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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
 
 
 
ALESSANDRA SALLES MACHADO 
 
 
 
 
 
 
VERIFICAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE CECEIO EM CRIANÇAS 
ENTRE 3 E 10 ANOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2006 
 
 
 
 
ALESSANDRA SALLES MACHADO 
 
 
 
 
 
 
VERIFICAÇÃO DA OCORRÊNCIA D
ENTRE 3 E 10
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientadora: Dra. Esther Mandelbaum G
 
 
Rio de Jane
2006 
 
 
E CECEIO EM CRIANÇAS 
 ANOS 
Dissertação apresentada ao curso de 
Mestrado Profissionalizante em 
Fonoaudiologia da Universidade Veiga de 
Almeida, como quesito parcial para a 
obtenção do grau de Mestre. Área de 
concentração: fala e linguagem.
onçalves Bianchini 
iro 
UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, ENSINO E PESQUISA 
Rua Ibituruna, 108 – Maracanã 
20271-020 – Rio 
Tel.: (21) 2574-8
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
de Janeiro – RJ 
845 Fax.: (21) 2574-8891 
FICHA CATALOGRÁFICA 
M149v Machado, Alessandra Salles 
 Verificação da ocorrência de ceceio em crianças entre 3 e 
10 anos/ 
 Alessandra Salles Machado, 2006. 
 68p. ; 30 cm. 
 Tese (Mestrado) – Universidade Veiga de Almeida, 
 Mestrado Profissionalizante em Fonoaudiologia, Fala e 
 Linguagem, Rio de Janeiro, 2006. 
 Orientação: Professora Esther Mandelbaum Gonçalves 
 Bianchini 
1. Distúrbios da fala nas crianças. 2. Fala – aspectos 
fisiológicos. I. Bianchini, Esther Mandelbaum Gonçalves 
(orientador). II. Universidade Veiga de Almeida, Mestrado 
Profissionalizante em Fonoaudiologia, Fala e Linguagem. III. 
Título. 
CDD – 618 92855
Ficha Catalográfica elaborada pela Biblioteca Central/UVA 
 Biblioteca Maria Anunciação Almeida de 
Carvalho 
 
ALESSANDRA SALLES MACHADO 
VERIFICAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE CECEIO EM CRIANÇAS ENTRE 3 
E 10 ANOS 
 
 Dissertação apresentada ao curso de 
Mestrado Profissionalizante em 
Fonoaudiologia da Universidade Veiga de 
Almeida, como quesito parcial para a 
obtenção do grau de Mestre. Área de 
concentração: fala e linguagem. 
 
 
APROVADA EM 4 DE AGOSTO DE 2006. 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
______________________________ _ 
Professora Maria Teresa de A
Universidade Estadual do 
 
 
 
______________________________
Professora Mônica Medeiros 
Universidade Veiga d
 
 
 
______________________________
Professora Esther Mandelbaum Go
Universidade Veiga d
 
___________________________
ndrade Goldner - Doutora 
Rio de Janeiro - UERJ 
____________________________ 
de Britto Pereira - Doutora 
e Almeida - UVA 
____________________________
nçalves Bianchini - Doutora 
e Almeida – UVA 
 
 
RESUMO 
 
Introdução: O ceceio é uma alteração de fala vista com freqüência na clínica 
fonoaudiológica e tem sido alvo de diversos estudos. Tais pesquisas são realizadas, 
quase em sua totalidade, em crianças e justificam-se no sentido de identificar e 
estabelecer padrões de etiologia, caracterização, classificação e ocorrência de tal 
distorção de fala. O presente trabalho teve como objetivo verificar a ocorrência de 
ceceio associando-o a idade, sexo, tipo de dentição e de mordida, volume de tonsilas 
palatinas e de língua e conformação do palato duro. Método: Foram avaliadas 68 
crianças entre 3 e 10 anos residentes na Grande Vitória - ES. Foram analisadas quanto 
à presença de ceceio e caracterização do sistema estomatognático. A avaliação incluiu 
conversa dirigida, repetição de palavras e avaliação do sistema estomatognático. 
Resultados: Foi observada presença de ceceio em 22,5% da amostra total. Maior 
porcentagem de crianças com ceceio foi encontrada no grupo de 3 a 6 anos (34,5%), 
quando comparado com o grupo de 7 a 10 anos (12,8%). Considerando-se tipos de 
dentição observou-se incidência de 22,2% no grupo em dentição decídua (D), 36% em 
dentição mista em troca de incisivos (MTI) e 8% em dentição mista com presença de 
incisivos (MPI). Conclusão: Os dados obtidos demonstram que a incidência de ceceio 
reduz com a idade, e o período de troca de dentes incisivos parece estar relacionado à 
presença de ceceio. A variável sexo e algumas características do sistema 
estomatognático: tipo de mordida, conformação do palato duro, volume de tonsilas 
palatinas e de língua, não foram consideradas determinantes na ocorrência de ceceio. 
Novas pesquisas são necessárias objetivando um aprimoramento no diagnóstico, 
prognóstico e tratamento fonoaudiológico do ceceio. 
 
 
Unitermos: Distúrbios da fala nas crianças. Fala – aspectos fisiológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: Lisp is a speech disorder frequently seen in speech and language 
pathologist clinic and has been subject of many studies. Such researches are carried 
through, almost in totality, in children and are justified to identify and to establish 
etiology, characterization, classification and occurrence of such distortion. The goal of 
this study was to verify the lisp presence associating with age, sex, dentition, bite, 
amygdales size, tongue size and hard palate form. Method: 68 children with ages from 3 
to 10 years old living in Grande Vitória - ES had been evaluated, considering the lisp 
presence and stomatognathic system characteristics. The evaluation included directed 
colloquy, words repetition and stomatognathic system evaluation. Results: Presence of 
lisp in 22,5% of the sample. Higher percentage of lisp presence in the group from 3 to 6 
years old (34.5%) when compared to the group from 7 to 10 years old (12.8%). 
Considering dentition, incidence of 22,2% in the deciduous dentition group (d), 36% in 
mixing dentition with exchange of incisive teeth (MTI) and 8% in mixing dentition with 
presence of incisive teeth (MPI). Conclusion: Lisp incidence reduces with age, and the 
period of incisive teeth exchange seems to be related to lisp presence. Gender and 
some stomatognathic system characteristics: bite, hard palate form, amygdales size, 
tongue size, had not been considered determinative in lisp occurrence. New researches 
are necessary to improve the diagnosis, prognostic and treatment of lisp. 
 
 
Keywords: Speech distortion. Speech – physiological aspects. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
RESUMO 
ABSTRACT 
1 INTRODUÇÃO, p. 6 
2 REVISÃO DA LITERATURA, p. 9 
2.1 DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE MOTOR PARA FALA, p. 9 
2.2 SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E PRODUÇÃO DOS FONEMAS, 
p.12 
2.3 PRODUÇÃO DE FONEMAS FRICATIVOS ALVEOLARES, p. 15 
2.4 DISTORÇÕES DE FONEMAS FRICATIVOS ALVEOLARES, p. 17 
3 OBJETIVO, p. 25 
4 METODOLOGIA, p. 26 
4.1 PARTICIPANTES, p. 27 
4.2 MATERIAL, p. 28 
4.3 PROCEDIMENTOS, p. 29 
4.4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS, p. 33 
4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA, p. 35 
5 RESULTADOS, p. 36 
5.1 DESCRIÇÃO DA AMOSTRA, p. 36 
6 DISCUSSÃO, p. 46 
7 CONCLUSÃO, p. 53 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, p. 55 
9 APÊNDICES, p. 62 
10 ANEXOS, p. 64 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A fala abrange uma das maiores possibilidades de comunicação. É um 
mecanismo riquíssimo em informações objetivas e subjetivas, diretas e veladas. Traduz 
as emoções do falante, muitas vezes até mais do que ele mesmo pretendia ao formular 
uma frase. 
Por outro lado, as alterações da fala, por interferirem no processo de 
comunicação, tornam o falante “diferente”, incapaz de produzir de forma adequada algo 
aparentemente “tão corriqueiro” quanto falar. 
O Fonoaudiólogo lida diretamente, em suaprática clínica, com as frustrações 
que permeiam o dia a dia dos indivíduos cuja fala é caracterizada por distorções, 
substituições ou omissões. 
As distorções dos fonemas fricativos alveolares especificamente, denominadas 
ceceio, apresentam alguns aspectos peculiares, como, por exemplo, sua classificação, 
etiologia e incidência. Os diferentes tipos de ceceio possuem, notadamente, 
características acústicas distintas, porém, observam-se classificações variadas 
considerando o ponto articulatório utilizado. Vários autores classificam o ceceio como 
sendo anterior, interdental, palatal e lateral, mas há divergências de 
 
 7 
definição e classificação de tal distorção na literatura pesquisada. Quanto à etiologia, 
algumas pesquisas relacionam o ceceio a hábitos deletérios, alterações de forma ou 
postura das estruturas do sistema estomatognático, má-oclusão e tipologia facial, 
porém, um maior número de estudos poderia contribuir no sentido de verificar mais 
precisamente tais relações. Em termos de incidência, também não é nítido um 
consenso quanto aos índices previstos para cada faixa etária e ainda se há maior 
prevalência no sexo feminino ou masculino. 
Observa-se que na infância, com relativa freqüência, o ceceio parece ocorrer de 
forma transitória e desaparece por completo com o crescimento e desenvolvimento da 
criança. Porém, em algumas delas, tais alterações permanecem inalteradas 
acompanhando-as até a vida adulta, provavelmente trazendo prejuízos à sua 
comunicação. 
Faz-se necessário, então, considerar: em algum momento o ceceio pode ser 
considerado parte do processo de desenvolvimento de fala? 
Nesse sentido verificam-se alguns estudos que relacionam o ceceio à dentição 
decídua ou à troca dos incisivos durante a dentição mista. Se este padrão for correto, 
não seria prudente iniciar-se a terapia fonoaudiológica antes dos incisivos estarem 
completamente erupcionados. 
O ceceio, alteração freqüente na clínica fonoaudiológica, desperta dúvidas, 
incertezas e questionamentos ao fonoaudiólogo. Portanto, deve ainda ser amplamente 
estudado, trazendo dados à Fonoaudiologia em termos de prevenção, diagnóstico, 
prognóstico e terapia de tal distúrbio. 
 
