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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – ICH
CURSO DE PSICOLOGIA
CRISTIANE MAGALHÃES DE CARVALHO – RA: B947II-9
MIÚCHA MATIAS DA COSTA – RA: T395585
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
BAURU
2019
UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS – ICH
CURSO DE PSICOLOGIA
CRISTIANE MAGALHÃES DE CARVALHO – RA: B947II-9
MIÚCHA MATIAS DA COSTA – RA: T395585
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: CICLO VITAL
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
 Trabalho realizado para a disciplina de 
 Psicologia do Desenvolvimento: Ciclo Vital
 referente a APS do 10º semestre de 2019
 sob a orientação da Profª Dra. Rafaela Schiavo 
 
BAURU
2019
INTRODUÇÃO
O presente trabalho refere-se ao desenvolvimento infantil, especificamente em relação a aspecto físico, perceptual, cognitivo, linguagem, personalidade, família e social do caso estudado.	 
 É objetivo deste trabalho compreender a situação problema apresentada através de pesquisa bibliográfica, articulando pesquisa e teoria.	
 Está organizado em nove tópicos que apresentam as teorias de autores respeito do	 dos fenômenos do desenvolvimento da criança.	
 A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, a fim de auxiliar o entendimento do que se encontra por trás de cada comportamento, bem como esclarecer como cada um ocorre e porque ocorrem.
 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO	
 Desenvolvimento esperado (segunda e terceira infância):
Dos dois aos quatro anos de idade:
Físico: Curva de crescimento se estabiliza, corre facilmente entre os dois e três anos, equilibra-se em apenas um dos pés aos 3 anos, caminha nas pontas dos pés entre os 3 e quatro anos, anda de triciclo entre 3 e 4 anos, é necessário gordura na dieta para maturação do cérebro, primeira ida ao dentista.
Cognitivo: Utiliza símbolos e esquemas figurativos, egocentrismo, animismo e centração, estágio da fala egocêntrica, conhece 600 palavras aos dois anos e meio.
Socioemocional: Apresenta identidade de gênero aos dois anos, inicia-se o estágio de Iniciativa vs. Culpa de Erikson, alcança estabilidade de gênero aos quatro anos, brincar cooperativo aos três anos, prefere parceiros do mesmo sexo para brincar, experiência modifica o temperamento.
Dos quatro aos seis anos de idade:	
Físico: Salta e pula em pés alternados, escreve e desenha figuras, caminha sobre barra de 2 polegadas aos 4 anos, chuta e pega bola, enfileira contas de um colar, bate bola com taco, visão periférica se desenvolve
Cognitivo: princípio da fala crença, logica transdutiva, conhece 15 mil palavras aos 6 anos, explosão gramatical, consciência fonológica, escores de QI se estabilizam, habilidades de metamemoria aparecem.
Socioemocional: Possui constância de gênero, tem amizades estáveis, selfie categórico baseado em características físicas e habilidades, tem percepção de pessoa, corresponde ao estágio de realismo de Piaget.
 Dos seis aos nove anos de idade:		
Físico: Usa tesouras e outras ferramentas, anda de bicicleta, desenvolve atenção seletiva, desenvolve orientação seletiva, obtém orientação direito-esquerdo relativa aos 8 anos, possui percepção e cognição espacial, adrenarca.
Cognitivo: Percebe a conservação de números, líquidos e massa, tem bom raciocínio indutivo e fraco raciocínio dedutivo, melhora a eficiência da memória de trabalho, alcança o estágio de discurso interno de Vygotsky, está no estágio operatório- concreto de Piaget.
Socioemocional: Estágio de diligencia versus inferioridade de Erikson, estagio de empatia pelo sentimento dos outros de Hoffman, segregação de gênero rígida nos ambientes sociais com regras informais para violação de limites, relativismo moral de Piaget aos 8 anos, surgimento dos Cinco Grandes traços de personalidade, meninos e meninas interagem de maneira diferente com parceiros de mesmo sexo.
 O desenvolvimento cognitivo segundo Vygotsky:	
 Lev Semenovitch Vygotsky (1896 – 1934), foi um psicólogo, proponente da Psicologia cultural-histórica. Pensador importante em sua área e época, foi pioneiro no conceito de que o desenvolvimento intelectual das crianças ocorre em função das interações sociais e condições de vida.	
