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Protocolo de constipação

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Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
INTRODUÇÃO 
A constipação é um sintoma comum e recorrente na população em geral. As causas da constipação são variadas e 
frequentemente impactam na qualidade de vida dos pacientes, o que impulsiona a busca por ajuda profissional. Acredita-
se que seja mais prevalente em mulheres e, de maneira geral, a prevalência de constipação aumenta com a idade, 
acentuando-se em pacientes com 65 anos de idade ou mais. 
 
Apesar de geralmente se tratar de um problema de saúde autolimitado, a constipação recebe influência direta do modo 
de cuidado à saúde próprio de cada paciente. O autocuidado é reflexo das ações e comportamentos em relação à saúde 
e bem-estar, incluindo desde noções básicas de higiene à alimentação saudável, prática de atividades físicas até o uso 
de medicamentos para tratamento de sintomas e sinais que causam desconforto e impactam na qualidade de vida. O 
farmacêutico pode e deve orientar o paciente sobre a melhor forma de uso dos medicamentos, promovendo a segurança 
e reduzindo riscos da automedicação e direcionando o paciente a demais opções de tratamento, bem como 
encaminhando a outros profissionais, sempre que necessário. 
 
ACOLHIMENTO DE DEMANDA 
No acolhimento, o primeiro passo é escutar e compreender a demanda do paciente. Acolher bem inclui um local 
adequado que garanta privacidade e comodidade. Na abordagem a pacientes com constipação, o farmacêutico deve 
sempre se mostrar acessível e solidário, com linguajar prático e de fácil compreensão, transmitindo ao paciente 
naturalidade e conforto quanto ao assunto. Nesse seguimento, a atuação farmacêutica envolve a prescrição farmacêutica 
de medidas não farmacológicas e de medicamentos que não necessitam de prescrição médica, ou mesmo de 
encaminhamentos do paciente ao médico ou outros profissionais da saúde. 
 
ANAMNESE 
 
- Definição da condição: 
A anamnese da constipação deve ser minuciosa, pois trata-se de sintoma que pode ser originado de vários distúrbios 
intestinais ou extra intestinais, requerendo cuidadosa investigação da condição. Em contrapartida, vale ressaltar que 
esse sintoma é comumente caracterizado por falta de exercício, ingestão inadequada de líquidos e fibras. Geralmente, a 
constipação caracteriza-se por episódio de maior intervalo de tempo entre as defecações ou sensação de defecação 
incompleta, geralmente acompanhadas de aumento da consistência e calibre das fezes, dor ao evacuar, medo de 
evacuar e retenção fecal. 
 
Por meio dos dados coletados na entrevista clínica, o farmacêutico deverá tomar a decisão se irá tratar a queixa ou 
encaminhar o paciente a outros profissionais para investigação. Reconhecer o problema de saúde autolimitado e os 
critérios de alerta para encaminhamento devem ser o objetivo inicial da anamnese farmacêutica. 
 
- Entrevista clínica semiestruturada: 
Na entrevista clínica, as seguintes perguntas fechadas devem ser feitas: 
 
• Quando foi a sua última evacuação? 
• Há quanto tempo está constipado? 
• Teve alguma mudança recente na alimentação? 
• Percebeu diarreia alternada com constipação? 
• Como está a aparência das fezes? (cor, presença de sangue, muco, consistência, calibre) 
• Observou dor abdominal? 
• Perdeu peso recentemente? 
• Utiliza algum medicamento continuo? Ou fez algum rastreamento recente? 
• Que medicamentos você já toma ou tomou para constipação? Funcionou? 
 
