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Sumário Introdução Diferença entre métricas e indicadores Como escolher um bom indicador para acompanhar Classificação dos indicadores de desempenho O uso de métricas e indicadores no RH Trabalhando com métricas e indicadores no RH Exemplos de indicadores em RH Conceitos para ficar de olho Big Data People Analytics Benchmarking Desafios e tendências para o futuro Leituras complementares Conclusão 03 04 06 08 09 11 13 15 15 16 16 18 19 20 Introdução Saber se determinada estratégia funcionou, conhecer as necessidades dos colaboradores ou avaliar o nível de satisfação da equipe. Tudo isso são ações importantes para manter a empresa em direção ao crescimento saudável, com funcionários motivados e engajados. No entanto, muitos profissionais de RH se perdem ao tentar obter tais dados. É nesse contexto que entram em ação os indicadores de desempenho focados em atender as urgências do departamento de recursos humanos. Eles são diretamente voltados para as necessidades do setor, oferecendo informações que ajudam os profissionais da área na melhor tomada de decisão e confecção de estratégias mais direcionadas. Nós, da Salpinx e da Solides, vamos compartilhar com você ao longo deste e-book diversas dicas e informações importantes sobre o assunto. É um guia definitivo bem completo com tudo o que você precisa saber sobre os indicadores de desempenho no RH. Boa leitura! Equipe Salpinx e Solides Diferença entre métricas e indicadores Por mais que tenham significados parecidos, as métricas oferecem dados diferentes dos indicadores de desempenho. E conhecer a diferença entre os dois é essencial, pois estão conectados e fazem parte de uma estrutura que permite uma apuração mais assertiva. Podemos dizer que as métricas são medidas brutas e de simples composição que apoiam os indicadores. Elas não apresentam dados concretos, apenas informações genéricas e que não estão, necessariamente, associadas aos objetivos do negócio. Os indicadores nascem a partir de métricas e estão vinculados diretamente ao desempenho do negócio. Eles quantificam determinada ação e indicam algo relevante para auxiliar na tomada de decisão. Também conhecidos como Key Performance Indicators ou KPIs, eles funcionam como bússolas que guiam os gestores corretamente em direção aos caminhos mais relevantes e eficientes para o alcance dos objetivos definidos. Além disso, eles são ferramentas básicas (e indispensáveis) para a gestão do desempenho organizacional, principal “radar” para que os profissionais de recursos humanos avaliem a evolução dos colaboradores dentro da empresa. Resumindo: os indicadores de desempenho ajudam as empresas a medir o progresso em direção aos objetivos importantes da organização. A tabela ao lado resume bem a diferença entre um KPI e outras métricas. Ela foi retirada do artigo “KPIs: focus on the especial K”, publicado pela Adobe (em inglês). O QUE SÃO INDICADORES DE PERFORMANCE ▪ Quantitativos, mesuráveis e acionável ▪ Medição de fatores que são críticos para o sucesso da organização ▪ Atrelado aos objetivos da empresa ▪ Limite de 5 a 8 Key Metrics ▪ Aplicado consistentemente em toda a empresa ▪ Métricas vagas ou nada claras ▪ “Nice to know’s” ou métricas que não inspiram ação ▪ Relatórios (ex.: principais ferramentas de busca ou palavras-chaves) ▪ Conjunto exaustivo de métricas ▪ Refutável Como escolher um bom indicador para acompanhar Muitas empresas mensuram vários KPIs desnecessários ou irrelevantes para os objetivos do negócio, que segundo o SEBRAE, tem sido a principal causa da falência das empresas nos dois primeiros anos. Em muitos casos, tal problema vem de um único lugar: não entender que todo indicador é uma métrica, mas nem toda métrica é um indicador de desempenho. Você não pode simplesmente selecionar alguns indicadores de uma lista relacionada com seu segmento e esperar conectá-los com sua organização. Se eles não ajudarem a explicar o desempenho em relação aos objetivos específicos do seu negócio, não são KPIs. Para serem considerados bons indicadores, eles precisam possuir todas as características abaixo: • Refletem os objetivos da empresa • Ajudam a administrar e tomar decisões inteligentes • São relevantes em todos os níveis organizacionais • São baseados em dados confiáveis e mensuráveis • Podem ser medidos periodicamente • São fáceis de entender e explicar • Servem de insumo para uma ação ou plano de ações No entanto, não significa que uma métrica que não possua todas essas características será descartada. Muitas delas podem funcionar como importantes métricas secundárias para suporte aos KPIs principais, ou primários. Mas, quantos indicadores devo acompanhar? Depende da complexidade