 Vygotsky afirmava que os seres humanos aprendem na medida em que interagem com outros. O conhecimento, acreditava ele, deriva-se da cultura humana.	 O pensamento é determinado pelas pressuposições sociais e históricas daqueles que povoam o mundo da criança. Vygotsky não ignorava inteiramente as contribuições da natureza, ou predisposições biológicas, e acreditava que antes de as crianças desenvolverem a fala, a maior parte de suas respostas derivam-se de dados básicos, biológicos. Especificamente, a criança se desenvolve cognitivamente, à medida que se comunica com as figuras significativas com quem tem contato. O conhecimento que é compartilhado pelas pessoas no mundo da criança - conhecimento a respeito de como falar, resolver problemas, lembrar, ou prestar atenção - é transmitido à criança que está ativamente buscando esse conhecimento. 
 Para Vygotsky, o desenvolvimento poderia ser descrito por meio da palavra russa obuchnie, que significa ensinar e aprender; as crianças se desenvolvem e são desenvolvidas.	 
 Vygotsky acreditava que a distância entre esses dois níveis de funcionamento, que ele chamava de zona de desenvolvimento próximo, era a área dentro da qual a aprendizagem da criança se realiza. O nível real de funcionamento da criança é descrito pelos processos mentais que ele ou ela já pode regular, pelas situações em que ele ou ela pode agir de maneira independente e autônoma. 	
 O nível potencial de desenvolvimento dessa mesma criança é descrito pelas funções psicológicas que ele ou ela está começando a dominar. Neste nível de funcionamento potencial, a criança ainda precisa da ajuda de alguém. A zona de desenvolvimento próximo representa a área entre os níveis real e potencial de funcionamento, uma área de prontidão e sensibilidade. Quando um adulto faz exigências à criança, exigências um pouco além da capacidade da criança - talvez perguntando questões investigadoras ou problemas intrigantes - a criança tem que "se esticar" mentalmente para resolver ou fazer sentido do problema.	 
 A criança ativamente luta pela solução e eventualmente internaliza o caminho para a solução. Obviamente se o adulto torna tarefa fácil demais ou difícil demais, a criança não luta pela solução e não faz progresso. Uma criança ficará excitada se a professora lhe der problemas de adição ou subtração que estão bem na fronteira de sua compreensão, mas ficará decepcionada se os problemas forem simples demais ou avançados demais.	
 Muitas crianças no período da segunda infância, podem sofrer dificuldades em dormirem sozinhas e é papel importante dos pais ou cuidadores, participar desse processo de forma consciente e construtiva, pois este fator está diretamente ligado com a forma em que os adultos lidam com este tipo de situação. Muitas vezes é um processo cansativo e requer medidas mais firmes dos pais/cuidadores, afim de que mostre a criança que existe um espaço a ser respeitado e que ela também estará segura e confortável dormindo em seu próprio quarto. Neste caso podemos destacar a teoria comportamental do desenvolvimento chamado Condicionamento Operante de Skinner.	
Condicionamento Operante de Skinner	
 Burrhus Frederic Skinner (1953– 1980) foi um autor e psicólogo norte- americano. Ele acreditava que teríamos algo como mente, mas que estudar comportamentos observáveis ao invés de eventos mentais seria mais produtivo. Para ele, a melhor maneira de compreender um comportamento seria a de olhar para as causas e consequências do mesmo, situação essa a qual foi denominada de condicionamento operante.	 
 Skinner identificou três tipos de respostas ou operantes que podem ocorrer após um comportamento:	
• Operantes neutros: Respostas do ambiente que não aumentam e nem diminuem a probabilidade de um comportamento se repetir.	
• Reforçadores: Respostas do ambiente que aumentam a probabilidade do comportamento se repetir, eles podem se apresentar como positivo, onde algo é acrescentado ou negativo, onde o estímulo aversivo é retirado.	
• Punidores: Respostas do ambiente que diminuem a probabilidade do comportamento continuar ocorrendo, também podem se apresentar como positivo, onde algo é acrescentado ou negativo, onde algo é retirado.
Egocentrismo segundo Jean Piaget
 Jean William Fritz Piaget (1896 - 1980) foi um biólogo, psicólogo e epistemólogo suíço, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX. 	
 Defendeu uma abordagem interdisciplinar para a investigação epistemológica e fundou a Epistemologia Genética, teoria do conhecimento com base no estudo da gênese psicológica do pensamento humano. Piaget em sua pesquisa dividiu os comportamentos em quatro estágios:
 • 1º estágio: Sensório-motor (0 a 2 anos)	
 • 2º estágio: Pré-operatório (2 a 6 anos)	
 • 3º estágio: Operatório Concreto (7 a 11 ou 12 anos)	
 • 4º estágio: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)	
 No Estagio Pré-operatório, ocorre o egocentrismo que é uma característica das crianças pequenas (entre 2 a 6 anos) onde elas possuem a incapacidade de considerar o ponto de vista de outra pessoa. As crianças dessa fase têm tendência a pensar que cada um dos seus sentidos, motivos ou explicações é também o das outras pessoas. Acreditam, portanto, que tais sentimentos e motivos podem ser perfeitamente compreendidos por todos.	
