Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. Noc¸o˜es Preliminares Neste capı´tulo apresentaremos noc¸o˜es premilinares, que sera˜o necessarias para melhor entendimento da teoria apresentada nos pro´ximos capı´tulos. 1.1 Conjuntos Designaremos por conjunto qualquer colec¸a˜o de objetos os quais chamaremos de elementos. O conjunto vazio e´ o conjunto que na˜o possui elementos e e´ simbolizado por ∅. Usaremos letras maiu´sculas para simbolizar conjuntos e minu´sculas para simbolizar elementos. A afirmac¸a˜o de que o elemento x pertence ao conjunto A e´ simbolizado por x ∈ A, enquanto a sua negac¸a˜o, e´ simbolizada por x /∈ A. Como principais exemplos, temos os conjuntos nume´ricos, para os quais usaremos as seguintes nomenclaturas: N = {0, 1, 2, 3, · · · , n, · · · } (conjunto dos nu´meros naturais). Z = {· · · ,−m, · · · ,−1, 0, 1, · · · , n, · · · } (conjunto dos nu´meros inteiros). Q = {m n | m,n ∈ Z com n 6= 0} (conjunto dos nu´meros racionais). R = {nu´meros racionais e nu´meros irracionais} (conjunto dos nu´meros reais). C = {x + iy | x, y ∈ R com i = √−1} (conjunto dos nu´meros com- plexos). 9 10 Sabemos que √ 2 ∈ R mas √2 /∈ Q e √−2 = √−1√2 = i√2 ∈ C mas √−2 /∈ R. Quando todos os elementos de um conjunto A pertencerem a um conjunto B dizemos que A esta´ contido em B ou que B conte´m A, ou ainda que A e´ subconjunto de B e denotaremos por A ⊂ B. Essa relac¸a˜o e´ chamada de inclusa˜o. Dizemos que dois conjuntos A e B sa˜o iguais (A = B) se eles possuem os mesmo elementos. Os conjuntos nume´ricos citados no exemplo acima satisfazem a seguinte relac¸a˜o de inclusa˜o N ⊂ Z ⊂ Q ⊂ R ⊂ C. Definic¸a˜o 1.1.1. O conjunto formado pelos elementos pertencentes a um conjunto A ou a um conjunto B sera´ denotado por A ∪B = {x | x ∈ A ou x ∈ B} e chamado de unia˜o de A e B Definic¸a˜o 1.1.2. O conjunto formado pelos elementos pertencentes simutalneamente a um conjunto A e a um conjunto B sera´ denotado por A ∩B = {x | x ∈ A e x ∈ B} e chamado de intersec¸a˜o de A e B Exemplo 1.1.1. Sendo A = {0, 1, 2, 3} e B = {−2, 0,√2,√4}. Temos que A ∪B = {−2, 0, 1, √ 2, 2, 3} e A ∩ B = {0, 2}. Dados dois conjunto quaisquer A e B vale que A ∩ ∅ = ∅, A ∪ ∅ = A,A ∩ B ⊂ A e A ∪ B ⊃ A. Definic¸a˜o 1.1.3. O conjunto formado pelos elementos pertencentes a um conjunto A e na˜o pertecentes a um conjunto B sera´ denotado por A−B = {x | x ∈ A e x /∈ B} e chamado de diferenc¸a entre A e B. Definic¸a˜o 1.1.4. O conjunto formado por todos os subconjuntos de um conjunto A sera´ denotado por ℘(A) = {X | X ⊂ A} e chamado de conjunto das partes de A. 11 Exemplo 1.1.2. Sendo A = {x ∈ Z| x2 ≤ 4} e B = {−1, 0, i4}. Temos que A−B = {−2, 2} e ℘(B) = {∅, {−1}, {0}, {1}, {−1, 0}, {−1, 1}, {0, 1}, {−1, 0, 1}}. Definic¸a˜o 1.1.5. Sejam os conjuntos Ω e A tal que A ⊂ Ω. O conjunto formado por todos os elementos pertencentes ao conjunto Ω que na˜o pertencem ao conjunto A, sera´ denotado por CΩA = {x | x ∈ Ω e x /∈ A} e chamado de conjunto complemetar de A em Ω. Exemplo 1.1.3. Sendo A = {m ∈ Z | m2 ≥ 10} e Ω = Z. Temos que CΩA = {−3,−2,−1, 0, 1, 2, 