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Direitos das Empregadas Domésticas 1. Assinatura na CTPS (Carteira Profissional) Deve ser assinada 48 horas após a admissão do empregado (CLT, artigo 29). Em caso de falta ou recusa de assinatura por parte do empregador, poderá o empregado obtê-la em processo administrativo perante o TRT, em caráter excepcional, ou na Justiça do Trabalho, como ocorre normalmente. Se o empregado não apresentar a Carteira de Trabalho e Previdência Social no prazo de 48 horas, o empregador deve adverti-lo de que sua atitude pode caracterizar uma falta capaz de gerar sua dispensa. 2. Salário Mínimo Não poderá ser inferior ao mínimo legal, sendo reajustado de acordo com a Lei.Irredutibilidade do Salário O § 6º do art. 7º da Constituição Federal de 1988 garante a inalterabilidade do salário dos empregados domésticos, salvo por autorização expressa em convenção ou acordo coletivo. 3. Benefícios e Serviços Previdenciários Resumidamente, podem ser destadados os seguintes: Auxílio-doença, aposentadoria (invalidez, velhice e tempo de serviço), auxílio-natalidade, pecúlio, auxílio-reclusão, auxílio-funeral, pensão, assistência médica, farmacêutica e odontológica, concedidas aos segurados domésticos e dependentes pela Previdência Social. 4. Repouso Semanal Remunerado Salvo ajuste em contrário, domingos, feriados civis e religiosos 5. Faltas não Justificadas Acarretam em perdas do repouso semanal remunerado, inclusive em dias feriados, devendo ter freqüência integral do serviço durante a semana.Descontos no Salário do Empregado Doméstico. 6. Vale Transporte: Tem o empregado doméstico direito ao vale transporte, sendo a despesa com a aquisição dividida entre o empregado doméstico (6% do salário) e o empregador, que arcará com a parcela excedente (art. 12 § 1º e 2º doc. 92.180 de 1985). 7. Férias Remuneradas É devida após 12 meses a contar do início do contrato de trabalho, sendo de 30 dias corridos se o empregado não tiver faltado ao serviço no período aquisitivo, e a remuneração acrescida de um adicional de 33,33%. Fica a concessão do período a critério do empregador, devendo ocorrer até 12 meses após a data em que o trabalhador adquiriu o direito. Em caso de conflito entre empregado e empregador, caberá à Justiça do Trabalho resolvê-lo. 8. Licença à Gestante A licença a gestante de 120 dias é direito da Empregada Doméstica desde outubro/88, devendo ser requerida antecipadamente ao INSS. 9. Licença Paternidade Apesar das divergências, o entendimento dominante é de que, em caso de nascimento de filho, é direito do trabalhador o afastamento do serviço por 5 dias, sem prejuízo do empregado e do salário. 10. Aviso Prévio Proporcional O prazo mínimo é de 30 dias, se perceberem por quinzena ou mês (art. 487, CLT), tanto para o empregado quanto para o empregador, para a comunicação de rescindir o contrato de trabalho. 11. Greve e Justiça do Trabalho O art. 9º da Constituição Federal concede aos trabalhadores o direito de greve, atribuindo à categoria profissional a decisão "sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender". 12. Contribuição Previdenciária Empregador: Alíquota de 12,00% sobre o Salário de Contribuição do empregado. Empregado(a) : Alíquota de 7,65% sobre o salário de contribuição até o limite de R$ 376,60. 13. F.G.T.S. É optativo ao empregador doméstico em recolher o FGTS. mensalmente, sobre a remuneração paga ao empregado doméstico, isto é, a partir de recolher a primeira vez , deverá então recolher mensalmente, até a extinção definitiva do referido contrato . 