 O pensamento egocêntrico caracteriza-se por suas centrações, ou seja, em vez de adaptar-se objetivamente a realidade, ele se modela segundo o ponto de vista da pessoa que o produz deformando as relações existentes entre os fatos, em como suas características essenciais.	
 A criança tem noção total egocêntrica, todo mundo vive em função dele e quer a explicação de tudo e dificilmente aceita mudanças.	
 Observa-se que nessa fase as crianças começam a frequentar a pré-escola e é esperado que agora ela já esteja apta para experimentar o convívio com outras crianças de sua idade.	
 Segundo Piaget, a criança da terceira infância se encontra no Estagio Operatório-Concreto desenvolvendo um bom raciocínio onde, por exemplo, na escola ela desenvolve um bom raciocínio indutivo e fraco raciocínio dedutivo.	
 Isso pode influenciar em seu desempenho, visto que a criança começa a lidar com conceitos como os números e relações. É caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos. Neste momento, egocentrismo passa a ser menos visível nas crianças. Isso quer dizer que a linguagem se torna mais socializada e a criança será capaz de levar em conta o ponto de vista do outro. Dessa forma, objetos e pessoas passam a ser mais bem explorados nas interações das crianças. Inicia-se sua capacidade de estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vistas diferentes e de cooperar com os outros.
 Embora a criança consiga raciocinar de forma coerente, tanto os esquemas conceituais como as ações executadas mentalmente se referem, nesta fase, a objetos ou situações passíveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta. Isso quer dizer que a capacidade de reflexão aperfeiçoa-se, mas sempre baseada em situações concretas e lógicas: para ocorrer a compreensão, são necessárias comparações do que é aprendido com o que já é conhecido ou está sendo fisicamente visualizado. A criança só consegue pensar corretamente em materiais que pode visualizar e experimentar, pois ainda não consegue pensar abstratamente.	
 
A Teoria Psicossocial do Desenvolvimento por Erikson
 Erik Erikson (1902 - 1994) foi um psicanalista responsável pelo desenvolvimento da Teoria do Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia e um dos teóricos da Psicologia do desenvolvimento.	
 Para Erikson o crescimento psicológico ocorre através de estágios e fases, não ocorre ao acaso e depende da interação da criança com o meio que a rodeia. Sugerindo que em cada estágio o ego passa por uma crise e cada crise, a personalidade vai se reestruturando e se reformulando de acordo com as experiências vividas, enquanto o ego vai se adaptando a seus sucessos e fracassos.
 Pode ser dividida em:	
• Confiança Básica x Desconfiança Básica (até 1 ano de idade)	
• Autonomia x Vergonha e Dúvida (dos 2 aos 3 anos)
 • Iniciativa x Culpa (dos 4 aos 5 anos)
 • Construtividade x Inferioridade (dos 6 aos 11 anos)
 • Identidade x Confusão de Papeis (dos 12 aos 18 anos)
 • Intimidade x Isolamento (jovem adulto)	
 • Produtividade x Estagnação (meia idade)
 • Integridade x Desesperança (velhice)
Dos dois aos três anos passa a ter controle sobre suas necessidades fisiológicas e higiene pessoal. Ganha autonomia, confiança e liberdade para explorar novas coisas. Porém se caso a criança for criticada ela desenvolverá vergonha quanto suas capacidades de “se virar sozinha” e sente-se que não pode ser dependente.	
 Nota-se nas crianças de 4 a 5 anos a curiosidade quanto as diferenças sexuais, papéis da mulher e do homem no ambiente familiar e ao mundo que a cerca. Caso essa curiosidade for reprimida/castigada, ela pode desenvolver sentimento de culpa resultando na diminuição da iniciativa e vontade de conhecer e aprender coisas novas.	
 Dos 6 aos 11, espera-se que neste período a criança se encontre em ambiente escolar e esteja no convívio de outras pessoas fora do núcleo familiar. Isso exige da criança maior sociabilização, trabalho em equipe e cooperatividade. Caso tenha dificuldades em exercer tais funções, as outras crianças irão critica-la, criando um sentimento de interiorização e prejudicando fortemente sua noção de construtividade.