3}. Saiba Mais: Para mais detalhes so- bre a teoria de conjunto, ver re- fereˆncia [6] 1.1.1 Exercı´cios 1. Sendo A = {x ∈ N | x2 < 9}, B = {−1, 0, 1} e C = {in | n ∈ N}. Calcule: (a) A ∪ B ∪ C (b) A ∩ B ∩ C (c) (A ∪ B)− C (d) (A− B) ∪ C (e) (A ∩ C)− (A ∪ B) (f) ℘(A) ∪ ℘(B − C) (g) ℘(A− B) ∩ ℘(B ∩ C) (h) C − B (i) (C −B) ∪ CNA 2. Prove que quaisquer que sejam os conjuntos A,B ⊂ Ω e C , tem -se: (a) A ⊂ A (b) Se A ⊂ B e B ⊂ C enta˜o A ⊂ C 12 (c) Se A ⊂ B e B ⊂ A enta˜o A = B (d) (A ∪ B) ∩ C = (A ∩ C) ∪ (B ∪ C) (e) (A ∩ B) ∪ C = (A ∪ C) ∩ (B ∪ C) (f) A− (C ∪B) = (A− C) ∩ (A− B) (g) (C ∪ B)−A = (C −A) ∪ (B − A) (h) CΩ(A ∪B) = CΩA ∩ CΩB (i) CΩ(A ∩B) = CΩA ∪ CΩB (j) A− B = A ∩ CΩB 1.1.2 Algumas respostas, sugesto˜es e soluc¸o˜es 1. (a) A ∪ B ∪ C = {−i,−1, 0, 1, 2, i} (b) A ∩ B ∩ C = {1} (c) (A ∪ B)− C = {0, 2} (d) (A− B) ∪ C = {−i,−1, , 1, 2, i} (e) (A ∩ C)− (A ∩B) = ∅ (f) ℘(A)∪℘(B−C) = {∅, {0}, {1}, {2}, {0, 1}, {0, 2}, {1, 2}{0, 1, 2}} (g) ℘(A− B) ∪ ℘(B ∩ C) = {∅, {0}, {2}} (h) C − B = {−i, i} (i) (C − B) ∪ CNA = {−i, i, 3, 4, 5, · · · } 2. (a) (b) (c) (d) Seja x ∈ (A ∪ B) ∩ C enta˜o x ∈ A ∪ B e x ∈ C, daı´ x ∈ A ou x ∈ B, e x ∈ C. Logo, x ∈ A e x ∈ C, ou x ∈ B e x ∈ C, portanto x ∈ (A ∩ C) ∪ (B ∪ C). Por outro lado, seja x ∈ (A ∩ C) ∪ (B ∪ C) enta˜o x ∈ A e x ∈ C, ou x ∈ B e x ∈ C, daı´ x ∈ A ou x ∈ B, e x ∈ C, 13 logo x ∈ A ∪ B e x ∈ C, portanto x ∈ (A ∪ B) ∩ C. Assim, (A ∪ B) ∩ C = (A ∩ C) ∪ (B ∪ C). (e) (f) (g) (h) (i) (j) Seja x ∈ A − B enta˜o x ∈ A e x /∈ B, como A ⊂ Ω , daı´ x ∈ A, e x ∈ Ω e x /∈ B, portanto x ∈ A ∩ CΩB. Por outro lado, seja x ∈ A ∩ CΩB enta˜o x ∈ A, e x ∈ Ω e x /∈ B, daı´ x ∈ A e x /∈ B, portanto x ∈ A − B. Assim, A− B = A ∩ CΩB. 1.2 Relac¸o˜es Bina´rias Definic¸a˜o 1.2.1. Dados dois conjuntos A e B, na˜o vazios, chama- se produto cartesiano de A por B o conjunto formados pelos “pares ordenados” (a, b) com a ∈ A e b ∈ B e denotado por A× B = {(a, b) | a ∈ A e b ∈ B}. Definic¸a˜o 1.2.2. Chama-se relac¸a˜o bina´ria de A por B qualquer sub- conjunto R de A× B. Noutras palavras R e´ uma relac¸a˜o de A em B ⇐⇒ R ⊂ A×B. Para indicar que (a, b) ∈ R usaremos a notac¸a˜o a R b (leˆ-se: a se relaciona com b segundo R). Do contra´rio, usaremos o notac¸a˜o a��R b (leˆ-se: a na˜o se relaciona com b segundo R) Exemplo 1.2.1. Se A = {0, 1} e B = {−1, 0, 1}, enta˜o: A× B = {(0,−1), (0, 0), (0, 1), (1,−1), (1, 0), (1, 1)}. Segue abaixo, alguns exemplos de relac¸o˜es bina´ria de A em B: 14 R1 = {(0,−1), (0, 1)} R2 = {(0,−1), (1,−1), (1, 0), (1, 1)} R3 = {(0, 1), (1, 0)} R4 = ∅ Definic¸a˜o 1.2.3. Quando A = B diz-se que R e´ uma relac¸a˜o sobre A, ou ainda, uma relac¸a˜o em A Exemplo 1.2.2. Se A = {0, 1, 2} enta˜o: A2 = A×A = {(0, 0), (0, 1), (0, 2), (1, 0), (1, 1), (1, 2), (2, 0), (2, 1), (2, 2)}. Segue abaixo, alguns exemplos de relac¸o˜es bina´ria em A: R1 = {(0, 1), (0, 2)} R2 = {(0, 0), (1, 1), (1, 2), (2, 2)} R3 = {(0, 1), (1, 0)} Citaremos a seguir as principais propriedades que uma relac¸a˜o R so- bre um conjunto A pode satisfazer: a) (Reflexiva) Dizemos R e´ reflexiva se: ∀ x ∈ A =⇒ x R x. No exemplo 1.2.2 apenas R2 e´ reflexiva. b) (Sime´trica) Dizemos R e´ sime´trica se: ∀ x, y ∈ A tal que x R y =⇒ y R x. No exemplo 1.2.2 apenas R3 e´ sime´trica. c) (Transitiva) Dizemos R e´ transitiva se: ∀ x, y, z ∈ A tal que x R y e y R z =⇒ x R z. No exemplo 1.2.2 R1,R2 e R3 e´ transitiva. 