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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 40ª Vara Cível da Comarca de Curitiba-PR Processo nº... LEONARDO, nacionalidade, estado civil , profissão, portador da carteira de identidade nº ..., inscrito no CPF/MF sob o nº ..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliado a rua ..., bairro ..., CEP ..., Curitiba – PR, por meio desta representado por seus advogados vem interpor, RECURSO DE APELAÇÃO Em face de GUSTAVO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº ..., inscrito no CPF/MF sob o nº ..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliado a rua ..., bairro ..., CEP ..., Curitiba – PR, Com base nos artigos 1009 e seguintes do CPC/15, requerendo, na oportunidade, que os recorridos sejam intimados para, caso queiram, ofereçam as contrarrazões e, continuamente, que os autos, com as razões anexas, sejam remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Paraná para os fins de mister. Termos em que, Pede o deferimento. Curitiba/ data Advogado/OAB Apelante: Leonardo Apelado: Gustavo Origem: 40ª Vara Civil – Comarca de Curitiba EGRÉGIO TRIBUNAL, COLENDA CÂMARA, Eméritos Desembargadores, I-Preliminarmente Nobres julgadores, a sentença, ora apelada, proferida pelo a quo, trouxe matéria não trazida pela parte apelada ferindo o preceito da restrição da sentença aos limites do pedindo, trazidos pelo CPC/15 nos artigos 141 e 492: II-BREVE HISTÓRICO Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho. Segundo relato do autor, o animal que estava desamarrado dentro do quintal de Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em consequência do ocorrido, Gustavo alegou ter gastado R$3 mil em atendimento hospitalar e R$2 mil em medicamentos. Gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais emitidos pelo hospital em que Gustavo fora atendido, entretanto este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter-se aquecido de pega-los na farmácia. Leonardo, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que ante a falta de comprovantes, não poderia ser computada na indenização o valor gasto com medicamentos. Houve audiência de instrução e julgamento na qual as testemunhas ou vidas declaram que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo. O juiz da 40º vara cível de Curitiba proferiu sentença condenado Leonardo a indenizar Gustavo pelos danos materiais no valor de R$5 mil, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o autor alegara ter gastado com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$6 mil. A sentença foi publicada e após uma semana, Leonardo, não se conformado com a sentença, procurou advogado. III-RAZÕES DA REFORMA Fez-se provada através de testemunhas, em fazer de instrução, o nexo de causalidade entre a conduta do agente e o ocorrido. Onde pesa contra este o fato de estar atirando pedras no animal, fazendo-se, assim, comprovando a culpa do apelado conforme dita o artigo 936 do C.C. O apelado em inicial pede ressarcimento da importância de R$2000,00 (Dois mil reais) por questão dos gastos com remédios, não comprovados no curso do processo. Dano material não se presume, se incumbe quem alegou prová-lo conforme artigo 373 do CPC. IV-DOS PEDIDOS a) Requer deferimento da nulidade da sentença extra petita, prolatada pelo juízo ad quo; b) Se, da não declaração da nulidade, que seja devolvida ao MM Juízo para correção do erro na sentença a fim de que seja proferida outra; c) Reforma do nexo de causalidade reconhecendo a culpa da do autor, ora apelado; d) Não reconhecimento do valor de R$2.000,00(Dois mil reais) referentes, segundo o autor, a gastos com medicamentos, não comprovados no curso do processo. Termos em que, Pede o deferimento. Curitiba, data Advogado/OAB
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