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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CAMPUS SOBRAL DISCIPLINA DE FÍSICA EXPERIMENTAL I PROFESSOR: VALDENIR SILVEIRA PRÁTICA 03: MOVIMENTO QUEDA-LIVRE RAIMUNDO LUAN DA SILVA MORAES – 403982 SIDYNELSON FERNANDES DOS SANTOS - 434930 YARA SILVA BRAGA – 433931 SOBRAL - CE 2019 1 FÍSICA EXPERIMENTAL I – QUEDRA LIVRE | UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC 1.INTRODUÇÃO Aristóteles passou a observar a queda livre dos corpos onde passou a afirmar que corpos com diferentes massas chegavam em momentos distintos. A teoria durou vários anos até que Galileu Galilei, através de experimentos, conseguiu observar que corpos com massas diferentes chegavam no mesmo momento ao chão. Porém, a teoria de Galilei só é válida quando é desprezada a resistência do ar. Dessa forma, conceitua-se Queda Livre como um objeto que é lançado na direção vertical da terra sem nenhum tipo de efeito do ar, ou seja no vácuo e só há uma única força lhe puxando na direção da terra que é a força gravitacional.Com isso, tem-se uma aceleração constante que vetorialmente falando , desce na mesma direção do vetor da força gravitacional. A aceleração da gravidade em uma queda livre corresponde a 9,8 m/s². As fórmulas do Movimento Queda Livre são: ΔY = Yf – Yi. ΔY: variação do espaço; Yf: espaço final; Yi: espaço inicial; Vm = ΔY/Δt Vm: velocidade média; ΔY: variação do espaço; Δt: variação de tempo; a = ΔV/ Δt a: aceleração média; ΔV: variação de volume; Δt: variação de tempo; Y=Yo+Vot - gt² Yf: espaço final; Yi: espaço inicial; Vo: velocidade inicial; T: variação de tempo; G: aceleração da gravidade; V = Vo – gt V: velocidade final; Vo: velocidade inicial; g: aceleração da gravidade; t: variação de tempo; 2 FÍSICA EXPERIMENTAL I – QUEDRA LIVRE | UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC 2. OBJETIVOS GERAIS • Reconhecer o Movimento de Queda Livre; • Determinar a aceleração de um móvel em Queda Livre; • Verificar se a aceleração de um móvel em Queda Livre depende da massa do móvel; • Fazer o gráfico posição versus tempo para a Queda Livre. Interpretá-lo. –––Identificar a curva de tendência e verificar se a eq. 01 é satisfeita. Determinar a aceleração do móvel em queda livre a partir desta curva e de sua equação. • Fazer o gráfico posição versus (tempo)2 para a Queda Livre, interpretá-lo, identificar a curva de tendência e obter o valor da aceleração de queda livre a partir desta curva e de sua equação; • Fazer o gráfico velocidade versus tempo para a Queda Livre, interpretá-lo, identificar a curva de tendência e verificar se a eq. 02 é satisfeita. Determinar o valor da aceleração de queda livre a partir desta curva e de sua equação; 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 3.1 | MATERIAIS 3.1.1 | Conjunto Bozak 8308 para queda livre com régua e sensores fotoelétricos; 3.1.2 | Esferas metálicas e porta esferas; 3.1.3 | Balança; 3.1.4 | Bobina, cabos, chave inversora; 3.1.5 | Cronômetro digital com até 4 intervalos sucessivos, com fonte 6/12 VCC embutida; 3.2 | MÉTODO DE APLICAÇÃO De início, foram verificados todos os equipamentos que iriam ser usados, para fins de evitar imprevistos, logo após, o aparelho de queda livre foi ajustado, juntamente com os sensores ópticos e cronômetro que foram ligados, assim fez-se os testes iniciais testando o eletroímã e ajustando a intensidade no limite que poderia manter as três