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Mayombe, trabalho de literatura

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Trabalho de literatura: Mayombe
 Colégio Pentágono, Unidade Centro
 Gabriel Carvalho da Silva, 13HA, n°4
 Sumário:
Biografia do autor........................................................3
Contexto Histórico.......................................................4
Enredo......................................................................5,6
Personagens................................................................7
Tempo..........................................................................8
Espaço.........................................................................9
Foco narrativo............................................................10
Verossimililhança.......................................................11
Conclusão..................................................................12
 Biografia do autor:
O angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos (Pepetela) nasceu em Benguela, em 29 de Outubro de 1941. Fez os seus estudos primários e secundários em Benguela e em Lubango. Em 1958, mudou-se para Lisboa para fazer faculdade. Frequentou o Instituto Superior Técnico, tendo participado de atividades políticas e literárias. Por razões políticas, em 1962 saiu de Portugal para Paris, França, onde passou seis meses. Depois, seguiu para a Argélia, onde se licenciou em Sociologia e trabalhou na representação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e no centro de Estudos Angolanos, que ajudou a criar.
De volta a Angola, ele participou diretamente na luta armada como guerrilheiro e como responsável pelo setor da educação, em diferentes áreas de combate, de 1969 a 1974. Adotou o nome de guerra de Pepetela, que significa “pestana” na língua Umbundo, e que mais tarde passou a utilizar como pseudônimo literário. Integrou a primeira delegação do MPLA que chegou à capital, Luanda, em Novembro de 1974.
Desempenhou os cargos de Diretor de Departamento de Educação e Cultura e do Departamento de Orientação Política. Foi membro do Estado Maior da Frente Centro. De 1975 a 1982 foi vice-ministro da Educação, passando posteriormente a lecionar sociologia na Universidade de Luanda. É membro fundador da União dos Escritores Angolanos.
 Contexto Histórico:
Publicado originalmente em 1980, Mayombe foi escrito durante a participação do escritor angolano Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos (Pepetela) na guerra de libertação de Angola na década de 70. Recompõe o cotidiano dos guerrilheiros do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) em luta contra as tropas portuguesas. 
O conflito entre diversos grupos angolanos com as tropas portugueses durou mais de 13 anos. A luta armada teve diversas frentes e elementos. Os grupos que defendiam a independência da Angola tinham características muito diferentes entre si. 
 Enredo da obra:
A história do livro tem como cenário Angola nos anos 70, período que marca as lutas pela independência do país. No primeiro capítulo intitulado “A Missão”, os guerrilheiros no Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) chegam à selva de Mayombe, o intuito principal era lutar com os exploradores, que estavam retirando madeira da região, e preparar uma emboscada para atacar o exército colonial. Nesse momento, raptaram alguns dos trabalhadores (o intuito não era feri-los já que eles eram africanos também).
Assim, o comandante lhes explicou sobre a exploração de suas terras e o benefício que recebiam os portugueses ou colonizadores. No dia seguinte, todos foram libertados. Na emboscada preparada pelos guerrilheiros, alguns adversários foram mortos. No entanto, saíram antes, visto o número de pessoas que estavam no exército dos colonizadores.
O segundo capítulo, intitulado “A Base”, faz referência à base de guerrilheiros do MPLA que fora construída na floresta de Mayombe. Chegam ao local oito novos guerrilheiros. Nesse momento da obra começamos a notar algumas divergências entre as ideias do Comissário e do Comandante, isso deixou alguns guerrilheiros preocupados com o foco da operação. Por fim, eles se entenderam.
A falta de alimento foi um dos momentos narrados pelo autor. André, primo do comandante, era encarregado de levar alimentos à base, despreocupado com a situação dos guerrilheiros, André acabou levando mantimentos para poucos dias, deixando o Comandante incomodado.
O terceiro capítulo recebe o nome da noiva do Comissário: "Ondina". O relacionamento deles era complicado, ela era professora e lecionava na cidade de Dolisie, ambos fingiam ter atração e prazer sexual pelo outro.
A base dos guerrilheiros sofria com a ausência de abastecimento de mantimentos. E, claro, as discussões e desentendimentos entre os chefes e os guerrilheiros aumentavam cada vez mais.
Com isso, a ideia de tirar André de sua posição era a mais importante, para tanto, André foi pego com Ondina, a noiva do Comissário. Ela deixou uma carta para seu ex-noivo lhe dizendo que deixaria a cidade de Dolisie. Na maior parte do capítulo, o Comissário revela suas histórias amorosas e sua relação com Ondina, curiosamente, quando o Comissário vai ao encontro de Odina, eles se sentem atraídos e fazem amor de uma maneira diferente de todas as outras, fazendo ele dizer a ela que não é necessário abandonar a cidade por conta disso.
Pelo ato desonroso e por pertencerem a duas tribos diferentes (Kikongo e Kimbundo), o Comissário enviou André para Brazaville para ser julgado. Vale lembrar que nesse capítulo um dos guerrilheiros (Ingratidão) foge da base.