da empresa/setor. No entanto, a Adobe acredita que o número ideal deve ficar entre 3 e 5, mas como ele não atende a maioria dos casos, recomenda-se entre 5 e 8 indicadores. ESPECÍFICO MENSURÁVEL ATINGÍVEL RELEVANTE TEMPORAL Classificação dos indicadores de desempenho Além do cuidado em separar os KPIs de outras métricas, eles precisam indicar quais são os principais problemas na empresa para que exista uma boa estruturação no momento de mensurar a performance. Para que isso seja feito eficientemente, os indicadores são classificados em três diferentes níveis: #01 Indicadores estratégicos: indicadores primários da organização, acompanhados pela diretoria, que demonstram se os objetivos estratégicos da empresa estão sendo alcançados ou não. #02 Indicadores táticos: indicadores secundários, acompanhados pelos gestores de cada departamento, que devem estar intimamente ligados aos indicadores estratégicos. #03 Indicadores operacionais: indicadores acompanhados por especialistas de cada setor com a função de fornecer mais detalhes para o melhor entendimento dos dois indicadores anteriores. Em cada uma dessas categorias existe uma variedade de categorias de indicadores para avaliar. Por exemplo, os indicadores de gestão de pessoas, que abordaremos com mais detalhes nos próximos tópicos do e-book. O uso de métricas e indicadores de Rh O uso de indicadores primários e secundários pelo RH ajudam a posicioná-lo de maneira estratégica em relação ao negócio em geral. Os gestores de pessoas deixam de ser vistos apenas como profissionais operacionais, sendo reconhecidos como parceiros estratégicos da empresa. Quando os indicadores adequados são utilizados, os gestores conseguem correlacionar as atividades da área com os resultados gerais da empresa – afinal, colaboradores motivados e satisfeitos produzem mais e melhor. E, sabe aquele mito de que o RH é uma área totalmente passiva? É quebrado rapidamente com o uso de bons indicadores. Eles irão auxiliar na quantificação dos resultados de cada iniciativa ou projeto da área, mantendo o foco na eficiência e eficácia. No entanto, as empresas brasileiras ainda estão nos estágios iniciais do monitoramento e acompanhamento de indicadores em gestão de pessoas. • 25% análise eventual de indicadores • 38% monitoramento de processos de RH • 23% monitoramento estratégico de RH • 14% monitoramento estratégico de RH integrado ao negócio Fonte: Pesquisa People Analytics 2015, PwC Este mesmo estudo revelou algumas possíveis causas para este baixo investimento. Entre elas, podemos destacar barreiras estruturais em recursos tecnológicos (7%) e não possuir uma equipe dedicada ao tema (11%). No entanto, a tendência é que esse cenário mude rapidamente com o surgimento de novos conceitos de gestão. Veja a seguir algumas dicas para começar a trabalhar com KPIs na gestãode pessoas da sua empresa. Trabalhando com métricas e indicadores no Rh #01 Defina os resultados esperados É impossível traçar boas rotas quando não sabemos para onde ir. Por isso, determine quais objetivos relacionados ao RH a organização espera alcançar com o acompanhamento dos indicadores. #02 Defina os indicadores Com um mapa em mãos, você poderá escolher o melhor caminho para atingir os objetivos selecionados. Levando em consideração as características de um bom indicador e as boas práticas de definição, escolha aqueles que serão acompanhados e mantenha-os alinhados com a estratégia da empresa. #03 Comunique Sua equipe precisa saber quais indicadores e métricas serão acompanhados, sobretudo se eles estiverem diretamente conectados ao trabalho desempenhado. Também é importante alinhar como eles serão calculados e apresentados aos líderes. Bônus: templates editáveis para cálculo e apresentação de indicadores de desempenho #04 Defina os responsáveis Quem ficará responsável pelo levantamento ou geração das informações? Todos possuem as habilidades necessárias para o acompanhamento ou irão precisar de algum treinamento específico? Para evitar que as pessoas não saibam interpretar os resultados, crie indicadores intuitivos e autoexplicativos. Além disso, faça reuniões regulares com todos os funcionários para divulgar os números e auxiliar na interpretação dos dados. #05 Estabeleça os métodos de acompanhamento Quais recursos serão utilizados para acompanhar os indicadores, algum software externo ou um sistema próprio da organização? Procure um sistema que permita a integração dos KPIs com a gestão do desempenho por meio de uma interface intuitiva, evite aquelas mais complexas. #06 Colete e analise os dados Este é o momento de colocar a mão na massa e dar forma aos indicadores. Colete e analise os dados baseando-se nos objetivos determinados no primeiro