 8 
O presente estudo teve por objetivo verificar a incidência de ceceio em crianças 
entre 3 e 10 anos, associando a fatores descritos na literatura como interferentes, tais 
como: idade, sexo, tipo de dentição e de mordida, volume de tonsilas palatinas e de 
língua e conformação do palato duro, buscando-se possíveis correlações. Justifica-se, 
portanto, pela necessidade de ampliar e aprimorar os conhecimentos acerca desse tipo 
de distorção na fala e assim colaborar no esclarecimento de algumas das questões 
citadas acima. 
 
 9 
 
 
 
 
 
 
 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
2.1 DESENVOLVIMENTO DO CONTROLE MOTOR PARA FALA 
 
Algumas pesquisas reiteram a hipótese de que o controle motor para fala se 
desenvolve durante toda a infância, envolvendo um contínuo refinamento dos 
movimentos dos articuladores. Serão descritas neste capítulo a fim de permitir uma 
análise posterior considerando a idade das crianças que compõem a amostra e a 
presença ou ausência de ceceio. 
Smith e Goffman (1998) realizaram uma pesquisa com crianças de 4 e 7 anos e 
jovens adultos utilizando repetição de sílabas. Aos 4 e 7 anos as crianças apresentaram 
maior amplitude de movimentos periorais e menor velocidade de fala que os jovens 
adultos, indicando mudanças no sistema motor da fala durante o desenvolvimento. 
Gibbon (1999) sugere um alto índice de movimentos indiferenciados de língua em 
crianças em idade pré escolar e escolar. Tais movimentos ocorrem durante a produção 
de fonemas consonantais que envolvem a participação da língua e são caracterizados 
pelo contato sem a clara diferenciação entre ápice, dorso e margens laterais da língua. 
Aqueles indivíduos que apresentam essa indiferenciação tendem a fazê-lo para vários 
pontos articulatórios, o que reforça a idéia de que refletem uma restrição do controle 
 
 10 
motor de fala. A autora especula se movimentos indiferenciados de língua são parte do 
desenvolvimento motor em crianças pequenas. 
Green et al (2000) avaliaram a fala de crianças de 1, 2, 6 anos e jovens adultos. 
Segundo os autores, a transição das vocalizações pré-linguísticas até a comunicação 
utilizada pelo adulto depende da integração de vários subsistemas de fala. Esse grande 
desenvolvimento comportamental emerge em um contexto de rápidas mudanças, 
incluindo o crescimento musculoesqueletal e o desenvolvimento neuromotor. O controle 
motor de fala envolve mais que influências biológicas, incluindo fatores intrínsecos 
(maturação sensorial, cognitiva e lingüística) e extrínsecos (estímulo auditivo e visual). 
Os processos motores de fala exibem uma progressão similar ao corporal, com 
gradativa independência de movimentos entre as diversas estruturas do trato vocal. A 
demanda de coordenação para fala é maior que aquela necessária para alimentação, 
pois envolve mais estruturas e apresenta exigências específicas em termos de tempo e 
duração. Os resultados encontrados pelos autores reforçam a idéia de que o período 
entre 6 anos de idade e a fase adulta reflete uma otimização da coordenação. 
Wohlert e Smith (2002) realizaram uma pesquisa com crianças entre 2 e 6 anos 
baseados na hipótese de que durante a infância são utilizadas diversas combinações 
das atividades musculares para alcançar objetivos fonéticos. Afirmam que apesar das 
crianças com desenvolvimento normal já terem adquirido a maioria dos sons aos 4 
anos, chegando a completar essa aquisição com no máximo 7 anos, o controle motor 
de fala semelhante ao do adulto pode apresentar um desenvolvimento mais demorado, 
ao menos para alguns componentes do sistema. Análises acústicas demonstram que a 
duração dos segmentos de fala são muito variáveis, tanto na mesma criança quanto 
 
 11 
entre as crianças pesquisadas e então vão gradativamente diminuindo e se 
assemelham ao padrão adulto por volta de 11 a 13 anos. 
Walsh e Smith (2002) afirmam que não há consenso se os avanços cognitivos e 
físicos presentes na infância e adolescência afetam a produção de fala, nem tampouco 
quanto à duração do processo de desenvolvimento de fala. Os resultados encontrados 
apontam para um desenvolvimento de fala mais longo, em andamento até a 
adolescência. Os autores não sustentam a idéia de que seja resultado do crescimento 
facial, pois se esse fosse o fator primário afetando o curso de maturação do controle 
oral para fala, deveriam ser evidentes diferenças entre meninos e meninas 
considerando as discrepâncias no tamanho das estruturas. Afirmam, portanto, que as 
alterações na dinâmica articulatória não estão diretamente relacionadas ao crescimento 
periférico e apresentam evidências de que o tempo de desenvolvimento de fala se 
prolonga até os 16 anos. 
 
 12 
2.2 SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO E PRODUÇÃO DOS FONEMAS 
 
Diversos autores, descritos a seguir, afirmam que os componentes do sistema 
estomatognático interferem diretamente na produção da fala, em maior ou menor grau, 
de acordo com sua participação na articulação de determinado grupo fonêmico. 
Para a execução das consoantes faz-se necessário o estreitamento ou a oclusão 
da corrente aérea por parte dos esfíncteres formados pela língua, lábios e dentes em 
seu canal de saída. Se a forma e posição desses articuladores não estiverem 
adequadas haverá prejuízo na sua produção (SEGÓVIA, 1988). 
O processo de maturação das funções estomatognáticas possibilita a tonicidade 
e a mobilidade da musculatura necessárias para a execução dos fonemas 
(WERTZNER,1990). A postura baixa e anteriorizada de língua durante o repouso e a 
deglutição representa efeito negativo no controle motor oral para a fala (HALE et al, 
1992). Para que a articulação ocorra adequadamente, os deslocamentos dos órgãos 
fonoarticulatórios devem ser extremamente precisos, envolvendo velocidade, pressão e 
coordenação dos grupos musculares (SPINELLI, MASSARI E TRENCHE, 1993). 
Solomon (2000) destaca o papel relevante da língua no sentido de moldar a 
cavidade oral para a fala, Cantarelli (2000) afirma que seus movimentos finos e rápidos 
são de extrema importância para a articulação e Takemoto (2001) relaciona os 
movimentos da língua na articulação da fala à complexa formação da sua musculatura. 
 
 13 
As condições miofuncionais e a oclusão também são de extrema relevância para 
a fala (CATTONI et al, 2001). A precisão da articulação relaciona-se ainda à presença e 
posição dos dentes e das bases ósseas (BIANCHINI, 2001). Para uma boa articulação 
da fala, os órgãos fonoarticulatórios devem estar em posição e funcionamento corretos 
(CUNHA et al, 2003). 
 
Considerando a estreita relação entre o sistema estomatognático e a produção 
dos fonemas, faz-se necessário discorrer sobre as condições normais e alteradas de 
alguns componentes do sistema em questão. 
Em relação ao desenvolvimento e erupção da dentição decídua e mista é 
possível definir parâmetros de acordo com diversos autores. Van der Linden (1986) 
afirma que a dentição decídua está completa após os segundos molares atingirem a 
oclusão, por volta de 2 anos e seis meses de idade. Burdi e Moyers (1991) definem a 
dentição mista como aquela em que os dentes decíduos e permanentes encontram-se 
na boca. Considera-se dentição mista a partir da irrupção do primeiro dente permanente 
(WARREN e BICHARA, 2002). 
Quanto à relação anterior entre as arcadas, as alterações mais comuns 
apresentam a seguinte classificação: sobressaliência excessiva quando o trespasse 
horizontal dos incisivos ultrapassar 3mm; topo anterior quando os dentes incisivos se 
tocarem sem trespasse; mordida aberta anterior quando não houver contato dos 
incisivos e/ou caninos com seus antagonistas; mordida cruzada anterior quando houver 
inversão da oclusão dos dentes anteriores no sentido vestíbulo-lingual (VAN DER 
LINDEN, 1986) e sobremordida excessiva quando os incisivos superiores cobrirem mais 
 
 14 
do que o terço incisal dos incisivos inferiores (ARAÚJO, 1999). 
 
