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Psicologo juridico nas praticas de adoção

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Direito Turma 22 Noite
Professora: Amanda de Oliveira F. Medeiros
Alunos: Daiane de Melo Santos
Myllena Araujo Paes Leme
Emilly Galvão da Silva
Alisson Sales
Antonia Clety Silva
Ana Lucia Lino Lima
Lucas Oliveira Maia
PSICOLOGIA JURIDICA 
O Psicologo Juridico nos processos de adoção
Sobral-Ce., Maio de 2019
SUMARIO
Introdução
Objetivo
Metodologia
Discussão
Adoção
4.1.2 Conceito de adoção
4.2 Tipos de adoção adotadas no Brasil
4.3 Requisitos para a adoção
4.4 Relação do processo de adoção com a Psicologia
4.5 Homoafetividade, adoção e a Psicologia
4.6 Como o psicólogo pode contribuir nos processos de adoção
4.7 Importância do Psicólogo no processo de adoção
5. Método	
5.1 Entrevista nº1 (mãe adotiva do Manoel)
5.2 Entrevista nº 2 (Psicóloga)
5.3 entrevista nº3 (pais adotivos)
6. Resultado e discussão
7. Considerações finais
8. Referências
INTRODUÇÃO
Este artigo busca demonstrar a importância da atuação do Psicólogo nos processos de adoção. A adoção é uma forma de devolver a criança ou ao adolescente a oportunidade de se desenvolver em um ambiente de convivência família. É um procedimento pelo qual uma criança é levada para dentro de uma família da qual seus pais biológicos não fazem parte, proporcionando o que lhes é de direito: uma família e a afetividade presente em seu interior. 
O psicólogo é de extrema importância em todo o processo, pois é ele quem irá nortear o magistrado quanto a sua decisão trazendo uma realidade do comportamento dos envolvidos, realidade emocional dos futuros pais, suas reais intenções com a adoção e o preparo desses em desenvolverem a complicada tarefa de educar. O juiz baseará sua sentença nos laudos da equipe multidisciplinar, na qual o psicólogo está inserido. Assim como leva proteção ao adotado e à família que o recebe. 
OBJETIVO
O principal objetivo do artigo é mostrar a importância do atendimento do psicológico para pais e crianças no processo de adoção, e como a partir das suas técnicas minimizam o numero de erros, visto que este é um processo que envolve a mudança de vidas . 
E os objetivos específicos são os seguintes: mostrar o que é a adoção, os tipos de adoção que são adotados no Brasil, a relação que há no processo de adoção com a Psicologia, a sua importância do atendimento e acompanhamento do psicólogo para os pais, crianças e magistério, como ocorre o processo dentro do ambiente familiar;
METODOLOGIA
Utilizamos como método a pesquisa bibliográfica de artigos, livros, teses publicados e produzidos nessa área. 
Foi realizado também um trabalho de campo, através de estudo de casos específicos, com entrevista de famílias que já passaram ou estão passando por processo de adoção, bem como entrevista com uma psicóloga com perguntas relacionadas ao assunto, ambos registrados através de vídeo.
4 DISCUSSÃO
4.1 ADOÇÃO 
Antes de adentrarmos na figura do psicólogo na adoção, precisamos esclarecer o que é adoção, tipos existentes, requisitos. 
4.1.1CONCEITO DE ADOÇÃO
Primeiramente é necessário esclarecer o significado da palavra adoção. Derivada do latim adoptione, possui como significado: escolher, adotar. Segundo Ferreira (1999, p. 54) a adoção é “ação ou efeito de adotar; aceitação voluntaria e legal de uma criança como filho”. 
No Brasil não se encontra uma definição legal para o conceito de adoção, no entanto, há conceitos doutrinários acerca:
Maria Helena Diniz (2011, p.21) leciona que: “A adoção é o ato jurídico solene pelo qual, observados os requisitos legais, alguém estabelece, independentemente de qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim, um vínculo fictício de filiação, trazendo para sua família, na condição de filho, pessoa que, geralmente, lhe é estranho”. PONTES DE MIRANDA, “adoção é o ato solene pelo qual se cria entre o adotante e o adotado relação fictícia de paternidade e filiação” . CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA, por seu turno, a conceitua como “o ato jurídico pelo qual uma pessoa recebe outra como filho, independentemente de existir entre elas qualquer relação de parentesco consanguíneo ou afim” 
A adoção partir da Constituição de 1988, a adoção passou a constituir-se por ato complexo e a exigir sentença judicial, prevendo-a expressamente o art. 47 do Estatuto da Criança e do Adolescente e o art. 1.619 do Código Civil de 2002, com a redação dada pela Lei n. 12.010, de 3-8-2009. O art. 227, § 5º, da Carta Magna, ao determinar que “a adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de estrangeiros”, demonstra que a matéria refoge dos contornos de simples apreciação juscivilista, passando a ser matéria de interesse geral, de ordem pública.
4.2 TIPOS DE ADOÇÃO ADOTADOS NO BRASIL
Conjunta : O artigo 42, §2º da lei 8.069/90 elucida que “Para adoção conjunta é indispensável que os adotantes sejam casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilidade da família”, redação dada pela lei nº 12.010, de 2009. 