passo, além das estratégias gerais da organização. #07 Realize o benchmarking das informações Compare os resultados dos indicadores com outras empresas líderes no segmento ou seus concorrentes mais relevantes. Este processo permitirá a observação das melhores práticas usadas pela concorrência, auxiliando na otimização de suas estratégias. #08 Elabore planos de ação Desenvolva planos de ação para melhorar os resultados dos próximos meses e defina uma meta que deseja ser alcançada – sempre com base em percentuais, por exemplo: reduzir a taxa de turnover em 20% nos setores de operações e comunicação. Exemplos de indicadores no Rh Clima organizacional Os indicadores de clima organizacional ajudam a definir a satisfação dos funcionários em relação ao ambiente de trabalho. Geralmente, são definidos através de pesquisas aplicadas durante avaliações de desempenho ou por e-mail. Todos os aspectos que podem prejudicar a satisfação da equipe devem ser acrescentados na pesquisa, como a qualidade dos feedbacks ou o relacionamento entre os colaboradores e gestores. Absenteísmo O absenteísmo engloba quantas faltas, atrasos e saídas antecipadas ocorreram durante um determinado período. Diversos especialistas recomendam que esta taxa não ultrapasse um percentual mensal de 5%. Quanto maior a taxa, mais problemas de produtividade e desmotivação serão enfrentados pela empresa. Se as causas estiverem relacionadas à afastamentos médicos, há problemas com a segurança e qualidade de vida dos colaboradores no trabalho. 60% Turnover O turnover (também conhecido como taxa de rotatividade de pessoal) indica o percentual de demissões voluntários e involuntárias em relação ao número médio de colaboradores durante determinado período. Embora seja difícil que essa taxa chegue a zero em períodos mais longos, valores elevados podem evidenciar uma falha da empresa em ser atrativa para seus funcionários e em reter talentos. ROI O ROI é o retorno sobre qualquer investimento feito pela empresa em diversos âmbitos, sendo uma das métricas mais importantes para determinar o impacto financeiro de ações diversas. Para calculá-lo, basta aplicar a seguinte fórmula: ROI = (lucro do investimento - custo do investimento) / custo do investimento O resultado obtido indicará quanto dinheiro a organização está ganhando ou perdendo em seus investimentos. Quando falamos no universo do RH, esta métrica pode ser usada para mensurar o impacto de treinamentos e capacitações, por exemplo. Conceitos para ficar de olho Big Data Esta ferramenta se tornou indispensável no auxílio das empresas para tomadas de decisões mais objetivos e certeiras. Por exemplo, um artigo publicado pela Revista Exame afirma que o futuro do RH está no Big Data. Seu conceito é bem simples, conforme explicado neste artigo pela Solides: “Trata-se do ato de recolher e armazenar grandes volumes de dados, estruturados ou não, vindos das mais diversas fontes, com o objetivo de, eventualmente, analisá-los em busca de informações que permitam a tomada de melhores decisões” Esta ferramenta oferece poderosos insights para que os gestores compreendam melhor as necessidades de seus colaboradores, qual tipo de treinamento precisam receber, se algum poderá se tornar uma liderança na empresa ou até melhorar os processos de recrutamento de novos talentos. Desse modo, podemos aplicar o Big Data nos seguintes contextos: • Análise de talentos • Retenção de talentos • Recrutamento e seleção • Avaliação de desempenho Como trabalhamos com uma enorme quantidade de dados dentro do Big Data, é essencial saber como usá-los e analisá-los corretamente. Uma recomendação é usar softwares que automatizam esse processo, fica a dica! People Analytics O People Analytics é a aplicação prática dos conceitos de Big Data (mais geral e estendido para todos os segmentos de uma mesma empresa) pelo departamento de RH. É o uso dos dados para tornar os colaboradores mais eficientes, felizes, criativos e etc. Por meio da coleta de dados comportamentais dos funcionários ou candidatos em diversas fontes e a análise de cada um deles, os gestores conseguem definir melhor suas estratégias e traçar rotas mais eficientes para alcançá-las. Esta ferramenta é extremamente importante no processo de mapeamento comportamental nas empresas, em que os colaboradores/candidatos são encaixados em perfis que auxiliam na identificação de suas competências e até o potencial de cada um. No entanto, as empresas brasileiras ainda precisam vencer algumas barreiras que afastam o RH da adoção do People Analytics. - Falta de uma equipe dedicada ao tema (46%) - Fontes de dados desintegradas (69%) - Falta de suporte tecnológico para coleta e análise (46%) - Falta de habilidade analítica entre