14. ESTABILIDADE Não há nenhum tipo de estabilidade empregatícia, a empregada doméstica, nem salarial, nem por maternidade, etc. OBS: Para maior segurança de ambas as partes, recomenda-se que o Empregador doméstico, recolha a contribuição previdenciária mensal do empregado. Quando o empregador for efetuar o pagamento de qualquer verba: adiantamentos, saldo de salário, férias, 13º. salário, rescisão contratual, ao empregado, deverá apresentar recibo discriminatório das verbas que estão sendo pagas, bem como das retenções legais. Release 3 - 13º salário do empregado doméstico: Os empregados domésticos, que são todos aqueles que prestam serviço de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou família, como: empregadas domésticas, babás, governantas, motoristas particulares, caseiros, jardineiros, chacareiros, vigias, enfermeiros e faxineiros, entre outros, têm direito a receberem o 13º salário, sendo que a primeira parcela deve ser paga até o último dia trabalhado de novembro, e o saldo, até 20 de dezembro. O 13° salário tem como objetivo permitir aos empregados um reforço em dinheiro no final do ano, época em que as despesas aumentam em função do Natal. "Embora a legislação do empregado doméstico seja de 1972, este só passou a ter direito ao 13º salário a partir da Constituição Federal de 1988", lembra Marcone Hahan de Souza, diretor do site www.EmpregadaDomestica.com.br, portal especializado no atendimento das obrigações trabalhistas dos empregadores domésticos. Como calcular o 13º O valor a ser pago a título de 13º salário corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração (salários mais benefícios), por mês de serviço do ano em curso, relativa ao mês de dezembro. Marcone ressalta ainda, que a fração igual ou superior a 15 dias de trabalho, conta como mês integral. Observando-se, que são 15 dias trabalhados dentro do mês, não tendo relação, necessariamente, com o dia 15 do mês. Exemplificando: o empregado doméstico admitido em 15 de fevereiro, naquele mês trabalhou somente 14 dias, portanto não receberá o 13º referente ao mês de fevereiro. Já o trabalhador admitido em 17 de março, naquele mês trabalhou 15 dias, portanto, tem direito a receber o 13º relativo ao mês de março. Faltas do empregado Outro ponto que a equipe do site www.EmpregadaDomestica.com.br ressalta é que as faltas justificadas não são deduzidas para fins de 13º salário. Somente as não justificadas e, desde que a conseqüência destas resulte em número de dias trabalhados inferior a 15 dias dentro de um determinado mês, não tendo direito então a 1/12 avos relativo aquele mês que trabalhou menos de 15 dias. Afastamentos por saúde O afastamento do empregado, por questões de saúde, tem sido objeto de questionamentos freqüentes à equipe de consultores do site. Andréia Lopes Boaro, coordenadora da equipe, destaca que "quando o afastamento do empregado for motivado por auxílio-doença, o empregado afastado por mais de 15 dias recebe o 13º salário proporcional aos meses efetivamente trabalhados, considerando-se, inclusive, os 15 primeiros dias do afastamento que é pago pelo empregador e, os meses anteriores e posteriores ao afastamento. Quanto ao período que o empregado doméstico ficou afastado, ele deverá receber diretamente da Previdência Social. Procedimento idêntico no caso de afastamento da empregada por licença-maternidade. INSS, FGTS e IRF Destaca-se ainda que o desconto ao INSS só deve ocorrer no pagamento da parcela final e deve recolher a contribuição na GPS, até o dia 20 de dezembro, com o código de arrecadação 1600 e com a competência 13/2002. Quando o empregado doméstico tiver recebido o 13º salário superior a R$ 1.058,00 estará sujeito a Imposto de Renda Retido na Fonte, descontado somente na parcela final e, recolhido em DARF, com o código de arrecadação 0561, até o 3º dia útil da semana subseqüente a retenção. Já nos casos de empregados domésticos com Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), o mesmo é devido sobre a primeira parcela e sobre a parcela final, devendo ser recolhido até o dia 7 do mês seguinte àquele que ocorrer o pagamento das parcelasdo 13º salário. Andréia lembra ainda que a alíquota do FGTS do empregado doméstico permanece em 8% sobre a remuneração do mesmo. Penalizações por atraso "O empregador que não efetuar o pagamento do 13º salário nos prazos estipulados, estará sujeito a uma multa administrativa no valor de R$ 170,26 por empregado, aplicada pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Já o empregado tem direito à atualização monetária dos valores, com base na TR e juros de 1% ao mês", conclui a equipe do site www.EmpregadaDomestica.com.br.
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