 15 
2.3 PRODUÇÃO DE FONEMAS FRICATIVOS ALVEOLARES 
 
Hanson e Barret (1995) afirmam que os fonemas /s/ e /z/ são produzidos 
elevando-se as laterais da língua contra o palato duro impedindo o escape lateral do ar. 
Os fonemas consonantais, incluindo os fricativos, devem ser produzidos sem 
distorção, fraqueza ou lentidão (TJADEN e TURNER, 1997). 
Flipsen Jr. e Shriberg (1999) realizaram um estudo através de análise acústica 
da fala e afirmam que a produção do fonema /s/ estaria estabilizada na faixa etária de 9 
anos e seis meses. 
Chen e Stevens (2001) descrevem medidas de vários atributos acústicos da 
fricativa /s/ produzida no começo da palavra por falantes adultos normais e com 
disfunção neuromotora. Afirmam que, em contraste com vogais e outras consoantes, o 
/s/ exige que a borda de língua assuma forma e posição específicas e extremamente 
precisas. A produção correta desse fonema é caracterizada pelo posicionamento da 
ponta da língua nas rugas alveolares e por um formato adequado da borda. É 
imprescindível ainda que a mandíbula esteja corretamente posicionada para direcionar 
o fluxo aéreo contra os incisivos inferiores. 
Tabain (2001) comparou a produção de fricativas sibilantes (s, z) e dentais (f, v) 
e relata que as fricativas alveolares (s, z) apresentam pontos articulatórios mais 
estáveis, ou seja, que não permitem várias trajetórias articulatórias para atingir o 
mesmo objetivo sonoro. Esse dado reforça a afirmação da extrema precisão dos 
eventos ocorridos na cavidade oral inerentes à produção do /s/ e elucida também o fato 
 
 16 
de desvios de tal consoante serem tão freqüentes, pois pequenas variações no formato 
e localização de língua alteram a produção final. 
 
 17 
2.4 DISTORÇÕES DE FONEMAS FRICATIVOS ALVEOLARES 
 
Guedes (1997) afirma que os distúrbios articulatórios são as alterações mais 
comuns de fala. A autora caracteriza tais distúrbios como aqueles em que a produção 
dos fonemas está prejudicada e destaca que apresentam um caráter fonético quando o 
som é articulado incorretamente por origem física ou mecânica. Gierut (1998, apud 
Wertzner et al, 2001, p.91) afirma que o distúrbio fonético reflete uma inabilidade para 
articular os sons envolvendo um componente motor. Zorzi (1998) afirma que os 
distúrbios da fala são decorrentes de alterações musculoesqueléticas, neurogênicas ou 
anomalias oro-faciais. Souza (1999) propõe que toda e qualquer alteração da fala pode 
ser entendida como um distúrbio de linguagem, uma vez que a fala corresponde à 
realização motora da linguagem, mas acredita que os distúrbios de fala podem ser 
decorrentes de alterações do sistema estomatognático. Quando originados à partir de 
transtornos esqueléticos, musculares ou funcionais são caracterizados por alterações 
de modo e ponto articulatório (GONZÁLES, 2000) e podem ser determinados por 
qualquer alteração das estruturas dos órgãos fonoarticulatórios (SANTOS e PEREIRA, 
2001). Ducat et al (2001) destacam o distúrbio articulatório como sendo a patologia de 
maior incidência dentre as triagens fonoaudiológicas (41%) com nítido predomínio do 
sexo masculino (68,1%) e Santos et al (2003) afirmam que a ocorrência do desvio 
fonético em crianças com queixa de fala encontra-se em 27,5%. Felício et al (2003) 
propõem associação entre o distúrbio de fala e maior duração do aleitamento artificial e 
da sucção não nutritiva, postura anormal de lábios e língua e mobilidade anormal de 
língua. Silva et al (2004) relatam elevados índices de transtornos de fala (66,7%) em 
 
 18 
adolescentes com alterações oromiofuncionais. Oliveira e Oliveira (2004) relacionam 
ainda o desvio fonético à perda auditiva ou déficit mental. Rodrigues et al (2005) 
afirmam não haver relação estatisticamente significante entre modo respiratório e 
alteração de fala. Por outro lado, Bicalho, Motta e Vicente (2006) encontraram 
alterações de fala em 65% dos respiradores orais avaliados. 
 
Ao abordar especificamente as distorções dos fonemas fricativos alveolares 
cabe ressaltar a divergência de terminologia encontrada na literatura. Alguns autores 
utilizam o termo ceceio, outros sigmatismo. O comitê de Motricidade Oral da Sociedade 
Brasileira de Fonoaudiologia (2003) define ceceio como sendo a produção dos fonemas 
/s/ e /z/ realizada com ponto articulatório interdental ou com apoio da ponta da língua 
nos dentes. Define ainda que sigmatismo é o emprego freqüente ou a repetição viciosa 
dos sibilantes. No presente capítulo deste trabalho, será respeitado o termo utilizado 
originalmente pelo autor que estiver sendo citado, mas em todos os casos, seja 
denominado ceceio ou sigmatismo, será referente à distorção dos fonemas em 
questão. 
Barret e Hanson (1974, apud Guedes,1997, p.867), relacionam a distorção de /s/ 
e /z/ à mordida aberta e à deglutição atípica. 
Wertzner (1990) afirma que dentre as distorções fonéticas, onde a emissão de 
um fonema é feita de forma inadequada, o posicionamento da língua entre os dentes 
para a produção dos fonemas /s/, /z/, /t/, /d/, /n/, e /l/ é a alteração mais comum e 
geralmente esta associada a alterações do sistema sensório-motor oral. 
 
 19 
Marchesan (1993) relaciona o ceceio anteriorà perda precoce dos incisivos 
superiores e à presença de mordida aberta anterior, enquanto na mordida aberta 
posterior o ceceio lateral é facilitado. 
Moura (1994) realizou um estudo com 288 crianças entre 3 e 6 anos 
relacionando ceceio anterior, idade e tipo de mordida (normal, aberta anterior, cruzada, 
sobremordida, overjet e topo). Tal pesquisa relata grande incidência de ceceio anterior 
em crianças de 3 anos (36%), havendo uma queda sensível aos 4 (19,5%), uma quase 
manutenção aos 5 (18%) e uma ligeira queda aos 6 anos (15%). Ao relacionar a 
ocorrência de ceceio e o tipo de mordida, encontram-se os seguintes dados: na faixa 
etária de 3 anos, 42,5% tem mordida normal e 34,5% tem mordida aberta anterior; aos 
4 anos 14,5% apresenta mordida normal e 36% mordida aberta anterior; na faixa de 5 
anos observa-se 46,5% das crianças com mordida normal e 31% com mordida aberta 
anterior; aos 6 anos 36,5% dos casos apresentam mordida normal e 27,5% mordida em 
topo. A autora conclui destacando que aos 3 anos muitas crianças apresentam ceceio 
anterior e que este pode ou não vir acompanhado de mordida aberta. 
Hanson e Barret (1995) salientam que o sigmatismo central é o mais comum de 
todos os problemas de pronúncia, caracterizado pela dentalização ou produção entre 
os dentes dos fonemas /s/ e /z/. No sigmatismo lateral o ar escapa por um ou ambos os 
lados durante a produção desses fonemas. Os autores citam ainda outros tipos de 
distorções menos freqüentes: o sigmatismo de oclusão nasal, com emissão dos 
fricativos pelas narinas, e o sigmatismo sibilante, quando ocorre bloqueio da corrente 
de ar e emissão semelhante a um assobio. 
 
 20 
Junqueira e Guilherme (1996) descrevem a ocorrência de sigmatismo interdental 
em crianças de 3 a 8 anos e sua relação com idade e oclusão dental. Neste estudo 
avaliaram individualmente 500 crianças. A oclusão foi avaliada no sentido vertical e 
anterior utilizando oroscopia e o sigmatismo interdental foi verificado através de 
nomeação de gravuras, repetição de frases simples e conversa informal. Os autores 
relatam que não houve diferença estatisticamente significante entre sexo masculino e 
feminino quanto à presença de sigmatismo interdental. Afirmam que tal distorção não 
deve ser unicamente justificada pela presença de má oclusão e diminui 
significativamente com a idade. Em escola particular a diminuição prevalece a partir dos 
6 anos e na escola pública essa redução é menos acentuada. Relacionam o fato a 
baixa estimulação e a menor ou mais tardia exigência por parte dos pais destas 
crianças. 
Tanigute (1998) declara que a incidência de ceceio é maior em crianças até 3 
anos devido à manutenção de hábitos de sucção e uso de alimentação mais pastosa. A 
autora salienta que entre 4 e 7 anos, apresentando hábitos alimentares melhores e 
arcada mais desenvolvida, ocorre a diminuição do ceceio. Relaciona o ceceio tanto à 
mordida normal quanto às suas possíveis alterações, tais como em topo, cruzada, 
sobremordida e sobressaliência. Finaliza afirmando que a articulação correta dos 
fonemas está diretamente relacionada à maturação do sistema estomatognático e às 
funções neurovegetativas associadas (respiração, sucção, mastigação e deglutição). 
Marchesan (1998a) realizou uma pesquisa entre 1995 e 1998 em 697 crianças 
entre 4 anos e 7 meses e 7 anos avaliadas individualmente por 87 fonoaudiólogos. 
Deste grupo total, 32% apresentou ceceio. Entre as 264 crianças sem alterações de 
 
 21 
oclusão e que já tinham adquirido totalmente o sistema fonêmico, 22,3% apresentou 
ceceio. Entre as 63 crianças sem alterações de oclusão e que não estavam com o 
sistema fonêmico totalmente automatizado, 42,9% apresentaram ceceio. Das 276 
crianças com alteração de oclusão e que já tinham adquirido e automatizado o sistema 
fonêmico, 34,8% apresentaram ceceio. Das 94 crianças com alteração de oclusão e 
que não estavam com o sistema fonêmico totalmente automatizado, 47,9% 
apresentaram ceceio. A autora afirma que os termos ceceio e sigmatismo referem-se à 
interposição anterior de língua durante a emissão dos fonemas /s/ e /z/ com distorção 
sonora. Cita ainda as causas mais importantes de tais alterações como sendo o tono 
rebaixado e a anteriorização da língua em sua postura de repouso, mas salienta que a 
oclusão, os hábitos orais e a alimentação podem facilitar a ocorrência do ceceio 
anterior. 
Marchesan (1998b) relaciona um alto índice de ceceio anterior ou lateral com a 
respiração oral, além de fala imprecisa com articulação trancada e excesso de saliva. 
Segundo Felício (1999), o funcionamento dos sistemas envolvidos na produção 
da fala é determinado pela morfologia das estruturas do sistema estomatognático e 
pelos impulsos nervosos aferentes e eferentes. Os hábitos deletérios que provocam 
desgaste dentário e diminuição vertical da oclusão, como o bruxismo, prejudicam a 
produção dos fonemas /s/, /f/, /v/, /p/ e /b/. 
Mitre (2003) afirma que o posicionamento mais anterior de língua pode estar 
relacionado à presença de tonsilas palatinas volumosas, responsáveis por ocasionar 
alterações de alimentação, respiratórias, ortodônticas e articulatórias. 
 