Filhos únicos
 Os filhos únicos podem ser conhecidos como mimados, egoístas, solitários ou desajustados, porém pode ocorrer que os filhos únicos tenham um desempenho ligeiramente melhor que a crianças com irmãos. Eles tendem a ser mais motivados para realizações e ter a autoestima ligeiramente mais alta; e não diferem em ajustamento emocional, sociabilidade ou popularidade. 	
 De acordo com a teoria evolucionista, os pais que têm tempo e recursos limitados ao seu dispor focalizam mais atenção nos filhos únicos, falam mais coisas com eles, e esperam mais deles do que os pais com mais de um filho.
O divórcio como fator traumático
 Alguns fatores podem ser traumáticos para as crianças em seu desenvolvimento. No caso do divórcio é importante observar que alguns dos efeitos negativos se devem a fatores que estavam presentes antes, tais como temperamento difícil da criança e o conflito conjugal excessivo.	
 Os grandes fatores relacionados a divorcio são conflito parental, pobreza, rupturas na rotina diária. Nos primeiros anos depois do divórcio, as crianças costumam apresentar declínios no desempenho escolar e um comportamento mais agressivo, intransigente, negativo ou deprimido.	
 Como regra geral esses efeitos negativos são mais pronunciados nos meninos do que nas meninas. Estudos constataram que os efeitos do divórcio são mais severos quando os pais se divorciam durante a segunda infância, resultando em mais problemas na fase da meninice (9 aos 12 anos).	
 É importante que os pais, nesse estágio, se atentemao desenvolvimento dos valores morais e que dialoguem sobre eles. Acompanhem o desenvolvimento escolar fornecendo elogios quando merecido; dialoguem respeitosamente sobre o dia a dia da criança visando a detectar seus conflitos afim de que auxiliem as crianças na construção da segurança e da confiança em si mesmos.
SITUAÇÃO PROBLEMA E REFLEXÃO
 “Salomão e Romana vão à sua procura para tentar resolver um problema prático com seu filho Salim que tem atualmente 8 anos. O casal resolveu se separar e busca uma orientação sobre o filho, pois têm dúvidas se ele conseguirá aceitar esse momento.	
 Os pais contam que aos três anos Salim, sempre que possível buscava dormir na cama com eles. Para isso ele insistia muito, com suplícios e soluços. Após 3 ou 4 noites, os pais cediam, pois acabavam com pena da criança. Quando não cediam, ele dormia no próprio quarto, mas ao longo da madrugada, Salim mudava-se para a cama dos pais, entre os dois e os mesmos, muito sonolentos, nadafaziam.
 Aos 5 anos ele começou a frequentar a escola. Todos os dias selecionava quem ia busca-lo: ora a mãe, ora o pai. E se caso os pais trocavam na hora de pegá- lo, ele armava uma gritaria na porta da escola e não queria ir embora para casa enquanto a pessoa desejada não chegasse. As professoras e a direção da escola achavam tudo muito estranho, pois no dia-a-dia das atividades ele se saia muito bem.		
 O casal sempre deu todos os presentes que o filho solicitava. Agora com a separação sabem que o padrão econômico de vida de ambos irá ser reduzido pela metade e com isso estão preocupados em não poder atender todas as necessidades do filho. E há uma grande probabilidade de Salomão ser transferido de cidade, sendo essa uma das principais razões da separação, pois Romana não quer abandonar os pais a quem dedica boa parte do seu tempo, mesmo estes não tendo nenhum problema.	
 Atualmente, Salim está no 3º ano do ensino fundamental, mas a coordenação da escola já comunicou que se ele não se dedicar mais, provavelmente será retido, já que no ano anterior foi aprovado pelo conselho de classe que considerou as dificuldades dos pais na sua educação. Vem apresentando problemas em matemática (não consegue compreender multiplicação e divisão) e em português troca letras e na escrita troca “p com q” e “b com d”. Quando vai ler algo em sala gagueja e troca também algumas letras.	
 Possui alguns amigos, mas nas brincadeiras é ele quem sempre determina as regras. Quando alguma criança propõe algo diferente, ele afirma que essa não é a forma correta, que deve ser outro jogo e ele não quer.” 	
 Com base nas pesquisas que fizemos os pais de Salim incoerentemente tiveram algumas atitudes que resultaram no garoto fazendo assim ele ter algumas características não apropriadas para a idade dele.	