- Sinais e sintomas característicos de episódio de constipação: 
• Esforço ao evacuar 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
• Fezes endurecidas ou em pequenas quantidades 
• Dor ao evacuar 
• Redução da frequência de defecação normal para o individuo 
• Desconforto e inchaço abdominal 
• Irritabilidade 
• Dor de cabeça 
• Letargia 
• Falta de apetite 
• Diarreia paradoxal e incontinência 
• Necessidades de ingerir laxantes 
 
De acordo com os critérios de Roma IV, a constipação crônica se dá quando os sinais e sintomas persistem por 3 meses 
consecutivos ou em intervalos completando 3 meses em um período de avaliação mínimo de 6 meses e se enquadra nas 
características abaixo: 
 
QUADRO 1- Critério de Roma IV 
1- Deve incluir dois ou mais dos seguintes itens: 
Esforço durante mais de 25% das defecações Fezes fragmentadas ou fezes rígidas em mais de 
25% das defecações 
Sensação de evacuação incompleta em mais de 
25% das defecações 
Sensação de obstrução / bloqueio anorretal em 
mais de 25% das defecações 
Manobra manual para facilitar mais de 25% das 
defecações (por exemplo, evacuação digital, 
suporte do assoalho pélvico) 
Menos de três movimentos intestinais 
espontâneos por semana 
2- As fezes soltas, raramente estão presentes sem o uso de laxantes 
3- Não há critérios suficientes para IBS 
 
Embora pacientes com constipação funcional possam ter dor abdominal e/ou inchaço, estes não são os sintomas 
predominantes. Ressalta-se também que o diagnóstico de constipação crônica é médico, entretanto podem servir como 
sinais de alerta para o farmacêutico realizar o encaminhamento. 
 
As características descritas no quadro abaixo devem ser avaliadas, uma vez que possuem associações com condições 
mais graves. 
 
QUADRO 2 – Características de anormalidade associadas a condições mais graves 
CARACTERÍSTICAS ASSOCIAÇÃO POSSÍVEL 
Constipação alternada com diarreia Carcinoma de cólon ou doença diverticular 
Fezes claras e esfareladas Obstrução hepatobiliar 
Fezes finas Carcinoma de cólon 
Fezes que aumentam com alimentos ricos em 
fibras 
Constipação induzida por dieta 
Sangue Colite ulcerativa,carcinoma de cólon 
Muco Colite ulcerativa 
Perda de peso Carcinoma de cólon 
FONTE: O autor (2018) 
 
As possíveis causas destas condições são as seguintes: 
 
Condições orgânicas: gestação, hemorroidas, diabetes mellitus, carcinoma, síndrome do cólon irritável, esquizofrenia, 
doença de Parkinson, anorexia, esclerose múltipla, hérnia de disco, hipotireoidismo e insuficiência renal crônica; doença 
intestinal (ex. diverticulite); hipocalemia. 
 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
Outras Causas: fatores psicológicos, sedentarismo, insuficiente ingestão de fibras e água, mudança repentina de hábitos, 
negligência ao reflexo gastrocólico, dieta com excesso de carboidratos, envelhecimento, alterações fisiológicas; mudança 
repentina de hábitos (ex. viagens); transição alimentar (dieta líquida à solida); envelhecimento. 
 
Uso de medicamentos: analgésicos opioides, anti-histamínicos, antiespasmódicos, antidepressivos, anticolinérgicos, 
antipsicóticos, anticonvulsivantes, anti-hipertensivos, antiácidos com alumínio, benzodiazepínicos, bloqueadores dos 
canais de cálcio, diuréticos, suplementos de ferro, suplementos de cálcio. 
 
PLANO DE CUIDADO 
A abordagem inicial da constipação consiste na educação do paciente, reforçando a necessidade de mudanças na dieta. 
Após as medidas não farmacológicas, o uso de laxantes formadores de massa são opções de escolha e, posteriormente, 
o uso de laxantes ou enemas não formadores de massa. 
 
O tratamento farmacológico deve ser escolhido ainda considerando eficácia, a segurança, a conveniência, os custos e a 
resposta clínica observada. Na Figura 1 está representada as opções terapêuticas em ordem de prioridade, ou seja, a 
primeira linha de tratamento para a constipação é a educação do paciente, associada a dieta rica em fibras, hidratação e 
atividade física. 
 
FIGURA 1 - Opções terapêuticas para o tratamento da constipação 
 
Fonte: adaptado de Uptodate 2017; JBM, 2013. 
 