usuários (29%) - Processo realizado manualmente (50%) Fonte: Pesquisa People Analytics 2015, PwC Vencendo estas barreiras, sua empresa poderá adotar uma gestão estratégica de pessoas e ainda construir um ambiente de trabalho com mais qualidade de vida, além de ter equipes engajadas e motivadas. Benchmarking O benchmarking é o processo de comparação entre os indicadores de desempenho de uma empresa com a de outras organizações, geralmente líderes do segmento ou concorrentes relevantes. Esta prática ajudará sua empresa a aprender com a concorrência por meio da observação e comparação das melhores estratégias utilizadas por ela. No entanto, isto não significa a cópia de estratégias. Muitas empresas também usam o benchmarking para encontrar aspectos no qual possa se destacar em relação aos concorrentes, alcançando um posicionamento de unicidade e até a vantagem competitiva. Lembra do que falamosno capítulo “Trabalhando com métricas e indicadores no RH”? Na análise dos indicadores e métricas de RH, o uso do benchmarking é um passo bastante importante. É por meio dele que conseguimos aprimorar ainda mais nossas estratégias de gestão de pessoas, claro, sem imitar ou copiar o concorrente. Desafios e tendências para o futuro Na medida em que os indicadores e métricas de RH são vistos como verdadeiros aliados para o crescimento organizacional, percebemos que eles começam a ser tratados de uma forma mais estratégica. De acordo com a Pesquisa People Analytics realizada pela PwC em 2015, uma média de 55% das empresas entrevistadas espera implementar uma gestão estratégica de pessoas baseada em indicadores e métricas. No entanto, elas poderão enfrentar alguns desafios durante a implementação do sistema: • Baixa eficiência gerencial no uso, análise, previsões e construções de cenários baseados nas informações sobre o RH; • Dificuldade de ligação entre os indicadores e dados coletados com objetivos e questões estratégicas do negócio; • Cultura organizacional que não valoriza ou reforça o uso da análise de dados para a tomada de decisão; • Dificuldade de obtenção dos dados; • Sistemas sem interligação e pouco confiáveis; • Falta de atualização e acompanhamento efetivo dos resultados dos estudos. Mas não precisa se assustar. Basta focar na análise e acompanhamento dos indicadores e colocar e prática todas as dicas que falamos ao longo do e-book. Também selecionamos algumas leituras complementares que podem te ajudar nesta jornada, confira a seguir. LEITURAS COMPLEMENTARES Ciclo PDCA: o guia definitivo das principais aplicações Como medir o valor do RH? Gestão do desempenho: o que é e como acompanhar de forma online O guia prático para aumentar a produtividade da sua equipe Como estruturar um mapa estratégico na gestão de talentos Indicadores de produtividade que o RH precisa acompanhar 12 sinais de que sua gestão de pessoas está ultrapassada Gestão organizacional e a importância dos indicadores de desempenho 14 indicadores de clima organizacional que sua empresa deve acompanhar O que é gestão de pessoas com foco estratégico? Conclusão O uso de indicadores e métricas de desempenho na gestão de pessoas é uma prática muito importante para o crescimento organizacional, inserindo o departamento de RH como um parceiro estratégico da empresa. Será por meio da otimização das estratégias deste setor que os colaboradores se sentirão mais motivados, engajados e satisfeitos no ambiente de trabalho - aspectos fundamentais na construção de equipes produtivas e de alta performance. Então, é puxar as mangas e colocar a mão na massa usando as dicas que falamos ao longo do material. Chancelada pela Microsoft, o Salpinx é uma plataforma de gestão do desempenho que ajuda gestores na administração de seus projetos e transforma a relação dos colaboradores com o trabalho para um modelo de alta performance, levando para dentro das empresas um bom clima organizacional e qualidade de vida. Por meio de soluções inovadoras em gamificação e autogestão, reduzimos a dispersão no ambiente de trabalho e oferecemos informações importantes para que sua equipe otimize os próprios processos. Também ajudamos os gestores na coleta e análise dos indicadores de desempenho (KPIs) e no gerenciamento de projetos. Faça um teste gratuito por 15 dias A Solides é uma empresa especialista em software para gestão de pessoas sob a perspectiva comportamental. Através do people analytics, da análise preditiva e da inteligência artificial, automatizamos processos de RH promovendo redução de custos de rotatividade e aumento de produtividade com engajamento de colaboradores. Teste agora nossa ferramenta gratuitamente Sobre a Salpinx Sobre a Solides
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