15 d) (Anti-sime´trica) Dizemos R e´ anti-sime´trica se: ∀ x, y ∈ A tal que x R y e y R x =⇒ x = y. ou, a equivalente: ∀ x, y ∈ A tal que x 6= y =⇒ x��R y ou y ��R x. No exemplo 1.2.2 apenas R3 na˜o e´ anti-sime´trica. SAIBA MAIS: Para mais de- talhes sobre a relac¸a˜o bina´ria, ver refereˆncia [1] Exemplo 1.2.3. Considere A = N∗ = {1, 2, 3, · · · , n, · · · } e uma relac¸a˜o em A definida por n R m⇐⇒ n|m } (leˆ-se: n divide m) Vamos analisar quais propriedades a relac¸a˜o acima se verifica: 1. ´E reflexiva pois ∀ n ∈ N∗ =⇒ n R n pois n|n. 2. Na˜o e´ sime´trica, pois 2|4 ⇐⇒ 2 R 4 mas 4 na˜o divide 2. Assim 4 ��R 2. 3. ´E transitiva pois ∀ n,m, p ∈ N∗ tal que n R m ⇐⇒ n|m e m R p⇐⇒ m|p enta˜o n R p⇐⇒ n|p. 4. ´E anti-sime´trica pois ∀ n,m ∈ N∗ tal que n R m ⇐⇒ n|m e m R n⇐⇒ m|n enta˜o n = m. 1.2.1 Exercı´cios 1. Considere A = {0, 2, 4, 6, 8} e B = {0, 1, 2}. Determine: (a) A× B (b) B × A (c) R1 = {(a, b) ∈ A× B ; a = b+ 2} (d) R2 = {(a, b) ∈ A× B ; a ≤ b} (e) R3 = {(a, b) ∈ B × B ; b = a2} 2. Seja A = {1, 2, 3}. Considere as seguintes relac¸o˜es em A: 16 R1 = {(1, 1), (1, 2), (1, 3)} R2 = {(1, 2), (2, 1), (1, 3), (3, 1), (3, 2)(2, 3)} R3 = {(3, 1), (3, 2), (1, 3)} R4 = {(1, 1), (2, 2), (3, 3)} R5 = A× A Quais sa˜o reflexivas?sime´tricas? transitivas? anti-sime´tricas? 3. Considere A = Z∗ = {· · · ,−2,−1, 1, 2, · · · } e uma relac¸a˜o em A definida por n R m⇐⇒ n|m } (leˆ-se: n divide m.) Podemos afirmar que a relac¸a˜o e´: reflexiva? sime´trica? transi- tiva? anti-sime´trica? 1.2.2 Algumas respostas, sugesto˜es e soluc¸o˜es 1. (a) {(0, 0), (0, 1), (0, 2), (2, 0), (2, 1), (2, 2), (4, 0), (4, 1), (4, 2)} ∪ {(6, 0), (6, 1), (6, 2), (8, 0), (8, 1), (8, 2)}. (b) {(0, 0), (0, 2), (0, 4), (0, 6), (0, 8), (1, 0), (1, 2), (1, 4)} ∪ {(1, 6), (1, 8), (2, 0), (2, 2), (2, 4), (2, 6), (2, 8)}. (c) R1 = {2, 0), (4, 2)} (d) R2 = {0, 0), (0, 1), (0, 2)(2, 2)} (e) R3 = {0, 0), (1, 1)} 2. (a) Reflexivas: R4 e R5 (b) Sime´tricas: R2,R4 e R5 (c) Transitivas: R2,R4 e R5 (d) Anti-sime´tricas:R1 e R3 3. Reflexiva e transitiva. 17 1.3 Relac¸o˜es de Equivaleˆncia e Relac¸o˜es de Ordem Definic¸a˜o 1.3.1. Uma relac¸a˜o R sobre o conjunto A 6= ∅ chama- se relac¸a˜o de equivaleˆncia em A se, e somente se, R e´ reflexiva, sime´trica e transitiva, isto e´, se vale as sentenc¸as: I) ∀ x ∈ A =⇒ x R x. II) ∀ x, y ∈ A tal que x R y =⇒ y R x. III) ∀ x, y, z ∈ A tal que x R y e y R z =⇒ x R z. Quando R e´ uma relac¸a˜o de equivaleˆncia sobre A, para indicar que (a, b) ∈ R usaremos a notac¸a˜o a ≡ b (R) (leˆ-se: a e´ equivalente a b mo´dulo R). Exemplo 1.3.1. A relac¸a˜o R2 = {(0, 0), (1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2)} so- bre A = {0, 1, 2} e´ uma relac¸a˜o de equivaleˆncia, pois verifica-se as sentenc¸as I), II) e III). Exemplo 1.3.2. A