Tratamento não farmacológico 
 
§ Aumentar o consumo de fibras solúveis e insolúveis (20 a 25 gramas / dia) – consultar Quadro 3 
§ Aumentar a ingestão de líquidos 
§ Adotar um hábito intestinal/rotina para defecar (a motilidade do cólon é maior pela manhã e após as refeições) 
§ Realizar exercícios físicos, principalmenteaeróbicos 
§ Obedecer ao reflexo gastrocólico 
§ Adequar a postura durante o ato de evacuar. 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
QUADRO 3 – Quantidade de fibras em cada porção de alimentos 
ALIMENTO PORÇÃO GRAMAS DE FIBRA 
Maça com casca 1maça média 4.4 
Banana 1 banana média 3.1 
Laranjas 1 laranja 3.1 
Ameixas 1 xicara 12.4 
Vagem 1 copo 4.0 
Cenoura ½ xicara de fatias 2.3 
Ervilhas 1 copo 8.8 
Batata (assada com casca) 1 batata média 3.8 
Pepino com casca 1 pepino 1.5 
Alface 1 xicara de pedaços 0.5 
Tomate 1 tomate médio 1.5 
Espinafre 1 copo 0,7 
Feijão cozido 1 copo 13.9 
Aveia cozida 1 copo 4.0 
Pao integral 1 fatia 1,9 
Amêndoas ½ xicara 8.7 
Fonte: Uptodate, 2017 
 
 
Tratamento Farmacológico 
 
Quadro 4- Laxantes para tratamento de episódio de constipação. 
LAXANTES FORMADORES DE MASSA 
Psyllium (Konsyl; 
Metamucil; Perdiem) 
Tempo para surtir 
efeito: 12 -72 horas 
Até 1 colher de sopa 
(≅3,5 g de fibra) 3x/dia. 
Metilcelulose (Citrucel) 
Tempo para surtir 
efeito: 12 -72 horas 
Até 1 colher (≅2 g de 
fibra) ou 4 caps. (500 mg 
de fibra cada) 3x/dia. 
Polycarbonofil de cálcio 
(FiberCon; Fiber-Lax; 
Mitrolan) 
Tempo para surtir efeito: 
24 -48 horas 
2 a 4 abas (500 mg de 
fibra por lâmina) por dia 
Dextrina de trigo 
(Benefiber) 
Tempo para surtir efeito: 
24 -48 horas 
1 a 3 cáps. (1 g de fibra 
cada) ou 2 colheres de chá 
(1,5 g de fibra cada) até 3 
x/dia. 
Contraindicações 
Crianças com idade inferior a 6 anos. Doenças inflamatórias do sistema 
gastrointestinal. Obstrução intestinal. Impactação fecal. Pacientes com mobilidade 
comprometida 
Outras informações 
importantes 
Devem ser utilizados com grande ingestão de líquidos. Este tipo de laxante é um 
reeducador intestinal, não agride o intestino e não causa desequilíbrio eletrolítico. 
Adequado para idosos, gestantes, lactantes, pacientes com síndrome do cólon 
irritável ou hemorroidas 
Reações adversas 
Consumir grandes quantidades de fibras podem causar inchaço abdominal ou gás; 
isso pode ser minimizado, começando com uma pequena quantidade e 
aumentando lentamente até as fezes se tornarem mais macias e mais frequentes. 
LAXANTES EMOLIENTES 
Docusato de sódio 
Tempo para surtir efeito: 24 -72 horas 
100 mg 2 vezes por dia 
 
Docusato de cálcio 
Tempo para surtir efeito: 24 -72 horas 
240 mg 1 vez por dia 
Contraindicações Crianças com idade inferior a 2 anos. 
Outras informações 
importantes 
Adequado para gestantes, pacientes pós-cirúrgico, pacientes com hérnia, 
problemas cardíacos, hemorroidas ou impactação fecal. 
Reações adversas Relatos de dermatite de contato. Embora esses agentes tenham poucos efeitos 
colaterais, eles são menos efetivos que outros laxantes 
 