 22 
Pereira et al (2003) pesquisaram a distorção do /s/ em 50 crianças entre 3 e 10 
anos de escola particular. Foi realizada a avaliação miofuncional orofacial parcial 
considerando tipo de mordida, tipo de respiração e presença ou relato de hábitos 
viciosos. O estudo caracterizou e classificou os quadros de ceceio. Os autores 
descreveram ceceio dental anterior como aquele em que há elevação da ponta da 
língua tocando os dentes incisivos inferiores, sem interposição. Em alguns casos a 
língua toca os incisivos superiores, sendo comum hipofunção da musculatura labial na 
emissão do /s/ ou um movimento de protrusão dos lábios compensando a posição 
inadequada da língua e a função articulatória de lábios e língua é mais fraca. O ceceio 
interdental anterior está presente quando se observa interposição anterior nos incisivos 
centrais, fazendo com que a fricção ocorra entre os dentes e a língua e não entre o 
palato e a língua. O ceceio lateral caracteriza-se pela interposição na parte posterior 
das arcadas dentárias, levando a saída do ar e à produção de uma fricativa lateral ([ℜ]). 
Complementando a classificação, o estudo considera o ceceio palatal, onde ocorre uma 
aproximação da parte dorsal da língua em relação ao palato durante emissão do som, 
modificando a direção do fluxo aéreo. O som assemelha ao [Σ], mas o contraste entre 
estes dois sons está presente. Na amostra pesquisada, os tipos de ceceio dental 
anterior e interdental anterior correspondem a 88,4% dos casos observados. A 
pesquisa relata ainda a diminuição da ocorrência de ceceio com o aumento da idade, 
ocorrendo com maior freqüência em crianças entre 3 e 6 anos do que em crianças entre 
7 e 10 anos. Os autores destacam a impossibilidade de relacionar diretamente o ceceio 
à alteração da arcada dentária e dentre as variáveis estudadas, a respiração e o tipo de 
mordida parecem ser as que mais se associam ao ceceio. 
 
 23 
Tomé et al (2004) realizaram uma pesquisa com 132 crianças entre 3 e 6 anos 
com dentição decídua e sem queixa de fala. Os participantes foram ainda avaliados 
quanto às condições do sistema estomatognático e à produção de fonemas /s/ e /z/ 
através de nomeação de figuras, repetição de palavras e frases e fala espontânea. Os 
resultados encontrados pelos autores indicam que do total de 132 crianças avaliadas, 
51,51% apresentaram ceceio. Das 68 crianças com ceceio, 58,82% eram do sexo 
masculino e 41,17% eram do sexo feminino, indicando uma ocorrência mais elevada 
em meninos. Emrelação à idade pesquisada, os autores encontraram incidência de 
ceceio estatisticamente diferente entre as faixas etárias, com maior incidência aos 4 e 5 
anos e baixos índices aos 3 (5,88%) e 6 anos (4,41%). Dentre os participantes que 
apresentaram ceceio não houve diferença estatisticamente significante em relação à 
alteração oclusal, sendo que 50% do grupo com ceceio apresentava paralelamente 
alteração oclusal e nos outros 50% não havia tal associação. Os autores concluem seu 
estudo afirmando que o ceceio não parece estar relacionado a alterações da oclusão 
dentária no plano vertical anterior e que a alteração oclusal mais freqüente nos casos 
de ceceio foi a mordida aberta anterior. 
Frias et al (2004) pesquisaram a relação existente entre ceceio anterior, 
crescimento craniofacial e hábitos de sucção não nutritiva em crianças de 3 a 7 anos. 
Avaliaram 178 indivíduos de ambos os sexos sem alterações de mordida. A fala foi 
avaliada através de repetição de palavras, de automatismos e de frases. Os resultados 
obtidos revelam diminuição do ceceio com o aumento da idade e relação direta da 
medida do terço médio da face com a presença de ceceio. Não observaram diferenças 
significativas entre meninos e meninas. 
 
 24 
Peña et al (2004) realizaram uma pesquisa em 50 crianças entre 5 e 14 anos 
com alterações de oclusão relacionando-as a transtornos de fala. Consideraram como 
anomalias de oclusão protrusão dentária, diastemas, mordida aberta anterior, mordida 
cruzada anterior e mordida cruzada posterior (uni ou bilateral). O sigmatismo esteve 
presente em 38% da amostra. Nos casos de protrusão dentária a presença de 
sigmatismo foi de 16,7%, em crianças com distemas o índice de sigmatismo foi de 
62,5% e nos casos de mordida aberta anterior a incidência foi de 50%. 
Fonseca et al (2005) realizaram um estudo com 200 crianças na faixa etária de 3 
a 7 anos verificando a ocorrência de ceceio frontal e a incidência em relação à etapa de 
crescimento craniofacial. As crianças foram avaliadas através da repetição de palavras 
e frases. Do total de crianças avaliadas, 35,5% apresentaram ceceio frontal. Os autores 
afirmam não haver relação estatisticamente significante entre a presença ou ausência 
de ceceio frontal e idade cronológica ou gênero. 
Bicalho, Motta e Vicente (2006) avaliaram 22 crianças de ambos os sexos com 
diagnóstico de respiração oral entre 4 e 11 anos. O estudo relaciona alterações de 
respiração, fala e mastigação e as alterações de deglutição estão presentes em 90% da 
amostra. No grupo com deglutição alterada, 30% apresenta ceceio anterior e 10% 
ceceio lateral. 
 
 
 25 
 
 
 
 
3 OBJETIVO 
 
O presente estudo teve por objetivo verificar a incidência de ceceio em crianças 
entre 3 e 10 anos, associando a fatores descritos na literatura como interferentes, tais 
como: idade, sexo, tipo de dentição e de mordida, volume de tonsilas palatinas e de 
língua e conformação do palato duro, buscando-se possíveis correlações. 
 
 26 
 
 
 
 
 
4 METODOLOGIA 
 
Os dados dessa pesquisa foram coletados após aprovação dos procedimentos 
pela comissão de Ética em Pesquisa da UVA, sob o nº , e assinatura do termo de 
consentimento livre e esclarecido pelos responsáveis. 
 
 
 27 
4.1 PARTICIPANTES 
 
Fizeram parte desta pesquisa 68 crianças com idade entre 3 e 10 anos, 
residentes na Grande Vitória-ES, captadas de forma aleatória na Casa de Ação Social 
Cristo Rei onde residem e estudam cerca de 200 crianças entre 3 e 15 anos, cujos 
responsáveis concordaram voluntariamente em participar. 
Foram excluídas da pesquisa as crianças que: 
• apresentaram quaisquer déficits neurológicos, cognitivos ou auditivos, 
• estivessem utilizando aparelho ortodôntico, 
• tivessem realizado ou que estivessem em tratamento fonoaudiológico e/ou 
ortopédico/ortodôntico, 
• apresentassem fissura palatina ou outras malformações craniofaciais; 
uma vez que estas características podem interferir na fala ou na avaliação do 
sistema estomatognático. 
 
 28 
4.2 MATERIAL 
 
• Termo de consentimento livre e esclarecido (ANEXO 1, p. 63) 
• Roteiro para conversa dirigida (APÊNDICE 1, p. 61) 
O roteiro para conversa dirigida foi especialmente desenvolvido para essa 
pesquisa e incluiu perguntas simples e de fácil compreensão. 
• Corpus foneticamente balanceado (ANEXO 2, p. 67) 
O corpus adotado, foneticamente balanceado, foi previamente testado e 
utilizado, contendo o fonema /s/ em posição inicial de sílaba, no início e no meio da 
palavra (PEREIRA et al, 2003). 
• Protocolo de avaliação do sistema estomatognático (APÊNDICE 2, p. 62) 
Para avaliação parcial do sistema estomatognático foi utilizado protocolo 
especificamente desenvolvido para essa pesquisa baseado em estudos de diversos 
autores: Cattoni et al (2005), Costa, Silva e Cunha (2005), Moraes e Felício (2004), 
Fonseca, Dornelles e Ramos (2003), Felício e Moraes (2003), Maciel, Magina e Leite 
(2002) e Moreira (2001), e teve por objetivo levantar as características que pudessem 
relacionar-se à caracterização da fala. 
• Gravador Digital Olympus VN-120 
• Cds 
 
 
 