esferas para não ocorrer atrasos durante a coleta de dados. Sendo assim, as esferas eram colocadas no eletroímã e deu- se os primeiros testes, onde houve alguns problemas a parte da angulação da plataforma da queda livre onde os últimos sensores não estavam contando o tempo, porém foi resolvido. Quando o corpo passa pelo primeiro sensor, assim como os demais, este dispara no cronômetro onde foram coletados os dados para preenchimento das tabelas, e observações. O experimento foi feito em trio, onde foram divididas as tarefas tais como a realização do experimento, anotações, e cálculos para as tabelas, mostradas a seguir. 3 FÍSICA EXPERIMENTAL I – QUEDRA LIVRE | UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 | TABELA 1 - MASSA M1 = 16 G Yo Y (m) ΔY (m) t (s) medida 1 t (s) medida 2 t (s) medida 3 Média de t (s) t2 (s2) vm = Δt/t (m/s) g (m/s2) v (m/s) 0 -0,130 -0,130 0,167 0,168 0,167 0,167 0,028 -0,778 -9,323 -1,576 0 -0,260 -0,260 0,236 0,237 0,236 0,236 0,056 -1,102 -9,336 -2,204 0 -0,390 -0,390 0,288 0,289 0,289 0,289 0,083 -1,349 -9,339 -2,698 0 -0,520 -0,520 0,332 0,333 0,332 0,332 0,110 -1,566 -9,435 -3,132 Média de g -9,358 4.2 | TABELA 2 - MASSA M2 = 29 G Yo Y (m) ΔY (m) t (s) medida 1 t (s) medida 2 t (s) medida 3 Média de t (s) t2 (s2) vm = Δt/t (m/s) g (m/s2) v (m/s) 0 -0,130 -0,130 0,167 0,163 0,163 0,164 0,027 -0,793 -9,667 -1,586 0 -0,260 -0,260 0,235 0,231 0,231 0,232 0,054 -1,121 -9,661 -2,242 0 -0,390 -0,390 0,287 0,283 0,283 0,284 0,081 -1,373 -9,671 -2,746 0 -0,520 -0,520 0,330 0,327 0,326 0,328 0,108 -1,585 -9,667 -3,170 Média de g -9,667 4.3 | TABELA 3 - MASSA M3 = 68 G Yo Y (m) ΔY (m) t (s) medida 1 t (s) medida 2 t (s) medida 3 Média de t (s) t2 (s2) vm = Δt/t (m/s) g (m/s2) v (m/s) 0 - 0,130 -0,130 0,167 0,164 0,162 0,164 0,027 -0,793 -9,667 -1,586 0 - 0,260 -0,260 0,236 0,232 0,230 0,233 0,054 -1,116 -9,578 -2,232 0 - 0,390 -0,390 0,287 0,283 0,282 0,284 0,080 -1,373 -9,671 -2,746 0 - 0,520 -0,520 0,330 0,327 0,325 0,327 0,107 -1,590 -9,726 -3,180 Média de g -9.661 Analisando os valores de vm obtidos nas tabelas 1, 2 e 3, observa-se que eles não são iguais, pois à medida que o tempo passa a magnitude de vm aumentam. Conclui-se então que o movimento é acelerado, ou seja, ambas a velocidade e a aceleração possuem a mesma direção e o mesmo sentido. Comparando a diferença percentual entre os valores de cada medida de g e o seu valor médio em cada tabela, observa-se que para a tabela 1 as variações foram de 0,374%, 0,235%, 0,203% e 0,823%. Para a tabela 2 foram de 0%, 0,062%, 0,041% e 0%. Por fim, para a tabela 3, os resultados das diferenças percentuais obtidas foram de 0,062%, 0,859%, 0,104% e 0,673%. Dentre uma margem de erro de 5% esses valores são iguais, portanto, o móvel se encontra em queda livre. Ao analisar os valores médios de g em cada tabela e considerando uma margem de erro de 5%, conclui-se que a aceleração de queda livre independe da massa do objeto físico, uma vez que esta é uma característica desse fenômeno. 