Ante o
exposto, surge o denominado conflito aparente de normas entre
os delitos de apropriação indébita, previsto nos art. 168, caput e
§ 1º, III e peculato, art.312, caput, ambos do código Penal. Com
base nos estudos realizados sobre o tema, solucione o caso
concreto de modo a tipificar corretamente a conduta de Fábio
indicando o princípio a ser adotado. Fundamente a resposta.
a)      Consunção.
b)      Especialidade.
c)       Subsidiariedade.
d)      Proporcionalidade.   
R:    É  a  letra  b,  posto  que:  Especialidade:  a  regraespecial
prepondera  sobre  a  regra  geral,  tanto  assim  que  o
interprete deverá conhecer as duas faces da lei. Para optar
qual delas se amolda a situação.
06/10/2015 BIOECOLINGUISTICA­VANDA SALLES: CASOS CONCRETOS 1­2­3­4­5­6­7­ DIREITO PENAL I
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eira � o r m � ��9 Justiça – Ministério Público Estadual­ RO­2006).
a)      Estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras é
função exclusiva da lei.
b)      Constitui­se em sistema descontínuo de seleção de ilícitos não
sancionando todas as condutas lesivas dos bens jurídicos, apenas
as mais graves praticadas contra os bens mais relevantes.
c)       )praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando
que não há crime sem culpabilidade.
d)      Implica na irretroatividade da lei penal.
e)      Estipula que a criminalização de uma conduta só se
legitima se constituir meio necessário para a proteção
de determinado bem jurídico.
4)      Acerca do significado dos princípios limitadores do poder punitivo
estatal, assinale a opção correta: ( Exame de Ordem 2009.1
OAB/CESPE­UnB)
b)      Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se
consideram típicas as condutas que tenham certa relevância social,
pois as consideradas socialmente adequadas não podem constituir
delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade.
c)              O  princípio  da  intervenção  mínima,  que  estabelece  a
atuação do direito penal como última ratio, orienta e limita o
poder  incriminador  do  Estado,  preconizando  que  a
criminalização  de  uma  conduta  só  se  legitima  se  constituir
meio  necessário  para  a  proteção  de  determinado  bem
jurídico.
d)      Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar­se
a punir as ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos
mais importantes, ocupando­se somente de uma parte dos bens
protegidos pela ordem jurídica.
e)      De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo
estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa
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humana ou que lesionem  a constituição físico psíquica dos
condenados por sentença transitada em julgado.
AULA 4 ­ APLICAÇÃO PRÁTICO­TEÓRICA:
Aplicação Prática Teórica
1)      Para comemorar seu casamento, André realizou sua despedida
de solteiro em um bar com alguns amigos. Finda a farra, André,
conduzindo seu veículo, atropelou e lesionou Paulo sendo sua
conduta tipificada como incursa no delito de lesões corporais
culposas na direção de veículo automotor ( art. 303, da Lei n.
9503/1997).
No curso da ação penal, restou demonstrado pelos exames
periciais que André encontrava­se embriagado no momento
do acidente, razão pela qual a pena imposta à sua conduta
foi majorada de acordo com expressa previsão legal. Dois
meses após sua condenação, entra em vigor a Lei n.11705,
de 19 de junho de 2008, que revogou expressamente a
causa de aumento prevista no Código de Trânsito Brasileiro (
Lei n.9503/1997). Ante o exposto, com base nos estudos
realizados sobre o conflito de leis penais no tempo, a
alteração legislativa terá relevância para a sanção imposta à
conduta de André?  Responda de forma justificada.
         Código de Trânsito Brasileiro, Lei n. 9503/1997
      Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo
automotor:
Penas – detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição
de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
automotor.
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção
de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à
metade, se o agente:
     V – ( Inciso acrescido pela Lei nº 11.275, de 7/2/2006 e revogado
pela Lei nº 11.705, de 19/6/2008)
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Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo
automotor:
Penas – detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou
proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
automotor.
Parágrafo único. Aumenta­se a pena de um terço à metade,
se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do
artigo anterior.