relac¸a˜o de igualdade em R dada por x R y ⇐⇒ x = y e´ um relac¸a˜o de equivaleˆncia pois: I) ∀ x ∈ R =⇒ x R x⇐⇒ x = x. II) ∀ x, y ∈ R tal que x R y =⇒ x = y ⇐⇒ y = x⇐⇒ y R x. III) ∀ x, y, z ∈ R tal que x R y ⇐⇒ x = y e y R z ⇐⇒ y = z. Asim x = z, e, portanto x R z. Exemplo 1.3.3. Considere A = N∗ = {1, 2, 3, · · · , n, · · · } e relac¸a˜o em A definida por n R m⇐⇒ n|m } (leˆ-se: n divide m) na˜o e´ relac¸a˜o de equivaleˆncia, pois a mesma na˜o sime´trica. 18 Exemplo 1.3.4. Seja m um nu´mero inteiro positivo. A relac¸a˜o de con- grueˆncia mo´dulo m sobre Z dada por: x R y ⇐⇒ x ≡ y(mod m)⇐⇒ x− y e´ mu´ltiplo inteiro de m e´ um relac¸a˜o de equivaleˆncia pois: I) ∀ x ∈ Z =⇒ x ≡ x(mod m)⇐⇒ x− x = 0 que mu´ltiplo de m II) ∀ x, y ∈ Z tal que x ≡ y(mod m) =⇒ x − y e´ mu´ltiplo inteiro de m, assim −(x − y) = y − x e´ mu´ltiplo inteiro de m. Portanto y ≡ x(mod m). III) ∀ x, y, z ∈ Z tal que x ≡ y(mod m) =⇒ x − y e´ mu´ltiplo inteiro de m e y ≡ z(mod m) =⇒ y − z e´ mu´ltiplo inteiro de m. Assim x− z = (x− y) + (y − z) o qual e´ mu´ltiplo inteiro de m. Portanto x ≡ z(mod m). Definic¸a˜o 1.3.2. Seja R relac¸a˜o de equivaleˆncia sobre o conjunto A. Dado a ∈ A, chama-se classe de equivaleˆncia determinada por a, mo´dulo R, o subconjunto a de A constituı´do pelos elementos x ∈ A tais que x R a, o qual denotaremos por: a = {x ∈ A| x R a } Definic¸a˜o 1.3.3. O conjunto das classes de equivaleˆncia mo´dulo R sera´ denotado por A/R e chamado conjunto quociente de A por R. Exemplo 1.3.5. Na relac¸a˜o R2 = {(0, 0), (1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2)} so- bre A = {0, 1, 2}, temos: 0 = {0} 1 = {1, 2} 2 = {2, 1} A/R = {{0}, {1, 2}}. 19 Exemplo 1.3.6. Na relac¸a˜o de igualdade em R dada por x R y ⇐⇒ x = y. Temos: x = {x} R/R = R . Exemplo 1.3.7. Considere relac¸a˜o de congrueˆncia mo´dulo m sobre Z dada por: x R y ⇐⇒ x ≡ y(mod m)⇐⇒ x− y e´ mu´ltiplo inteiro de m. Provaremos no pro´ximo capı´tulo que o conjunto quociente Z/R que sera´ denotado por Zm tem exatamente m elementos, ou seja: Zm = {0, 1, 2, · · · , m− 1}. No caso em que m = 2 temos que Z2 = {0, 1}. Observac¸a˜o 1.3.1. Quando R for uma relac¸a˜o de equivaleˆncia em geral usaremos a notac¸ao˜ ∼ em vez de R. Proposic¸a˜o 1.3.4. Seja ∼ uma relac¸a˜o de equivaleˆncia sobre A e sejam x, y ∈ A. Enta˜o 1.) x = y ⇐⇒ x ∼ y. 2.) x 6= y ⇒ x ∩ y = ∅. 3.) ⋃ x∈A x = A Prova. 1.)(=⇒): Sejam x, y ∈ A tal que x = y. Vamos provar que x ∼ y. De fato, pela definic¸a˜o, temos que x = {a ∈ A | a ∼ x} = y = {b ∈ A | b ∼ y}. 20 Como x ∈ x = y =⇒ x ∼ y. (⇐=): Sejam x, y ∈ A tal que x ∼ y. Vamos provar que x = y e para isto vamos provar que x ⊂ y e y ⊂ x. De fato: Seja a ∈ x =⇒ a ∼ x, como x ∼ y, enta˜o por transitividade, temos que a ∼ y ⇒ a ∈ y e de modo ana´logo chegamos a inclusa˜o y ⊂ x, e daı´ segue que x = y. 2.) Suponha por absurdo que x ∩ y 6= ∅. Seja a ∈ x ∩ y, assim a ∼ x e a ∼ y, por sime´tria x ∼ a e agora usando a transitividade temos que x ∼ y. Portanto por 1.), nos garante que x = y, que e´ uma contradic¸a˜o, e daı´ segue que x ∩ y = ∅. 