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ANEMIAS CARENCIAIS ANEMIA DEFINIÇÃO de eritrócitos e/ ou de hemoglobina situação clínica comum Anemia Carencial ferropriva: 3º estágio 1ºestágio: diminuição dos estoques 2º estágio: diminuição do transporte ANEMIA FERROPRIVA assintomático, oligossintomático, específico ou inespecífico. Em crianças: Déficit no desenvolvimento psicomotor e função congnitiva Maior suscetibilidade às infecções (imunidade celular, capacidade bactericidade dos neutrófilos) ANEMIAS CARÊNCIAIS Na faixa etária pediátrica, a carência alimentar se constitue na causa mais comum de anemia: pelo acesso irregular a alimentação balanceada, parasitoses e pelo crescimento. 3 PRINCIPAIS DEFICIÊNCIAS: ferropenia, deficiências de vit. B12 e folato. EPIDEMIOLOGIA É o problema nutricional de maior importância no mundo. Em todo o mundo é a principal causa de anemia + de 2 bilhões de pessoas no mundo(30%) (OMS) Países desenvolvidos: por medidas preventivas NO BRASIL – grave problema de saúde pública 2715 crianças(6-12meses): 65,4% com anemia ferropriva. (1) PNDS(2006): 20 a 25% de crianças entre 6 a 59 meses.(2) Faixa etária acometida – entre 3 e 11 anos Pico de detecção – entre 6 e 20 meses METABOLISMO DO FERRO 3 Compartimentos – Funcional(70%): hemoglobina, mioglobina e enzimas intracelulares que contém ferro. Reserva(30%): ferritina e hemossiderina. Transporte: transferrina Formação/destruição – regulação da absorção(turnover) A capacidade de absorção depende dos estoques Principais fontes : heme (carne), dieta, não-heme (diminuída com leite, cereais, Ca++, chás) HEPCIDINA: principal regulador da absorção de ferro. Regula a expressão da ferroportina. Hormônio, sintetizado no fígado e detectável no sangue e na urina. FERROPORTINA(macrófagos, hepatócitos e enterócitos): transferência ferro para o plasma. A ligação hepcidina+ferroportina , induz endocitose e proteólise, reduzindo a sua presença e a exportação do ferro das células, preservando os depósitos de ferro. Anemia hemolítica ou hemorragias: a reposta com na produção de eritrócitos, induz a da hepcidina e portanto disponibilidade do ferro. A deficiência de ferro induz a dos níveis de hepcidina. A sobrecarga de ferro e as doenças inflamatórias a hepcidina. ADULTO X CRIANÇA Balanço de Ferro X Eritropoiese : I - Após o nascimento : ↓do O2 da eritropoiese e temporário dos estoques de Fe II – 6 a 8 sem.- 4 meses : eritropoiese nl., nutrição(leite), estoques diminuem. (ANEMIA FISIOLÓGICA) III – 4 meses – 1ano : 3 x Peso , eritropoiese , necessidades - ANEMIA (?) Crianças pré-termo / pré-escolares e pré-adolescentes e adolescentes Adultos- 95% do turnover /Crianças-30% provém da dieta DIAGNÓSTICO CAUSAS DE DEFICIÊNCIA Pico de detecção – entre 6 e 20 meses Prematuros (VC acelerada maior consumo) Diminuição ao nascimento Crescimento Dieta inadequada Perdas sangüíneas Déficit de absorção Fases da deficiência de Fe : depleção dos estoques, do Fe circulante, de produção de Hb (anemia) Avaliação da deficiência de Ferro funcional Hemograma : Hb: ou nl VCM e CHCM: Poiloquilocitose Plaquetas: nl ou Reticulócitos (eritrócitos jovens) : nl ou pouco **( ou ) DEFINIÇÃO DE ANEMIA ( OMS ) RN Hb menor que 13,5 g/dl * 7 MESES A 6 ANOS Hb MENOR QUE 11 g/dl 6 ANOS A 12 ANOS Hb MENOR QUE 12 g/dl ACIMA DE 10 ANOS MASCULINOS Hb MENOR QUE 13 g/dl FEMININOS Hb MENOR QUE 12 g/dl * 3 A 6 MESES Hb MENOR QUE 9,5 g/dl VCM < 75. CHCM RDW: mede o índice de variação do tamanho das hemáceas. (= anisocitose) Anemia>14%. Avaliação da deficiência de Ferro circulante Fe sérico:, porém não deve ser usado no diagnóstico, por apresentar grande variação. Índice