R:   Sim,  pois,  certamente,  por  ocasião  do  acidente  estava
vigendo  o  art.  303  da  lei  9503/97  com  uma  causa  de
aumento de pena  inserida no  inciso V do art.  302 da  supra
citada  lei.  Tempo  depois  surge  uma  nova  legislação  que
afasta  aquela  causa  de  aumento  e  cria  um  tipo  novo  para
quem  dirige  embriagado.  Isto  posto,  conclui­se  que    a
conduta de André não será notificado pelo tipo novo para lhe
agravar a situação em homenagem ao artigo I do CP, porém
desaparecendo a causa obrigatória de aumento de pena, ele
então será beneficiado. Crime é conduta típica.
2)           Leia  o  texto  abaixo  e  responda às questões  formuladas  com
base  nas  leituras  indicadas  no  plano  de  aula  e  pelo  seu
professor.
Peruana é presa com cocaína escondida em sandália
em MT
  Fonte:  http://noticias.terra.com.br/brasil/acesso  em  21  de
abril de 2009
Polícia  Rodoviária  Federal  deteve  uma  peruana  com  1  kg  de  pasta
base de cocaína escondido na sandália em Rondonópolis (MT), no km
212  da  BR­364,  na  segunda­feira.  Ela  estava  em  um  ônibus  que
seguia de Porto Velho (RO) para São Paulo.
Durante  fiscalização,  os  policiais  perceberam  que  a  passageira
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Rosemery  Tilsa  Evaristo  Pio,37  anos,  estava  muito  nervosa.  Foi
verificada toda a bagagem da peruana, mas nada foi encontrado. Ao
informá­la de que ela passaria por uma revista pessoal, os policiais
solicitaram  que  ela  retirasse  a  sandália  que  calçava.  Quando  o
policial pegou a sandália, desconfiou de seu peso e resolveu abrir o
calçado,  quando  encontrou  a  droga.  Rosemery  disse  que  pegou  a
cocaína na Bolívia e que a  levaria para a cidade de Campinas (SP),
recebendo  U$S  800.  Ela  foi  conduzida  para  a  delegacia  da  Polícia
Federal.
Ante  ao  exposto,  sendo  Rosemary  Tilsa  peruana,  poderá  a  lei
brasileira  ser aplicada à  sua conduta?   Responda,  justificadamente,
com  base  nos  estudos  realizados  sobre  o  tema  lei  penal  no
espaço.
R: A acusada deverá  responder pelo  crime previsto no art.
33,  combinado  com  o  art.  40  inciso  I  da  lei  11.343/2006
porque importou da Bolívia um material entorpecente que se
refere a 1quilo  de pasta base, acrescentando ao seu delito o
Parágrafo  1º,      inciso  I,    do  citado  art.  33.  Notadamente
tendo  sido  o  delito  praticado  em  território  nacional  por
estrangeira  aplica­  se  a  nossa  lei  pátria  conforme  prevê  o
art.  V  do  CP.  Se  houver  algum  tratado  internacional  de
extradição  entre  o  Brasil  e  Peru,  se  aquele  país  quiser
poderá tê­la de volta depois de ser processada.
3)            José  foi vítima de um crime de extorsão mediante seqüestro
(artigo 159, do Código Penal), de autoria de CLÓVIS. O Código
Penal,  em  seu  artigo  4º,  com  vistas  à  aplicação  da  lei  penal,
considera  praticado  o  crime  no momento  da  ação  ou  omissão,
ainda que outro seja o momento do resultado. No curso do crime
em  questão,  antes  da  liberação  involuntária  do  ofendido,  foi
promulgada  e  entrou  em  vigor  lei  nova,  agravando  aspenas.
Assinale a opção correta.  ( Prova de Seleção 178. Concurso de
Ingresso na magistratura – Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo/ Vunesp 2006)
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a)           A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio
geral da irretroatividade da lei.
b)           A  lei  nova, mais  severa, não  se aplica  ao  fato,  em obediência  à
teoria da atividade.
c)             A  lei nova, mais  severa, é aplicável ao  fato, porque sua
vigência é anterior à cessação da permanência.
d)            A  lei  nova,  mais  severa,  não  aplica  ao  fato,  porque  o  nosso
ordenamento  penal  considera  como  tempo  do  crime,  com  vistas  à
aplicação da lei penal, o momento da ação ou omissão e o momento
do  resultado,  aplicando­se  a  sanção  da  lei  anterior,  por  ser  mais
branda.