 Utilizando do pensamento em que filhos únicos tendem a ser tratados de maneira diferenciada, levamos a crer que os pais não medem esforços para dar à criança tudo que ela quer e muitas vezes coisas que não precisa. Isso resulta em uma certa acomodação pela parte da criança fazendo com que ela tenha plena consciência que mesmo aos gritos e birras, os pais estarão sempre dispostos a prover. Vemos que Salim sempre conseguia o que queria através de sua insistência. 
 No caso dele nunca dormir sozinho, sempre fazendo com que os pais o permitissem escolher onde iria dormir. O mesmo pensamento foi válido ao considerar que era ele quem escolhia quem o iria buscar na escola. Em contrapartida os pais de Salim nada faziam, muitas vezes por receio e por falta de instrumentos e conhecimentos, deixaram com que este tipo de comportamento se estendesse de forma recorrente dos 3 aos 8 anos de idade do garoto.
 Isso torna o fator divorcio mais complicado pois vemos que os pais também não saberiam lidar com a resposta do filho sobre o assunto.	
 Uma criança aos 8 anos, como ele, pode apresentar uma grande tristeza com a separação dos pais, pela dificuldade de compreensão e pela perda dos referenciais, e com essa separação pode piorar mais ainda seu rendimento, principalmente escolar (como ele já vem apresentando), seu temperamento e em seu relacionamento e adaptações sociais.	
 Ao nos aprofundarmos no caso do divórcio, vimos que os efeitos negativos podem estar relacionados anteriormente a outros fatores como conflito conjugal dos pais; é necessário que se tenha uma atenção maior aos motivos do divórcio e como os pais lidam com isso individualmente, evitando assim que a criança passe na mesma intensidade por este momento delicado na vida de um casal.
Com base nas teorias analisadas e na situação do problema, Salim demonstra ser uma criança superativa e pode estar passando pelo transtorno de conduta, que na infância pode causar vulnerabilidade, resultando em um temperamento difícil, explosivo e o fazendo uma criança impulsiva. O seu baixo rendimento escolar também pode estar associado a esse transtorno, que são dificuldades na aprendizagem e em relacionamentos com os pais, os colegas, ou pessoas próximas, trazendo limitações.	
 É certo de que para uma melhora da situação citada, os pais têm um papel importante e ativo na vida de Salim, reconhecendo seus erros e sempre buscando estratégias claras que beneficiem não somente a eles, mas no desenvolvimento da criança, nessa fase tão importante, que é a infância de seu filho.
CONCLUSÃO
Neste trabalho foi abordado o caso de Salim, de oito anos, que apresentava, segundo seus pais, problemas comportamentais.	
 Através da pesquisa científica dos fenômenos do desenvolvimento da criança e da reflexão sobre uma situação problema, constata-se que Salim pode vir a ter um transtorno de conduta, situação essa que tem a possibilidade de se estender por toda a sua vida. 	
 Em casos como esse, tanto a família quanto a escola contêm papéis de grande importância na identificação e diferenciação destes comportamentos, além do apoio ao longo do tratamento.	
 Ao realizar a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso, pude compreender de forma mais profunda as teorias de estudiosos da temática de desenvolvimento infantil, bem como desenvolver de uma forma mais ampla as competências de investigação.
REFERÊNCIA
ALMEIDA, José R. S. A Teoria Do Desenvolvimento Psicossocial De Erik Erikson. Web Artigos. Disponível em: <http://www.webartigos.com/artigos/a-teoria-do-desenvolvimento-psicossocial-de-erik-erikson/8668/>	. Acesso em: abr. 
2018.
BEE, H.; BOYD, D. A Criança em Crescimento. Porto Alegre: Artmed, 2011.
BIAGGIO, A.M.B. Psicologia do Desenvolvimento. Petrópolis: Vozes. 2011.
ERIK ERIKSON. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Erik_Erikson&oldid=51848823>. Acesso em: 19 abr. 2018.	
JEAN PIAGET. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Jean_Piaget&oldid=51988481>. Acesso em: 4 mai. 2018.	
LEV VYGOTSKY. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lev_Vygotsky&oldid=51992023>. Acesso em: 5 mai. 2018.	
MCLEOD, Saul. Skinner Operant Conditioning. Manchester, 2015. Disponível em: <www.simplypsychology.org/operant-conditioning.html>. Acesso em 26 abr. 2018.
SAMPAIO, Angelo Augusto Silva. Skinner: sobre ciência e comportamento humano. Psicol. cienc. prof.,  Brasília ,  v. 25, n. 3, p. 370-383, set.  2005. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932005000300004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 26 abr. 2018.
PAPALIA, D. E.; FELDMAN, R. D. Desenvolvimento Humano. Porto Alegre: AMGH, 2013.

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