 
 29 
4.3 PROCEDIMENTOS 
 
Os participantes e seus responsáveis foram esclarecidos quanto aos 
procedimentos dessa pesquisa e assinaram Termo de consentimento livre e 
esclarecido. 
Todas as crianças foram avaliadas individualmente por três avaliadores em 
conjunto, com objetivo de garantir a precisão dos dados obtidos. As avaliações 
ocorreram em ambiente com nível reduzido de ruído, com a criança sentada de frente 
para as examinadoras. Foi realizada conversa dirigida utilizando roteiro de perguntas 
simples e repetição de palavras para verificar a presença ou ausência de ceceio. Em 
seguida foi aplicado protocolo para verificação parcial do aspecto morfológico do 
sistema estomatognático. 
A avaliação de fala de cada criança foi registrada em gravador Digital Olympus 
VN-120 e posteriormente copiada para CDs. Os integrantes dos grupos foram 
abordados inicialmente através da conversa dirigida com respostas espontâneas. Em 
seguida foram orientados a repetir cada palavra dita pela examinadora, seguindo a 
ordem “Repita cada palavra que eu disser”. 
Na avaliação de fala, foram levantados apenas os dados quanto a presença ou 
ausência de ceceio, não tendo sido consideradas quaisquer outras alterações ou 
desvios de fala. Foi caracterizado como ceceio o posicionamento anterior de língua com 
ou sem interposição dental, interposição lateral de língua e/ou distorção sonora, 
baseado em Pereira et al (2003), desde que as três avaliadoras concordassem com a 
caracterização da presença de ceceio. Para configurar a presença de ceceio era 
 
 30 
necessária a ocorrência de, pelo menos, uma das características descritas 
anteriormente, de forma assistemática ou sistemática. Durante a avaliação de fala foi 
realizada a verificação da presença ou ausência de ceceio considerando pistas 
auditivas e visuais. Ao ser observado o ceceio e havendo consenso entre as 
examinadoras, no momento da avaliação, foi registrado no protocolo da criança a 
presença do ceceio. 
Por fim foi aplicado o protocolo de avaliação parcial do sistema estomatognático, 
através da observação dos componentes do sistema seguindo os seguintes critérios: 
• O palato duro foi avaliado por meio da observação da forma, sendo 
considerado normal quando apresentasse largura e altura compatíveis para 
acomodar a língua em sua posição habitual; ogival quando fosse muito 
profundo ou atrésico se estivesse excessivamente estreito. 
• Para avaliação da dentição foi considerada: 
o Decídua (D),havendo 20 dentes decíduos totalmente erupcionados, 
o Mista em troca de incisivos (MTI), quando houvesse ausência de, pelo 
menos, um dos incisivos decíduos e seu sucessor não estivesse 
completamente erupcionado, 
o Mista com presença de incisivos (MPI) permanentes completamente 
erupcionados quando não houvesse ausência de incisivo ou espaço 
referente ao seu processo de erupção incompleto. 
• Na avaliação da relação anterior entre as arcadas, foi considerada: 
 
 31 
o sobressaliência excessiva para o trespasse horizontal excessivo dos 
incisivos, assim considerado por avaliação visual, sem utilização de 
instrumento de medição, 
o sobremordida excessiva quando os incisivos superiores cobrissem 
mais de um terço dos incisivos inferiores, 
o topo anterior quando os dentes incisivos permanentes se tocassem 
sem trespasse, 
o mordida aberta anterior quando não houvesse contato dos incisivos 
e/ou caninos com seus antagonistas, 
o mordida cruzada anterior quando houvesse inversão da oclusão dos 
dentes anteriores no sentido vestíbulo-lingual, 
o sem alterações significativas quando os itens anteriores não foram 
observados nem quaisquer outras alterações na relação anterior entre 
as arcadas. 
• As tonsilas palatinas foram avaliadas através da observação, se estavam 
presentes ou não e quanto ao seu aspecto, de forma subjetiva: normal ou 
aumentado. Foi considerado volume aumentado quando observado 
diminuição do espaço correspondente ao istmo da garganta, bilateralmente. 
• Em relação à língua, foi observada a presença de sulcos longitudinais 
decorrentes de uma dobra em sua superfície, situação característica de uma 
desproporção entre o tamanho da língua e da cavidade oral. Foi registrada 
ainda a presença de marcas dos dentes nas laterais da mesma. Não 
 
 32 
aparecendo quaisquer dessas características, a língua foi considerada sem 
alterações significativas. 
 
 
 33 
4.4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS 
 
A presença ou ausência de ceceio foi descrita quanto a cada uma das seguintes 
variáveis: 
• Idade 
o Considerando-se cada faixa etária isoladamente 
o Considerando-se divisão da amostra em dois grupos, sendo o 
primeiro grupo abrangendo crianças com idades entre 3 e 6 anos e 
11 meses e o segundo grupo incluindo crianças entre 7 anos e 10 
anos e 11 meses. 
• Sexo 
• Conformação do palato duro 
• Tonsilas paltinas 
• Volume de língua 
• Dentição observando a divisão em 3 grupos, sendo: 
o Crianças que apresentaram dentição decídua, 
o Crianças que apresentaram dentição mista em troca de dentes 
incisivos, 
o Crianças que apresentaram dentes incisivos permanentes 
completamente erupcionados. 
• Tipo de mordida. Os tipos de mordida encontrados na amostra foram 
sobressaliência excessiva (SSE), sobremordida excessiva (SME), topo 
 
 34 
anterior (TA), mordida aberta anterior (AA) e casos sem alterações 
significativas (SAS). 
 
 35 
4.5 ANÁLISE ESTATÍSTICA 
 
Foi realizada análise descritiva das características levantadas, além da utilização 
de testes estatísticos específicos que possibilitaram o cruzamento de dados e 
correlações pertinentes. 
Após a análise, os dados foram submetidos à análise estatística. Foram 
utilizados os testes Mann-Whitney, T de Student e Kruskal-Wallis. O teste não 
paramétrico Mann-Whitney, utilizado para comparar duas amostras independentes, foi 
aplicado para avaliar a relação entre presença ou ausência de ceceio e sexo, idade 
(divididos em 2 grupos), conformação do palato duro, volume de língua e de tonsilas 
palatinas e tipo de mordida. O teste T de Student, utilizado para comparação de duas 
médias, controlado pelo teste Levene para Igualdade de Variâncias, foi aplicado para 
analisar possíveis diferenças entre a média de idade das crianças com e sem ceceio. O 
teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, utilizado para comparar amostras 
independentes, foi aplicado para analisar a presença ou ausência de ceceio em cada 
idade e a relação entre os tipos de dentição a presença ou ausência de ceceio. 
Foi adotado o nível de significância de 5% (α = 0,050 — significância adotada), 
para a aplicação dos testes estatísticos deste estudo, ou seja, quando a significância 
calculada (p) for menor do que 5% (0,050), é possível observar diferença 
estatisticamente significante; quando a significância calculada (p) for igual ou maior do 
que 5% (0,050), pode-se observar uma relação estatisticamente não-significante, ou 
seja, uma semelhança. Foi utilizado o programa SPSS (Statistical Package for Social 
Sciences), em versão 13.0, para obtenção dos resultados. 
 
 36 
 
 
 
 
 
 
 
5 RESULTADOS 
 
 
 
5.1 DESCRIÇÃO DA AMOSTRA 
 
A amostra foi inicialmente composta por 77 crianças entre 3 e 10 anos, sendo 31 
do sexo feminino e 42 do sexo masculino. Foram excluídos dessa amostra inicial 4 
sujeitos por apresentarem importantes trocas, omissões e distorções na fala 
incompatíveis com sua faixa etária, impossibilitando a análise perceptivo-auditiva e 
visual da caracterização do ceceio. Foram excluídos ainda 5 sujeitos por dúvidas 
relacionadas à coleta de dados. Assim sendo, foram sujeitos dessa pesquisa 68 
crianças entre 3 e 10 anos, sendo 28 do sexo feminino e 40 do sexo masculino. A 
tabela 1 descreve a presença ou ausência de ceceio na amostra. 
 
Tabela 1- Distribuição da presença e ausência de ceceio. 
 
Presença de ceceio Ausência de ceceio Total de crianças 
15 (22,05%) 53 (77,95%) 68 
 
É possível observar que a maior parte das crianças não apresentou ceceio. A 
incidência de ceceio na amostra pesquisada foi de 22,05%. 
 
 
 37 
Considerando a idade das crianças em relação à presença ou ausência de 
ceceio, foi aplicado o Teste T de Student, controlado pelo Teste de Levene para 
Igualdade de Variâncias, com o intuito de verificar uma possível diferença das médias 
da variável idade entre as duas categorias da variável ceceio. Os resultados obtidos 
estão descritos na tabela 2. 
 
Tabela 2 - Relação entre a média das idades com a presença ou ausência de ceceio. 
 
Variável Ceceio n Média Desvio-padrão Significância (p) 
Presente 15 6,20 2,14 idade 
Ausente 53 7,17 2,33 
0,153 
 
Não foi observada diferença estatisticamente significante entre a média de idade 
dos grupos com ceceio e sem ceceio. 
 
Com o intuito de verificar a relação da presença ou ausência de ceceio com a 
variável paramétrica idade, a amostra foi estudada considerando cada faixa etária 
isoladamente. Em seguida a amostra foi dividida em 2 grupos, sendo o primeiro grupo 
abrangendo crianças com idades entre 3 anos e 6 anos e 11 meses e o segundo 
incluindo crianças entre 7 anos e 10 anos e 11 meses. 
Ao considerar cada idade separadamente, foi aplicado o Teste de Kruskal-Wallis, 
com o intuito de verificar possíveis diferenças concomitantes entre as oito categorias da 
variável idade. Os resultados obtidos estão descritos na tabela 3. 
 
 
 38 
Tabela 3 - Relação entre presença ou ausência de ceceio e idade. 
 
ceceio_n Idade 
Ausente Presente 
Total 
5 2 7 3 
71,4% 28,6% 100,0%
4 1 5 4 
80,0% 20,0% 100,0%
7 2 9 5 
77,8% 22,2% 100,0%
3 5 8 6 
37,5% 62,5% 100,0%
6 1 7 7 
85,7% 14,3% 100,0%
8 2 10 8 
80,0% 20,0% 100,0%
10 0 10 9 
100,0% 0,0% 100,0%
10 2 12 10 
83,3% 16,7% 100,0%
53 15 68 Total 
77,9% 22,1% 100,0%
 
p = 0,141 
 
Verifica-se que a diferença entre as idades é estatisticamente não significante 
frente à distribuição de ceceio, ou seja, nada indica que haja diferenças na distribuição 
de ceceio entre as idades. 
 