Unilateral Prevista no artigo 41, §1º da lei 8.069/90, a adoção unilateral trata-se da possibilidade de o cônjuge ou companheiro adotar o filho do outro, sem que a mãe ou o pai sejam destituídos do poder familiar. Elucida Dias (2007, p. 432) que existem três possibilidades de adoção unilateral que são quando o filho é reconhecido por apenas um dos pais e a ele compete a autorização para a adoção pelo parceiro; quando o filho é reconhecido por ambos os genitores, sendo que quando um deles concorda com a adoção decai ele do poder familiar; e no caso de falecimento do pai ou mãe biológica em que o órfão poderá ser adotado pelo cônjuge ou companheiro do genitor sobrevivente
 “À brasileira” Embora seja uma prática ilícita prevista no artigo 242 do Código Penal, a adoção à brasileira consiste na prática de alguém registrar como seu o filho de outrem. Ressalta Silva Filho (2011, p.115) que: Podem os “pais adotivos” ser penalmente responsabilizados, já que o art. 242 do CP reputa como crime “dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil”, cominando pena de reclusão, de dois a seis anos. É verdade que, de acordo com o parágrafo único do mesmo dispositivo, “se o crime é praticado por motivo de reconhecida nobreza”, a pena passa a ser de detenção, de um a dois anos, podendo o magistrado deixar de aplica-la.
Intuitu Personae A adoção Intuitu Personae, também conhecida por adoção consensual, é uma modalidade de adoção em que os pais dão consentimento para a adoção em relação a determinada pessoa, estando presentes os demais pressupostos para adoção, segundo Madaleno (2011, p. 627). Bordallo (2010, p. 251) elucida que este tipo de adoção permite a intervenção dos pais biológicos na escolha da família substitutiva, ou seja, ocorre a escolha em um momento anterior à chegada do pedido de adoção ao conhecimento do Poder Judiciário.
4.3 REQUISITOS PARA ADOÇÃO 
A adoção é regulamentada legalmente pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, de 13 de julho de 1990, no Capítulo III, Seção III, Subseção IV, artigos 39 a 52; e pelo Código Civil, de 10 de janeiro de 2002, no Capítulo IV, Subtítulo II, Título I, nos artigos 1.618 a 1.629. A Lei 12.010, de 2009, revogou os artigos 1620 a 1629 do Código Civil de 2002.
Assim, de acordo com as legislações supracitadas, passaram a ser necessários os preenchimentos de alguns requisitos, tais como: 
a) O adotante deve ser maior de 18 anos (de acordo com o disposto no artigo 1.618, fazendo com que o artigo 42, caput, do Estatuto da Criança e do Adolescente fique tacitamente revogado);
 b) Que a diferença de idade entre adotante e adotado seja de, no mínimo, dezesseis anos (o que dispõe o artigo 1.619 do CC de 2002 e artigo 42, § 1°, do Estatuto da Criança e do Adolescente). Ressaltando que se for casal, basta que apenas um deles tenha mais de 16 anos de diferença do adotado. 
c) Que haja consentimentodos representantes legais ou dos pais do adotando (artigo 45 do Estatuto da Criança e do Adolescente). 
De acordo com o § 1° deste artigo, será dispensado o consentimento em relação às crianças e adolescentes cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do poder familiar. Já o § 2° dispõe que se o adotado for maior de 12 anos, será necessário também o seu consentimento.
 O Estatuto da Criança e do Adolescente é bastante claro ao estabelecer condição de filho ao adotado, dando-lhe o direito de sucessão e desligando-o dos vínculos com os parentes biológicos (vide artigo 41 do Estatuto da Criança e do Adolescente).
O artigo 42 do Estatuto da Criança e do Adolescente traz uma ressalva de suma importância, já que permite que o maior de dezoito anos possa adotar, independentemente de seu estado civil. 
Há uma preocupação da adaptação do adotando com a família dos adotantes. Tanto o é, que o Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe, em seu artigo 46, um estágio de convivência.
 É garantido ao adotado o direito de conhecer sua família biológica, sendo permitido a ele o acesso ao processo de adoção após completar dezoito anos, conforme disposto no artigo 48 da referida Lei. 
Os pais naturais não mais irão restabelecer o poder familiar em relação ao adotado, mesmo com a morte dos pais adotantes, conforme disposto no artigo 50 da já mencionada Lei.
Após o processo de adoção ser deferido não pode mais ser revogado, a legislação brasileira diz que a adoção é para sempre, e não se pode voltar atrás, mas pode acontecer de se necessário a perca do poder familiar, caso aconteça algum fator que venha prejudicar o adotado, bem como pode ocorrer com quaisquer pais naturais ou não. Pode ser adotada qualquer criança com menos de 18 anos ou até maiores de 18 desde que tenha assistência do poder público, no caso da adoção acontecer o adotado passa a ter alteração no seu sobrenome que vem a ser a do adotante. Para que haja adoção conjunta é necessário de que sejam casados, ou mantenha-se em relação estável comprovada civilmente a união (BRASIL, 1990). 
A pessoa que pretende adotar deve comparecer ao fórum da sua cidade ou região munida de documentos necessários a adoção (identidade, CPF, requerimento conforme modelo; estudo social elaborado por um técnico do juizado da Infância e da juventude do local de residência dos pretendentes; certidão de antecedentes criminais; certidão negativa de distribuição cível; atestado de sanidade física e mental e comprovante de residência) (BRASIL, 1990). Quando toda a documentação for comprovada o candidato à adoção passará por uma entrevista, psicólogos e assistentes sociais farão esse trabalho de investigar as reais condições do candidato.