4)      Sobre a aplicação da lei penal no tempo e no espaço, o Código
Penal  Brasileiro  adotou,  respectivamente,  as  teorias  da  (do0
(Defensor/RN/2006)
a)      Ubiquidade e resultado.
b)      Ubiquidade e ambigüidade.
c)       Resultado e ubiqüidade.
d)      Atividade e ubiqüidade.
 AULA 5­  APLICAÇÃO PRÁTICO­TEÓRICA:
Aplicação Prática Teórica
1)      A partir da leitura comparativa entre os dispositivos legais
concernentes à tipificação da conduta do uso indevido de
drogas, constantes, respectivamente, nas Leis n. 6368/1976
e 11343/2006, consoante os estudos realizados sobre a
Teoria do Delito, é correto afirmar que a conduta de uso
indevido de drogas foi descriminalizada pela nova  redação
legal estabelecida pela Lei n.11343/2006? Responda de
forma justificada.
                           Lei n. 6368//1976
Art. 16. Adquirir, guardar ou trazer consigo, para uso próprio,
substância entorpecente ou que determine dependência física ou
psíquica, sem autorização ou em desacordo com determinação
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legal ou regulamentar:
Pena – detenção, de 6 9seis) meses a 2 (dois) anos, e
pagamento de 20 a 50 dias­multa.
                          Lei n.11343/2006
      Art. 28. Quem adquirir,, guardar, tiver em depósito, transportar
ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será
submetido às seguintes penas:
          I – advertência sobre os efeitos das drogas;
        II – prestação de serviços à comunidade;
      III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso
educativo.
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se
refere o caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se
recuse o agente, poderá o juiz submetê­lo, sucessivamente a:
I­                    Admoestação verbal;
II­                  Multa.
R:  Ao  manter  o  crime  de  uso  na  Lei  11.343/06,  o
legislador  realizou  um  discurso  subjacente  de
desjudicialização,  tendo  em  vista  que  o  autor  do  fato
não será submetido ao ritual do processo judicial, pois,
via  de  regra,  na  audiência  preliminar  no  juizado
especial,  o autor do  fato poderá aceitar a proposta de
transação penal e, também de despenalização, uma vez
que o autor do fato estará sujeito a medidas de caráter
educativo,  apostando o  legislador  em uma  solução  em
 longo prazo, de política jurídica a ser realizada não nos
domínios da Lei, mas na atividade jurídico­jurisdicional.
No Direito Penal brasileiro, a responsabilidade do agente que
comete um ilícito penal é:
(OAB/RS AGO/2006)
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a)      Objetiva, pois deve ser considerada a intenção do agente para
produzir o ilícito penal.
b)      Subjetiva, pois deve ser considerada a intenção do
agente no resultado produzido.
c)       Subjetiva e objetiva: subjetiva, ao se considerar a intenção do
agente para produzir o ilícito penal, e, objetiva, ao se analisar o
resultado produzido.
d)      Objetiva, pois devem ser consideradas a ação e a omissão do
agente para produzir o ilícito penal.
) � & b ��9 X�     Constitui­se em sistema descontínuo de
seleção de ilícitos não sancionando todas as condutas lesivas dos
bens jurídicos, apenas as mais graves praticadas contra os bens mais
relevantes.
c)       )praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando
que não há crime sem culpabilidade.
d)      Implica na irretroatividade da lei penal.
e)      Estipula que a criminalização de uma conduta só se
legitima se constituir meio necessário para a proteção
de determinado bem jurídico.
4)      Acerca do significado dos princípios limitadores do poder punitivo
estatal, assinale a opção correta: ( Exame de Ordem 2009.1
OAB/CESPE­UnB)
b)      Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se
consideram típicas as condutas que tenham certa relevância social,
pois as consideradas socialmente adequadas não podem constituir
delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade.
c)              O  princípio  da  intervenção  mínima,  que  estabelece  a
atuação do direito penal como última ratio, orienta e limita o
poder  incriminador  do  Estado,  preconizando  que  a
criminalização  de  uma  conduta  só  se  legitima  se  constituir
meio  necessário  para  a  proteção  de  determinado  bem
jurídico.
06/10/2015 BIOECOLINGUISTICA­VANDA SALLES: CASOS CONCRETOS 1­2­3­4­5­6­7­ DIREITO PENAL I
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d)      Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar­se
a punir as ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos
mais importantes, ocupando­se somente de uma parte dos bens
protegidos pela ordem jurídica.
e)      De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo
estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa
humana ou que lesionem  a constituição físico psíquica dos
condenados por sentença transitada em julgado.