3.) Vamos provar que ⋃ x∈A x ⊂ A e A ⊂ ⋃ x∈A x. De fato: Como x ⊂ A para todo x ∈ A segue que ⋃ x∈A x ⊂ A. Agora, para qualquer x ∈ A temos que x ∈ x e portanto segue que A ⊂ ⋃ x∈A x e com isto, segue o afirmado. Definic¸a˜o 1.3.5. Uma relac¸a˜o R sobre o conjunto A 6= ∅ chama-se relac¸a˜o de ordem parcial em A se, e somente se, R e´ reflexiva, anti- sime´trica e transitiva, isto e´, se vale as sentenc¸as: i) ∀ x ∈ A =⇒ x R x. ii) ∀ x, y ∈ A tal que x R y e y R x =⇒ x = y iii) ∀ x, y, z ∈ A tal que x R y e y R z =⇒ x R z. Quando R e´ uma relac¸a˜o de ordem parcial sobre A, para indicar- mos que (a, b) ∈ R usaremos a notac¸a˜o a � b (R)(leˆ-se: a precede b na relac¸a˜o R). Para indicarmos que (a, b) ∈ R com a 6= b usaremos a notac¸a˜o a ≺ b (R)(leˆ-se: a precede estritamente b na relac¸a˜o R). Qaundo na˜o houver du´vida quanto a relac¸a˜o de ordem parcial so- bre A, para indicarmos que (a, b) ∈ R usaremos a notac¸a˜o a � b (leˆ- se: a precede b), ou no caso em que a 6= b indicaremos simplesmente a ≺ b (leˆ-se: a precede estritamente b). 21 Definic¸a˜o 1.3.6. Uma relac¸a˜o de ordem parcial R sobre o conjunto A 6= ∅ diz-se relac¸a˜o de ordem total em A se, e somente se para todo a, b ∈ A, a e b se dizem compara´veis, isto e´, a � b ou b � a. Exemplo 1.3.8. A relac¸a˜o R = {(0, 0), (1, 1), (2, 2)} sobre A = {0, 1, 2} e´ uma relac¸a˜o de ordem parcial, pois verifica-se as sentenc¸as i), ii) e iii). Exemplo 1.3.9. A relac¸a˜o em R dada por x R y ⇐⇒ x ≤ y e´ um relac¸a˜o de ordem total pois: i) ∀ x ∈ R =⇒ x R x pois x ≤ x. ii) ∀ x, y ∈ R tal que x R y ⇐⇒ x ≤ y e y R x⇐⇒ y ≤ x enta˜o x = y III) ∀ x, y, z ∈ R tal que x R y ⇐⇒ x ≤ y e y R z ⇐⇒ y ≤ z. Asim x ≤ z, e, portanto x R z. Ale´m disso, dados quaisquer x, y ∈ R tem-se que x ≤ y ou y ≤ x. Observac¸a˜o 1.3.2. Prova-se com essa relac¸a˜o que os conjunto nume´ricos N,Z,Q,R sa˜o totalmente ordenados, ou seja, a relac¸a˜o e´ de ordem to- tal, mas o mesmo na˜o ocorre para o conjunto nume´rico C. Exemplo 1.3.10. Considere A = N∗ = {1, 2, 3, · · · , n, · · · } e uma relac¸a˜o em A definida por n R m⇐⇒ n|m } (leˆ-se: n divide m). Enta˜o R e´ relac¸a˜o de ordem parcial, pois vale i), ii) e iii). A relac¸a˜o na˜o e´ total pois, 2 na˜o divide o 3 e nem 3 divide o 2. 1.3.1 Exercı´cios 1. Quais relac¸o˜es abaixo sa˜o de equivaleˆncia ou ordem parcial so- bre A = {0, 2, 4, 6, 8}? 22 (a) R1 = {(a, b) ∈ A× A ; a = b+ 2} (b) R2 = {(0, 0), (0, 2), (2, 2), (2, 4), (4, 4), (4, 6), (6, 6), (6, 8)(8, 8)} (c) R3 = {(a, b) ∈ A× A ; b = a2} (d) R4 = A× A 2. Seja A o conjunto de triaˆngulos do espac¸o euclidiano. Seja R a relac¸a˜o em A tal que: xRy ⇐⇒ x e´ semelhante a y. Mostre que R e´ uma relac¸a˜o de equivalencia. 3. Seja F a famı´lia de todos subconjuntos do conjunto A. Seja R a relac¸a˜o inclusa˜o em F definida por: x R y ⇐⇒ x ⊂ y. Mostre que R e´ uma relac¸a˜o de ordem parcial. 4. Seja A = {x ∈ N | 0 ≤ x ≤ 8} e relac¸a˜o de equivaleˆncia R em A definida por x R y ⇐⇒ ∃ k ∈ Z; x− y = 4k. Determine A/R. 5. Seja R relac¸a˜o sobre Q definida por x R y ⇐⇒ x− y ∈ Z. Mostrar que R e´ uma relac¸a˜o de equivaleˆncia e determinar a clase1. 