 A entrevista tem como finalidade investigar se todas as intenções de adoção são legitimas e se o candidato possui condições físicas, financeira, psicológica e morais para adotar. 
Após a verificação de todos esses requisitos e a criança ou adolescente escolhido, passa então pelo período da convivência. O período de convivência serve para adaptação do adotado e do adotante e é acompanhado por assistentes sociais e só após a aprovação é que o juiz libera a adoção definitiva (BRASIL, 1990)
4.4 RELAÇÃO DO PROCESSO DE ADOÇÃO COM A PSICOLOGIA
São diferentes os focos no que concernem os conceitos de adoção no Direito e na Psicologia, uma vez que para a psicologia a adoção trata-se de uma relação marcada por laços afetivos, é nesse sentido que Santos, Raspantini, Silva e Escrivão (2003, p.2) nos ensinam que “a adoção se fundamenta na premissa de que a integração a uma nova família possibilita à criança reconstruir sua identidade a partir do estabelecimento de novas configurações parentais”, possibilitando para tanto o “estabelecimento de relações parentais entre pessoas que não estão ligadas por vínculos biológicos diretos” segundo Levinzon (2006, p.25). 
A adoção é um dos mais importantes processos na área da infância e da juventude, uma vez que visa à colocação da criança ou adolescente em um lar diferente do que já está adaptado, este por sua vez é de forma definitiva e irrevogável. É necessário, então, que se tenha conhecimento da lei, bem como a compreensão do desenvolvimento emocional do ser humano a partir do início de sua vida, além de experiência no estudo social de cada caso, é o que esclarece Mota (2000, p. 136). É por isso que os adotantes devem distinguir o que os levam a querer adotar, buscando uma melhor elaboração psicológica, pois há diferentes motivos que levam uma pessoa a querer adotar, o que pode repercutir diretamente no relacionamento com o adotado, é o que nos ensina Levinzon (2006, p. 25).
Mas ressalte-se que o psicólogo jurídico auxilia em todo o processo, inclusive na decisão do magistério.
4.5 HOMOAFETIVIDADE, ADOÇÃO E A PSICOLOGIA
Durante muito tempo a família foi constituída por união civil e religiosa entre homens e mulheres, tendo como objetivo principal a procriação. Em virtude das formas de desenvolvimento e organização da sociedade, houve modificação na formação da família, que não mais precisa ser unicamente constituída através da instituição do casamento. Sendo assim, o conceito de família se ampliou, possibilitando novas formas de configurações familiares.
Quanto as uniões homoafetivas, não assumem caráter de novidade na sociedade e, mesmo assim, as pessoas pertencentes a esse grupo são vítimas de discriminação em todos os aspectos, pela maioria da sociedade, incluindo também a justiça, que muitas vezes se omite não garantindo seus direitos, como acontece no caso da adoção.
A adoção por homossexual, individualmente, tem sido admitida, mediante cuidadoso estudo psicossocial por equipe interdisciplinar que possa identificar na relação o melhor interesse do adotando. Decidiu a propósito o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: “A afirmação de homossexualidade do adotante, preferência individual constitucionalmente garantida, não pode servir de empecilho a adoção de menor, se não demonstrada ou provada qualquer manifestação ofensiva ao decoro e capaz de deformar o caráter do adotado, por mestre a cuja atuação é também entregue a formação moral e cultural de muitos outros jovens” .
 A Lei Nacional da Adoção não prevê a adoção por casais homossexuais porque a união estável só é permitida entre homem e mulher (CC, art. 1.723; CF, art. 226, § 3º). V., a propósito, o Capítulo IX, item 1.1, Diversidade de sexos, retro. Não obstante, eminentes doutrinadores têm colocado em evidência, com absoluta correção, como reconhece o Min. Celso de Mello em voto proferido no Supremo Tribunal Federal, a necessidade de atribuir verdadeiro estatuto de cidadania às uniões estáveis homoafetivas;
De acordo com Futino e Martins (2006), a orientação sexual dos candidatos a adoção não se enquadra como requisito investigado nas avaliações psicológicas e não deve se constituir em vantagem ou desvantagem para se alcançar a mesma. A avaliação psicológica para os casos de adoção envolve várias técnicas, dentre elas: entrevistas, testes psicométricos, projetivos, hora do jogo diagnóstica e instrumentos lúdicos. As autoras esclarecem que ao longo do processo o que mais importa é o desejo e a necessidade do estabelecimento de novos laços pela criança;
Apesar de existirem poucas pesquisas referentes ao processo de socialização e desenvolvimento emocional e cognitivo das crianças adotadas por casais homoafetivos, a maioria da sociedade insiste em estigmatizar essas crianças, afirmando que apresentarão problemas em sua socialização. Poderão sim apresentar esse problema, não por conviverem com pais homo afetivos, mas por estarem em uma sociedade excludente e com visão estereotipada em relação ao assunto. Vale ressaltar a importância que é atribuída a uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, que se apresenta como um desacordo aos preconceitos vigentes, pois de acordo com Kevin (apud RIOS, 2001, p. 142) obteve resultados os quais apontam que “o desenvolvimento individual e a integração das crianças na sua comunidade não apresentoudiferenças significativas de dificuldades relevantes advindas da criação por pais homoafetivos”.