Ao analisar a relação entre idade e presença ou ausência de ceceiocom a 
amostra dividida em 2 grupos, foi aplicado o Teste de Mann-Whitney. Os resultados 
obtidos estão descritos na tabela 4. 
 
 39 
Tabela 4 - Relação entre presença ou ausência de ceceio e faixa etária. 
 
ceceio_n Idade 
Ausente Presente
Total 
19 10 29 3, 4, 5 e 6 
65,5% 34,5% 100,0%
34 5 39 7, 8, 9 e 10 
87,2% 12,8% 100,0%
53 15 68 Total 
77,9% 22,1% 100,0%
 
p = 0,034 
 
 
Maior porcentagem de crianças com ceceio foi encontrada no grupo de 3 a 6 
anos (34,5%), quando comparado com o grupo de 7 a 10 anos (12,8%). Os resultados 
demonstram ser estatisticamente significante a diferença entre as faixas etárias 
apresentadas, quanto à presença ou ausência de ceceio. Esse resultado permite 
sugerir que crianças mais novas, até 6 anos e 11 meses, apresentam incidência de 
ceceio superior às crianças mais velhas, entre 7 anos e 10 anos e 11 meses. 
 
A amostra foi analisada, ainda, considerando a relação entre presença ou 
ausência de ceceio e a variável não paramétrica sexo. Foi utilizado o Teste de Mann-
Whitney e os resultados obtidos estão descritos na tabela 5. 
 
 40 
Tabela 5 - Relação entre presença ou ausência de ceceio e sexo. 
 
Sexo Ceceio 
Feminino Masculino 
Total 
22 31 53 Ausente 
41,5% 58,5% 100,0%
6 9 15 Presente 
40,0% 60,0% 100,0%
28 40 68 Total 
41,2% 58,8% 100,0%
 
p = 0,917 
 
Observou-se que não há diferença estatisticamente significante entre as 
categorias da variável sexo e a presença ou ausência de ceceio, ou seja, o sexo não 
parece ser determinante de presença ou ausência de ceceio. 
 
Para analisar a relação entre presença ou ausência de ceceio e conformação do 
palato duro foi utilizado o Teste de Mann-Whitney e os resultados obtidos estão 
descritos na tabela 6. 
 
Tabela 6 - Relação entre conformação do palato duro e presença ou ausência de ceceio. 
 
Palato Ceceio 
N O A 
Total 
42 11 0 53 Ausente 
79,2% 20,8% 0% 100,0% 
12 3 0 15 Presente 
80,0% 20,0% 0% 100,0% 
54 14 0 68 Total 
79,4% 20,6% 0% 100,0% 
 
p = 0,949 
 
Legenda: N – normal; O – ogival; A – atrésico. 
 
 
 41 
Os resultados demonstram não haver diferença estatisticamente significante 
entre as categorias propostas para conformação do palato duro e a presença ou 
ausência de ceceio. Portanto, na amostra pesquisada, a conformação do palato duro 
não é determinante para presença ou ausência de ceceio. 
 
Para analisar a relação entre o volume de tonsilas palatinas e a presença ou 
ausência de ceceio foi utilizado o Teste de Mann-Whitney e os resultados obtidos estão 
descritos na tabela 7. 
 
Tabela 7 - Relação entre presença ou ausência de ceceio e volume de tonsilas palatinas. 
Tonsilas Ceceio 
H N A 
Total 
7 46 0 53 Ausente 
13,2% 86,8% 0% 100,0% 
1 14 0 15 Presente 
6,7% 93,3% 0% 100,0% 
8 60 0 68 Total 
11,8% 88,2% 0% 100,0% 
 
p = 0,491 
 
Legenda: H – hipertrófica; N – normal; A – ausente. 
 
Os resultados descritos demonstram que não há diferença estatisticamente 
significante entre as variáveis propostas para categoria volume de tonsilas palatinas e a 
presença ou ausência de ceceio 
 
 
 42 
Para analisar a relação entre o volume de língua e a presença ou ausência de 
ceceio foi utilizado o Teste de Mann-Whitney e os resultados obtidos estão descritos na 
tabela 8. 
 
Tabela 8 - Relação entre presença ou ausência de ceceio e volume de língua. 
Língua Ceceio 
SAS RM SL 
Total 
53 0 0 53 Ausente 
100,0% 0% 0% 100,0% 
15 0 0 15 Presente 
100,0% 0% 0% 100,0% 
68 0 0 68 Total 
100,0% 0% 0% 100,0% 
 
p > 0,999 
 
Legenda: SAS – sem alterações significativas; RM – rebordos marcados; SL – sulco longitudinal. 
 
Na amostra pesquisada todas as crianças apresentavam língua sem alterações 
significativas. Os resultados demonstram que o volume de língua não é determinante 
na presença ou ausência de ceceio. 
 
Para analisar possíveis diferenças concomitantes entre as três categorias da 
variável Dentição foi aplicado o Teste de Kruskal-Wallis. Os resultados encontram-se 
descritos na tabela 9. 
 
 43 
Tabela 9 - Relação entre presença ou ausência de ceceio e tipo de dentição. 
 
ceceio_n dentição
Ausente Presente
Total 
14 4 18 D 
77,8% 22,2% 100,0% 
16 9 25 MTI 
64,0% 36,0% 100,0% 
23 2 25 MPI 
92,0% 8,0% 100,0% 
53 15 68 Total 
77,9% 22,1% 100,0% 
 
p = 0,060 
 
Legenda: D - decídua; MTI – mista em troca de incisivos; MPI – mista com presença de incisivos. 
 
Observou-se que a diferença entre os tipos de dentição foi estatisticamente não-
significante frente à distribuição de ceceio. Entretanto, como a significância calculada 
(p) está entre 5% (0,050) e 10% (0,100), há semelhança estatística, porém, com 
tendência à diferença. É possível afirmar que os valores observados (22,2%, 36% e 
8%) correspondem a números que indicam uma tendência à diferença. Os resultados 
demonstram, portanto, que a dentição mista em troca de incisivos é mais representativa 
entre as três categorias estudadas, apesar de apresentar semelhança estatística, 
quando comparada às outras duas categorias. Pode-se sugerir, então, a possível 
relação direta existente entre a dentição mista em troca de incisivos e a presença de 
ceceio. 
 
Ao analisar a relação existente entre os tipos de mordida propostos e a presença 
ou ausência de ceceio foi utilizado o teste de Mann-Whitney aplicado em duas 
avaliações. Na primeira observou-se, dentro do grupo de crianças com ceceio, quais os 
 
 44 
tipos de mordida encontrados. No grupo sem ceceio foi feita a mesma análise. Cabe 
ressaltar que não foram encontrados casos de mordida cruzada anterior, não sendo 
computados para análise. Os resultados obtidos encontram-se descritos na tabela 10. 
 
Tabela 10 - Relação entre presença ou ausência de ceceio e tipos de mordida. 
 
mordida ceceio 
AA SAS SME SSE TA 
Total 
4 41 4 2 2 53 Ausente 
7,5% 77,4% 7,5% 3,8% 3,8% 100,0% 
5 8 0 1 1 15 Presente 
33,3% 53,3% 0% 6,7% 6,7% 100,0% 
9 49 4 3 3 68 Total 
13,2% 72,1% 5,9% 4,4% 4,4% 100,0% 
 
p = 0,094 
 
Legenda: AA – aberta anterior; SAS – sem alterações significativas; SME – sobremordida excessiva; SSE 
sobressaliência excessiva; TA – topo anterior. 
 
 
Observou-se diferença estatisticamente não significante. Entretanto, cabe 
destacar que no grupo com ceceio há um predomínio de crianças sem alterações 
significativas de tipo de mordida, indicando que mesmo com a mordida normal é 
possível encontrar crianças com ceceio. 
 
Na segunda análise realizada entre as variáveis acima propostas, observou-se, 
dentro de cada classificação do tipo de mordida, quantos indivíduos apresentavam 
ceceio ou não. O resultados obtidos encontram-se descritos na tabela 11. 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
Tabela 11 - Relação entre tipo de mordida ou presença ou ausência de ceceio. 
 
ceceio mordida 
Ausente Presente 
Total 
4 5 9 AA 
44,4% 55,6% 100,0%
41 8 49 SAS 
83,7% 16,3% 100,0%
2 1 3 TA 
66,7% 33,3% 100,0%
4 0 4 SME 
100,0% 0,0% 100,0%
2 1 3 SSE 
66,7% 33,3% 100,0%
53 15 68 Total 
77,9% 22,1% 100,0%
 
p = 0,082 
 
Legenda: AA – aberta anterior; SAS – sem alterações significativas; SME – sobremordida excessiva; SSE 
sobressaliência excessiva; TA – topo anterior. 
 
 
Não há diferença estatisticamente significante na análise realizada. Porém, 
destaca-se o índice de ceceio dentre as crianças que apresentavam mordida aberta 
(55,6%) comparando com a presença de ceceio nos outros tipos de mordida, sendo 
respectivamente 16,3% para SAS, 33,3% em TA, e 33,3% em SSE. Esse fato indicaria 
uma tendência à relação direta entre mordida aberta anterior e presençade ceceio. 
 