6. Seja R relac¸a˜o sobre C definida por (x+ iy) R (a+ ib)⇐⇒ x2 + y2 = a2 + b2. Mostrar que R e´ uma relac¸a˜o de equivaleˆncia e determinar a clase 1 + i. 23 7. Seja R relac¸a˜o sobre C definida por (x+ iy) R (a+ ib)⇐⇒ x < a ou (x = a e y ≤ b). Mostrar que R e´ uma relac¸a˜o de ordem total. Nota: esta relac¸a˜o e´ chamada de ordem lexicogra´fica. 1.3.2 Algumas respostas, sugesto˜es e soluc¸o˜es 1. (a) R1 na˜o e´ reflexiva, portanto na˜o pode ser uma relac¸a˜o de equivaleˆncia ou de ordem parcial. (b) R2 na˜o e´ transitiva, portanto na˜o pode ser uma relac¸a˜o de equivaleˆncia ou de ordem parcial. (c) R3 na˜o e´ reflexiva, portanto na˜o pode ser uma relac¸a˜o de equivaleˆncia ou de ordem parcial. (d) R4 e´ uma relac¸a˜o de equivaleˆncia mas na˜o de ordem par- cial. 2. 3. 4. Temos que A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8}. Assim, 0 = {0, 4, 8} = 4 = 8, 1 = {1, 5} = 5, 2 = {2, 6} = 6, 3 = {3, 7} = 7. Portanto: A/R = {{0, 4, 8}, {1, 5}, {2, 6}, {3, 7}}. 5. Vamos mostrar que as propriedades: reflexiva, sime´trica e tran- sitiva. De fato; I) ∀ x ∈ Q =⇒ x R x pois x− x = 0 ∈ Z II) ∀ x, y ∈ Q tal que x R y ⇐⇒ x − y ∈ Z, assim −(x − y) = y − x ∈ Z. Portanto y R x. 24 III) ∀ x, y, z ∈ Q tal que xR y ⇐⇒ x−y ∈ Z e y R z ⇐⇒ y−z ∈ Z. Assim x− z = (x− y) + (y − z) ∈ Z. Portanto x R z. Logo R e´ uma relac¸a˜o de equivaleˆncia sobre Q. Por definic¸a˜o, temos que 1 = {x ∈ Q | 1Rx⇔ 1− x ∈ Z ⇔ x ∈ Z} = Z. 6. 7. 1.4 Func¸o˜es Nesta sec¸a˜o trabalheremos com um tipo especial de relac¸a˜o entre conjuntos na˜o vazios. Definic¸a˜o 1.4.1. Uma relac¸a˜o f de A em B diz-se func¸a˜o de A em B se para cada x ∈ A existe u´nico y ∈ B tal que x se relaciona com y e denotaremos simbolicamente por: f : A −→ B x 7−→ y = f(x) O conjunto A chama-se domı´nio de f , B chama-se contra-domı´nio de f e f(A) = {y ∈ B | ∃ x ∈ A tal que y = f(x)} chama-se imagem e denotaremos a imagem de f por Im(f). Saiba Mais: Para mais detalhes so- bre a teoria de func¸o˜es, ver re- fereˆncia [5] Exemplo 1.4.1. Sejam A = {1, 4, 9} e B = {0, 1, 2, 3}. Considere as seguintes relac¸o˜es de A em B 1. R1 = {(a, b) ∈ A×B | a = b+ 3} = {(4, 1)}. 2. R2 = {(a, b) ∈ A×B | a− b e´ mu´ltiplo de 2} donde R2 = {(1, 1), (1, 3), (4, 0), (4, 2), (9, 1), (9, 3)}. 3. R3 = {(a, b) ∈ A×B ; a = b2} = {(1, 1), (4, 2)(9, 3)}. 25 A relac¸a˜o R1 na˜o e´ func¸a˜o, pois o elemento 1 ∈ A na˜o possui um elemento corresponde em B. A relac¸a˜o R2 na˜o e´ func¸a˜o, pois o ele- mento 4 ∈ A possuei dois elementos correspondentes em B, a saber 0 e 2. Agora,a relac¸a˜o R3 e´ func¸a˜o pois cada elemento de A possui um u´nico elemento correspondente em B. Citaremos a seguir exemplos de algumas func¸o˜es definidas nos conjuntos nume´ricos: Exemplo 1.4.2. I. f : N −→ Q n 7−→ 1 n + 1 II. f : R −→ R x 7−→ y = ax+ b com a, b ∈ R e a 6= 0 III. f : R −→ R x 7−→ y = x2 IV. f : R −→ R x 7−→ y = ex V. f : R −→ C x 7−→ z = eix = cosx+ i sen x Seja X ⊂ A e a func¸a˜o f : A −→ B, denotaremos por: a) f(X) = {f(x) |x ∈ X } ⊂ B o qual chamaremos de imagem de X por f . b) f |X : X −→ B a func¸a˜o cujo domı´nio e´ X contra-domı´nio e´ B e cuja lei de formac¸a˜o e´ a mesma de f , isto e´, f |X(x) = f(x) ∀ x ∈ X e chamaremos f |X de restric¸a˜o de f em X. Definic¸a˜o 1.4.2. Considere a func¸a˜o f : A −→ B. 26 1. Diz-se que f e´ injetiva se para todo x1, x2 ∈ A com x1 6= x2 temos que f(x1) 6= f(x2) ( ou equivalentemente, se f(x1) = f(x2) temos que x1 = x2). 