Futino e Martins (2006) aportam informações sobre as pesquisas realizadas por González (2005) e Tarnovski (2002) com crianças criadas por casais homo afetivos, em que os resultados obtidos mostram semelhanças em nível de desenvolvimento social e cognitivo esperado por crianças criadas por casais heterossexuais. 
Deve-se ponderar que, casais homoafetivos não são nem mais qualificados nem menos para cuidar de uma criança, o que importa é o respeito, a responsabilidade, harmonia e o amor existente nessa família. O fato de possuir duas mães ou dois pais não representa uma tendência a homoafetividade para a criança, pois se fosse assim, os filhos de pais e mães solteiras teriam sua orientação sexual direcionada a homoafetividade, em virtude da ausência de uma das figuras. Não existe, dessa forma, um determinismo psíquico, pois cada ser humano é único.
É importante ressaltar que a adoção homoafetiva é legalmente possível, haja visto que a família substituta deve estar inserida nos requisitos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, o qual não exige uma orientação sexual específica aos casais candidatos a adoção. 
E diante de todo o exposto, que vale ressaltar a carência e a importância de estudos na área da Psicologia em relação ao assunto, e que este estudo possa incentivar alguns profissionais na realização de novas pesquisas e a refletir sobre a atuação enquanto agente de mudança. Estudos psicológicos concluíram que a orientação sexual em nada influencia a qualidade da parentalidade. O que deve ser ponderado é seu grau de motivação em criar, oferecer amor, atenção, ambiente saudável, um lar e tudo que for necessário a uma criança que muitas vezes foi negligenciada, abandonada.
Não resta dúvida que a realidade social caminha para a aceitação da relação homoafetiva, e consequentemente o código civil também se adequa, e a adoção por casais homoafetivos se tornará cada vez mais comum, portanto faz-se necessário o preparo das equipes profissionais de psicologia, para o atendimento dessas famílias, pois será uma a orientação, auxilio dos profissionais será uma condição importante para o sucesso da adoção e para a prevenção do seu fracasso;
4.6 COMO O PSICOLÓGO PODE CONTRIBUIR NOS PROCESSOS DE ADOÇÃO 
 O atendimento psicológico feito no âmbito da justiça é realizado através da colaboração no planejamento e execução de políticas de cidadania, direitos humanos e prevenção da violência. Repassa os dados obtidos para a justiça e para os indivíduos envolvidos que precisam dessa intervenção. Também fornece ajuda a processos judiciais, revisão e interpretação de leis como nos casos de aceitação de lares adotivos, posse e guarda de crianças, através da aplicação de métodos e técnicas psicológicas (CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA 9ª REGIÃO GO, 2015 ).
Através de estudos feitos por Rech, De marco e Silva (2018) é confirmado que a atuação de um psicólogo transforma a realidade do processo de adoção pois oportuniza um espaço para escuta e suporte aos dois lados envolvidos e isso auxiliar a todos no novo processo de vida familiar . 
De acordo com Rech, Demarco e Silva (2018), o papel do psicólogo é influente 
tanto antes, durante e depois do processo de adoção. Quanto ao antes, o psicólogo realiza entrevistas com o interessado em adotar para dar um suporte quanto a dúvidas, questionamentos, medos e expectativas. No de curso do processo o psicólogo faz a chamada entrevista preliminar , onde é realizado um estudo psicossocio pedagógico. Junto a um assistente social, o psicólogo avalia se o ambiente familiar é adequado para a chegada da criança, se há benefícios naquela adoção para o adotando, e se existe alguma preparação dos interessados e se esses mostram-se compatíveis com adoção. Ou seja, essa é a parte mais importante na qual a atuação do psicólogo contribui. Outro momento em que temos a presença do psicólogo é no tempo de convivência entre a criança e os adotantes . O atendimento psicológico nessa etapa é fundamental, pois ajuda os adotantes na melhoria para um ambiente mais adequado e ajuda a criança em se adaptar a algo desconhecido. Após a conclusão do processo de adoção é recomendado que se continue com atendimento psicológico, possivelmente, vinda do mesmo psicólogo que esteve presente durante todo o processo . 
 
Conforme Alvarenga e Bittencourt, após a conclusão do processo de adoção o psicólogo tem como papel realizar orientações que facilitem a adaptação entre criança e nova família. Desta forma podemos apontar para a ideia de que o psicólogo deve fazer ate atendimentos e orientações desde o início até a consolidação de uma doção congruente para os dois lados envolvidos. (2013 apud, RECH; DEMARCO; SILVA, 2018, p12)
A avaliação dos candidatos é obrigatória pela legislação e isso faz com que os candidatos associem o psicólogo a figura do juiz ou da instancias capaz de solucionar seus males. É natural que o pretendente a adoção deixe de ser natural e espontâneo e passe a discursar em função de ser valorizado em um parecer judicial. Por isso a importância dos testes psicológicos que facilitam à expressão verdadeira dos pretendentes a adoção (DUTRA, 2005).