 46 
 
 
 
 
 
 
 
6 DISCUSSÃO 
 
 
 
No presente estudo, observou-se presença de ceceio em 22,05% da amostra, 
índice menor do que os propostos pela literatura pesquisada. Marchesan (1998a) 
sugere incidência de 32%, Tomé at al (2004) propõem 51,51%, enquanto Fonseca et al 
(2005) relatam 35,5%. Porém, cabe salientar que os autores citados analisaram 
amostras compostas por crianças até 7 anos. Como no presente trabalho as idades se 
estendem até 10 anos, é possível sugerir a relação entre a redução da ocorrência e o 
aumento da idade da amostra. No estudo de Bicalho, Motta e Vicente (2006) as 
crianças avaliadas tinham entre 4 e 11 anos, e os autores encontraram índices mais 
altos do que no presente trabalho (30% para ceceio anterior e 10% para ceceio lateral). 
Entretanto, na amostra de Bicalho, Motta e Vicente (2006) as crianças apresentavam 
alterações de respiração e deglutição, o que poderia justificar a alta incidência de 
ceceio. Peña et al (2004) pesquisaram crianças entre 5 e 14 anos e obtiveram índices 
de 38% de presença de ceceio, números bem mais altos que aqueles descritos no 
presente estudo. 
Ao relacionar a presença ou ausência de ceceio com a idade das crianças da 
amostra, é possível observar maior ocorrência de ceceio nas idades de 3 (28,6%) e 6 
anos (62,5%). Analisando a idade de 3 anos, os dados obtidos diferem daqueles 
 
 47 
propostos por Tomé et al (2004) que apresenta índices muito baixos aos 3 anos 
(5,88%), mas reiteram os resultados encontrados por Moura (1994), que propõe um 
índice elevado aos 3 anos de idade (36%), e concordam parcialmente com Tanigute 
(1998), que também acredita em uma alta ocorrência nessa idade, mas propõe ser essa 
a faixa etária de maior prevalência da infância. Considerando o aumento da presença 
de ceceio aos 6 anos (62,5%), observado no presente estudo, não se constata 
semelhança com os dados de Moura (1994) que propõe uma redução da incidência 
nessa idade (15%), de Tanigute (1998) que acredita em uma redução entre 4 e 7 anos, 
e de Tomé et al (2004) que propõem uma incidência baixa aos 6 anos (4,41%), 
justamente de forma inversa aos dados aqui obtidos. Entretanto, ao avaliar crianças de 
6 anos, Tomé et al (2004) incluíram em seu estudo apenas crianças em dentição 
decídua, o que poderia justificar índices tão distintos. Cabe destacar que no presente 
trabalho todas as crianças dessa faixa etária encontravam-se em dentição mista com 
troca de incisivos. 
Ao considerar a amostra dividida em 2 grupos por faixa etária, há diferença 
estatisticamente significante. No grupo entre 3 anos e 6 anos e 11 meses a ocorrência 
de ceceio é de 34,5%, enquanto que no grupo entre 7 anos e 10 anos e 11 meses 
observa-se 12,8%. Os dados diferem daqueles propostos por Fonseca et al (2005) que 
não observaram diminuição da presença de ceceio com o aumento da idade, mas 
coincidem com as afirmações de Junqueira e Guilherme (1996) e Frias et al (2004), 
autores que acreditam na hipótese do ceceio diminuir significativamente com a idade. E 
ainda coincidem plenamente com aqueles propostos por Pereira et al (2003) que 
relatam maior freqüência de ceceio entre o grupo de 3 a 6 anos do que no grupo entre 7 
 
 48 
e 10 anos por eles pesquisados. A redução da incidência no grupo entre 7 e 10 anos 
também pode ser relacionada a afirmação de Flipsen Jr. e Shriberg (1999) de que a 
produção do /s/ se estabiliza aos 9 anos e 6 meses. É relevante salientar que a 
incidência de ceceio na faixa etária entre 3 anos e 6 anos e 11 meses (34,5%) 
encontrada no presente trabalho, apesar de ser maior ao ser comparada com o grupo 
entre 7 anos e 10 anos e 11 meses, é pequena em comparação a dados propostos por 
Tomé et al (2004), que descrevem uma incidência de 51,51% na mesma faixa etária. 
Cabe sugerir uma possível relação entre o processo de desenvolvimento motor 
de fala e a menor incidência de ceceio encontrada no grupo entre 7 e 10 anos (12,8%) 
quando comparada ao grupo de 3 a 6 anos (34,5%). Ao considerar essa possibilidade, 
a redução seria explicada pelo gradual desenvolvimento do controle motor. Green et al 
(2000) acreditam que o período entre 6 anos e a fase adulta reflete uma otimização da 
coordenação. Wohlert e Smith (2002) afirmam que o controle motor de fala se 
assemelha ao padrão adulto por volta de 11 a 13 anos e Walsh e Smith (2002) 
defendem que o desenvolvimento da fala se prolonga até os 16 anos. Com base 
nesses estudos, seria interessante estender a idade das pesquisas sobre incidência de 
ceceio até pelo menos os 16 anos de idade a fim de verificar se os índices mantém a 
tendência de redução e de confirmar ou não a relação entre idade, desenvolvimento 
motor de fala e ceceio. 
 
O presente trabalho analisou ainda a relação entre presença e ausência de 
ceceio e a variável sexo, não havendo diferença estatisticamente significante. Os dados 
indicam que o sexo não é determinante na presença ou ausência de ceceio, 
 
 49 
concordando com resultados propostos por Junqueira e Guilherme (1996), Frias et al 
(2004) e Fonseca et al (2005). Diferem, entretanto, daqueles encontrados por Tomé et 
al (2004) que indicam uma ocorrência mais elevada no sexo masculino. 
 
O volume de tonsilas palatinas e a presença ou ausência de ceceio, ao serem 
confrontados, não revelam diferença estatisticamente significante, sugerindo que o 
aumento no volume de tonsilas palatinas não é determinante para a presença ou 
ausência de ceceio. Os resultados discordam das afirmações de Mitre (2003) que 
relaciona posicionamento mais anterior de língua, alterações articulatórias e presença 
de tonsilas palatinas volumosas. 
 
Ao analisar a relação existente entre os tipos de mordida propostos e a presença 
ou ausência de ceceio, não foi encontrada diferença estatisticamente significante. 
Cabe destacar que no grupo com ceceio há um predomínio de crianças sem alterações 
significativas de tipo de mordida, indicando que mesmo com a mordida normal é 
possível encontrar crianças com ceceio. Os dados reiteram a afirmação de Junqueira e 
Guilherme (1996), pois, segundo os autores, a presença de ceceio não deve ser 
unicamente justificada pela presença de má oclusão. Concordam ainda com Tanigute 
(1998) que relaciona o ceceio tanto à mordida normal quanto às suas possíveis 
alterações e com Pereira et al (2003) que relatam a impossibilidade de relacionar 
diretamente o ceceio à alteração da arcada dentária. Os resultados obtidos no presente 
trabalho também reforçam aqueles encontrados por Tomé et al (2004) que concluíram 
seu estudo afirmando que o ceceio parece não estar relacionado a alterações da 
 
 50 
oclusão dentária. Parece necessário destacar que, no presente trabalho, observa-se 
elevada ocorrência de ceceio dentre as crianças que apresentavam mordida aberta 
anterior (55,6%) comparando com a presença de ceceio nos outros tipos de mordida. 
Esse fato indicaria uma tendência à relação direta entre mordida aberta anterior e 
presença de ceceio. Os dados reforçam a afirmação de Marchesan (1993, 1998a) que 
considera que nas mordidas abertas anteriores o ceceio é facilitado, e de Guedes 
(1997), citando Barret e Hanson (1974), que relaciona a distorção de /s/ e /z/ à mordida 
aberta. Confirmam também as afirmações de Tomé et al (2004) que relatam em seu 
estudo ser a mordida aberta a alteração oclusal mais comum nos casos de ceceio. 
Entretanto, esse é um dado de difícil confirmação, pois para a população estudada 
nesse trabalho, ao observar-se a presença de ceceio em relação ao tipo de mordida, 
encontra-se alto índice de ceceio também em crianças sem alterações significativas de 
mordida (53,3%).Ao relacionar a conformação do palato duro com a presença ou ausência de 
ceceio, os resultados indicam que a conformação do palato duro não é determinante 
para presença ou ausência de ceceio. Da mesma forma, os dados da presente 
pesquisa também sugerem que a presença de ceceio não depende diretamente da 
alteração no volume de língua, visto que todas as crianças com ceceio apresentavam 
língua sem alterações significativas. 
 
Considerando a variável dentição, apesar de não haver diferença 
estatisticamente significante há uma tendência à diferença. Os resultados demonstram 
 
 51 
que a dentição mista em troca de incisivos (MTI) é a mais representativa entre as três 
categorias estudadas quanto à presença de ceceio, apesar de apresentar semelhança 
estatística, quando comparada às outras duas categorias. É possível inferir que exista 
alguma relação entre a dentição mista em troca de incisivos e a presença de ceceio. 
Não foram encontrados na literatura pesquisada, estudos que relacionem diretamente o 
ceceio à troca de dentes incisivos. Porém, Chen e Stevens (2001) destacam que para a 
produção adequada do /s/ é imprescindível que o ar seja direcionado contra os dentes 
incisivos inferiores, condição que poderia estar prejudicada no período de troca de 
incisivos. Marchesan (1993) relaciona o ceceio anterior à perda precoce dos incisivos 
superiores, o que poderia sinalizar a importância da presença destes dentes para a 
produção adequada do /s/. Ao comparar dados descritos por Tomé et al (2004) e 
aqueles obtidos na presente pesquisa, também é possível sugerir a relação entre 
presença de ceceio e o período de troca de incisivos. Os autores em questão 
pesquisaram crianças de 6 anos exclusivamente em dentição decídua e obtiveram 
incidência de ceceio de 4,41%. O presente trabalho propõe índices bem mais altos, 
com presença de ceceio em 62,5% das crianças aos 6 anos, salientando que todas 
encontravam-se em período de dentição mista com troca de incisivos. 
 