LAXANTES LUBRIFICANTES 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
Óleo mineral 
Tempo para surtir efeito: 6 - 8 horas (via oral) e 5 -15 min (via retal). Com o estômago vazio, 2 horas antes de 
refeição. Adultos: 5 a 45 mL. Crianças maiores de 6 anos: 5 a 20 mL. 
Contraindicações 
Crianças com idade inferior a 6 anos. Insuficiência hepática. Gestantes. apendicite; 
criança menor de 6 anos; desidratação; dor ou dificuldade para engolir; durante a 
gravidez (uso repetido); idoso acamado; impactação fecal; obstrução intestinal; 
perfuração intestinal; sangramento retal não diagnosticado. 
Outras informações 
importantes 
Permanecer de pé por 30 a 60 minutos após o uso oral devido ao risco de 
aspiração do óleo. Adequado para pacientes pós-cirúrgico, pacientes com hérnia, 
hipertensão, problemas cardíacos, hemorroidas ou impactação fecal. Pode diminuir 
a ação de: anticoagulante oral; anticoncepcional oral; digitálico; suplemento de 
potássio; diurético poupador de potássio; vitamina lipossolúvel (A, D, E e K). 
Reações adversas Diarreia; náusea; vômito; irritação, desconforto e/ou coceira em torno do ânus; distensão abdominal; gases; cólica; inflamação no reto. 
LAXANTES OSMÓTICOS 
Fármaco Sais: Fármaco Açúcares: 
 Sulfato de 
magnésio 
1 a 2 
colheres de 
chá 
dissolvidas 
em 240 mL 
de água 1x/ 
dia 
Citrato 
de 
magnési
o 
200 mL 
(11,6 
gramas) 
1 vez por 
dia 
Glicerina 
01 
supositório 
por reto por 
15 minutos 1 
x/dia 
Lactulose 
10 a 20 g 
(15 a 30 
mL) 1x ou 
3x/dia 
Sorbitol 
30 g (120 
ml de 
solução a 
25%) 1 x/ 
dia 
Polietilenoglicol 
(PEG) 
8,5 a 34 g em 
líquidos de 240 
mL. 
Tempo para surtir efeito: 0,5 -3 horas 
 
Tempo para 
surtir efeito: 
15 a 60 min 
Tempo para surtir efeito: 
24 a 48 h 
Tempo para 
surtir efeito: 1 a 
4 dias 
Contraindicações 
Crianças com idade inferior a 2 anos. Pacientes com insuficiência renal. Pacientes 
com insuficiência cardíaca. Pacientes diabéticos (açúcares). 
Outras informações 
importantes 
Devem ser utilizados com grande ingestão de líquidos. Indicados quando há 
necessidade de evacuação rápida para realização de exames ou devido à 
intoxicação. 
Reações adversas Lactulose e sorbitol podem produzir gás e inchaço 
LAXANTES ESTIMULANTES / IRRITATIVOS 
Picossulfato 
de sódio 
 
Bisacodil 
Tempo para surtir efeito:6 a 10 h 
10 a 30 mg 1x/dia ou 
Tempo para surtir efeito: 15 a 60 
min 
Supositório de 10 mg por reto 
1x/dia 
 
Cáscara 
sagrada 
 
Sene (Cassia angustifolia) 
Tempo para surtir efeito: 6 a 
12h 
2 a 4 abas (8,6 mg 
sennosides por aba) ou 1 a 2 
abas (15 mg sennosides por 
aba) como uma única dose 
diária ou divididas duas 
vezes por dia 
 
Ácido ricinoleico 
(Óleo de rícino) 
 
Contraindicações Crianças com idade < 6 anos. Gestantes. Lactantes. Pacientes com hemorroidas 
Outras informações 
importantes 
Tempo para surtir efeito: 6 - 12 horas 
(via oral) 15 - 60 min (via retal). 
A ingestão diária contínua desses agentes pode estar associada a hipocalemia, 
enteropatia com perda proteica e sobrecarga de sal. Assim, essas drogas devem 
ser usadas com cautela, se utilizadas cronicamente 
Reações adversas Irritação gástrica; irritação retal, náusea, diarreia, inchaço, distensão abdominal. 
Fonte: Copilados das referências utilizadas e citadas no final do documento. 
Os Laxantes estão disponíveis por via oral ou como supositórios ou enemas (via retal). Em geral, os supositórios e os 
enemas funcionam mais rapidamente em comparação com as pílulas, mas muitas pessoas não gostam de usá-los. Em 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
geral recomenda-se enemas se não houver resposta a outros tratamentos, não sendo recomendados em casos de 
cardiopatias e nefropatas. 
 