2. Diz-se que f e´ sobrejetiva se para todo y ∈ B existe x ∈ A tal que y = f(x), noutras palavras Im(f) = B. 3. Diz-se que f e´ bijetiva se, e somente se, f for simultaneamente injetiva e sobrejetiva. No exemplo (1.4.2) os itens I., II. e IV. sa˜o de func¸o˜es injetivas e apenas II. e´ de func¸a˜o sobrejetiva, o que nos garante que a func¸a˜o do item II. e´ bijetiva. Definic¸a˜o 1.4.3. Considere a func¸a˜o f : A −→ B e b ∈ Y ⊂ B. Denotaremos por: 1. f−1(b) = {a ∈ A |f(a) = b } a qual chamaremos de imagem inversa de b ∈ B por f . 2. f−1(Y ) = {a ∈ A |f(a) ∈ Y } a qual chamaremos de imagem inversa de Y ⊂ B por f . Observac¸a˜o 1.4.1. Se b ∈ Im(f) enta˜o f−1(b) ⊂ A e agora se b /∈ Im(f) enta˜o f−1(b) = ∅. Exemplo 1.4.3. Seja a func¸a˜o f : R −→ R dada por f(x) = x2, temos que f−1(1) = {−1, 1}, f−1(2) = {− √ 2, √ 2}, f−1(−1) = ∅ e f−1([0, 1]) = [−1, 1]. Exemplo 1.4.4. Seja a func¸a˜o f : R −→ R dada por f(x) = sen x, temos que f−1(0) = {x = kpi, com k ∈ Z} e f−1([−1, 1]) = R. Definic¸a˜o 1.4.4. Considere a func¸a˜o f : A −→ B e g : B −→ C. Deno- taremos por (g ◦ f)(a) = g(f(a)) para todo a ∈ A, a qual chamaremos de func¸a˜o composta de g e f . 27 Exemplo 1.4.5. Seja a func¸a˜o f : R −→ R dada por f(x) = x + pi e g : R −→ R dada por f(x) = sen x enta˜o (g ◦ f)(x) = g(f(x)) = g(x+ pi) = sen (x+ pi) = − sen x. Definic¸a˜o 1.4.5. A func¸a˜o IA : A −→ A dada pela lei IA(x) = x para qualquer que seja x ∈ A e´ chamada de func¸a˜o identidade de A e A. Proposic¸a˜o 1.4.6. Seja a func¸a˜o f : A −→ B bijetiva. Enta˜o f admite uma u´nica func¸a˜o g : B −→ A denominada de func¸a˜o inversa de f tal que g ◦ f = IA e f ◦ g = IB e denotada por f−1 = g . Prova. Se f : A −→ B bijetiva, enta˜o uma func¸a˜o g : B −→ A tal que para cada y ∈ B temos g(y) = x onde x e´ u´nico tal que f(x) = y. Assim para todo x ∈ temos (g ◦f)(x) = g(f(x)) = g(y) = x e para todo y ∈ B temos (f ◦ g)(y) = f(g(y)) = f(x) = y. Portanto g ◦ f = IA e f ◦ g = IB. Se tivessemos outra func¸a˜o h : B −→ A inversa de f , enta˜o da relac¸a˜o f(g(y)) = y e f(h(y)) = y =⇒ g(y) = h(y) ∀y ∈ B pois f e´ injetiva. Portanto h = g, como querı´amos demonstrar. Observac¸a˜o 1.4.2. Na˜o confundir a func¸a˜o inversa f−1 com a imagem inversa de f . Como vimos no exemplo (1.4.2) a func¸a˜o f : R −→ R definida por f(x) = ax+ b com a, b ∈ R e a 6= 0 e´ bijetiva, e portanto admite func¸a˜o inversa f : R −→ R definida por f−1(x) = 1 a x− b a . Ainda, no exemplo (1.4.2) a func¸a˜o f : R −→ R dada por f(x) = ex e´ injetiva e sua imagem e´ dada por Im(f) = {y ∈ R | y > 0 } = R∗+, assim se redifinirmos a func¸a˜o f : R −→ R∗+ dada por f(x) = ex temos que a mesma e´ bijetiva e sua func¸a˜o inversa f−1 : R∗+ −→ R e´ dada por f−1(x) = lnx. 28 1.4.1 Exercı´cios 1. Sejam A = {0, 1, 4, 9} e B = {0, 1, 2, 3}. Considere as seguintes relac¸o˜es de A em B: (a) R1 = {(4, 1), (0, 1)(1, 1), (9, 3)} (b) R2 = {(a, b) ∈ A× B | a− b e´ mu´ltiplo de 2} (c) R3 = {(0, 0), (1, 1), (4, 0)(9, 3)} Quais das relac¸o˜es acima sa˜o func¸o˜es? Caso positivo, classifique- as em injetiva ou sobrejetiva. 