4 FÍSICA EXPERIMENTAL I – QUEDRA LIVRE | UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC 4.5 | GRÁFICOS DESLOCAMENTO X TEMPO: 4.5.1 | GRÁFICO 1 (TABELA 1): 4.5.2 |GRÁFICO 2 (TABELA 2): 4.5.3 | GRÁFICO 3 (TABELA 3):Os gráficos obtidos são iguais, uma vez que os resultados das três tabelas são praticamente os mesmos. A curva de cada um é uma parábola com a concavidade virada para baixo, representando o aumento da velocidade no sentido oposto do ponto de referência. A equação do gráfico 1 é y = -4,7921t2 + 0,0293t - 0,0002, do gráfico 2 é y = -4,8361t2 + 0,0007t - 2E-06 e do gráfico 3 é y = -4,9432t2 + 0,0297t - 0,0003, que correspondem ao movimento de queda livre de acordo com a equação y = yo + vot - 𝟏 𝟐 gt2. A tangente em qualquer ponto da curva dá a aceleração g, que no gráfico 1 é -9,5842 m/s2, no gráfico 2 é -9,6722 m/s2 e no gráfico 3 é -9,8864 m/s2. 5 FÍSICA EXPERIMENTAL I – QUEDRA LIVRE | UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC 4.6 | GRÁFICOS DESLOCAMENTO X TEMPO2: 4.6.1 | GRÁFICO 1 (TABELA 1): 4.6.2 | GRÁFICO 2 (TABELA 2): 4.6.3 | GRÁFICO 3 (TABELA 3): De maneira semelhante ao caso anterior, os gráficos da tabela 1, 2 e 3 são semelhantes, considerando que os valores obtidos em seus resultados estão muito próximos uns dos outros. A curva que pode ser vista em cada um deles é uma reta e sua declividade tem valor igual a metade de g. O valor da aceleração de queda livre obtida através das equações das curvas é - 9,4536 m/s2 para o gráfico 1, -9,6296 m/s2 para o gráfico 2 e -9,8687 m/s2 para o gráfico 3. 4.7 | GRÁFICOS VELOCIDADE X TEMPO: 4.7.1 | GRÁFICO 1 (TABELA 1): 4.7.2 | GRÁFICO 2 (TABELA 2): 4.7.3 | GRÁFICO 3 (TABELA 3): 6 FÍSICA EXPERIMENTAL I – QUEDRA LIVRE | UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFC Em cada um dos gráficos a curva representa uma reta de equações v = -9,5339t + 3E- 05, v = -9,6655t - 0,0002 e v = -9,6937t + 0,0055 para os gráficos 1, 2 e 3, respectivamente, e, de acordo com a curva dada pela equação v = vo – gt, representam o movimento de queda livre. A inclinação das curvas obtidas representa a aceleração, que segundo a equação do gráfico 1 possui magnitude de -9,5339 m/s2, do gráfico 2 possui -9,6655 m/s2 e do gráfico 3 possui valor de -9,6937 m/s2. Analisando as acelerações obtidas pelos gráficos de Posição x Tempo, Posição x Tempo2 e Velocidade x Tempo e considerando uma margem de erro de 5%, conclui-se que seus valores são iguais, confirmando que é um movimento de queda livre, onde a aceleração é a aceleração constante da gravidade com módulo aproximado de 9,8 m/s2, para pontos de referência próximos da superfície da Terra. 5. CONCLUSÃO Conclui-se, então, através dos resultados obtidos no experimento, que um corpo está em Movimento de Queda Livre quando sofre influência da força de gravidade, onde a aceleração é constante e, na Terra, ao nível do mar, tem módulo aproximado de 9,8 m/s². A massa do corpo não influencia no valor da aceleração, logo, pode-se dizer que diferentes objetos de massa distintas ao serem arremessados de uma mesma altura no vácuo ou num lugar onde o ar pode ser desprezado, possuirão a mesma aceleração de queda livre e levarão o mesmo tempo para atingir o solo (ponto de referência). No experimento realizado, a força magnética e a resistência do ar tiveram certa influência nos resultados obtidos, mas não o suficiente para invalida-los, uma vez que se tomou a precaução de ajustar o eletroímã para que a interferência fosse mínima e os valores de g não ultrapassassem a margem de erro permitida, de no máximo 5%, como pôde ser observado nas tabelas. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • HALLIDAY, David; RESN ICK, Robert; WA LK ER, Jear l. Funda mentos de Física. Vol I e II. 9. Ed. Rio de Janeiro, RJ : LTC , 2014. Acesso em 13 de Abril de 2019.
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