Por tudo que foi dito fica claro que dentre as funções do Psicólogo no processo de adoção destaca-se, fazer pericias, entrevistas, laudos, avaliações entre outros, dentre as avaliações com os pretendentes a adoção, nesta entrevista o psicólogo busca descobrir qual o real motivo para desejo da adoção, suas condições emocionais, sociais e financeiras. Como também históricos familiares e também do relacionamento do casal. Bem como sua preferencia por idade, sexo e raça das crianças a serem adotada pelos pretendentes. Aqui o psicólogo pode utilizar testes já que estes facilitam com que os entrevistados se soltem e se expressem melhor. Além do suporte fornecido aos pretendentes, juízes o psicólogo também atua dando suporte emocional a criança ou adolescente. Estes por sua vez realizam atendimentos e orientações, visando facilitar a adaptação entre a criança e a família.
Portanto, Além do suporte fornecido aos pretendentes, também auxilia na decisão que será proferida pelo magistério;
4.7 IMPORTANCIA DO PSICOLOGO NO PROCESSO DE ADOÇÃO
É sabido que em um processo de adoção envolve um encontro de 2 (duas) partes que na maioria das vezes vivenciaram situações de sofrimento (geralmente por infertilidade de um lado, e abandono, falta de cuidados, de amor do outro), em virtude disso o acompanhamento especializado dessa família já se faz necessário.
E o psicólogo, utilizando de suas técnicas poderá compreender a situação dos adotantes e adotados em cada caso concreto compreendê-los e auxiliá-los, antes, durante e após o processo de adoção.
Além disso, quando o psicólogo atua em sintonia com juízes e promotores, o sistema judiciário fica, por via de consequência, muito bem estruturado e pronto para resolver os problemas vividos pela sociedade. Dessa forma, o psicólogo jurídico pode ajudar a nortear o juiz e os promotores sobre a realidade emocional dos futuros pais, suas reais intenções com a adoção e o preparo desses em desenvolverem a delicada tarefa de educar.
Segundo Eloy (2007), a psicologia jurídica se manifesta como uma ponte entre a psicologia e o direito, assim ela faz relação entre os conhecimentos e estuda o comportamento do ser humano e as relações das pessoas com a justiça. 
A função desses profissionais na área jurídica é assessorar os Magistrados nas decisões judiciárias, fazendo leituras, apresentando laudos, valendo-se de varias técnicas como entrevistas individuais ou em casal bem como entrevistas com as crianças com a utilização daforma lúdica possibilitando analise da verdade nas praticas judiciais (ELOY, 2007).
Neste contexto, uma das formas de assessorar as decisões judiciais é através da perícia psicológica que é utilizada nas praticas judiciarias como forma de se chegar à verdade, com isso houve a necessidade dos psicólogos de se adequarem a essas praticas, de forma que seus métodos e suas técnicas tornassem compatíveis com essa nova área de atuação (ELOY, 2012).
Assim, o psicólogo jurídico pode utilizar de seus conhecimentos e coloca-los a serviço do juiz, o mesmo então vai julgar e avaliar os aspectos relevantes que serão utilizados em algumas ações, com o conhecimento da realidade psicológica dos envolvidos nessas ações assessorando o seu julgamento da melhor forma possível. 
Muitas vezes, cabe ao psicólogo jurídico à confecção de laudos, pareceres e relatórios que possam assessorar os procedimentos jurídicos, principalmente o juiz. Entretanto os psicólogos não tem poder de decisão, mas realizam avaliações psicológicas e dão pareceres em questões jurídicas. Dai a importância de seu trabalho (ELOY, 2012).
Por tudo que foi dito, a psicologia jurídica de forma geral e abrangente se faz necessário focar em um papel de grande importância social, o papel do psicólogo em adoções, identificando seus processos e como ele trabalha em cada um desses. Como também o estudo do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) a fim de entender os direitos e deveres tanto do adotante quanto do adotando.
A psicologia cada vez mais importante vem exercendo um papel fundamental aproximando os seres humanos e facilitando o processo de adoção. E isso vem se tornando cada vez mais presente na vida das pessoas favorecendo a construção de uma sociedade mais humanizada;
Diante da discussão acima, devido caráter irrevogável da adoção, o psicólogo assume uma função de elevado valor no contexto do processo de adoção, por ser um dos grandes responsáveis em evitar fracassos, arrependimentos e decisões que podem gerar marcas na personalidade ou problemas psicológicos para adotantes e adotados e também vai nortear o juiz e os promotores sobre a realidade emocional dos futuros pais, suas reais intenções com a adoção e o preparo desses em desenvolverem a complicada tarefa de educar. O juiz baseará sua sentença em cima dos laudos da equipe multidisciplinar, na qual o psicólogo está inserido.
METODO
O presente estudo foi realizado com método a pesquisa bibliográfica de artigos, livros, teses publicados e produzidos nessa área, bem como uma pesquisa de campo, através de estudo de casos específicos de famílias que já passaram ou estão passando por processo de adoção, relato da psicóloga e assistente social, que foram filmadas durante a entrevista. As entrevistas foram realizadas na cidade de Varjota com famílias que lá residem, e no local de trabalho da Psicóloga (CRAS da cidade). Participaram 2 (duas) famílias, 1 (uma) psicóloga e 1 (uma) Assistente Social. Foram feitas diversas perguntas dentro do tema abordado neste artigo. As duas famílias passaram por processo de adoção de criança, e as profissionais (Psicóloga e Assistente Social) fazem acompanhamento de casos na cidade onde foi feita a pesquisa
O instrumento adotado para a pesquisa foi uma entrevista estruturada, composta por perguntas relacionadas ao tema do presente artigo, visando analisar os motivos que levaram ou levam pais a decidirem pelo processo de adoção. As questões diziam respeito a temas como: motivação para a parentalidade, expectativas em relação ao processo de seleção, que tipo de informações recebeu, de quem partiu a ideia, quando resolveram se candidatar a pais adotivos, existência de preferência por algum tipo de criança, adoção de uma criança diferente do modelo idealizado, receios em relação à adoção, concepções acerca da adoção não legalizada, busca de aconselhamento psicológico durante o processo.