2. Seja a func¸a˜o f : R −→ R definida por f(x) = x− 1 se x > 0 x2 se x ≤ 0 Determinar f(1)+f(−1), f([−1, 1]) f−1(−1)∪f−1(1) e f−1([−1, 1]). 3. Seja a func¸a˜o f : R −→ R definida por f(x) = x2 − x Calcule: f−1(−1) ∪ f−1(1), f−1((−∞, 0]), f−1([0, 1]) e f−1([1,+∞)) 4. Sejam a func¸a˜o f : A −→ B, os conjuntos X, Y ⊂ A e Z ⊂ B. Provar que: (a) se X ⊂ Y enta˜o f(X) ⊂ f(Y ) (b) f(X ∪ Y ) = f(X) ∪ f(Y ) (c) f(X ∩ Y ) ⊂ f(X) ∩ f(Y ) (d) X ⊃ f−1(f(X)) e f(f−1(Z) ⊂ Z (e) Se f e´ bijetiva f(CAX) = CBf(X). 5. Classificar (se possı´vel) em injetiva ou sobrejetiva as seguintes func¸o˜es de R em R (a) f(x) = x+√2 (b) f(x) = x5 29 (c) f(x) = x2 + x (d) f(x) = x+ |x| 2 (e) f(x) = pix. 6. Das func¸o˜es anteriores que forem injetivas, exiba sua imagem e calcule sua inversa sobre sua imagem. 7. Seja a func¸a˜o f : A −→ B e conjuntos X, Y ⊂ B. Provar que: f−1(X − Y ) = f−1(X)− f−1(Y ). 8. Seja f : A −→ B. Defina a relac¸a˜o R sobre A dada por: Dados x, y ∈ A xRy ⇐⇒ f(x) = f(y). Prove que R e´ uma relac¸a˜o de equivaleˆncia. 9. Seja F = {f | f : R −→ R}. Defina a relac¸a˜o R sobre F dada por: Dados f, g ∈ F fRg ⇐⇒ f(x) ≤ g(x) ∀ x∈ R. Prove que R e´ uma relac¸a˜o de ordem parcial. 1.4.2 Algumas respostas, sugesto˜es e soluc¸o˜es 1. (a) R1 e´ func¸a˜o, mas na˜o e´ injetiva e nem sobrejetiva. (b) R2 na˜o e´ func¸a˜o. (c) R3 e´ func¸a˜o, mas na˜o e´ injetiva e nem sobrejetiva. 2. f(1)+f(−1) = 1, f([−1, 1]) = (−1, 1], f−1(−1)∪f−1(1) = {−1, 2} e f−1([−1, 1]) = [−1, 2]. 3. f−1(−1) ∪ f−1(1) = {1± √ 5 2 }, f−1((−∞, 0]) = [0, 1], f−1([0, 1]) = [ 1−√5 2 , 0] ∪ [1, 1 + √ 5 2 ] e f−1([1,+∞)) = (−∞, 1− √ 5 2 ] ∪ [1 + √ 5 2 ,+∞] 30 4. (a) seja z ∈ f(X) enta˜o existe x ∈ X tal que z = f(x). Como X ⊂ Y , assim x ∈ Y , daı´ z = f(x) ∈ f(Y ). (b) (c) (d) (e) 5. (a) f e´ injetiva e sobrejetiva (b) f e´ injetiva e sobrejetiva (c) f na˜o e´ injetiva e nem sobrejetiva (d) f na˜o e´ injetiva e nem sobrejetiva (e) f e´ injetiva. 6. (a) Im(f) = R e f−1(x) = x−√2, (b) Im(f) = R e f−1(x) = 5√x, (e) Im(f) = R∗+ e f−1(x) = logpi x. 7. 8. Devemos mostrar que R e´ reflexiva, sime´trica e transitiva. Com efeito: (a) Temos xRx, pois f(x) = f(x), logo R e´ reflexiva. (b) Se xRy ⇐⇒ f(x) = f(y)⇐⇒ f(y) = f(x)⇐⇒ yRx, logo R e´ sime´trica (c) Se xRy ⇐⇒ f(x) = f(y) e yRz ⇐⇒ f(y) = f(z), daı´ f(x) = f(z)⇐⇒ xRz, logo R e´ transitiva. Portanto, R e´ uma relac¸a˜o de equivaleˆncia. 9. Noções Preliminares Conjuntos Exercícios Algumas respostas, sugestões e soluções Relações Binárias Exercícios Algumas respostas, sugestões e soluções Relações de Equivalência e Relações de Ordem Exercícios Algumas respostas, sugestões e soluções Funções Exercícios Algumas respostas, sugestões e soluções
Compartilhar