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DEFICIÊNCIA AUDITIVA Educação Física Adaptada Prof. Alexandre Medeiros Constitui-se em um grande problema para a educação especial, pois interfere tanto na recepção quanto na produção da linguagem, o que pode dificultar o ajuste social e acadêmico. •Caracteriza-se pela perda total ou parcial da capacidade de ouvir ou perceber sinais sonoros. Aspectos conceituais: O nível de audição pode ser medido em decibéis (dB), unidade de avaliação de intensidade dos sons. Avaliação da deficiência auditiva: Nenhuma perda em dB Audição normal Acima de 30 dB de perda Perdas significativas Criança deficiente auditiva: a que discrimina os sons de uma fala graças ao uso do aparelho. Criança surda: a que não compreende os sons de uma fala, apesar do uso de aparelho. O ouvido e suas estruturas Ouvido externo: •Pavilhão auricular Captar sons •Meato acústico externo Produzir cera •Tímpano Conduzir vibrações sonoras para o ouvido médio Ouvido médio: •Formado por 3 ossos, Martelo, Bigorna e Estribo Amplificar as informações sonoras trazidas pelo tímpano e conduzí-las ao ouvido interno. Ouvido interno: •Cóclea Transforma as vibrações sonoras em estímulos elétricos para que o cérebro possa interpretá-los. •Aparelho Vestibular Responsável pela detecção da posição da cabeça em todos os momentos. Função da audição para o ser humano: Receber e interpretar sons Avaliar distâncias.+ Classificação: Surdez Sensório-neural ou Neurossensorial: causada por problemas no ouvido interno ou do nervo auditivo, que transmite o impulso ao cérebro. Surdez Condutiva: é aquela em que se reduz a intensidade do som alcançado pelo ouvido interno – Distúrbio causador localiza-se no ouvido externo ou médio. Pré-lingual: Pós-lingual: Antes do aprendizado da fala/linguagem Depois do aprendizado da fala/linguagem Causas da surdez: Pré-natais: genéticas ou adquiridas durante a gestação – síndrome ou rubéola materna Perinatais: adquiridas no momento do nascimento – traumatismo, anoxia e doenças adquiridas no momento do parto (sífilis). Pós-natais: genéticas ou não – síndrome de manifestação tardia, distúrbios inflamatórios (caxumba, meningite), distúrbios metabólicos (diabetes) e ruídos. Níveis de surdez: Surdez leve (perda com limiares entre 15 e 30 dB): a pessoa apresenta dificuldades para ouvir sons distantes, mas pode compreender a fala de uma conversa; na escola, pode precisar sentar-se em lugar privilegiado (aparelho auditivo raramente será necessário). Surdez moderada (perda com limiares entre 31 e 60 dB) – compreende a dificuldade do indivíduo para acompanhar uma discussão, podendo necessitar do auxílio de um aparelho auditivo; na escola, pode não ser capaz de acompanhar discussões em classe (aparelho auditivo e modesta intervenção, desenvolvimento quase sempre normal). Surdez grave ou severa (perda com limiares entre 61 e 90 dB) – sem intervenção, pode impedir o desenvolvimento da fala e da linguagem (uso de aparelho auditivo, intervenção boa e precoce com treinamento contínuo, a audição pode começar a ser a principal via para o desenvolvimento da fala e da linguagem). Surdez profunda (perda com limiares maiores que 90dB) – com intensa intervenção, a fala e a linguagem poderão ocorrer, mas lentamente e com dificuldade. O papel da audição raramente será a de principal via para tal desenvolvimento. Aprendendo sobre as capacidades dos alunos com DA: Quanto o aluno consegue ouvir? Como o professor pode potencializar a audição remanescente? Qual é a forma de comunicação que o aluno prefere? De que modo o professor pode potencializar a comunicação com esse aluno? Há alguma contra indicação? Sugestões para o ensino de alunos surdos e com dificuldade de audição a) Com intérprete: Incentive o intérprete a ficar perto do professor Ao se dirigir ao aluno surdo, olhe para ele, e não para o intérprete Forneça planos de aula ao intérprete com dias de antecedência, para que tanto ele como o aluno surdo possam revisá-los e entendê-los antes do início da lição. Inclua uma lista com o vocabulário específico Antes de iniciar cada unidade, reúna-se com o intérprete para tirar dúvidas sobre terminologia esportiva, comandos de ensino e expressões que provavelmente serão usados b) Sem intérprete: Diminua os ruídos de fundo; desligue a música de fundo e espere que as pessoas que estão conversando façam silêncio Use comandos de ensino visuais e específicos, que sejam facilmente compreendidos Utilize estações com cartões de instrução, contendo explicações por escrito e ilustrações Empregue sinais claros para iniciar e interromper as atividades Utilize amplamente as demonstrações Crie sinais que sejam fáceis de reconhecer e enxergar, para comunicar-se à distância Facilite a leitura labial e a visão das expressões faciais (evite mascar chiclete, usar barba ou bigode ou cobrir a boca) Faça com que os alunos surdos ajudem os que ouvem e vice-versa Dê instruções claras para que os alunos surdos não precisem esperar e observar os colegas antes de participar Em termos de desempenho motor, preparo físico e comportamento, as expectativas em relação aos alunos surdos e os ouvintes devem ser as mesmas Incentive os alunos surdos a se envolverem no esporte para surdos.