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Biorrefinaria Etanol 2a Geração Universidade Federal do Tocantins Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia Disciplina: Biomassa Docente: André Felipe Discentes: Anne Caroline Mascarenhas Elaynne Costa Silva João Victor Gomes Oliveira Manuella Costa Souza Sarah Tolentino Rocha Brandão Tatiane Boaes Thyenny Castro Sumário Introdução Materiais Lignocelulósicos Pré-tratamento Secagem Pré-tratamento físico Pré-tratramento biológico Estratégia de Processo para a Produção de Etanol de Segunda Geração Fermentação Destilação Resíduos Considerações Finais Referências 2 Introdução 4 Etanol de segunda geração Reutilizar Etanol de 1º Geração Etanol de 2º Geração MEIO AMBIENTE MAIS BARATO ↑ PRODUTIVIDADE 4 Etanol de Segunda Geração 5 Benefícios do etanol de segunda geração Aproveitamento da cana-de-açúcar e seus subprodutos Utilização de insumos já disponíveis nas unidades, apresentando uma vantagem logística ↑ fabricação de etanol em até 50% sem ampliar a área de cultivo Produção na entressafra da cana ↓ emissão de carbono durante a produção. Introdução 5 Biorrefinaria 6 Conceito “Instalação que integra processos de conversão de biomassa em biocombustíveis, insumos químicos, materiais, alimentos, rações e energia.” Otimizar o uso de recursos por totalidade promovendo a minimização máxima de efluentes, máximizando os benefícios e o lucro Introdução 6 Bagaço da Cana-de-açúcar 7 Bagaço da cana-de-açucar SUBPRODUTO FIBROSO Matéria orgânica lignocelulósicas: Hemicelulose; Celulose; Lignina; Produção de energia Incorporação ao solo Integrante da dieta bovina Produção de etanol Introdução 7 Hemicelulose e a celulose apresentam-se como uma das principais frações estruturais do bagaço de cana, representando uma fonte potencial Composição Química (%) Glicose 19,50 Xilose 10,50 Arabinose 1,50 Galactose 0,55 Lignina 9,91 Organosolúveis 2,70 Outros açucares redutores 1,85 Cinzas 1,6 Umidade 50,00 Hexoses Totais 20,04 Pentoses Totais 12,00 Tabela 1. Composição Química. Adaptado referência: Santos, 2012. Introdução 8 Este material, constituído por celulose, hemicelulose e lignina, compõe em média, 28% do peso do bagaço da cana de açúcar. Sua composição elementar dada na Tabela 2. Tabela 2. Composição Elementar. Adaptado referências: Oliveira, 2012. Composição Elementar (%) C (carbono) 44,6 H (hidrogênio) 5,8 O (oxigênio) 44,5 N (nitrogênio) 0,6 S (enxofre) 0,1 Outros 4,4 Introdução 9 MATERIAIS LIGNOCELULÓSICOS Celulose Parede celular da fibra vegetal. Classificado como homopolissacarídeo. Celulose tem uma forte tendência a formar ligações de hidrogênio. Difícil acesso a reagentes/catalisadores Sua estrutura forma-se pela união de moléculas de β-D-glicose através de ligações β-1,4-glicosídicas 1.000 a 15.000 unidades de glicose Materiais Lignocelulósicos 11 11 Hemicelulose Encontram-se intercaladas às microfibrilas de celulose Polissacarídeos formados por diferentes unidades de açúcares (heteropolissacarídeo) Zonas amorfas (ataque de enzimas) Cadeias poliméricas ramificadas Materiais Lignocelulósicos 12 Lignina 2a macromolécula polimérica mais abundate. Moléculas aromáticas e alifáticas. Presença de monômeros de fenil e propano Recobre hemicelulose e celulose – dificulta a fermentação Maior retirada – maior digestabilidade da biomassa Álcoois coniferílico, sinapílico e p-cumarílico Materiais Lignocelulósicos 13 13 Celulose Parede celular da fibra vegetal. Classificado como homopolissacarídeo. Celulose tem uma forte