AULA 6­  APLICAÇÃO PRÁTICO­TEÓRICA:
Aplicação Prática Teórica
!) A partir da leitura comparativa entre os dispositivos legais
concernentes à tipificação da conduta do uso indevido de
drogas,  constantes,  respectivamente,  nas  Leis  n.
6368/1976  e  11343/2006,  consoante  os  estudos  realizados
sobre a Teoria do Delito, é correto afirmar que a conduta
de uso indevido de drogas foi descriminalizada pela nova
redação  legal  estabelecida  pela  Lei  .  11343/2006?
Responda de forma justificada.
Lei n. 6368/1876
Art  Art.16.    Adquirir,  guardar  ou  trazer  consigo,  para  uso
próprio,substância
S      entorpecente  ou  que  determine  dependência  física  ou
psíquica,  sem  autorização  ou  em  desacordo    com
determinação legal ou regulamentar:
P            Pena  –  detenção,  de  6  (seis) meses  a  2  (dois)  anos,  e
pagamento de 20 a 50 dias­multa.
Lei n. 11343/2006
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                 Art. 28.   Quem adquirir,  guardar,  tiver  em depósito,
transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas:
I ­ advertência sobre os efeitos das drogas;
II ­ prestação de serviços à comunidade;
III­  medida  educativa  de  comparecimento  a
programa ou curso educativo.
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­
§  6o    Para  garantia  do  cumprimento  das  medidas
educativas a que se refere o caput, nos incisos I, II e III,
a  que  injustificadamente  se  recuse  o  agente,  poderá  o
juiz submetê­lo, sucessivamente a:
I ­ admoestação verbal;
II ­ multa.
            R:  Ao  manter  o  crime  de  uso  na  Lei  11.343/06,  o
legislador  realizou  um  discurso  subjacente  de
desjudicialização, tendo em vista que o autor do fato não será
submetido ao ritual do processo  judicial, pois,  via de regra,
na audiência preliminar no juizado especial, o autor do fato
poderá aceitar a proposta de  transação penal e,  também de
despenalização, uma vez que o autor do fato estará sujeito a
medidas  de  caráter  educativo,  apostando  o  legislador  em
uma  solução  a  longo  prazo,  de  política  jurídica  a  ser
realizada  não  nos  domínios  da  Lei,  mas  na  atividade
jurídico­jurisdicional. 
2)  No Direito Penal brasileiro, a responsabilidade do agente
que comete um ilícito penal é: (OAB/RS AGO/2006)
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a)    Objetiva, pois deve ser considerada a intenção do
agente para produzir o ilícito penal.
xb)       Subjetiva, pois deve ser considerada a  intenção
do agente no resultado produzido.
c)    Subjetiva e objetiva: subjetiva, ao se considerar a
intenção do agente para produzir o ilícito penal, e,
objetiva, ao se analisar o resultado produzido.
d)    Objetiva, pois devem ser consideradas a ação e a
omissão do agente para produzir o  ilícito penal.
o:pH � p n � �)
4)      Acerca do significado dos princípios limitadores do poder punitivo
estatal, assinale a opção correta: ( Exame de Ordem 2009.1
OAB/CESPE­UnB)
b)      Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se
consideram típicas as condutas que tenham certa relevância social,
pois as consideradas socialmente adequadas não podem constituir
delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade.
c)              O  princípio  da  intervenção  mínima,  que  estabelece  a
atuação do direito penal como última ratio, orienta e limita o
poder  incriminador  do  Estado,  preconizando  que  a
criminalização  de  uma  conduta  só  se  legitima  se  constituir
meio  necessário  para  a  proteção  de  determinado  bem
jurídico.
d)      Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar­se
a punir as ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos
mais importantes, ocupando­se somente de uma parte dos bens
protegidos pela ordem jurídica.
e)      De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo
estatal não pode aplicar sanções que atinjam a dignidade da pessoa
06/10/2015 BIOECOLINGUISTICA­VANDA SALLES: CASOS CONCRETOS 1­2­3­4­5­6­7­ DIREITO PENAL I
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humana ou que lesionem  a constituição físico psíquica dos
condenados por sentença transitada em julgado.
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