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Caso Fraude Contábil na WorldCom - Governança corporativa e ética empresarial

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
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Trabalho da disciplina de Governança Corporativa e Ética Profissional,
Tutor: Prof. Alexsandre de Castro
Rio de Janeiro/RJ
2019
Estudo de Caso: Fraude Contábil na WorldCom
Referência: KAPLAN, Robert S; KIRON David. Fraude Contábil na WorldCom. Harvard Business School, REV: 14 de setembro – P02, 2007.
O estudo de caso relata a historia da WorldCom Group, uma empresa de telecomunicação, com faturamento superior a $30 bilhões, $104 bilhões ema ativos e 60.000 funcionários, a WorldCom em 2002 solicitou proteção conta falência. Entre 1999 e 2002, foi superestimado um lucro antes dos impostos em pelo menos $7 bilhões, um erro de cálculo que naquela época foi o maior da história. Logo em seguida, a empresa deu baixa em cerca de $82 bilhões de seus estoques, o estoque que valia cerca de $180 bilhões tornou-se praticamente sem valor e 17 mil funcionários perderam seus empregos. A falência da empresa também prejudicou os serviços prestados a 20 milhões de clientes de varejo, a contratos governamentais afetaram 80 milhões de beneficiários da seguridade social, ao controle de tráfego aéreo para associação federal de aviação, ao gerenciamento de redes para o departamento de defesa, e os serviços de longa distância para ambas as casas do congresso e para o escritório geral de contabilidade. 
Em 1983, a origem da WorldCom remota a divisão da AT&T. Empresas pequenas, regionais agora poderiam ter acesso às linhas de longa distância da AT&T com grandes taxas de desconto. Em 1894 a LDDS(Serviços de Longa Distância com Desconto) começou a operar oferecendo serviços a consumidores locais de varejo e comerciais nos estados do sul. A LDDS começou com cerca de $650.000 em capital, mas logo acumulou $1.5 milhões em débitos, ela não tinha o conhecimento técnico para lidar com contas de grandes empresas que tinham sistemas de comutação complexos. 
 O crescimento da WorldCom com aquisições conduziu uma mistura de pessoas e culturas. O departamento de finanças perdeu o controle. As informações dos sistemas de contabilidade tornam-se incompatíveis herdados de mais de 60 companhias adquiridas. No ano 2002, as condições começaram a se agravar devido à maior competição, ao excesso de capacidade e à demanda reduzida para serviços de telecomunicação no início da recessão econômica após o estouro da bolha das empresas ponto.com. As companhias de comunicação reduziram completamente seus preços, com isso, a WorldCom foi forçada a fazer o mesmo. Com as operações comerciais em declínio, o CFO Sullivan decidiu usar dados contábeis para conseguir o desempenho desejado. As táticas utilizadas foram: reversão de provisionamentos e a capitalização das despesas com linhas. 
A WorldCom estimava seus custos em linhas mensalmente, mesmo que recebimento desses custos nem fossem pagos por até vários meses depois que os custos haviam incorrido. Sullivan orientou a equipe de funcionários a reverter provisionamentos que ele considerava altos demais em relação aos pagamentos futuros. Durante sete trimestres, a WorldCom reverteu $3.3 bilhões do valor de provisionamentos. 
Sullivan decidiu parar de reconhecer como despesas a capacidade de rede. Ele determinou a capitalizar $771 milhões de despesas com linhas não geradoras de receita numa conta do ativo, logo em seguida foi dito aos gerentes para estornar $227 milhões do montante capitalizado e reverter $227 milhões de provisionamentos de passivos. Os investidores da SEC enviaram a WorldCom um pedido de informações surpresa, eles não entendiam como a empresa estava sendo rentável quando outras empresas de telecomunicações reportavam grandes perdas. Cynthia Cooper, gerente do departamento de auditoria interna da WorldCom, decidiu expandir o espoco de auditoria e levar para a área financeira.
O auditor externo Andersen, da empresa Arthur Andersen, fazia a auditoria testando milhares de detalhes das transações individuais, revisando e confirmando os saldos de contas do livro razão; em seguida ele adotou procedimentos de auditoria mais eficientes e mais sofisticados e fazendo avaliação de riscos. Anderson avaliou que a WorldCom como um cliente de alto risco de cometer fraude. 
Os membros não executivos compunham mais de 50% do conselho de administração da WorldCom, o diálogo desse conselho ocorria em reuniões regulares programadas, de quatro a seis vezes por ano. Sullivan manipulava as informações relativas aos gastos de capital e aos custos de linhas apresentados ao conselho. De acordo com o comitê de investigação, o conselho estava distante e alheio ao funcionamento da companhia. A equipe de auditoria de Cooper descobriu $3 bilhões em despesas questionáveis, incluindo $500 milhões em despesas com computadores não documentadas. Ela e sua equipe de auditoria encontraram-se em Washington com o comitê e divulgaram seus resultados sobre gastos de capital impróprios, Sullivan não conseguiu explicar de forma apropriada essas transações e o conselho pediu que eles renunciasse ou seriam demitidos, Myers renunciou, Sullivan não aceitou e foi demitido; posteriormente a WorldCom anunciou que seus lucros tinham sido inflados em $3 ,8 bilhões durante os últimos quatros trimestres. Em 26 de junho de 2002, a SEC entrou com uma ação civil de fraude contra a Worldcom, advogados do departamento de justiça dos EUA iniciaram investigações criminais. 
A Arthur Andersen nunca foi chamada a responsabilidade sobre sua auditoria, mas foi condenada por obstrução a justiça e pela destruição de documentos. Myres assumiu a culpa por três crimes: fraude de segurança, conspiração para cometer a fraude e apresentação de documentos falsos. Yates, Vinson e Normand se declararam culpados por cometer fraude em ações e por conspiração para cometer fraude em ações, Sullivan se declarou culpado por fraude federal e acusações de conspiração que enganou o público. Cooper permaneceu como executiva de auditoria interna, em 2004 deixou a WorldCom para torna-se consultora e palestrante sobre liderança ética e moral. 
Local: Biblioteca da faculdade.
	
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