À priori foi feito um contato com os pais e profissionais, para que fosse marcado um dia e horário para a efetivação da pesquisa. E após datas marcadas foi feito a entrevista devidamente registrada através de vídeo;
 As entrevistas foram feitas individualmente com os pais, sendo que, à medida em que eles respondiam as questões. Os resultados são fornecidos a seguir.
5.1 A primeira entrevista foi realizada pela acadêmica de Direito Daiane de Melo Santos, que entrevistou a Sra. Maisa (mãe adotiva do Manoel, de 3 (três anos de idade):
Questionamento: Quais foram os motivos que lhe levaram a decisão de adotar uma criança? E esse processo como foi?
Em resposta: O motivo foi por não poder ter filhos biológicos, não poder ter de jeito nenhum. Então, já tinha vontade e através de pessoas que tinham conhecimento do meu desejo me procuraram e fui atrás. Soube que havia uma pessoa gravida, e a essa mãe biológica não queria, uma pessoa me avisou que ela queria doar a criança, e fui atrás dela que me disse que me daria. Dei entrada na ação com o juiz, eu peguei ele quando nasceu, ainda no hospital e dei entrada com declaração de concordância da mãe de dar criança a partir dai veio os outros procedimentos.
Questionamento: Você passou por algum processo de tratamento psicológico, você precisou de alguma coisa nesse sentido para poder adotar?
Sim, fiz exames de sangue, passei por psiquiatra, recebi o laudo de sanidade mental, eu e meu esposo.
Questionamento: sua família lhe deu apoio na hora de fazer esse processo.
 Em resposta: Totalmente, não só espiritual, como financeiramente. Tive o total apoio da minha família.
Questionamento: Você pretende adotar uma outra criança? Ou pretende ficar só com o Manoel?
Em resposta:: Pretendo, acho que daqui uns três anos, quando realmente finalizar o processo de adoção dele, eu vou pensar de adotar.
Questionamento: Você já conhecia outras famílias que tinham feito esse processo de adoção, que já tinha adotado uma criança.
Em resposta: Não, não sabia de nada, eu apenas queria a criança independentemente do que acontecesse.
Questionamento: O que foi que mudou na vida de vocês, na vida do casal depois de adotar.
Em resposta: Mudou muita coisa, parei de trabalhar, pois tinha que cuidar dele. E as outras coisas boas, a casa fica naquela alegria, a harmonia da casa mudou totalmente.
Questionamento: Você aceitaria os pais biológicos ter contato com a criança?
Em resposta: Não, eu poderia até aceitar se fosse um acaso como já aconteceu de eu me encontrar com ela, avó materna biológica, mas eu evitaria.
Questionamento: Quando você foi adotar a criança, você conhecia o histórico da família? Dos pais biológicos, se o histórico era de álcool, alguma coisa nesse sentido.. que lhe impediria de adotar. 
Em resposta: Não, não sabia de nada. Meu objetivo era único e exclusivamente ele. Independente das coisas, eu queria a criança. E mesmo que tivesse, eu não levaria em consideração de jeito nenhum.
Questionamento: Você acha que os exames que você fez, o laudo que você recebeu do psicólogo, tudo isso você acha que é valido no processo de adoção? Você acha que é necessário para os pais ao fazer esse processo passar por esse processo de exame para saber se realmente eles tem um estado psicológico normal para adotar.
Em resposta: Com certeza é importante. Pois é importante saber se os pais adotivos estão aptos a cuidar de uma criança. 
Questionamento: Você acha que o amor de uma criança, já que você tem essa experiência, já esta com ele há 3 anos na sua casa, convivendo como mãe, você acha que a questão de ser adotado diminui ou aumenta o amor que você sente?
Em resposta: Eu acho que aumenta, aumenta muito mais. Pela necessidade que ele tinha, pelo que ele vive hoje e pelo que ele viveria com a família biológica ai isso só aumenta mais ainda. O amor é maior ainda que fosse meu biológico. 
Questionamento: O seu processo de adoção já terminou? Teve audiência com a mãe biológica?
Em resposta: Não, Estamos só esperando o Ministério Publico e o juiz para assinar. Teve, sim. E ela abriu mão totalmente.
5.2 A segunda entrevista foi realizadapelo acadêmico de Direito Antonio Sales, que entrevistou a Sra. Nayara Fontenele (Psicóloga)
Questionamento: Quais as relações de um psicólogo no processo de adoção?
Em resposta: O psicólogo quando ele é perito no processo de adoção que vai realizar uma avaliação psicológica da família que está pleiteando adoção, que está entrando com um pedido de adoção. Essa avaliação psicológica ela vai incluir entrevista, testes psicológicos, a gente vai construir um relatório informando para a justiça o que a gente percebeu dentro desse processo de avaliação psicológica. E esse relatório vai ajudar o juiz na decisão com relação a essa família, se ela está apta ou não a adotar.