No quarto capítulo, intitulado "A Surucucu", é revelado o suposto ataque dos tugas à base de guerrilheiros e o planejamento do contra-ataque. Em grande parte do capítulo eles focam na preparação e estratégias do MPLA: dois grupos se dividiram, sendo que o Comandante lideraria um grupo pelo rio e o Chefe de Operações pelas montanhas. No entanto, quando encontram com Teoria, este revela que não ocorrera nenhum ataque, o mesmo explicou que estava próximo do rio e que havia visto uma cobra surucucu.
Diante disso, ele atirou nela. Vewê, um dos companheiros que ouvira o tiro, ficou desesperado e logo correu para pedir ajuda.
No quinto capítulo, "A Amoreira", Mundo Novo foi nomeado chefe em Dolisie. O Comandante Sem Medo recebeu a notícia de que seria transferido para leste. O Comissário ficou encarregado de chefiar o ataque aos Tugas no Pau Caído.
O grupo de guerrilheiros seguia em direção ao Pau Caído, dormiram próximo do local, que seria atacado pela manhã. A maior parte do ataque correu como esperado, de forma que conseguiram atingir grande parte da base dos colonizadores.
No entanto, Lutamos, da tribo dos Cabindas, foi morto e dois guerrilheiros ficaram feridos. Mais tarde, Sem Medo foi atingido no ventre e acabou por morrer também. O nome "A Amoreira" faz referência a um dos pensamentos de Sem Medo antes de morrer, que comparou seu tronco único com os homens. 
Por fim, o Comissário ordenou que cavassem um túmulo para os dois mortos ali mesmo, além disso, fez questão de ressaltar que dois homens de tribos diferentes (Cabinda e Kikongo) foram mortos para salvá-lo. Ele que era de outra tribo: Kimbundo.
 Personagens:
 Todos os guerrilheiros são chamados por codinomes, que fazem alusão à função de cada um dentro do grupo. Merecem destaque os personagens Sem Medo (comandante), Comissário Político, Chefe das Operações, Teoria (professor), Lutamos, Milagre, Mundo Novo, André e Ondina (estes dois últimos surgem como exceção ao serem chamados pelo nome).
Teoria, por ser mestiço (filho de mãe angolana e pai português), é vítima de preconceito e desconfianças dentro do grupo. Pepetela utilizaeste personagem para abordar uma questão delicada dentro do grupo. Mesmo que Teoria lute junto aos seus companheiros, sempre é alvo de críticas de caráter racial. Sua tarefa dentro do grupo era a de ensinar, era um intelectual mas sentia um forte desejo de participar das operações de guerrilha, só assim seria reconhecido. Sem Medo e o Comissário têm algumas divergências entre si, discutem, desentendem-se, mas têm uma grande amizade.
Quando um membro do grupo (o Ingratidão) é flagrado por ter roubado um angolano que trabalhava para os portugueses, instala-se no ar uma discussão: o que fazer com ele? Depois de muitas divergências por questões hierárquicas e tribais, decide-se prendê-lo por seis meses.
 Tempo:
O tempo da obra é cronológico, com uma narrativa assaz linear.
 Espaço:
Quanto ao espaço, destaca-se o papel da floresta do Mayombe, por vezes considerada uma das protagonistas do livro, condicionando o comportamento das personagens.
 Foco narrativo:
A obra é organizada em seis capítulos nos quais há variação do foco narrativo: um narrador onisciente e onipresente que narra os eventos em terceira pessoa, todavia, em alguns trechos, ela é narrada em primeira pessoa pelos guerrilheiros do movimento.
 Verossimilhança:
A obra é uma reflexão sobre a dura realidade da sociedade angolana, sobre as perspectivas do movimento de libertação e da população local em relação aos princípios conflitantes do MPLA. Cada personagem luta a seu modo por seus ideais de libertação, em meio a isso, vimos uma Angola despedaçada e sem unidade. O livro procura retratar esse cenário e critica as lutas de grupos que não se unem por um ideal comum.
A estrutura narrativa polifônica (várias vozes), que retrata os acontecimentos sob o ponto de vista de várias personagens em primeira pessoa, revela o profundo respeito a cada homem na sua individualidade e o desejo do autor de transformar os agentes da revolução em sujeitos da luta.
Durante toda a narrativa, ocorre um mesmo registro linguístico, apesar do abismo existente entre as classes sociais das personagens e as suas origens culturais, o que reforça a ideia de propor a igualdade entre as pessoas. Além disso, há a tentativa de criar um ideal nacionalista que una os diferentes povos da região e o MPLA em oposição ao colonialismo.
 Conclusão:
Mayombe surge como importante inovação na estrutura dos vestibulares atuais, visto que as Literaturas Africanas foram, por longo tempo, simplesmente ignoradas por leitores brasileiros. Pepetela figura como expoente literário desse continente. A leitura de tal obra é uma experiência densa e incrível.

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