de Saturação da transferrina: <12%. Sofre influência de inflamação. Capacidade de ligação da transferrina: Receptores de transferrina: Protoporfirina eritrocitária livre: Protoporfirina eritrocitária livre: Representa a última etapa da biossíntese do heme. Ferropenia quantidade insuficiente de ferro para se ligar na protoporfirina acúmulo de protoporfirina Avaliação da Deficiência nas Reservas de Ferro Ferritina sérica: Menor de 10-12 g/L Percentil 5: 15 mg/L Hb do reticulócito:marcador precoce e sensível da deficiência de ferro. CÉLULAS EM ALVO MICROCITOSE ANISOCITOSE RESUMO TRIAGEM DIAGNÓSTICA Recomenda-se a triagem diagnóstica entre 9 a 12 meses por meio da dosagem da Hb, repetindo-se essa dosagem após seis meses, e anualmente entre 2 e 5 anos (hemoglobina < 11 mg/dL =anemia) Recomenda-se a triagem antes dos 6 meses de idade para recém nascidos prematuros e de baixo peso ao nascer. TRATAMENTO REORIENTAÇÃO DA DIETA: Aleitamento materno de forma exclusiva até 6 meses e complementado até dois anos ou mais. Contra-indicação do uso de leite de vaca integral na alimentação de crianças menores de um ano e consumo de no máximo 700 mL/dia para os maiores de um ano. Utilização de carne na alimentação complementar desde o início (70 a 100 g/dia) por ser excelente fonte de ferro de elevada biodisponibilidade. Suplementação profilática de ferro diária (até os 2 anos de idade) no lugar da semanal. TRATAMENTO DOSE DIÁRIA PRECONIZADA: 3-5 mg/kg/dia (máximo 200 mg/dia) 2 a 3x/dia – 30 min antes das refeições. por 2 a 6 meses de tratamento(2-3m após o desaparecimento da anemia) Primeira reavaliação (dosagem de hemoglobina) após 4 semanas. Manter até normalização da ferritina Falhas: sabor, alterações gastrointestinais, uso diário, vômitos. Efeitos adversos: cor preta das fezes, manchas escuras nos dentes e distúrbios gastrintestinais. TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA SULFATO FERROSO ( 1 GOTA = 1 mg de Fe elementar ) (1cp=40mg de Fe elementar) HIDRÓXIDO DE FERRO POLI MALTOSADO ( 1 GOTA = 2,5 mg ) NORIPURUM®. ULTRAFER 3 a 5 (8) mg / Kg / dia MANTER ATÉ RECUPERAÇÃO DOS ESTOQUES DE FERRO MÁXIMO 200 mg / DIA ATÉ NORMALIZAÇÃO DA FERRITINA OU DOBRO DO TEMPO DE TRATAMENTO FORMA INJETÁVEL: IM ou EV (má absorção severa, intolerância e pacientes que não cooperam) – técnica de administração em Z. TRANSFUSÃO PROFILAXIA Checar a suplementação de ferro diário da lactante, que deverá ser de 60 mg de ferro elementar até 3 meses pós-parto.(3) Na consulta pediátrica pré-natal deverá ser orientada a suplementação diária de 60mg de ferro e 5 mg de ácido fólico. Caso a gestante seja deficiente em ferro, a dose diário deverá ser 120mg de ferro.(3) ALEITAMENTO MATERNO PREVINE ANEMIAS? ABSORÇÃO DO FERRO DO LM É 49%, E DO LV É DE 10% (1)Spinelli, MGN, Marchioni DML, Souza JMP, Souza SB, Szarfarc SC, Fatores de risco para anemia em crianças de 6 a 12 meses no Brasil. RevPanamericana Salud Publica 2005; 17(2): 84-91. (2)SAÚDE, MD. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher. Brasília: Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, 2009. (3)Brasil., Saúde. Md, Saúde. SdAà, Básica. DdA. Manual Operacional. Programa Nacional de Suplementação de Ferro. In: Saúde SdAà, editor. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. p. 28. (4)SBP. Manual de orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola / Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia. São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria; 2012. p. 120 LOPEZ, Fabio Ancona.; JUNIOR, Dioclécio Campos. Tratado de Pediatria. 2.ed. Editora Manole, 2009.
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