tendência a formar ligações de hidrogênio. Difícil acesso a reagentes/catalisadores C. celulose nativa se abre e recombina (nova forma amórfica) Sua estrutura forma-se pela união de moléculas de β-D-glicose através de ligações β-1,4-glicosídicas 1.000 a 15.000 unidades de glicose Materiais Lignocelulósicos 14 14 Hemicelulose Encontram-se intercaladas às microfibrilas de celulose Polissacarídeos formados por diferentes unidades de açúcares (heteropolissacarídeo) Cadeias poliméricas ramificadas Materiais Lignocelulósicos 15 Lignina 2a macromolécula polimérica mais abundate. Moléculas aromáticas e alifáticas. Presença de monômeros de fenil propano Recobre hemicelulose e celulose – dificulta a fermentação Maior retirada – maior digestabilidade da biomassa Álcoois coniferílico, sinapílico e p-cumarílico Materiais Lignocelulósicos 16 16 PRÉ-TRATAMENTO Pré-Tratamento da Biomassa A bioconversão do bagaço em etanol envolve básicamente duas etapas: Hidrólise da celulose ; Fermentação. Entretanto é necessário romper a barreira vegetal formada por lignina + hemicelulose. Pré-Tratamento 18 Processo de Obtenção de Etanol Com Diferentes Matérias-Primas Pré-Tratamento 19 SECAGEM Secador Rotativo Não é um pré-tratamento, mas se torna necessário para evitar perdas por deterioração. Secador Rotativo de um estágio; Possui aletas no interior. 21 Figuras 1 e 2: Secador rotativo e vista interna. Fonte: Alibaba.com Global trate stars here. Tambor gira Aletas levantam a biomassa Passa por uma corrente de ar quente Biomassa seca Coleta. Secagem Fonte: LIPPEL. Secador Rotativo para Secagem de Biomassa. PRÉ-TRATAMENTO FÍSICO Efeitos Causa mudanças na estrutura da biomassa; Não causa alteração na estrutura química; Reduz o grau de polimerização e cristalização; 23 Pré-Tratamento físico Moinho de Bolas Moinho de Bolas - tambor rotatório preenchido com biomassa e várias esferas em um meio úmido ou seco. Vantangens: redução da cristalinidade da biomassa; não formação de inibidores; não existe necessidade de lavar o material pré-tratado; Pré-Tratamento físico Figura 3 – Moinho de bolas Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfvIoAB/moinho-bolas-so-alpine 24 (LHW – Liquid Hot Water) Remoção da fração hemicelulósica Vapor Saturado T P Desintegração da matriz ligninocelulósica Corrente sólida rica em celulose + outra liquida rica em açúcares da hemicelulose Pouca ou nenhum a produção de inibidores Hidrólise hemicelulose Ácidos e Bases Pré-Tratamento físico 25 25 26 26 (LHW – Liquid Hot Water) Pré-Tratamento físico 27 27 PRÉ-TRATAMENTO BIOLÓGICO Pré-Tratamento Biológico Microrganismos Enzimas Aumento das regiões terminais da celulose; Hidrólise da hemicelulose; Degradação da Lignina. Efeitos sobre Material Lignocelulósico 29 Pré-tratamento Celulose Hemicelulose Lignina Biolólógico M.O.S/Enzimas 20-30% despolimerização Acima de 80% de solubilização 40% dedeslignificação Tabela 1. Efeito do pré-tratamento biológico nos matériais lignocelulósicos. Pré-Tratamento Biológico Várias enzimas são utilizadas: Enzimas Hidrolíticas; Enzimas Oxidativas . Efeitos sobre Material Lignocelulósico 30 Enzimas Hidrolíticas Endoxilanase β-xilosidases α-arabinofuranosidase e α-glucuronidase Acetil esterasess Coquetel Enzimático 31 Pré-Tratamento Biológico Enzimas Oxidativas Lacase Manganês peroxidase Lignina peroxidase Coquetel Enzimático 32 Pré-Tratamento Biológico Vantagens Baixa exigência de consumo de energia; Pouca exigência química; Condições ambientais suaves; Produção de baixa quantidade de