Ao analisar os resultados do presente trabalho é possível constatar a presença 
de algumas discordâncias em relação à literatura pesquisada. É relevante destacar que 
as pesquisas que envolvem ceceio não seguem um padrão específico semelhante de 
seleção da amostra ou das variáveis pesquisadas, favorecendo o aparecimento de 
dúvidas e divergências. 
 
 52 
 
Parece pertinente a sugestão de novos estudos semelhantes que incluam faixas 
etárias acima de 10 anos, pois há um predomínio de pesquisas com amostras até a 
faixa de 6 a 8 anos, buscando-se maior compreensão da evolução e da incidência do 
ceceio com o decorrer da idade. 
 
 53 
 
 
 
 
 
 
 
7 CONCLUSÃO 
 
 
A partir do estudo realizado, considerando-se a metodologia empregada, pode-
se concluir que: 
• A incidência de ceceio reduz com a idade quando considerados os grupos de 
faixas etárias de 3 a 6 anos e de 7 a 10 anos. 
• A presença de ceceio não parece estar relacionada ao sexo. 
• Dentre as crianças com ceceio, observou-se maior incidência na transição entre 
a dentição decídua e permanente, compreendendo o período de troca de dentes 
incisivos, apesar do resultado estatisticamente não significante. 
• A interferência de algumas características do sistema estomatognático, tais 
como tipo de mordida, conformação do palato duro, volume de tonsilas palatinas 
e de língua não foram consideradas determinantes na ocorrência do ceceio, 
podendo ou não estar presentes em crianças que apresentam tal distorção de 
fala. 
• Devido à limitação do estudo, os dados aqui apontados não devem ser 
generalizados aleatoriamente. Novas pesquisas são necessárias no sentido de 
 
 54 
padronizar dados referentes à classificação, incidência e etiologia do ceceio 
objetivando um aprimoramento no diagnóstico, prognóstico e tratamento 
fonoaudiológico do ceceio. 
 
 55 
 
 
 
 
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de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998. p. 59-74. 
 
 62 
 
 
 
 
 
 
 
9 APÊNDICES 
 
 
APÊNDICE 1 
 
 
ROTEIRO PARA CONVERSA DIRIGIDA 
 
 
Qual seu nome? 
Quantos anos você tem? 
Qual o nome da sua mãe? 
Qual o nome do seu pai? 
O que você mais gosta de assistir na televisão? 
Quais suas brincadeiras preferidas? 
Conte-me o que você faz na escola. 
 
 
 
 
 
 
 63 
APÊNDICE 2 
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO PARCIAL DO SISTEMA 
ESTOMATOGNATICO 
Nome: 
Sexo: F( ) M( ) Idade: Data da avaliação: 
 
Palato 
( ) normal ( ) ogival ( ) atrésico 
 
Dentição 
( ) decídua ( ) mista em troca de incisivos ( ) mista com presença de incisivos 
erupcionados 
 
Mordida 
( ) sem alterações significativas 
( ) sobressaliênciaexcessiva ( ) sobremordida excessiva 
( ) aberta anterior ( ) cruzada anterior ( ) topo anterior 
 
Tonsilas palatinas 
( ) normais ( ) ausentes ( ) hipertróficas 
 
Língua 
( ) sem alterações significativas ( ) rebordo marcado ( ) sulcos longitudinais 
 
 64 
 
 
 
 
10 ANEXOS 
 
ANEXO 1 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
 
Caro(a) Senhor(a) 
Eu, Alessandra Salles Machado, fonoaudióloga, portadora do CIC 026256837-
32, RG 04019081-1, estabelecida na Av. Antonio Gil Veloso, nº 3230, apto 401 , CEP 
29101-735, Vila Velha, telefone (27) 32190797, em conjunto com as acadêmicas de 
Fonoaudiologia Genaína Elza Caetano Silva, portadora do CIC 044581516-73, RG 
516145, estabelecida na Av. Nossa Senhora da Penha, nº 615 apto. 102, Vitória e 
Sandra Costa Calente, portadora do CIC 079829707-70, RG 62768, estabelecida na R. 
Ernestina Vieira Simões, 209, Olaria, Guarapari, vou desenvolver uma pesquisa cujo 
título é “Ocorrência de distorções dos fonemas fricativos alveolares em crianças” . 
 Este estudo tem como objetivo colaborar para ampliação do conhecimento sobre 
mais uma de muitas alterações de fala existentes através da análise da ocorrência de 
distorções dos fonemas /s/ e /z/ na criança. 
 
 
 65 
Necessito que o Sr.(a). permita a execução de uma avaliação que inclui os 
seguintes procedimentos: conversa informal com perguntas simples, como “O que você 
mais gosta de assistir na televisão?”, por exemplo; em seguida cada participante será 
solicitado a repetir uma lista de 78 palavras que será registrada em gravador utilizando 
fita cassete. Os participantes da pesquisa passarão ainda por uma avaliação oral 
incluindo, entre outros, dentição, tipo de mordida e aspecto do palato. Toda a avaliação 
será realizada na própria escola. A sua participação nesta pesquisa é voluntária e a 
avaliação clínica não determinará qualquer risco, nem trará desconfortos. 
A sua participação não trará qualquer benefício direto, mas proporcionará um 
melhor conhecimento a respeito do desenvolvimento e produção dos sons da fala, que 
em futuros tratamentos fonoaudiológicos poderão beneficiar outras pessoas. Não existe 
outra forma de obter dados com relação ao procedimento em questão e que possa ser 
mais vantajoso. 
Informo que o Sr(a). tem a garantia de acesso, em qualquer etapa do estudo, 
sobre qualquer esclarecimento de eventuais dúvidas. Se tiver alguma consideração ou 
dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa 
(CEP) da Universidade Veiga de Almeida, situado na Rua Ibituruna 108 – Tijuca (Rio de 
Janeiro – RJ), telefone 2264-5424 e comunique-se com o Prof. Dr. Manoel José Gomes 
Tubino. 
Também é garantida a liberdade da retirada de consentimento a qualquer 
momento e deixar de participar do estudo. 
Garanto que as informações obtidas serão analisadas em conjunto com outras 
pessoas, não sendo divulgado a identificação de nenhum dos participantes. 
 
 66 
O Sr(a). tem o direito de ser mantido atualizado sobre os resultados parciais das 
pesquisas e caso seja solicitado, darei todas as informações que solicitar. 
Não existirão despesas ou compensações pessoais para o participante em 
qualquer fase do estudo, incluindo exames e consultas. Também não há compensação 
financeira relacionada à sua participação. Se existir qualquer despesa adicional, ela 
será absorvida pelo orçamento da pesquisa. Eu me comprometo a utilizar os dados 
coletados somente para pesquisa e os resultados serão veiculados através de artigos 
científicos em revistas especializadas e/ou em encontros científicos e congressos, sem 
nunca tornar possível a sua identificação. 
Anexo está o consentimento livre e esclarecido para ser assinado caso não 
tenha ficado qualquer dúvida. 
 
 
 67 
Acredito ter sido suficiente informado a respeito das informações que li ou que 
foram lidas para mim, descrevendo o estudo “Ocorrência de distorções dos fonemas 
fricativos alveolares em crianças”. 
Eu discuti com a fonoaudióloga Alessandra Salles Machado e/ou com as 
acadêmicas Sandra Costa Calente e Genaína Elza Caetano Silva sobre a minha 
participação nesse estudo. Ficaram claros para mim quais são os propósitos do estudo, 
os procedimentos a serem realizados, seus desconfortos e riscos, as garantias de 
confidencialidade e de esclarecimentos permanentes. 
Ficou claro também que a minha participação é isenta de despesas e que tenho 
garantia do acesso aos resultados e de esclarecer minhas dúvidas a qualquer tempo. 
Concordo voluntariamente em participar deste estudo e poderei retirar o meu 
consentimento a qualquer momento, antes ou durante o mesmo, sem penalidade ou 
prejuízo. 
 
___________________________________ Data_______/______/______ 
Assinatura do informante 
Nome: 
Endereço: 
RG. 
Fone: ( ) 
 
__________________________________ Data:______/______/______ 
Assinatura do(a) pesquisador(a) 
 
 
 
 
 
 68 
ANEXO 2 
 
CORPUS 
 
 
Tônica 
 
Pré-Tônica Pós-Tônica 
Sapo Sapato Pássaro 
Cesta Cenoura Bolsa 
Capacete Bicicleta Urso 
Travesseiro Sofá Palhaço 
Céu Sorvete Cócegas 
Sete Sanduíche Passa 
Pincel Sentado Caça 
Carrocel Salina Pêssego 
Circo Semente Ácido 
Sino Cinema Sócio 
Melancia Fossa Laço 
Sol Felicidade Missa 
Sola Passarinho Peça 
Paçoca Sinal Cárcere 
Girassol Soluço Plácido 
Professora Sistema Aço 
Vassoura Saída Fácil 
Suco Passaporte Míssil 
Sujo Paciente Péssimo 
Santo Servente Tosse 
Maçã Sobressalente Classe 
Coração Ciência Raça 
Cinto Caçador Braço 
Som Cimento Pinça 
Sombra Social Avesso 
Sunga Sujeito Ócio 
 
	PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO, ENSINO E PESQUISA
	FICHA CATALOGRÁFICA
	Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

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