Questionamento:- De forma completa, existe algum período no processo de adoção que seja necessário a presença do psicólogo? 
Em resposta:- É obrigatório no processo de adoção que seja realizada essa avaliação, que seja construído esse relatório para a justiça.
5.3 A terceira entrevista foi realizada pelo acadêmico de Alisson Sales ao Sr. Mairton e a Sra. Ana Maria (pais adotivos ):
Questionamento: Como o surgiu a ideia de adotar uma criança?
Em resposta: A ideia de adotar uma criança foi um projeto nosso desde a época em que namorávamos ainda, sempre dissermos que queríamos ter dois filhos e adotar um. Conseguimos ter somente um filho e com 3, 4 (três, quatro), depois que tivemos esse filho, começamos a querer adotar, mas só que tínhamos medo da burocracia, então começamos nos informar, passamos uns 2 anos atrás e não conseguimos. Uns 8 anos depois, nosso filho nasceu em 1999 e esse que a gente adotou foi em 2009, um período bem distante. Tinha uma senhora que soube que havia uma pessoa que queria doar, ela já tinha vários filhos, e ela perguntou se a gente queria, foi uma coisa bem rápida, só sei que de manhã eu estava com um filho e quando foi a tarde eu já estava com dois.
Questionamento: Então, quer dizer que o seu método de adoção, não foi aquele método atual que passo por cadastro reserva, não foi...Ele foi mais direcionado. Uma adoção mais direta.
Em resposta: Essa pessoa que procurou a gente, a mãe ela já tinha dado a uma pessoa e a pessoa eu ela deu não tinha condições de criar, o conselho do tutelar foi na casa dela, ai viu a situação e pegou a criança de volta. O conselho tutelar foi que direcionou a gente. Foi a partir dele que adotamos.
Questionamento: A ideia de adotar uma criança, o primeiro impacto familiar, houve algum tipo de restrição, algum tipo de ideia negativa. Ou foi todos a favor?
Em resposta: Foi uma coisa muito relâmpago, a pessoa perguntou se a gente queria, se dissesse sim ou não. A minha esposa realmente teve muita coragem, não perguntou nada sobre a criança, não se informou nada em relação a criança, não perguntou nem a cor. Só sei que disse que queria e quando foi no dia seguinte a criança já estava com a gente.
Questionamento: E a questão da adaptação como foi o período de adaptação? O que aconteceu?
Em resposta: As pessoas sempre ficavam surpresas, todo mundo ficou curioso. A maioria das pessoas ajudou bastante. Mas teve alguns parentes e algumas pessoas que chegavam perto da criança e ai olhava para a criança e via a cor, logo percebíamos a cara, com cara de, por ela ser mais escurinha que a gente, tinham um sentimento mais de retração. 
6. RESULTADO E DISCUSSÃO
Após a realização da entrevista, verifica-se a predominância da adoção de crianças por casais que não puderam ter filhos biológicos pelas vias naturais, devido a infertilidade e que essa é uma das principais motivações para a adoção. Porém como demonstra no caso da segunda família, eles já tinham um filho biológico, mas ainda sim, queriam buscar a adoção. Pode-se verificar também que geralmente as mães biológicas abrem mão da criança ainda na gestação, assim como em decorrência de problemas econômicos e sociais. 
Ficou evidenciado que o preconceito e a seleção de um padrão na escolha das crianças a serem adotadas vem sendo quebradas, pois na primeira família segundo relado da mãe adotiva, a criança teve problemas de saúde e ainda tem atualmente, devido a falta de cuidados da mãe biológica no inicio da gestação, na segunda família, a cor da pele da criança, segundo os pais adotivos, levavam as pessoas a olhar diferente, porém nas duas famílias nada disso foi levado em consideração. O que eles almejavam de fato, era a adoção de uma criança, independente dos padrões da sociedade.
Porém ficou evidenciado também que o acompanhamento vem sendo feito por uma assistente social, tendo em vista que infelizmente, ainda não há psicólogos fornecidos pelo poder judiciário em todos os casos. No primeiro caso foi necessário um atestado de sanidade mental de um psiquiatra, mas o acompanhamento psicológico não houve, o procedimento foi feito por meio da assistente social.
Também foi percebido que nos dois casos houve a Intuitu Personae, adoção consensual, que foi devidamente conceituada no tópico 4.2, onde os pais biológicos dão consentimento para a adoção;
Os resultados obtidos na presente pesquisa demonstraram que o processo de adoção, embora muito desejado, ainda é marcado por dificuldades, preconceitos, falta de acompanhamento psicológico durante o processo e burocracia, o que age, muitas vezes, como empecilho ou fator desmotivante. Conclui-se que é necessário que as famílias que pretendem adotar estejam preparadas psicologicamente para este acontecimento marcante. Assim, reforça-se a importância do trabalho do psicólogo nos casos de adoção, como forma de oferecer um suporte durante este processo tão importante e transformador na vida do indivíduo que decide adotar.
Este trabalho junto aos candidatos a pais visa demonstrar a importância do suporte psicológico para os pais e as crianças afim de orientá-los, e enfrentar os medos e angústias vivenciados durante este período.
