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AVALIAÇÃO DO QUADRIL (TESTES ESPECIAIS)
O quadril corresponde à articulação coxofemoral que é uma articulação tipo esfera e soquete e, portanto, capaz de realizar movimentos em todos os planos, além disso, é uma articulação de carga, com estruturas ósseas e musculares muito fortes (SCHWARTSMANN et al., 2014). 
No fêmur, deve-se saber identificar a cabeça femoral, o colo e os trocânteres maior e menor, o acetábulo é formado pelo ísquio, ílio e púbis, na região periférica do acetábulo existe uma estrutura fibrocartilaginosa, em forma
semicircular, chamada labrum e que tem a função de aumentar a profundidade acetabular (DEMANGER et al., 2010).
Na semiologia do quadril, são pontos de referência anatômicos: crista ilíaca, espinhas ilíacas ântero superior e póstero-superior, trocânter maior e tuberosidade isquiática (SCHWARTSMANN et al., 2014). 
O quadril é uma região muito afetada pela presença de artrose da articulação coxofemoral, também é o local onde perpassa grupos musculares importantes na sua função de manutenção do equilíbrio e gerador de força muscular, por isso é um local propicio de encurtamentos e inflamações (HEBERT et al., 2009).
O exame do quadril e da pelve devem ser realizados em conjunto com o exame da coluna lombar e dos membros inferiores. Realiza-se a inspeção, a observação da marcha, a palpação, a mobilização articular e a aplicação dos testes especiais (O’SULLIVAN, 2004).
Segundo Maggee, 2010 os testes especiais do quadril são:
Teste de Trendelenburg
Posição do paciente: paciente em pé com apoio unipodal.
Descrição do teste: O terapeuta instrui ao paciente para ficar sobre um apoio e observa a báscula da pelve, que em caso positivo, confirma uma fraqueza muscular do grupo abdutores do quadril, principalmente do músculo glúteo médio.
Sinais e sintomas: Verifica-se a integralidade e o tônus muscular do grupo 
muscular abdutor do quadril do lado em que o paciente está sustentando o peso corporal, ou seja, quando o paciente levanta o membro inferior esquerdo, estará testando o grupo muscular abdutor do quadril do lado direito e quando levantar o membro inferior direito estará testando o grupo muscular abdutor do quadril do lado esquerdo
Teste de Thomas
Posição do paciente: deitado em decúbito dorsal e com flexão máxima de ambos os joelhos trazendo-os até o peito.
Descrição do teste: o terapeuta instrui ao paciente que solte uma perna em extensão enquanto segura firmemente uma das pernas junto ao peito. O terapeuta deverá verificar a contratura em flexão apresentada pelo paciente 
Sinais e sintomas: O paciente que possuir um encurtamento da musculatura flexora do quadril (reto femoral e íliopsoas), não conseguirá estender completamente a coxa sobre a maca, permanecendo em leve grau de flexão do joelho.
 Teste de Ober
Posição do paciente: deitado de lado e virado oposto ao examinador com os membros inferiores em extensão completa.
Descrição do teste: O terapeuta, por trás do paciente, com uma mão segurando firmemente na inserção dos abdutores do quadril na região da crista ilíaca e com a outra mão elevando o membro inferior a ser testado, mantendo o joelho flexionado a 90º, abdução da coxa de 40º e a perna em extensão máxima. O terapeuta então, deixa cair suavemente à coxa do paciente em direção a maca. Caso o terapeuta observa que a adução não está ocorrendo naturalmente, mas sim com alguma dificuldade, o teste será positivo para contratura do trato iliotibial.
Sinais e sintomas: nesse teste o paciente não sentirá nenhuma dor, apenas sentirá um leve desconforto causado pelo encurtamento muscular. O terapeuta deverá observar ou até mesmo na palpação perceber a dificuldade do membro inferior ceder e realizar a adução.
Teste de Ely
Posição do paciente: decúbito ventral com o joelho em flexão máxima.
Descrição do teste: o terapeuta irá passivamente conduzir o movimento de flexão máxima do joelho até tentar encostar o calcanhar na nádega do paciente. Caso o paciente apresente contratura da musculatura flexora do quadril (reto femoral especificamente) o mesmo irá compensar realizando uma flexão do quadril, elevando a sua pelve, na tentativa de reduzir a tração sobre o músculo reto femoral.
Sinais e sintomas: o paciente sentirá desconforto e alteração na face decorrente do estiramento da musculatura anterior.
Teste: Flexionar o joelho (em tríceps flexão) apoiando o 
pé no joelho oposto. Estabilizar a pélvis oposta. Fazer 
pressão para baixo na dobra do joelho flexionado
Teste: Flexionar o joelho (em tríceps flexão) apoiando o 
pé no joelho oposto. Estabilizar a pélvis oposta. Fazer 
pressão para baixo na dobra do joelho flexionado
Teste: Flexionar o joelho (em tríceps flexão) apoiando o 
pé no joelho oposto. Estabilizar a pélvis oposta. Fazer 
pressão para baixo na dobra do joelho flexionado
Teste: Flexionar o joelho (em tríceps flexão) apoiando o 
pé no joelho oposto. Estabilizar a pélvis oposta. Fazer 
pressão para baixo na dobra do joelho flexionado
Teste: Flexionar o joelho (em tríceps flexão) apoiando o 
pé no joelho oposto. Estabilizar a pélvis oposta. Fazer 
pressão para baixo na dobra do joelho flexionado
Teste d e P atri ck (F abe r); 
Teste de Patrick (Faber)
Posição do paciente: em decúbito dorsal, a perna a ser testada é colocada em flexão, abdução e rotação externa.
Descrição do teste: O examinador aplica uma força posterior contra a face medial do joelho. 
Sinais e sintomas: O teste é considerado positivo quando ocorre dor na virilha sugere patologia na articulação coxofemoral, se sentir dor na região posterior sugere patologia na articulação sacroilíaca. 
Teste de Gaenslen
Posição do paciente: em decúbito dorsal
Descrição do teste: O teste é executado forçando a extensão do membro inferior de um lado enquanto a pelve do lado oposto é estabilizada pelo próprio paciente que mantém o membro inferior fletido e abraçado junto ao tronco.
Sinais e sintomas: O paciente pode referir dor caso haja doença na articulação sacroilíaca.
REFERENCIAS
DEMANGE, M. K et al. Influência do ligamento da cabeça do fêmur na mecânica do quadril. Acta Ortopédica Brasileira, São Paulo, v. 15, n. 4, 2010.
HEBERT, S. et al. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
MAGEE, D.J. Avaliação musculoesquelética, 5. ed. Barueri: Manole, 2010.
O'SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 
2 ed. São Paulo: Manole, 2004.
SCHWARTSMANN, C.R et al. Association between trochanteric bursitis, osteoarthrosis and total hip arthroplasty. Rev. bras. ortop., São Paulo, v. 49, n. 3, p. 267-270, June 2014.

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