ENCAMINHAMENTO 
Nas situações descritas abaixo, o paciente deverá ser encaminhado ao médico: 
 
§ Alteração no hábito intestinal com 2 semanas ou mais de duração 
§ Presença de dor abdominal, náuseas e vômitos 
§ Sangue nas fezes 
§ Pacientes que tenham feito colostomia ou ileostomia 
§ Pacientes com idade inferior a 2 anos 
§ Medicação tarjada prescrita e suspeita de causar os sintomas 
§ Falha no tratamento com medicamentos isentos de prescrição 
 
METAS TERAPÊUTICAS 
Quando se trata de problemas de saúde autolimitados, o foco do tratamento é aliviar a queixa. O alívio da dor deve ser 
sempre um objetivo inicial e em sequência o manejo dos sintomas até viabilizar o desempenho das atividades de rotina 
dos pacientes. 
 
AVALIAÇÃO DE RESULTADOS 
O farmacêutico deve avaliar os desfechos clínicos e percepção do paciente quanto ao alívio da queixa, bem como 
atentar para o cumprimento das metas terapêuticas, sempre investigando: 
• Monitoramento das condutas anteriormente acordadas com o paciente 
• Verificar adesão ao tratamento proposto, farmacológico ou não 
• Reavaliação dos sinais/sintomas do paciente e busca ativa de alertas para encaminhamento 
• Sempre atentar parafalhas na adesão ao tratamento 
• Identificação precoce de problemas relacionados à segurança. Pacientes que apresentam eventos adversos 
devem ser encaminhados a outro profissional de saúde para uma possível suspensão do medicamento 
 
 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
REFERÊNCIAS 
 
Singh G, Lingala V, Wang H, et al. Use of health care resources and cost of care for adults with constipation. Clin Gastroenterol 
Hepatol 2007;5(9):1053–8. 
American Pharmacists Association. OTC Advisor Self-Care for Gastrointestinal Disorders. Monograph 2. APhA; 2010. 
Bharucha AE, Dorn SD, Lembo A, Pressman A. American Gastroenterological Association Medical Position Statement on Constipation. 
Gastroenterology v. 144, 2013. 
Blenkinsopp, A.; Paxton, P. Symptons in the pharmacy. A Guide to the management of common illness. 2ª ed: Blackwell Science; 
1995. 
Encabo, B.; Fernández, J.; Gaminde, M.; Gurrutxaga, A.; Rodríguez, E.; Sakona, L.; Samperio, M. Estreñimiento. Protocolos de 
atención farmacêutica. Farmacia Profesional, v. 18, n. 4, 2004. 
Finkel, R.; Pray, S. Guia de Dispensação de Produtos Terapêuticos que não Exigem Prescrição. 2ª ed: Artmed; 2007 
Nathan, A. FastTrack - Managing Symptoms in the Pharmacy. Pharmaceutical Press; 2008. 
UpToDate. Constipation in the older adult. Disponível em: http://www.uptodate.com/contents/constipation-in-the-older-
adult?source=search_result&search=constipation&selectedTitle=3~150. 
UpToDate. Prevention and treatment of acute constipation in infants and children. Disponível em: 
http://www.uptodate.com/contents/prevention-and-treatment-of-acute-constipation-in-infants-and-
children?source=search_result&search=constipation&selectedTitle=2~150. 
 
	
Cuidado Farmacêutico no SUS – Capacitação em Serviço 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Realização: 
 
Coordenação Geral: 
GT de Saúde Pública – Conselho Federal de Farmácia 
Concepção Pedagógica: 
Cassyano Januário Correr 
Thais Teles de Souza 
Walleri Christini Torelli Reis 
Coordenação Pedagógica: 
Thais Teles de Souza 
Walleri Christini Torelli Reis 
Tutoria: 
Alcindo de Souza Reis Junior 
Aline de Fátima Bonetti 
Bruna Aline de Queirós Bagatim 
Cínthia Caldas Rios Soares 
Fernanda Coelho Vilela 
Fernando Henrique Oliveira de Almeida 
Inajara Rotta 
Livia Amaral Alonso Lopes 
Natália Fracaro Lombardi 
Wallace Entringer Bottacin

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