compostos inibidores da fermentação em relação a outros tipos de pré-tratamentos; Baixo custo; Eficiente sistema de hidrólise. Pré-Tratamento Biológico 33 ESTRATÉGIA DE PROCESSO PARA A PRODUÇÃO DE ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO Estratégia de Processo para a Produção de Etanol de Segunda Geração Hidrólise e fermentação separadas (SHF) Unidades separadas Ocorre a hidrólise e fermentação em condições ótimas Inibição das enzimas do complexos celulósicos pelos produtos finais (glicose e celobiose) Eficiência da hidrólise de 75% a 80% 35 Estratégia de Processo paraa produção de Etanol de Segunda Geração 36 Fermentação Condições de Cultivo Saccharomyces cerevisiae: Hexoses pH: baixos - 4 a 7 Alta concentração de açúcares e etanol Temperatura: 32°C Pichia stipitis: Pentoses Capacidade de fermentar xilose pH : 4 a 5.5 Temperatura : 25°C Fermentação 38 Processo Produtivo Preparo do inóculo Leveduras – 10 a 20g/L de mosto diluído Volume aumentando de meio em 1:5 ou 1:10 até volume útil Biorreator :STR Sistema descontínuo Processo Melle Boinot Fermentação 39 Controle do Processo Fatores que afetam a fermentação: Nutrição mineral e orgânica Temperatura pH Inibidores Contaminação Fermentação 40 DESTILAÇÃO Destilação Convencional Destilação convencional (azeotrópica e extrativa): Elevado gasto de energia Desidratação necessária Pressão menor que a atmosférica Uso de reagentes fósseis/tóxicos Método tradicional Adaptação de equipamentos 42 Destilação Coluna de destilação Destilação Híbrida Destilação + Pervaporação Concentração e desidratação Menor gasto de energia Uso dos processos otimizados Preconceito das biorrefinarias brasileiras Eco-friendly Destilação 43 Resíduos Gerados 44 Adubação em pastagens (vinhoto) Biogás a partir da vinhaça Biomassa para ração animal 44 Considerações Finais Considerações Finais 45 O trabalho é viável! E potencial para alcançar um resultado satisfatório na sua produção Referênicas ASSUMPÇÃO, S, M, N. Pré-Tratamento Químico Combinado do Bagaço da Cana Visando a Produção de Etanol de Segunda Geração. 2015. 99 f. Dissertação (Engenharia Química) - Universidade Federal da Bahia, Salvador – BA. Destilação Álcool. Fermentação e Destilação – Extração e Moenda. SD. Disponível em: <http://destilacaoalcool.blogspot.com.br/p/fermentacao.html>. Acesso em: maio de 2017. JUNQUEIRA, T. L. SIMULAÇÃO DE COLUNAS DE DESTILAÇÃO CONVENCIONAL, EXTRATIVA E AZEOTRÓPICA NO PROCESSO DE PRODUÇÃO DE BIOETANOL ATRAVÉS DA MODELAGEM DE NÃO EQUILÍBRIO E DA MODELAGEM DE ESTÁGIOS DE EQUILÍBRIO COM EFICIÊNCIA. Dissertação de Mestrado. Campinas – SP, 2010. Disponível em: <http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/267011/1/Junqueira%2c%20Tassia%20Lopes_M.pdf>. Acesso em: maio de 2017. LIPPEL. Secador Rotativo para Secagem de Biomassa. Disponível em: < http://www.lippel.com.br/br/categorias/energia/queimadores-e-secadores-de-biomassa/secador-rotativo/secador-rotativo-para-secagem-de-biomassa-179.html>. Acesso em: 20 mai. 2013. MORO, M, K. Pré-Tratamento da Biomassa de Cana-de-Açúcar por Extrusão com Dupla-Rosca. 2015. 119 f. Dissertação (Engenharia Química) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ. Nova Cana. Processos de fabricação do etanol. 2017. Disponível em: <https://www.novacana.com/etanol/fabricacao/>. Acesso em: maio de 2017. SANTOS, A.F. et al. POTENCIAL DA PALHA DE CANA-DE-AÇÚCAR PARA PRODUÇÃO DE ETANOL. Quim. Nova. 35(5):1004-1010. 2012. Referências 46 OBRIGADO! 47
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