Assim, um acompanhamento do psicólogo individualizado seria recomendado a estes casais, mas se isto não for possível, a participação em grupos de apoio à adoção também tem se mostrado efetiva, contribuindo para a prevenção de dificuldades e alívio da ansiedade, tão comuns no processo de adoção favorecendo trocas entre pessoas que vivenciam a mesma situação de espera.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho partiu de uma análise do tema da adoção e da importância do psicólogo jurídico nos casos de adoção, uma vez que adoção envolve duas esferas psicossociais. De um lado, o contexto psicológico de quem está sendo adotado, do outro, envolve o adotante, como suas expectativas, compreensões da realidade, capacidade econômica, estrutura psicológica, entre outros dados relevantes que podem interferir na futura convivência entre as partes. A subjetividade do adotado deve ser analisada por um psicólogo, pois o momento anterior à adoção é destinado à verificação de sua capacidade de adaptação em um novo contexto familiar. 
Muitas vezes o adotando passou por problemas nos primeiros anos de vida que devem ser tratados e acompanhados com a devida atenção para evitar uma futura decepção no ambiente da nova família. A criança, ou o adolescente a ser adotado, portanto, necessita ser compreendida em suas angústias, medos, decepções, expectativas e promessas.
Os resultados obtidos na presente pesquisa demonstraram que o processo de adoção, embora muito desejado a nível individual, ainda é marcado por dificuldades, preconceitos, falta de acompanhamento psicológico durante o processo e burocracia, como vimos no primeiro caso, já faz 3 (anos) e o processo ainda não findou, o trabalho do psicólogo está sendo feito em sua maior parte pela assistente social. Conclui-se que é necessário que as famílias que pretendem adotar estejam preparadas psicologicamente para este acontecimento marcante. Assim, reforça-se a importância do trabalho do psicólogo nos casos de adoção, como forma de oferecer um suporte durante este processo tão importante e transformador na vida do indivíduo que decide adotar.
Ao inserir o tema da adoção homoafetiva no presente trabalho, visamos chamar a atençãopara esse assunto que está caminhando para ser muito abordado devido as mudanças sociais, e no caso, a psicologia jurídica vai precisar estar muito presente.
Diante do exposto, e analisando o caráter irrevogável da adoção, o psicólogo assume uma função de elevado valor no contexto do processo de adoção, por ser um dos grandes responsáveis em evitar fracassos, arrependimentos e decisões que podem gerar marcas na personalidade ou problemas psicológicos para adotantes e adotados. Não são os psicólogos os únicos responsáveis, porém, são grandes responsáveis, visto que passa por eles a análise de subjetivismos extremamente importantes para o sucesso e insucesso da adoção.
Além do suporte fornecido aos pretendentes, Além do suporte fornecido aos pretendentes, também auxilia na decisão que será proferida pelo magistério;
8.REFERÊNCIAS
GONÇALVES, Carlos Roberto, Livro Direito de Família, Vol. 6, pag. 333
 DINIZ, Maria Helena, edição 2011, pag. 21
WEBER, Lidia Natalia, Aspectos Psicológicos da adoção vol.2
DUTRA, Leila, adoção: significados e possibilidades
BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente: Lei federal nº 8069, de 13 de julho de 1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.
CONSELHO REGIONAL DE PSICOLO GIA 9 ª REGIÃO GO . Áreas de Atuação do (a) Psicólogo (a). Disponível em: < http://www.c rp09.org.br/portal/ori entacao-e-fiscalizacao/orientacao-por-temas/areas-de-atuacao-do-a-psicologo-a>. 
RECH, Natália Bettú; DE MARCO, Taisa Trombetta ; SILVA, Nilva M. O. Farias. O papel do psicólogo na adoção . Editora Unoeste. 2018. Disponível Em: <http://editora.unoesc.edu.br/index.php/apeuv/article/viewFile/15311/7793>. 
A função do Psicólogo dentro do processo adotivo, LETICIA CARVALHO DA SILVA E ANDRE MASAO PERES TOKUDA, publicado pela revista eletrônica Conexão. Disponível em: file:///C:/Users/55889/Downloads/170-A-FUN%C3%87%C3%83O-DO-PSIC%C3%93LOGO-DENTRO-DO-PROCESSO-ADOTIVO.-P%C3%A1g.-1642-1653%20(2).pdf
A importância do psicólogo jurídico nas práticas de adoção, Aline Magalhães Reis3 Camila Maiara da Silva Leite4 Élida Cristiny Cardoso Mendanha. Disponivl em: http://catolicadeanapolis.edu.br/revistamagistro/wp-content/uploads/2017/09/a-import%C3%A2ncia-do-psic%C3%B3logo-jur%C3%ADdico-nas-pr%C3%A1ticas-de-ado%C3%A7%C3%A3o.pdf
FUTINO, Regina, Silva; MARTINS, Simone. Adoção por homossexuais: uma nova configuração familiar sob os olhares da psicologia e do direito. Aletheia, España y Portugal, n.24, p.149-159, jul./dez. 2006. 
Contribuições da psicologia em relação à adoção de crianças por casais homoafetivos: uma revisão de literatura KATIA CATRIN GOMES FERREIRA, ANDERSON CHALHUB, disponível em: http://revistas.unijorge.edu.br/intersubjetividades/pdf/2010_1_Artigo29_49.pdf

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